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Capítulo 27.

Música indicada para ler o começo do capítulo acima.

Respirei fundo e admirei o menino ao meu lado. Ele bocejava enquanto admirava as estrelas.

Concordamos que precisamos conversar, mas já estamos alguns minutos calados, e eu não tenho coragem de começar a falar.

— Sabe – Meu corpo estremeceu com sua voz baixa. — Eu vi as estrelas sozinho durante muito tempo. É bom ter você aqui novamente. – Meu coração acelerou e eu admirei seu sorriso feliz.

— Eu também. — Sorri junto a ele. Um vento frio passou por nós e eu agradeci a lua por trazer ele novamente para mim.

Ela cumpriu sua promessa.

Vendo ele ali, tão lindo e tão perto, tomei coragem para falar.

— Din – O chamei com um entalo na garganta. Comecei a balançar meus pés, que estavam na parte de fora do telhado, tentando me manter calma. — Nesses quatros anos eu me preocupei com você. Me preocupei com suas crises de choro e se você conseguiria dormir sem mim. – Puxei o ar, sentindo meus olhos marejados. — Eu senti tanto sua falta. Falta das nossas conversas de tarde, da sua voz, de tudo. – Encarei meus pés, espremendo os lábios e fechando os olhos com força. — E isso doía tanto. – Minha voz falhou, e quando percebi estava molhando o tecido da minha calça. — Doía tanto, Din. – Segurei o tecido da minha blusa com força e mais lágrimas descendo.

— Eu sei. – Meu fôlego foi embora quando ele passou os braços em volta do meu corpo. — Eu também passei por isso. – Me virei para olhá-lo. Seus olhos cintilavam e seu rosto estava molhado. — Eu sei. – Repetiu, só que dessa vez com a voz abalada. Espremi os lábios e o abracei com força.

Seu corpo era quente, mesmo estando em plena madrugada. Seus braços eram confortáveis e me apertavam com cuidado. Quando ele juntou mais nossos corpos pude finalmente respirar.

— Você pode chorar no meu ombro também, idiota. — Murmurei entre soluços quando percebi que ele parecia tímido.

— Eu também senti sua falta. – Contou de maneira rouca entre meus cabelos. — Eu fiz tanta merda sem você. Lory, eu queria tanto que você estivesse ao meu lado. – Afundei meu rosto em seu ombro e apertei o tecido de sua camisa, chorando ainda mais. — Eu... Eu precisava tanto de você. – Nossos calores se misturaram e então, o tecido da minha blusa começou a ser molhado.

Ele estava chorando em meu ombro como nos velhos tempos.

O abraço ficou mais apertado, como nossa vida dependesse disso, como precisássemos do calor um do outro para viver.

Respirei contra seu corpo, e logo seu cheiro doce invadiu minhas narinas, fazendo um sentimento bom dominar meu coração.

Sorri com isso.

— Eu te amo. – Sussurrei, e por causa dos soluços, a frase saiu indecifrável. Abracei seus ombros e respirei calmamente, afundando minha cabeça em seu ombro.

Naquela noite, nós, assim como nos velhos tempos, apreciamos o calor um do outro e consolamos um ao outro. Naquela noite, mesmo que ele não tenha escutado, me confessei. E com isso pude sentir um dos melhores sentimentos, o amor sem medo.

Não importa se ele não sentir a mesma coisa, eu não irei desistir dele, não desistirei do seu calor nem de sua voz. Não desistirei de Dilan Peterson.

Mas agora, com ele acariciando minhas costas e respirando calmamente em meu ombro, acho que posso ter um pouco de esperança.

Porque em uma noite noite fria, eu descobri o que é ser aquecida pelas lágrimas de saudade de uma pessoa. Em uma noite fria, eu e Din choramos nos braços um do outro.

Porque naquela noite, a lua foi testemunha do nosso amor.

— Din – O chamei. Não sei há quanto tempo estamos assim, nos braços um do outro, mas sei que por mim, poderíamos ficar a noite inteira desse jeito. — Din? — Afastei nosso corpo e encontrei seus olhos brilhantes. — O que foi? – Meu coração se partiu ao ver ele soluçando. Passei a ponta dos dedos por seu rosto, tentando secar suas lágrimas.

— Foi minha culpa, Lory. – Ele estava desmoronado. Sua voz era quase irreconhecível e ele chorava cada vez mais. — O Stephan... Ele... – Din não conseguia nem completar uma frase por causa dos soluços. Voltei a abraçá-lo com força.

— Se acalma. – Levei minhas mãos até seus cabelos e os acariciei. Meu coração estava descontrolado, e eu apreciava os fios finos entre meus dedos. — Eu estou aqui com você. – Sussurrei calmamente para ele. O telhado ficava cada vez mais frio e eu podia sentir o menino tremendo em meus braços. — Eu estou aqui para você. – Ele respirou profundamente em meu ombro, tentando se acalmar e, aos poucos, seu choro cessou.

— Obrigado. — Murmurou contra minha pele. Sorri com isso e deslizei minha mão até seu pescoço.

Afastei nossos corpos e sustentei seus olhos tristonhos. — Isso é por ter parado de chorar. – Mantive minha mão em seu pescoço e, num movimento rápido, beijei sua testa com carinho. Voltei a encarar seus olhos, agora intensos. — E isso é por ter molhado minha blusa. – Dei um peteleco na mesma, arrancando uma risada gostosa dele.

— Você também molhou a minha. – Ele deu um na minha testa e eu acabei rindo junto.

Ficamos em silêncio, apenas rindo e apreciendo o som da risada um do outro.

Era bom e reconfortante.

Admirei seus olhos castanhos com o coração abalado. As risadas cessaram, dando espaço para uma atmosfera leve.

— Lory – Din me chamou, logo depois estalando o pescoço. Observei seus traços esperando ele terminar sua fala. Porém, quando sua mão foi parar em meu queixo, não consegui pensar em mais nada. — Isso é por você estar aqui. – Seus lábios quentes tocaram minha testa, causando um longo arrepio por meu corpo.

Me perdi em seu toque morno.

— E isso por ser minha estrela. – Seus braços voltaram a cobrir meu corpo, num abraço mais calmo e tranquilo.

Meu peito latejava e meu coração batia rapidamente. O abracei de volta, me sentindo embriagada com esse amor.

Eu o amo tanto.

— O certo é mestra. – Disse de forma brincalhona logo ao nos separarmos, o fazendo rir. — Não se esqueça disso, baixinho. – Baguncei seus cabelos, mas, diferente de antes, ele pareceu não se importar pois uma risada feliz ocupou todo espaço.

Talvez papai esteja certo, talvez estejamos amadurecendo. E eu fico feliz por estar acontecendo isso com ele ao meu lado.

Estamos crescendo juntos novamente.

— Você quer que eu durma com você? – Indaguei sem pensar, me arrependo no mesmo momento quando vi suas bochechas corarem violentamente. — Ah... Quer dizer – Tropecei nas palavras, sentindo meu rosto queimando.

— Tudo bem. – Concordou de repente, me deixando em choque. — S-só um pouco. – Gaguejou de maneira fofa. — Acho que só um pouco não tem problema. — Sua voz ficou baixa e ele desviou o olhar, coçando o pescoço em seguida.

A adrenalina subiu por meu corpo, e quando, meu coração parecia que ia sair pela boca, me perguntei se tinha sido uma boa escolha perguntar aquilo.

Mas era tarde de mais para negar, porque, quando percebi, Dilan estava segurando minha mão e já estávamos dentro de seu quarto.

Minha respiração acelerou e eu tentei me manter calma com seu toque quente, mas era impossível quando eu gostava tanto dele.

Encarei seu cama com o coração na garganta. Ela estava perfeitamente arrumada, pois Din não costuma se mover muito enquanto dorme. Sem pensar me deitei primeiro nela, ficando do lado da parede. Mas logo me arrependi quando Din se deitou a minha frente, me impedindo de sair dali sem dificuldade.

— Din – Toquei seu peito sem saber o porquê, mais eu gostei quando senti sua pele quente contra minha mão. — Din, você cresceu. – Admiti ao ver seu tamanho comparado ao meu. Suas pernas iam até o final da cama, enquanto as minhas não.

O cômodo era mais escuro do que o telhado, deixando eu apenas ver seus cabelos e olhos iluminados pela luz da lua.

Era uma imagem tão linda que acabava com minhas estruturas facilmente.

Din riu, uma risada gostosa que tomou conta do cômodo inteiro. E por impulso tapei sua boca.

Seus olhos intensos sustentaram os meus e pude sentir meu coração perdendo uma batida.

Só de ter seus lábios contra a palma de minha mão já me deixava nervosa. Eram cheios e macios.

— N-não faça tanto barulho. – Pedi, tentado esconder minha vergonha, mas foi em vão.

O menino segurou meu braço com carinho e tirou minha mão de seus lábios. Murmurei um "desculpa" sem conseguir encará-lo.

Aquele situação era vergonhosa, mas não desconfortável.

Eram bom estar em sua cama macia, sentindo seu calor bater em minha pele, sentir sua respiração em meus cabelos.

Era maravilhoso.

Timidamente e sem falar nada, levei minhas mão até seus cabelos e os acariciei. Devagar, pude sentir sua respiração ficando mais calma. Levantei os olhos, encontrando seus glóbulos fechados.

Com minha mão livre tirei uma mecha de cabelo de seu rosto e admirei sua face serena.

— Tão lindo... – Sorri sozinha, sentindo meu coração leve. — Eu te amo. – Sussurrei com um pequeno pânico de ele ter escutado, porém, para o meu alívio, ele continuou dormindo serenamente.

Me ajeitei no colchão confortável e admirei seus lábios entre abertos. Quero beijá-los.

Porém, apenas beijei seu rosto macio, e com o vento calmo entrando dentro daquele quarto, comecei a sentir meus olhos pesados e, sem perceber, dormi.

Dormi em seus braços, sentindo seu calor e sua respiração. Dormi no melhor sono da minha vida.

                      ...*...*...

— Lory. – Senti mãos balançando meu corpo, mas não abri meus olhos. Queria continuar no sonho em que estava. — Lory. – Sua voz ficou mais alta e sua mãos correram para meus cabelos. — São quatro da manhã. – Me arrepie quando ele falou em meu ouvido, fazendo-me abrir os olhos.

Encontrei seu rosto amassado e acabei rindo. Me virei de costas e afundei meu rosto no travesseiro, rindo baixinho.

— Lory. – Suas mãos tocaram meus quadris e ele me virou. — Acorda, são quatro da manhã. – Suas mãos quentes me apertavam, e só então me dei conta que não era um sonho.

Admirei seus olhos castanhos ainda sentindo o aperto.

Me sentei na cama rapidamente, ficando atordoada logo em seguida. — Din? – Pisquei várias vezes, tentando entender onde eu estava. O menino tirou meu cabelo do rosto e sorriu para mim.

— Você acabou dormindo aqui. – Seu sorriso cresceu, causando reação em meu coração que acelerou. — Você precisa ir. Já são quatro da manhã. – Arregalei os olhos e segurei seu pulso, olhando seu relógio.

4:36 da manhã.

Puxei o ar, tentado me acalmar. Pulei rapidamente do colchão e corri em direção a porta.

— Lory – Din puxou meu braço, me forçando parar. — Antes de você ir quero te falar uma coisa. – Meu fôlego foi embora e meu coração perdeu as batidas. Sustentei seus olhos, com meu corpo num mar de nervos. Ele ficou calado e passou as mãos nos cabelos. — Você está com bafo. — E então soltou meu braço e caiu de cara no travesseiro, rindo de forma nada discreta.

Senti o sangue subir para meu rosto, queimando minha pele.

— Você também, seu idiota. – Dei um tapa em sua bunda e sai rapidamente daquele quarto, deixando o menino com suas gargalhadas para trás e rindo junto também.

As ruas estavam vazias, mas de longe podia escutar uma música alta e gritos. Caminhei rapidamente para casa, já imagindo várias maneiras que minha mãe podia me matar e como ela faria.

Me surpreendi ao chegar em casa e encontrar tudo desligado. Eu esperava uma recepção cheia de esporros.

Subi as escadas devagar e entrei em meu quarto, caindo na cama logo em seguida. O gatinho pulou em cima de mim e começou a ronronar. Dei carinho em seus pêlos, apreciando as batidas lentas de meu coração.

— Estrela, eu dormi na cama do garoto que amo. – Sorri sozinha, fitando o teto branco a cima de mim. — Ele fica tão bonito dormindo. – Mordi os lábios, lembrando de seu rosto sereno. — Estrela, eu quero beijá-lo. – A imagem de seus lábios entre abertos vieram em minha mente e logo minhas bochechas queimaram. — Mas isso não é novidade. – Sorri com minhas palavras e relaxei no meu colchão antigo, logo pegando no sono.

Mamãe veio chegar pelas sete da manhã. Escutei a voz de Travis na porta de casa e depois de seu carro indo embora.

Vou dar um esporro nela por chegar tão tarde.

Acabou que eu só dormi uns trinta minutos por causa de um sonho que tive, que tirou meu sono.

Nele, Din beijava muitas meninas e dormia com Melanie. Acordei correndo para o banheiro e vomitando.

Agora estou olhando com os olhos semicerrados para minha mãe enquanto mastigo uma torrada.

— Dona Megan. – A chamei, vendo a mesma jogar a bolsa no sofá. Ele me encarou com um olhar atento. — Você viu a hora que chegou? – Levei minha xícara de café até e boca e provei o líquido amargo, sem tirar os olhos de minha mãe.

Ela revirou os glóbulos e foi direto para o banheiro.

— Não tenho que te dar satisfação, Lory. Eu sou a mãe. – Sorri, já sabendo que ela falaria isso. Joguei o café, que infelizmente tinha ficado horrível fora e fui mandar uma mensagem para Tessa.

Quero contar tudo que aconteceu.

Ela respondeu que logo chegaria em minha casa e realmente foi assim. Dei um beijo em minha mãe antes de ir, e a mulher apenas pediu desculpas por não chegar a tempo para fazer meu café.

Sai de casa, dando de cara com  a ruiva que possuía um sorriso enorme nos lábios.

— Oi, princesa. – Me cumprimentou de forma animada assim que me sentei no banco macio. A abracei, ansiosa para contar tudo.

— Dirigi devagar, tenho que te contar muitas coisas. – Afirmei sorridente, e seus olhos brilharam.

Contei tudo para Tessa que sempre gritava.

— Vocês deviam ter transado. – Resmungou com as bochechas cheias fazendo meu rosto queimar.

— C-claro que não! – Rebati no mesmo instante, não sabendo como lidar com meus pensamentos.

— Hum... – Tess me olhou de maneira estranha e depois sorriu maliciosamente. — Não vem me falar que nunca pensou nisso. Sabe, é normal sentir desejo corporal quando está apaixonada. — Ela falava tão naturalmente e isso só piorou tudo.

Usei minha mochila para esconder meu rosto e a ruiva começou a rir alto. — T- Tess. – Murmurei me sentindo complemente envergonhada.

A verdade é que eu já pensei nisso, mas não em ele comigo, e sim com as garotas que ele talvez tenha ficado.

Eu não posso ficar magoada com algo que só é uma preposição.

Sai dos meus pensamentos quando senti o olhar de Tessa queimando minha pele. Comecei a brincar com a janela do carro, desconfortável com o que ela estava fazendo.

Estava me lendo, ela é boa em fazer isso.

— Não. – Falou de repente me deixando confusa. — Ele é virgem. – Pisquei várias vezes, fitando a menina que sorria ao olhar a pista. — Ben me falou. – Juntei as sobrancelhas. Por que diabos ele falaria isso? — Eu que pedi. – Revelou me deixando ainda mais confusa. — Sou uma prima preocupada. — Explicou como se estivesse lendo minha mente.

Eu tenho medo da Tessa nesse sentido, por isso tento não mentir perto dela.

Ela provavelmente descobriria.

Foi impossível não sentir um enorme alívio me dominando, porque, afinal, isso estava tirando o meu sono.

— Obrigado. – Sussurrei, me sentindo realmente aliviada. Tess sorriu para mim e voltou a falar.

— Deixando seus pensamentos impuros de lado, a Becca nos convidou para uma festa. – Revelou com os olhos brilhantes. — Eu estou tão animada! – Prendi meu cabelo num coque forte e acompanhei seu sorriso.

— Vai ser onde? – Indaguei observado suas sardas. Elas pareciam mais numerosos, provavelmente por causa do sol.

Um vento calmo entrou no carro, fazendo nossos cabelos voarem.

— Na casa dela. – Tess soltou o ar, com um sorriso largo nos lábios. — Aí Cristo, estou tão ansiosa. – Sua animação pareceu me contagiar e, quando percebi, estávamos planejando como iríamos nos divertir ao máximo.

A viagem no carro passou voando. Tessa disse que passaria na minha casa mais tarde para irmos comprar roupas "sem muito tecido."

A verdade é que não sei se posso ir, mas quero muito. Vai ser minha primeira festa e eu estou animada.

Talvez Din vá também, e talvez, eu possa me soltar um pouco e fazer coisas que não faria normalmente.

Abracei a ruiva de maneira apertada e depois sai do carro. O sol quente me recebeu de braços abertos. Fui diretamente para dentro da escola, onde tinha ar condicionado. A maioria dos adolescentes estavam alí também. Me sentei em um canto qualquer, jogando a mochila no colo e tirando meu celular do bolso.

O cômodo estava refrescante e pude sentir meu corpo agradecendo por isso. Esses dias andam muito quentes.

Passei a mão no pescoço úmido, e meu corpo congelou quando vi cinco mensagens do Din.

"Ontem eu falei umas coisas meio doidas."

"Desculpa"

"Ah, e eu não vou para escola hoje. Estou doente"

"Kkkkkkkkkk"

"Você pode passar aqui se quiser. Mamãe quer te ver e Smuff também"

Quando terminei de ler as mensagens um sorriso idiota não saia do meu rosto. Mordi os lábios, tentando me manter calma.

"Talvez eu passe aí, já que, a casa da Tess e perto da sua"

"Melhoras, e se alimente direito."

"Também quero ver dona Suzana e Smuff maakkakka"

Fiquei relendo as mensagens e rindo sozinha. Ontem nós ficamos ainda mais próximos. Sinto que posso fazer e falar as coisas sem medo, porque, além do mais, nós choramos nos ombros um do outro e apreciamos o calor um do outro.

Como eu sentia falta disso.

Guardei o celular na mochila e fechei os olhos, tentando reviver os momentos de ontem.

"Eu te amo". Meu coração deu um pulo para logo acelerar quando pensei na minha declaração secreta.

— Lory – Tomei um susto quando uma voz grossa encheu meus ouvidos. — Desculpa. Não foi minha intenção te assustar. – Trevor revelou rindo e se sentando ao meu lado. — Então, como anda a vida? – Sorri junto com ele e mordi os lábios tentando me acalmar.

Ele parecia mais bronzeado.

— Anda bem. – Admiti admirando seus olhos verdes. — E a sua? – Trevor passou a língua entre os lábios e depois sorriu.

— Bem. – Sua voz era sincera. — Emy fez amigas novas. Isso é muito bom. – Contou com os olhos brilhantes, tirando um sorriso de mim. É bom saber disso.

O sinal tocou e fomos juntos para os corredores. — Você está sabendo sobre a festa daquela sua amiga doida? – Fechei meu armário e joguei a mochila por cima dos ombros.

— Qual delas? – Indaguei fazendo Trevor juntar as sobrancelhas. — Sim, eu estou sabendo. – Contei rindo discretamente enquanto íamos para sala.

— Ah, então quer dizer que você vai? – Ela parou na minha frente, me deixando confusa. — Eu posso te dar uma carona se quiser. – Mordi os lábios e neguei com a cabeça, desviando caminho e passando por ele.

— Não. Uma amiga vai me levar, mas obrigado. — Agradeci sem encará-lo e pude escutar o mesmo suspirando atrás de mim. Entrei na sala e me sentei ao lado de Benjamin, que estava novamente com o pé na minha cadeira. — Você só pode estar de brincadeira. – Tirei seus pés sem delicadeza e me sentei. — Você vai para a festa da Becca? – Indaguei colocando meu material sobre a mesa.

Quando recebi o silêncio como resposta, o fitei.

— Benjamin. – Chamei-o, fazendo me encarar. — Você vai para a festa da Becca? – Indaguei novamente. O louro guardou o celular no bolso e respirou fundo.

— Não sei. Só falei com ela uma vez por causa da Tessa. Acho meio estranho ir para a festa de pessoa sem nem conhecê-la. – Concordei com ele. Não faria algo do tipo sem nem ter conversado com a pessoa.

— Mas você vai conosco. Vai ser divertido. – Empurrei seu ombro tentando convencê-lo. — A Emily conhece a Becca. Não vai ser tão estranho assim. – Revelei sorrindo de maneira confiante. Ben suspirou novamente e então assentiu.

— Ela quer ir, então vamos. – Ele apoiou os cotovelos na mesa e coçou a cabeça. — Mas eu realmente odeio festas. – Acabei rindo com a careta estranha que ele fez.

