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13: Manual de Conquista Para Garotos Idiotas

Pressionei os dedos com mais força contra a alça da mochila, sentindo a textura áspera arranhar levemente minhas digitais, e levei o cigarro clandestino aos lábios entre as quatro paredes da cabine do banheiro.

A ansiedade para pôr o meu plano em prática me fez acordar impossivelmente cedo, o que desencadeou minha chegada à escola muito antes do horário normal. Então, aproveitei para fumar e, enquanto tragava, repassava minha ideia quase-perfeita na cabeça para, enfim, conquistar cem-por-cento Luccas. Ou, ao menos, tentar fazer isso com a ajuda da sua melhor amiga.

Minhas têmporas latejavam como se meu cérebro estivesse sendo mergulhado em uma montanha de pregos enferrujados a cada segundo; consequência de não ter conseguido dormir direito com os pesadelos que acabei tendo com o palhaço sinistro para burro de It. Porque, ao que aparentava, minha mente ainda não tinha entendido que eu acabara de fazer dezessete anos, não sete, idade em que é aceitável ter medo de filmes de terror.

Um suspiro cinzento me escapou, conforme deslizava as orbes pela parede repleta de desenhos bizarros de órgãos genitais e palavrões escritos com canetinha. O fone em meus ouvidos chacoalhava meus miolos ao som de O Poeta Está Vivo, de Barão Vermelho.

Viajando na letra que carregava vislumbres de esperança e otimismo em cada frase, mantive o cigarro preso na boca e fisguei uma caneta na mochila.

Com o objeto em mãos, curvei o tronco em frente à parede inundada de rabiscos e me pus a deslizar sua ponta em um canto vazio da superfície de plástico resistente, materializando um trecho do que deveria ser o meu poema favorito de Clarisse Lispector por trás da fina camada de fumaça que ondulava o ar.

Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno e asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

Poetize o mundo, era o que estava tatuado em algum canto abstrato da minha cabeça desde a primeira vez que li uma poesia, carimbada entre as páginas de um livro velho para caramba na prateleira de uma biblioteca.

Lembro que foi como se um milhão de pássaros silvestres pairassem em torno da minha cabeça, para, depois, me puxarem pelas roupas rumo a um lugar melhor além das nuvens — ignorando o fato de que eu provavelmente não conseguiria respirar direito em uma altura tão enorme. E a ideia de fazer com que mais pessoas sentissem isso era bem incrível.

Certo. Hora da ação.

Pressionei a bituca na parede, e a joguei na lixeira próxima aos meus pés. Em seguida, abandonei a cabine e me pus a andar pelo corredor, escorregando a atenção por todos os lugares e rostos ao meu redor, até capturar um amontoado de fios que desciam em uma cascata de cachos até as costas de uma garota, cujas feições distraídas no caminho que fazia há alguns metros me trouxeram um estalo de reconhecimento imediato.

Aproximei-me dela, sorrateiro feito um espírito das trevas.

— Oi!

Amélia se virou para mim abruptamente, e ergueu os braços em frente ao corpo como se planejasse me acertar com um golpe marcial muitíssimo elaborado.

— Ah, é você. — Pareceu ser atingida por um misto esquisito de alívio e decepção, deixando as mãos penderem ao lado do corpo.

— É, acho que sou. — Ri. — Olha, eu preciso da sua ajuda.

— Para...? — Ergueu a sobrancelha.

— Para... entender um pouco mais o Luccas.

Não queria dar muitos detalhes do que estava pretendendo fazer com essas informações, para não acabar envergonhando Luccas ou qualquer coisa parecida. Porém, pelo sorriso torto cheio de detalhes escondidos que Amélia me lançou, pude jurar que ela já sabia.

— Certo. Vamos a um lugar depois das aulas. Vou arrumar um jeito de despistar o Luccas. — Abriu um sorriso cheio de dentes. — Isso vai ser tão legal! Eu vou ser tipo um cupido!

— Espera, você... já sabia? — Apertei os cílios, ligeiramente cético.

— Comecei a desconfiar quando vocês saíram juntos da festa. Depois, conforme via vocês passando mais tempo juntos, tive certeza. — Sorriu. — Você é muito óbvio, a propósito.

