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CAPÍTULO 7 - Aula nº2

Josh esfregou o rosto, respirando fundo enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. Era difícil de acreditar que ele teria de voltar para aquele inferno e principalmente, o que aconteceria com ele assim que botasse os pés dentro de casa.

— Eu sinto muito, Josh — Verônica disse, sentada à sua frente sobre a mesinha de centro do seu apartamento.

Jake não havia nunca entrado ali, mas era um ambiente sóbrio, sofisticado e, de certa forma, feminino. Era bem iluminado, cheio de tons pastéis e detalhes em vidro. A escada que fazia subir para os quartos ficava ao fundo, ao lado da bancada que dividia a enorme sala para a cozinha, que era adornada em rose e brilhava.

À frente ficavam os sofás confortáveis, o tapete felpudo que parecia ser o conjunto perfeito com toda sua decoração e a entrada para um dos quartos. Ele sabia, já que aquela era a cópia perfeita do seu próprio apartamento, só que espelhada, que aquele era o quarto da Verônica.

— Eu não quero ir — assumiu esfregando o rosto. Ainda dava para ver as pequenas manchas amareladas na lateral do seu rosto, o resquício do golpe levado — Ele vai me bater de novo, ele vai me chutar como sempre faz. — Seu desespero era quase palpável. Os olhos castanhos correndo de um lado para o outro como se a qualquer momento o pai fosse entrar e lhe arrancar dali com pancadas.

— Você não vai precisar, iremos entrar com o pedido ordem restritiva. Meus advogados já estão tratando disso. — Müller disse. Josh esfregou o rosto, limpando as lágrimas para olhar para Jake. Ele estava atrás de Verônica, os braços cruzados, encostado no pilar da parede. Josh desviou o rosto rapidamente, antes de voltar para ele e tentar sorrir.

Ainda era difícil que as pessoas soubessem da sua orientação sexual. Ser gay sempre foi algo que o deixava envergonhado, como se o problema disso estivesse nele, como se ele tivesse de se esconder para não sentir vergonha de ser quem era, quando na realidade, ele não precisava sentir vergonha de nada, muito menos se esconder por ser quem era. Que o mundo explodisse - Verônica disse para ele uma vez —, ele era magnífico independente de quem queria beijar.

— Obrigado. — Sua voz soou grossa e carregada devido ao choro. Ele pigarreou algumas vezes, ficando em pé. — Eu vou subir, ok? — Verônica concordou com um aceno e ele se aproximou, lhe abraçando com tanta força que ela sentiu suas costas estalarem.

Josh não queria que ela saísse de perto dele nunca, por mais que se atormentassem quando mais novos, por terem ficado tanto tempo longe durante o início da vida adulta de Verônica, por não terem intimidade nem para trocarem uma palavra, ela era quem o havia criado no final das contas, ela quem o havia enxergado de verdade, que havia visto quem ele realmente era no fundo da sua alma, quem havia entendido tudo sem ele não ter precisado nem abrir a boca.

— Eu amo você. — Ela disse e ele concordou com a cabeça.

— Eu te amo mais. — Respondeu antes de lhe dar as costas e subir para seu quarto.

Verônica se jogou pesadamente sobre o sofá onde Josh estava sentado, colocando as pernas sobre a mesinha de centro e observando Jake. Ele permanecia ali, de braços cruzados esperando que alguém falasse alguma coisa. Verônica pulou para o lado e bateu no sofá para que ele pudesse se aproximar.

Jared deu um leve sorriso antes de encurtar a distância a passos largos e sentar-se junto a ela.

— Sinto muito. — Ele repetiu enquanto Verônica pegava o controle remoto da televisão e colocava onde estava passando "Friends". Era o que ela precisava naquele momento.

— Obrigada por hoje — confessou ao largar o controle e observá-lo. — De verdade, eu acho que teria surtado se você não tivesse me arrastado do escritório. E também não sei se diria a Josh o que estava acontecendo.

— Ele precisava saber. Se sair alguma liminar, ele vai ter de correr para a casa do pai e você vai ter de se manter longe. — Explicou e ela concordou, esfregando o rosto.

— Eu nunca fui processada ou processei ninguém. Estou num limbo sem entender absolutamente nada do que está acontecendo. — Suspirou, jogando os cabelos loiros para trás.

— Fica tranquila, vamos dar um jeito. — Ela concordou antes de se acomodar no sofá e assistir televisão em silêncio.

Jake observou a televisão por um momento, enquanto Verônica dava pequenos indícios de achar aquilo a coisa mais engraçada do mundo. Não que ele não gostasse de Friends, mas levando em consideração que era uma sexta-feira à noite, ele preferia estar fazendo qualquer outra coisa.

Pigarreou, se remexendo no sofá e voltou-se para a mulher.

— E então? — Ela virou os olhos verdes em sua direção com um meio sorriso.

— E então? — Verônica repetiu. O olhar de Jared era sugestivo sobre si. Demorou somente alguns segundos para que ela respirasse fundo e pegasse o celular.

— Ok, vamos lá.

Verônica era boa para conversar com mulheres. Todas elas pareciam muito mais interessadas nele agora do que antes e ela parecia bem certa de com quem ele deveria se aventurar naquela noite.

— Aí, ela? — A cara de frustração de Jake deixou Verônica irritada.

— Sim, ela. — respondeu com cara de poucos amigos. — Ela é gentil, super interessante, sabe conversar e não mandou foto dos peitos. — Aquilo pareceu o desanimar um pouco. — Vai, vai ser legal. — Insistiu e ele respirou fundo, pulando do sofá da casa dela.

— Ok. Eu marquei o encontro do Bryan com você às cegas, ele virou seu melhor amigo, então eu posso ir com a — pegou o celular para ver o nome da garota — Maya em um barzinho sem esperar por menos. — Verônica sorriu.

— Você vai ver que eu sou bem melhor do que você para arrumar encontros. Ela pelo menos tem interesse sexual em sua pessoa, ao contrário do cara que você me arranjou. — Ele ergueu as sobrancelhas.

— Não tenho culpa se ele escolheu o celibato. — A loira se limitou a rolar os olhos.

— Boa sorte. — Ergueu o celular, o balançando em sua direção. — Eu te mando notícias. — Piscou e Jake concordou, dando meia volta e saindo do apartamento vizinho.

Não demorou muito para se livrar do terno e se vestir casualmente. Seu perfume amadeirado deixava todo o ambiente com cheiro de Jake, que ele jurava por tudo, que não existia nenhum igual.

O local escolhido era um bar não tão longe dali. Era um lugar jovem, com uma iluminação cálida e com uma música ambiente ao fundo. Maya já estava lá, ela parecia quase infantil, o rosto com uma inocência fingida, os olhos castanhos e os cabelos lisos batendo no ombro.

— Oi, você é a Maya? — Questionou ele com um sorriso antes de sentar-se ao seu lado. A garota abriu um sorriso lindíssimo.

— Oi, sou eu sim. — Respondeu antes dele sentar-se ao seu lado. — Você deve ser o Jake, correto?

— Exatamente.

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— De jeito nenhum! — Verônica exclamou enquanto Jake contava os acontecimentos da noite passada. Ele apenas concordou com um sorriso no rosto enquanto empurrava o carrinho de compras no mesmo instante em que ela jogava as coisas da sua lista para dentro. — Isso é fisicamente impossível.

— Sua sorte é que nossas paredes são grossas e a prova de som— afirmou e ela negou com a cabeça.

— Eu fiz balé durante anos da minha vida e fui treinada pela academia de polícia do Brooklyn, e eu te digo, isso é impossível! — O homem deu os ombros. As mulheres no supermercado a olhavam com certo interesse e ele era descarado o suficiente para lhes encarar com um sorriso safado.

— Não é não. — Josh disse como quem não queria nada e jogou um pacote de salgadinhos dentro do carrinho. Verônica abriu a boca em um perfeito O e virou-se para os dois. Jake mantinha o mesmo sorriso e Josh teve a decência de ficar com as bochechas vermelhas.

— Como você sabe disso? — Ele se limitou a rir e sair andando na frente dos dois para o outro corredor. Verônica parecia ter levado um tapa na cara. — Você ouviu aquilo? — Questionou apontando para onde ele havia ido. Jake anuiu. — Não estou preparada para conhecer a vida sexual do meu irmão de 17 anos!

— Por que não? — Müller questionou.

— Ele é um bebê! — Jared revirou os olhos.

— Com quantos anos você perdeu a virgindade, Ashford? — Ela lhe deu as costas fingindo ver os preços das balas.

— Ahn... Isso não vem ao caso.

— Ashford... — Insistiu.

— 14. — Jogou a cabeça para o lado, parecendo não muito contente. Jake gargalhou. — Mas, antes, era diferente. As pessoas cresciam mais rápido, elas estavam mais preparadas para essas coisas do que hoje em dia. — Explicou e ele não pareceu nada convencido.

— Mais preparadas do que os jovens do século 21? A filha de um amigo estava falando com a mãe sobre os problemas do DIU de cobre. Nem eu sabia o que era um DIU até esse dia. — Ergueu a sobrancelha para ela — Você está falando isso porque tem ciúme do Josh, mas ele já é um homem. — Ela suspirou, dando os ombros.

— Só tenho medo por ele — explicou — Homens machucam o companheiro em seus relacionamentos em geral. Seja hétero ou gay. Como será a primeira decepção amorosa realmente dura dele? — Verônica mordeu o lábio apreensiva.

— Pode ser que ele seja o homem que vai machucar, Verônica. Além do mais, ele sabe se cuidar e vai que essa decepção já tenha passado. — Sorriu. — E se acontecer ele vai ter você para o apoiar e comprar um monte dessas coisas nojentas que você come. — Jake ergueu um pacote de granola com certo asco.