A animação subia por minhas veias e podia sentir toda euforia dentro de mim.

Minha primeira festa.

O professor começou a falar sobre o evento de artes que teríamos daqui duas semanas. Ele é o evento mais esperado do ano e os ganhadores do último ano podem ganhar uma bolsa para Yale.

Podia ver o sorriso de Ben ao escutar aquelas palavras. Ele estava torcendo pela namorada, e eu também.

Faculdade... Não é algo que penso muito. Nem sei se quero fazer uma...

Respirei fundo e sai da sala quando o sinal tocou. Fui diretamente para saída onde Tessa disse que estaria.

Mandei uma mensagem para minha mãe falando para onde estava indo e então entrei no carro.

— Parece que o jogo virou, não é mesmo? – Becca falou ficando de joelhos no banco da frente e se virando para me encarar. — Você me fez ir no banco dos passageiros junto com aquele playboyzinho chato. — Acabei rindo com sua expressão brava. — Que garoto insuportável. Ele estava quase te comendo com os olhos. – Bufou se virando para frente.

Senti minhas bochechas queimarem e os olhos brilhantes de Tessa ajudaram nisso.

— Que playboyzinho, Lory? — Mordi os lábios e fitei o estacionamento da escola. O sol quente batia no vidro do carro e queimava meus joelhos. Merda, por que Becca tinha que abrir a boca?

— Nossa Tess. Está tão calor hoje, acho que torrou meu cérebro. Não sei do que Becc está falando. – Ambas meninas semicerraram os olhos, me fitando intensamente. Sorri sem jeito e me ajeitei no banco.

— Desembucha. – Suspirei frustada e elas riram. Sei que não vale a pena esconder nada de Tess, ela acabaria descobrindo.

Contei tudo para a mesma, até a parte que tenho irmãs agora.

A ruiva ficou em choque, tentando falar algo, mas sempre gaguejando. Ficamos uns vinte minutos naquele estacionamento só observando Tess, que estava perplexa.

— Eu não acredito! – Sorri com sua fala exagerada.

— Nem eu! — Becca segurou seu braço. – Mas quem é Melanie? – Joguei minha cabeça para trás e ri alto. Becca mordeu os lábios e me fitou seriamente. — É sério, gente. Quem é essa menina? – Tessa ligou o carro sem falar nada, e logo, estávamos deixando o estacionamento da escola para trás.

— Minha meia irmã e ex namorada do Din. – Cruzei as pernas e tirei meu celular do bolso. — Essa. – Mostrei a foto que tínhamos tirado no jantar. Becca juntou as sobrancelhas, tentando reconhecer a ruiva. — Ela era loura e tinha o cabelo até a cintura. – Afirmei fazendo a mesma me fitar e depois voltar sua atenção para imagem.

— Não conheço. – Admitiu parecendo frustada. A mesma se virou para frente e se ajeitou no banco. — Que saco, achei que conhecia todo mundo dessa cidade. – Arregalei os olhos, surpresa com sua afirmação.

Nossa cidade é pequena, mas é impossível conhecer todo mundo.

— Impossível. – Cruzei os braços a fitando seriamente. A garota de cabelos azuis se virou para mim, com um olhar desafiador e um sorriso esnobe.

— Mais da metade, pode ter certeza. – Admitiu de maneira confiante, fazendo eu e Tessa revirarmos os olhos. — Não acreditam? – Indagou nos observado, e ambas negamos com a cabeça. – Então esperem até a festa. – E então se virou para frente, com um ar confiante.

Tessa riu discretamente e ligou a música.

Peguei meu celular, que estava em meu colo, e tirei uma foto das duas no momento em que ambas estavam sorrindo uma para outra.

Becca gosta de Tess, mas eu não sei o que a ruiva sente. Vamos ter que conversar sobre isso depois.

Apreciei a voz do YungBlud que tocava no rádio e, discretamente, acompanhei a letra.

Passei as mãos nos bancos macios e olhei pela janela. Nossa bela cidade estava com bastante pessoas nas ruas, o que raramente acontece por causa da chuva.

— O Din está resfriado? – Perguntei sem perceber. Tessa fez um barulho estranho com a boca e assentiu com a cabeça.

