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CAPÍTULO 11 - Coquetel de Recepção

Verônica se sentou na cama, apertando o roupão felpudo em volta do corpo. Era mais de seis horas e ela estava com os cabelos escovados, presos em um coque baixo e fios enrolados do cabelo loiro caindo em volta do rosto.

Até parecia sofisticado e demorado para fazer, mas considerando a prática que tinha naquilo, foi a coisa mais rápida e fácil do mundo. O rosto estava maquiado, mais bronzeado do que o normal, as maçãs saltadas e brilhosas de forma sofisticada, os olhos em um esfumado marrom e um delineador perfeito que demorou vários minutos para chegar naquele nível. Haviam alguns batons espalhados por sua cômoda esperando para saber o que é que Jake iria resolver que ela usasse.

Ele havia lhe dito que usaria gravata borboleta, então não esperava que ele lhe entregasse um saco de batatas para vestir. De toda forma, quase como se estivesse lendo seus pensamentos, ela pode ouvir batidas na porta e se ergueu para atendê-lo.

— Está pronta? — Ele gritou antes de ela abrir.

— Se quiser que eu vá pelada, estou sim — respondeu abrindo a porta. Ele estava de costas, evitando lhe olhar. Verônica franziu o cenho, confusa. Jake estava com uma caixa nas mãos e como havia dito, com terno e, aparentemente, gravata borboleta.

— Não irei responder isso. De toda forma, estou te esperando aqui fora. — Esticou a caixa retangular para ela como pode.

— Por que você está sempre dentro da minha casa? Você, por acaso, tem a chave daqui? — Ele deu os ombros.

— A chave de todos os andares são iguais, eu troquei a minha quando me mudei para cá. Deveria fazer o mesmo. — Verônica se limitou a pegar a caixa e entrar para o quarto.

Colocou a caixa sobre a cama e a abriu, desembrulhando-a devagar até conseguir encontrar o tecido brilhante e bordô escondido ali dentro. Verônica deslizou a mão sobre o vestido, boquiaberta. Ela era péssima em tecidos para saber se aquilo era cetim ou seda, mas era macio e leve. Ela o ergueu nos dedos, a alça larga virava um decote profundo, as costas ficavam quase a toda a mostra, já que só findava na altura do seu quadril na parte de trás e ia até o fim de suas costelas na parte da frente. A saia era solta, indo até seus pés e quando ela remexeu no vestido viu uma fenda funda onde ficaria a perna esquerda.

Verônica engoliu a seco antes de deixar que o roupão escorresse por seus ombros e se enfiar para dentro do vestido. Ele caiu feito uma luva, justo sobre seus seios quase como se tivesse sido feito sob medida, caindo sobre seus quadris de forma tão delicada que ela quase não conseguia sentir o tecido. Era como estar vestindo uma nuvem.

Ela virou-se para o espelho. Estava perfeito, não precisaria de nenhum ajuste. Verônica pegou o batom claro e brilhoso e o passou sobre os lábios, borrifando o perfume em seus lugares estratégicos e calçou as sandálias com um tom quase idêntico, que se enrolava em seus pés feito uma serpente bordeaux.

Era um vestido relativamente simples, não tinha tantos detalhes, mas era lindíssimo. Ela se olhou mais uma vez no espelho e respirou fundo, puxando o grampo que prendia seus cabelos, fazendo os cachos caírem até a metade de suas costas. Quando foi que seu cabelo havia crescido tanto? Os amarrou em um rabo de cavalo alto, usando o próprio cabelo como amarra, deixando os mesmos fios soltos de forma estratégica e decidiu soltá-los de novo.

Verônica bufou, abrindo a porta do quarto e encontrou Jake sentado em seu sofá.

Ele a encarou por alguns segundos, observando cada parte do seu corpo debaixo daquele vestido conforme ela marchava em sua direção, a perna esquerda aparecendo a cada passo e mostrando a sandália bonita em seus pés.

— Me ajuda. — Ele pediu erguendo as mãos até os cabelos. — Solto, preso em coque ou em um rabo de cavalo? — Questionou exasperada, lhe dando as costas para se observar em um dos milhares de espelhos que tinha em sua sala.

Ele não respondeu. Estava fissurado demais na imagem à sua frente para conseguir articular uma só frase.

— Jake! — Ela o chamou e Müller piscou algumas vezes antes de erguer os olhos para seu rosto. — Me responde.

— Desculpe, não ouvi. — Verônica revirou os olhos.

— Meu cabelo... — Começou, apontando para a própria cabeça.

— Deixa solto. — Ela obedeceu, afofando os fios em volta do rosto e respirou fundo, virando para ele. Ela pegou uma ponta de cada lado do vestido e curvou as pernas, teatral.

— E então? — Subiu as sobrancelhas sugestivamente.

— Você está linda. — Respondeu, ficando em pé e parando ao seu lado. Ele também estava, o terno preto contrastava com a pele bronzeada, os olhos azul acinzentados em destaque e a gravata borboleta o deixando mais chique do que nunca. — Poderia caprichar um pouco mais no branco dos olhos, mas nem tudo é perfeito. — Ajeitou as abotoaduras e ela lhe empurrou o ombro, rindo.

— Idiota. — Jake sorriu. — Como sabia o tamanho do vestido? — Questionou e ele deu os ombros.

— