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Capítulo 21 parte 2

PEDRO

— Ei, cara, me empresta o desodorante? — Nicolas entrou no meu quarto e foi direto para o banheiro.

— Está na pia. — Nem sei por que respondi, pois meu irmão estava sem desodorante há uma semana e todos os dias usava o meu.

Eu já estava acostumado com o jeito que Nico tinha de postergar coisas pequenas. Não me irritava mais e até achava engraçado, para falar a verdade.

Permaneci sentado na cama, dedilhando o violão quando ouvi sua pergunta.

— O que está acontecendo entre você e a Linda?

— Nada.

Não foi uma resposta mentirosa, mas também não foi cem por cento verdadeira. Se fosse para ser sincero, diria que algo sempre aconteceu entre nós, eu só fui burro demais para não admitir logo no início. A diferença era que agora eu estava aceitando. Depois de ouvi-la contar sobre sua vida, pude entendê-la melhor. Minha admiração cresceu, assim como meus sentimentos, que ficaram mais fortes.

Havia passado apenas dois dias desde a nossa noite juntos na fazenda. Nesse tempo não parei de repassar em minha mente nossos momentos. Nem sei como consegui cumprir com minha promessa de não a tocar. Vontade não faltou, pois tudo nela me atraía. Tudo mesmo. Linda conseguia ser leve até mesmo contando coisas tristes. Mesmo que seu passado fosse amargo, ela se mantinha doce, bondosa, além de forte e corajosa, sempre seguindo em frente. Eu estava fascinado com o que ela era por dentro e por fora. Meus olhos não se cansavam dela.

Eu estava mais do que mexido. Na verdade, eu estava nocauteado por uma menina que eu sequer tinha beijado e, ainda assim, nunca uma companhia feminina havia me completado tanto.

— Nem vem... — Nico riu, me trazendo de volta — Todo mundo percebeu que vocês dois sumiram na noite da fogueira na fazenda.

Eu não devia satisfação a ninguém e não queria ficar me explicando ao meu irmão, mas não era um assunto só sobre mim. Linda estava no meio dessa equação. As pessoas não sabiam que ela tinha sido assediada por Hermann e de tudo mais que aconteceu depois. Então, por ela, quis deixar esclarecido.

— Não aconteceu nada. Só ficamos conversando.

Ele saiu do banheiro com um sorriso largo e malandro.

— Só acredito em você porque a garota de que estamos falando é Linda, mas, ainda assim, não muda o fato de que ficaram sozinhos no quarto por muito tempo... — Ele mal terminou de falar e, por azar, nossa mãe apareceu. Parei de tocar o violão enquanto Nico coçou a cabeça, ainda sorrindo, porém, agora um bem sem graça. — Putz... vou nessa.

Ele saiu do quarto sem se importar com a bomba — prestes a explodir — que tinha jogado em mim.

Nossa mãe levantou as sobrancelhas e, com as mãos na cintura, me encarou.

— Que história é essa, Pedro?

— Não foi nada demais, mãe. — Larguei o violão de lado e joguei meus pés para fora da cama.

— Você passou a noite em um quarto com Linda. Foi isso que ouvi.

— Não do jeito que está pensando.

— Você não sabe o que estou pensando. — Rebateu rápido.

Bufei, sentindo as têmporas latejarem só de pensar no quanto aquela conversa renderia.

Eu sabia que não adiantava ficar me esquivando da minha mãe. Ela ficaria no meu pé de todo jeito; pouco importaria se eu ficasse calado, só ouvindo, ou argumentando. Eu estava cansado de ficar me esquivando do cerco de minha mãe. A solução era ser o mais sincero possível.

Sincero com todos e, principalmente, comigo mesmo.

— Não aconteceu nada, está bem? Eu até queria que tivesse acontecido algo. — Falei com segurança, decido.

De todas as pessoas que eu conhecia, ninguém seria mais complicado de enfrentar do que dona Edna. Nem mesmo tia Shari e tio Luís me dariam tanto trabalho. Por que não começar pela parte mais difícil? Com isso, fique de pé, encarei minha mãe e soltei:

— Na verdade, eu quero que algo aconteça.

— Como assim? — perguntou com uma falsa calma, estreitando os olhos.

— Eu quero namorar Linda. Tipo, namorar mesmo.

Foram poucas vezes na vida que vi minha mãe ficar boquiaberta.

— Você está prestes a ir para universidade. Não tem como...

— Não interessa. — Interrompi, sem perder a firmeza. — Vou dar um jeito e tentar vir ao Brasil de seis em seis meses.

Ela me olhou quieta, em um silêncio que durou mais do que o normal. Eu sabia que sua mente estava trabalhando, procurando uma solução para que tudo ficasse sob seu controle. Então, de repente, ela empinou o queixo como se tivesse encontrado a solução.

— Sabe o que acho que deveria fazer? — soltou sem esperar por resposta, já com suas emoções comuns recuperadas — Ficar com Linda. Aproveite o máximo dessas férias, eu não falarei nada. Você será livre para fazer o que quiser com essa menina, então seja responsável e não a engravide! — enfatizou entre dentes. — Quando a viagem acabar e voltarmos para casa, quero que foque na sua mudança para os Estados Unidos. — Com a calma e frieza de sempre na voz, se aproximou mais. — Nossa família tem um plano, Pedro. Temos responsabilidades, um legado. Há anos estamos planejando o futuro de seu irmão e o seu. Não jogue as oportunidades no lixo.

— Não vejo como Linda poderia atrapalhar meu futuro. Ela é só uma garota. Que mal ela pode causar? Não entendo a sua raiva por ela.

Ela manteve a dureza nas feições.

— Viva a sua aventura e quando enjoar, volte para a realidade.

Assim que terminou de falar, se retirou.

Fiquei parado no mesmo lugar por um bom tempo, refletindo se deveria ficar preocupado ou feliz com sua "permissão".

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