— Talvez se você comesse essas coisas nojentas conseguiria fazer o que a Maya fez. — Havia julgamento em seus olhos. — Se ela consegue, se alguém que o Josh conhece consegue... Você também deveria. — Ele gargalhou.

— Não. Eu não gosto dessas coisas, eu sou mais do tipo convencional.

— Do tipo convencional? — Colocou uma garrafa de suco de soja dentro do carrinho. — Discorra.

Jared deu os ombros.

— Ah, você sabe... Colocar a mão aqui, ali, um beijo aleatório, intensidade, olhar, pegar na raiz do cabelo... Convencional. — Verônica o encarou como se estivesse duvidando. — Acredite em mim, no final, não precisa nem de cuspe.

— Ai, Jared. Que horror! — Lhe deu um tapa no braço e ele riu.

— Estou falando sério! Eu juro, funciona 100% das vezes. É o meu dom. — Piscou. — E você? Quais são seus truques?

— Eu não tenho truques. — Foi a vez de ele a julgar com os olhos. — Estou falando sério. Eu só... — Deu os ombros. — Fico ali esperando por algo acontecer.

— Entendi o motivo pelo qual você é divorciada. — Jake se ajeitou, ficando ereto. — Sua próxima aula será como se comportar nessas horas, eu juro que te falo tudo o que homens gostam. — Ela revirou os olhos.

— Homens só precisam de um buraco, Jake. Isso eles conseguiram achar, agora o que realmente importa... — Jake negou.

— Não me inclua nisso, eu tenho uma lista de nomes que te provam o contrário e até mesmo provas que te provam o contrário. — Ela preferiu não querer saber quais provas eram aquelas. — É tudo um jogo, você precisa saber jogar, até por que sabemos que você também está procurando algo e pra você conseguir, tem de ser com alguém que saiba jogar tão bem como você.

— Ok, então a aula número dois de como seduzir alguém com Jake Müller é sobre saber jogar o jogo? — Ela ergueu a sobrancelha. — Que eu, particularmente, não sei jogar?

— Isso mesmo. — Verônica cruzou os braços parando em frente ao carrinho o impedindo de seguir.

— Ok, e como faz isso? — Ele gargalhou.

— Aqui? Agora? — Ela assentiu. Jake abriu a boca pra falar, mas fechou, desistindo do que iria falar. — Ahn... Ok.

— Ok? — Franziu o cenho e ele se aproximou a passos lentos.

— Você precisa lembrar de que você quem pediu isso, ok? — Verônica não teve tempo pra falar, Jake se aproximou, abaixando a sua frente e pegando algo tão próximo a sua perna que seus bíceps roçaram na pele desnuda das suas pernas. Ele ergueu os olhos, a encarando e sorriu, antes de colocar a mão sobre sua panturrilha e ir subindo devagar até pouco acima do seu joelho. — Desculpe, eu esbarrei em você? Sabe me dizer onde ficam os alvejantes? Tenho de fazer uma limpeza no meu apartamento, mas não sei nada — Ela tentou não ficar surpresa com o seu sorriso e até mesmo com o tom da sua voz totalmente diferente do que segundos atrás.

— Alvejante?

— Isso. — Respondeu antes de se aproximar novamente, pegando algo atrás de sua cabeça. Novamente tão próximo que seu peitoral estava encostando em seu braço cruzado. Ele se afastou novamente, segurando algo em mãos que ela nem percebeu, já que seus olhos estavam grudados aos dele — Como seus olhos são bonitos — confessou mais baixo. Ele foi se abaixando, ficando cada vez com o rosto mais próximo ao dela. — Nunca vi algo que brilhasse tanto. — Jake ergueu a mão, colocando uma mecha do cabelo de Verônica atrás de sua orelha. — Que perfume é esse?

— Ahn... — Ela começou a falar, tentando formular alguma frase com a proximidade inesperada. Seus olhos estavam conectados em uma sintonia inquebrável, ela conseguia sentir sua respiração batendo contra sua bochecha, os olhos azuis acinzentados brilhando em sua direção, a mulher observando cada detalhe que ele tinha, a boca entreaberta tão perto da sua, tão convidativa...

— Uhm! — O pigarro alto fez com que ela desse um salto e Jake dois passos para trás. Josh olhava aquilo como se esperasse alguma explicação. — Estou atrapalhando alguma coisa?

— Nã... Não! — Verônica disse, umedecendo os lábios e jogando os cabelos para trás. Ela deu uma risadinha nervosa, antes de sair andando e se afastar dos dois.

Josh encarou Jake com uma cara de poucos amigos e uma das sobrancelhas em pé.

— Apenas uma aulinha — afirmou sorridente antes de sair atrás dela, empurrando o carrinho de compras.

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