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Capítulo 16 parte 1

PEDRO

Ao menos sorri. Foi espontâneo porque depois de tanta dedicação, tínhamos alcançado o objetivo.

Eu queria correr até ela assim como nossos colegas fizeram. Seria bom se eu pudesse abraçá-la, sentindo sua maciez e o cheiro da sua pele. Ela era única, diferente de tudo que conhecia na vida, e era por isso que eu tinha que manter a distância. Precisei me lembrar que quanto menos tocasse, melhor para nós dois.

Mas um sorriso não faria mal a ninguém. Afinal de contas éramos os grandes vencedores.

Graças a ela.

A primeira medalha de ouro da Roads São Paulo foi conquistada por alguém que um dia desprezamos e fizemos chacotas. Em troca, recebemos uma revanche com classe.

Um feito inédito e nobre da menina que, para muitos, não tinha pedigree.

Voltamos para o Brasil com a sensação de dever cumprido e fomos recebidos em um clima de festa em nossa escola.

Meu pai costumava dizer que o mundo atual estava estranho. Talvez ele tivesse razão, pois quem diria que o primeiro lugar de uma Olimpíada de Matemática não nos rechaçaria como nerds, mas sim como heróis.

Agora Linda era valorizada. As pessoas começaram a se aproximar dela, parte querendo ser seu amigo, e outros querendo mais que amizade. Ela continuou a mesma pessoa, gentil e simples.

Mesmo com a ovação ao seu redor, ela veio me procurar. Insistiu em saber o que havia de errado entre nós.

Nesse dia estávamos na quadra da escola. Eu sentado na arquibancada e ela de pé, com sua maldita saia colegial de sempre. Se ela soubesse o quanto aquele traje mexia com a minha imaginação... que seja! Eu estava convicto em não ceder aos seus encantos de menina inocente. Tive que arrancar forças das entranhas para abortar o desejo.

Era a hora de espantá-la de vez.

— Diga o que aconteceu. Por que está me evitando?

— Não aconteceu nada, Linda. — Respondi, tentando mostrar tédio. — Só não estou a fim de andar com você e ter que lidar com sua arrogância.

Momentaneamente ela se assustou com meu comentário maldoso, mas a menina era espeta. Logo mudou o semblante, estreitando os olhos e compreendendo a minha jogada covarde. Ela sabia que não seria rejeitada só porque estava lidando com um indivíduo caprichoso, um mimadinho que uma hora quer e outra hora não quer.

— Não sou arrogante, Pedro, e você sabe disso. — Falou com as mãos na cintura. — Está sendo desonesto, inventando essa mentira deslavada sobre mim. Só não sei o porquê. Mas não adianta ficar aí todo estranho, arredio e tentar me ofender, continuarei na sua cola até me dizer o que está acontecendo!

— Vai embora. — Murmurei, contrariado.

Seus braços desceram, ficando rentes ao corpo. Então apertou os punhos, como costumava fazer quando estava brava, e empertigando o queixo, falou:

— Eu vou, mas não desistirei de você!

Deu meia volta e se retirou.

Fiquei irritado e cheio de tesão. Sua teimosia nem um pouco favorável ao meu conflito interior. Eu precisava fazer algo que a fizesse entender que o melhor era estarmos longe um do outro. Uma atitude que a chocasse, se possível, fizesse-a me odiar.

A oportunidade apareceu.

Foi em uma excursão ao Forte de São João, em Bertioga, que tudo ferrou de vez.

Any Sanchez vinha investindo pesado para que voltássemos a ficar. Eu sabia que bastava enviar uma mensagem de telefone para ela aparecer em menos de um minuto, feliz por qualquer migalha de atenção. Sendo sincero, nem precisei de tanto esforço, pois ainda no ônibus a caminho do Forte, ela deu um jeito de estar por perto, se metendo na conversa entre meus amigos e eu, forçando uma espontaneidade que não tinha. Não tive remorso em usá-la como escudo contra Linda, a verdade era que Any não se importaria também. Ela era o tipo de garota que queria de ser o centro das atenções, gostava de estar perto de pessoas que alavancasse a sua imagem; uma necessidade estranha de se mostrar antes de provar seu valor. Sabe aquelas pessoas que querem a fama pela fama, mas não a obtém como consequência de algum talento? Essa era a Any. Por isso dei corda para ela durante o passeio. Andamos lado a lado, sorri sem mostrar os dentes para as asneiras que dizia, deixei que encostasse em mim, mesmo querendo afastá-la, e quando passou a metade do dia, eu já estava de saco cheio. Não via a hora voltar para casa.

Antes de voltarmos para a capital, fomos levados para uma área verdade que rodeava o Forte, o Parque dos Tupiniquins. Any aproveitou que os instrutores e professores se distanciaram e me roubou um beijo. Foi rápido, um simples encostar de lábios que durou poucos segundos. Para quem olhasse de fora não veria nada demais, apenas dois adolescentes agindo como adolescentes. Mas as ações de Any nunca eram inocentes ou espontâneas. Prova disso foi que, assim que afastou o rosto do meu, sorriu vitoriosa para então me dar as costas e olhar à nossa frente.