Era uma verdade inegável.

— Você.... acha que ele também gosta de mim? — sussurrei, incerto.

— Isso, eu não posso te responder com exatidão, mas acho que sim. O Luccas é um cara meio fechado, entende? Ele arrumou um jeito de ser praticamente intransponível com o passar do tempo, de um jeito que torna difícil detectar esse tipo de coisa. Mas eu comecei a perceber que eu era importante para ele, quando começou a se abrir sobre coisas íntimas para mim. Pensamentos simples, mas um tanto viajados, daqueles que a gente não costuma comentar em voz alta. Ele já fez isso com você? — Sorriu, instigando-me a fazer o mesmo ao constatar que Luccas já me presenteara com divagações assim.

— Já. Mas e se... — A semente da paranoia começou a germinar na minha cabeça. — Ele estiver me vendo só como um amigo? Ai, meu Deus... — Levei a mão à testa, quase suando de nervoso com a possibilidade.

— Calma, calma. — Deu risada. — A gente vai descobrir isso, mas depois das aulas. Agora, finge que a gente estava conversando sobre, sei lá, minhocas voadoras, porque o Luccas tá vindo.

A frase quase fez o meu coração virar do avesso, e, antes que pudesse pensar em qualquer coisa, o garoto em questão estacionou ao meu lado. A única reação que consegui ter foi rir, como se Amélia tivesse acabado de contar a melhor piada do século.

— Meu Deus, você é muito engraçada! — exclamei, curvando-me para frente com a mão na barriga para dar mais ênfase.

Olhei de relance para Luccas, e pude vê-lo erguer a sobrancelha em estranheza na minha direção.

— Ah, eu não quis... atrapalhar a conversa de vocês. Posso sair, se preferirem. — Seu tom foi neutro, e os dedos puxaram levemente a alça da mochila.

— Ah, não, a gente só estava conversando sobre minhocas. — A resposta me escapou, antes que pudesse pensar sobre ela.

Amélia levou a mão à boca, contendo o ímpeto de rir, e Luccas assentiu em um movimento cauteloso.

— Não sabia que vocês estavam se tornando próximos.

— Ah, foi inevitável. Ele agora é seu amigo, afinal de contas. — disse a garota, com um sorriso, e tocou meu ombro com a palma, iniciando uma massagem despreocupada na região.

Os olhos de Luccas foram fisgados pelo movimento, e permaneceram nele por um instante longo demais, até deixar o ar lhe escapar em um pequeno suspiro e baixar as vistas.

— Tudo bem. — Esfregou a nuca, parecendo um tanto frenético. — Eu já vou indo, de qualquer forma. Tenho.... Hm... uma lição de geometria para terminar antes da aula.

— Tá bom... — Foi só o que consegui dizer, embora minha vontade fosse pedir que ficasse para sempre.

Dito isso, começou a se distanciar de nós a passos equalizados no corredor.

— Ai, meu Deus, ele ficou com ciúme de você! — Amélia bateu palmas com a sua constatação, visivelmente animada.

— O quê? — Soei confuso.

Ela rolou os olhos.

— Garoto, você é uma anta. Não percebeu o jeito que ele olhou pra gente? Nem a desculpa esfarrapada que deu para ir embora? O Luccas nunca deixa uma lição de casa sem terminar!

Disso, dava para ter certeza.

Um sorriso inevitável riscou meu semblante, que certamente se iluminara feito o sol com as palavras de Amélia.

— Certo. Temos um sinal. E agora?

Seus lábios se curvaram em esperteza.

— Vamos atrás dos outros.

— Tudo bem, deixa eu ter certeza se entendi... — Luís entornou mais um gole do seu refrigerante no sofá, dentro de um short florido cobrindo parcialmente as pernas abertas de modo despojado. — Vocês querem que eu ajude o ex-idiota que mexia com o Luccas na infância a conquistar ele? — Riu, como se a ideia lhe fosse absurda.

Amélia bufou ao meu lado, cruzando os braços em frente ao corpo em um movimento que atraiu minha atenção para a elevação notável dos seus seios.

Uau. Eram bem bonitos.