— Gripe, provavelmente. – Juntei as sobrancelhas quando ela começou a rir alto. — Cuidado para não pegar. Pelo o que eu saiba, uma troca de saliva já e o suficiente. – Ela se virou para mim. Meu corpo tremeu quando vi seu olhar malicioso. — Ou algo a mais também. – Minhas bochechas pegaram fogo e as meninas começaram a rir de maneira nada discreta.

— Mandou bem. – Becca bateu em seu ombro, e a ruiva concordou. Escondi meu rosto com as mãos, me sentindo complemente envergonhada.

Não me faça pensar nesse tipo de coisa, Tess.

Depois de passar longos minutos escutando as meninas cantaram sem afinação nenhuma, e rir bastante, chegamos numa loja indicada por Becca.

Saltei do carro e suspirei aliviada ao sentir meus pés no chão. Puxei o ar, aproveitando a boa brisa que aquele lugar tinha. Era uma área mais afastada da cidade, porém não deixava de ter a boa vibração de Umbrella City.

— Vamos. – Cantarolou Becca, saltitando até a entrada da mesma. Tess e eu a seguimos.

Fiquei pasma ao entrar na boutique. Tudo parecia muito caro e refinado. Quase sai correndo de lá quando vi um cinto de quase três mil.

— Não. – A ruiva falou de repente, nos puxando para fora daquela loja. — Que merda de lugar. Eu quero roupa atrevida e não de princesa. – Cuspiu ao nos afastarmos de lá. Observei o rosto decepcionado de Becca. Parece que ela gosta daquele lugar.

Fitei um letreiro chamativo, e quando percebi, estávamos dentro do mesmo.

Um garoto da nossa idade veio nos atender. Ele era bonito, com cabelos pretos e olhos azuis penetrantes.

— O que as moças vão querer? – Indagou fitando Tessa intensamente. Vi Becc se remexer de forma desconfortável ao meu lado. Seus olhos se arregalaram quando a ruiva tirou um fio de cabelo do rosto do rapaz.

— Roupas apertadas e com decote. – Sorriu docemente fazendo os olhos do menino brilharem.

— C-claro. – Engoliu em seco e nos levou para um corredor com muitas peças. Meu queixo caiu ao ver as roupas. Era uma mais pequena que a outra e tinha decotes que nem sabia que podiam ficar ali.

Vi Tess com os olhos cintilantes ao ver as roupas, e logo, a mesma começou a pegar um monte e foi para o provador.

— Agora eu estou insegura. – Becca contou num sussurro. — Ela nunca olhou daquele jeito para uma menina. – Seu sorriso morreu e ela fitou o chão. Passei meus braços por seu corpo e a apertei com carinho.

— Vou conversar com ela depois. Não se preocupe. – Acariciei seu ombro, fazendo a mesma sorrir fracamente para mim.

Depois disso Tessa saiu de lá com um vestido vermelho apertado. O mesmo tinha um decote em formato de V nas pernas e nos seios. Espremi os lábios, achando aquele horrível nela.

— Não faz seu tipo. – Mordi os lábios a observando, e Becca concordou.

Depois disso Tess experimentou várias roupas, até decidir que não iria comprar uma atrevida. Becc e eu fizemos o mesmo.

Acabei comprando uma nova calça jeans, pois a minha estava ficando velha, e uma blusa branca com mangas longas. Vai ficar legal com meu tênis antigo.

As meninas compraram vestidos, e então saímos da loja. Mas antes disso o menino deu seu número para Tessa. A menina sorriu e disse que ligaria. 

Entrei no carro animada com tudo. Já Becca estava cabisbaixa, e Tess sorridente.

Apoie minha cabeça na janela e fechei os olhos. Meu coração tremia pensando em tudo que poderia acontecer nessa festa, em tudo que eu poderia fazer.

Mordi os lábios querendo logo ver o Din.

— Que menino irritante. Pelo menos ele deu um desconto para gente. – A ruiva empurrou o ombro da menina, que pareceu feliz ao escutar tais palavras.

Seguimos o caminho até a casa de Tessa rindo e contando histórias de quando menores.

Todas as minhas envolviam Dilan. Afinal, ele foi meu único amigo, a única pessoa que dividiu a infância comigo.

Agora, Dilan Peterson, é meu único amor.

E sempre será.

"Eu te amo"

Peço perdão por postar somente agora💞

Esse foi o capítulo 27! Espero que tenham gostado 😳

Muito obrigada por tudo e amo vocês ❤😄

Próximo capítulo sem data marcada.

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