Logo entendi sua intenção. Linda estava há poucos metros de distância, estagnada, nos encarando com espanto.

Na mesma hora me senti um merda.

Mas, não era isso que eu queria? Por que não estava satisfeito?

Sem conseguir sustentar nossos olhares, ela abaixou a cabeça, virou e se distanciou devagar. Por impulso, fiz menção em ir atrás dela. Any segurou meu braço, e como se lesse meus pensamentos, falou:

— Se você for atrás daquela idiota, seu plano vai por água abaixo.

— Ela não é idiota. — Defendi Linda, lançando um olhar severo a Any, porém, sem desmenti-la sobre minha intenção.

Vendo que sua suspeita foi confirmada, sorriu com arrogância — porque ela sim era uma arrogante de mão cheia! —, e concluiu:

— É. Como pressupus. Você e eu queremos a mesma coisa.

Sim, queríamos a mesma coisa: Linda Montenegro longe do meu coração.

Minutos depois, fui verificar as horas em meu telefone e vi uma mensagem de Linda.

Ei. Tenho algo para contar. Uma notícia boa. Queria que fosse o primeiro a saber.

Li duas vezes. O horário do envio havia sido no início da manhã, talvez digitada dentro do ônibus da excursão.

Imediatamente imaginei toda o cenário: Como não visualizei a mensagem, ela veio me procurar. Any a viu se aproximando de nós e deu um jeito de intimidá-la com aquele beijo.

Droga!

O que Linda tinha para contar?

Fiquei na dúvida se a responderia ou não. Até então eu estava seguro de que romperia o contato com ela, mas depois ver seu rosto desapontado por causa de algo que fiz, não tive mais nenhuma certeza.

Odiei a mim mesmo por ser tão babaca. Em um minuto de consciência percebi que estava expulsando da minha vida um relacionamento que me fazia bem. Trazia leveza e alegria. Tive uma noção maior disso depois de passar o dia na companhia exaustiva de Any.

Com essa nova ideia e sem mais enrolação, a respondi.

Tudo bem. Podemos sentar juntos no ônibus. Aí você me conta. O que acha?

Ela visualizou quase instantaneamente, mas não tive retorno. Na certa havia desistido de compartilhar a boa notícia comigo. Decidi que a abordaria pessoalmente, no caminho de volta para São Paulo.

O problema era que havia dois ônibus e Linda conseguiu partir no primeiro, bagunçando o esquema de divisão de alunos em cada veículo.

Ela fugiu de mim, com certeza! Que danada!

Bufei de frustração, vendo Ami caminhar em minha direção. Estávamos no pátio do estacionamento — à espera da abertura da porta do segundo ônibus — quando a japonesa, com uma cara de poucos amigos, parou na minha frente e disse:

— Você, definitivamente, não sabe dar valor quando algo bom aparece na sua vida!

Não tive o que contestar. Ela e Linda eram amigas, andavam juntas para todo lado e tenho certeza que uma defenderia a outra se necessário, assim como confidenciavam coisas também.

Ami sabia o que tinha acontecido.

— Como ela está? — eu não tinha a intenção de me livrar da sua acusação, mas queria saber o quão Linda estava chateada.

— O que você acha? — riu, incrédula. — Olha, Pedro, Linda não é o tipo de garota com quem você está acostumado a lidar. Ela...

— Eu sei. — Interrompi, não querendo ouvir o sermão que viria.

— Então não seja um vacilão, entendeu? — sussurrou raivosa — Uma hora sendo legal, outra hora sendo babaca... suas atitudes são confusas demais!

— Ami, não é bem assim.

— Não preciso saber dos detalhes para entender todo um contexto, Pedro! Tudo que sei foi que até agora ela estava lutando por sua amizade, mas você conseguiu fazer com que ela desistisse. Satisfeito? Vocês voltaram à estaca zero! — suspirou, levou as mãos na cintura e olhou para o lado, desviando nossos olhares. Com a voz mais branda, continuou: — Quer saber? Continue do jeito que está. Não procure Linda, ignore-a, esqueça que ela existe porque quanto mais distante ela estiver do seu mundinho, melhor. — Ela voltou a me encarar. — Por mais que Linda goste de você, amizade era tudo que ela podia te oferecer no momento. Se você tivesse olhado menos para o próprio umbigo, entenderia os motivos dela.

Ami começou a se retirar quando meu orgulho falou por mim.

— Você fala sobre amizade como se fosse a mais fiel das amigas. Lembra que costumava andar com a gente? Lembra que fazia parte do nosso mundinho que você tanto despreza?

— Sim, me lembro bem. — disse com a de derrota. — Eu era amiga de vocês, mas vocês nunca foram meus amigos.

— Isso não é verdade, Ami. Não fomos nós que... — pausei porque não sabia quantas vezes teríamos que insistir para que a menina acreditasse em nós. — Olha, duvido que o Rup tenha feito...

— Não quero ouvir nada a respeito dele. Só estou falando com você por causa de Linda.

Por fim, ela virou as costas e se afastou.

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