Forcei-me a desviar o olhar de imediato para não parecer uma espécie de tarado por peitos, apesar de ter quase certeza que eu era exatamente isso, dado o impulso que sempre tive em querer agarrá-los ou os provar com a língua em todas as vezes que fiquei com alguma garota.

Eu gostava de beijá-las. Elas tinham uma coletânea de cheiros adocicados que embebiam meus sentidos, assim como um jeito único e sublime de tocar que deixava meus poros em chamas.

Na verdade, sentia, há muito tempo, que o gênero das pessoas de modo geral não era importante para mim. Sentia-me atraído por suas personalidades, jeitos, manias e sorrisos antes de tudo. Por isso, era difícil entender o que diabos eu era no final das contas.

Se gostasse apenas de garotas, seria hétero. Somente de caras, gay. Mas alguma coisa dentro de mim sempre disse que nenhum desses termos seriam suficientes para comportar a minha imensidão interna, e a diversidade de seres humanos pelos quais já havia ansiado.

— Olha, a sua ajuda era a última que eu queria pedir, mas acho que vamos precisar dela. — Amélia falou, erguendo o nariz pontudo para Luís.

Os lábios dele se curvaram em divertimento, com uma miríade de centenas irradiando no seu olhar direcionado à moça.

— Vocês têm certeza que conhecem minimamente o Luccas? — Seu timbre rouco tornou a se dissolver no ar. — Aquele garoto é incrível, mas o coração dele não está aberto para um romance desde quando eu o conheci, há uns quatro anos. Por que acham que estaria agora? E com alguém que aparentemente o machucou tanto no passado? — Sua pergunta não carregou traços de rispidez, apenas uma mescla de curiosidade e interesse palpável, que o fez se inclinar para frente enquanto aguardava a resposta.

— Fala sério, nunca viu ele se apaixonar nesse meio tempo? Nunquinha? — inquiri, um tanto aflito.

Se nenhuma outra pessoa havia conquistado Luccas anteriormente, quem era eu para acreditar que conseguiria, sendo tão fodido?

Sem qualquer parâmetro pré estabelecido para seguir, a ideia de fazê-lo se apaixonar por mim se tornava tão inviável quanto comer e plantar bananeira ao mesmo tempo, enquanto tentava recitar um texto em árabe de trás para frente. E eu sequer falava árabe!

Luís balançou a cabeça, negando.

— Não. Nunquinha. — Provavelmente notando o desmoronar das minhas feições, apressou-se em continuar: — Mas isso não quer dizer que seja impossível, sabe, ele se apaixonar por você.

— Ai, meu Deus, significa sim! — Quase berrei, levando a mão à testa conforme meus pés se punham a andar sem qualquer noção de rumo pelo tapete puído da sua sala. — A gente não sabe qual é o tipo dele!

Luís levantou e, inesperadamente, me agarrou pelos ombros, sacudindo-os como que para fazer meus miolos voltarem ao lugar.

— Não se atenha à isso, idiota. — advertiu, soltando-me pouco depois. — Foque no que realmente importa, que são as coisas que ele gosta e o que o afeta de forma positiva, no quesito palavras e essas coisas. Não precisa fingir ser alguém que você não é, até porque ele não se apaixonaria por você, e sim por essa outra pessoa. Só... seja você, entende? Talvez, um pouco mais romântico do seu jeito, mas... você entendeu o que eu quis dizer.

— Está sugerindo que eu faça algum tipo de... coisa romântica para ele? — Torci os lábios em uma careta.

Romantismo nunca foi uma coisa a qual eu exercitei bastante dentro de mim, e não fazia ideia de por onde começar. Porém, tive certeza de que certamente teria de praticar logo que Amélia estacionou ao lado do rapaz à minha frente, e lançou-me um sorriso audaz.

— Isso, aí. E a gente vai te ajudar nessa missão incrível!

S

audações, terráqueos!

Ces acham que esse plano vai dar certo? Hahaha.

O que será que o Oliver vai aprontar?

Vai dar bom ou vai dar desastre?

Gostaram do capítulo? Hahaha.

Espero que estejam curtindo! Beijos de nuvem pra vcs <3

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