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Capítulo 22 parte 1

LINDA

O sul da França era, definitivamente, um lugar incrível! Não era à toa que se falavam tanto sobre a Costa Azul. Eu estava encantada! Tudo me fascinava! Desde uma simples banca vendendo peixes no porto até os calanques* que tomavam a paisagem da pequena cidade litorânea em que estávamos hospedados.

Há quase dois dias que tínhamos chegado e não perdi tempo em explorar a região. Naquela manhã fiz questão de levantar bem cedo, antes do sol nascer, para fazer trekking com um guia local. Arrastei Pedro e Nico comigo.

O primogênito dos Oliveira Rizzo, sempre mais sério e responsável, curtiu a atividade matinal tanto quanto eu. Já o caçula reclamou de sono, de sede, das bolhas nos pés e só calou a boca depois que chegamos no topo de um calanque, onde a visão era espetacular. Os tons de azul do mar, a vegetação mediterrânea, os barquinhos no porto e o Château de Cassis possuíam uma beleza ímpar que fazia valer a penas todo esforço físico. Ficamos no topo por um bom tempo, depois seguimos por uma descida que nos levou à uma praia de águas cristalinas. Uma experiência única!

Não era nem onze horas da manhã e já estávamos de volta à casa que nossos pais haviam alugado. Nico se jogou na espreguiçadeira debaixo do guarda-sol e dormiu, enquanto Pedro e eu resolvemos aproveitar a piscina, esperando a hora do almoço.

Relaxada, eu estava estirada sobre uma boia grande — daquelas que a gente fica completamente deitado e sem se molhar —, sob um sol maravilhoso.  

— Amanhã iremos mais longe. Quero chegar ao Belvédère des Calanques.

— Linda, é o triplo dos quilômetros que andamos hoje.

— Está reclamando? — levantei os meus óculos escuros para olhar na sua direção. — Cadê o canoísta campeão?

Ele deu um sorriso largo, saindo dos degraus da piscina, onde estava escorado, e dando uns passos para frente.

— Você está se mostrando uma grande aventureira.

— O que posso fazer? — dei de ombros, ajustando os óculos de volta nos olhos — Gosto de ver coisas bonitas.

— Eu também gosto.

Falou prontamente, sem desviar o olhar, diga-se de passagem, um olhar intenso que não deixou dúvidas quanto àquilo que ele referia ser bonito. Não consegui ter outra reação a não ser ficar de queixo caído. Ele continuou a caminhar devagar na minha direção e, com meus batimentos acelerados, esperei pelo que viria a seguir. Fosse o que fosse, um beijo ou uma simples aproximação, eu não dispensaria nada que viesse dele.

Mas um som diferente, vindo das espreguiçadeiras, chamou a minha atenção. Nico ainda dormia na mesma posição e seu sono deveria estar tão pesado que ele começou roncar. E não era um barulhinho qualquer. O som era alto, quase assustador.

— Meu Deus! Tem um javali dentro do seu irmão!

Pedro riu baixo, um pouco mais próximo de mim.

— A caminhada acabou com ele.

— O pobrezinho ficou escabefado* — ri, sentindo um pouco de água subir sobre a superfície da boia — Hum, poderia me arrastar até a borda da piscina?

— Claro, mas por quê? — perguntou já atendendo ao meu pedido.

— Acho que essa boia está murchando. Tem um inflador naquele quartinho ali. — Conforme eu falava e apontava, ele me levava.

— Ok. Só não sei se é uma boa ideia você se deslocar da boia para a borda da piscina. Será que você consegue não se molhar?

Antes de responder ou esperar por sua ajuda, tentei "saltar" para fora. Foi impensado e desengonçado. Óbvio que deu muito errado. Caí inteira na água. O frio entrando em meu corpo quente como centenas de agulhas.

— Não, não consigo — respondi assim emergi com a água batendo na altura do meu peito.

Não tive outra reação a não ser rir e Pedro, que já estava na minha frente, segurou os meus ombros e apenas sorriu quando percebeu que eu não havia me machucado. Entretanto, minha risada começou a enfraquecer à medida que ele afastava algumas mechas do meu cabelo grudadas em meu rosto em um movimento lento e cuidadoso, como se eu fosse feita de vidro. Quando restou somente os nossos sorrisos, estávamos muito perto um do outro. Eu não tinha ideia do que fazer, por isso não me movi e nem desviei meu olhar. Meu pobre coração acelerou as batidas como nunca. Pedro engoliu em seco no instante em que uma de suas mãos repousou em minha nuca.

É agora!, pensei, cheia de expectativa. Mas então, algum alerta acendeu em seu semblante, fazendo-o olhar para onde seu irmão dormia.

— Deixa eu te ajudar a sair da piscina. — Sem que eu estivesse preparada, ele me ergueu, sentando-me na borda. Depois deu outra olhadela para Nico e voltou-se para mim. — Só não demora.

Com as bochechas queimando, tirei meus pés da água. Tanto ele quanto eu ainda sorríamos.

Assim que fiquei de pé, virei na direção do quartinho externo, entretanto, em um momento parei e olhei para trás.

— Volto logo.

Segui meu caminho, não pensando demais sobre o que acontecia.

*Calanques: é um acidente geográfico encontrado no mar Mediterrâneo em forma de enseada ou baía. Eles são formados por erosão fluvial ou quando o nível do mar aumenta, causando o colapso do teto de uma caverna. Calanques são compostos por estratos de calcário, dolomita, dente outros minerais carbonatos.

*Escabefado: muito cansado ou esbaforido.

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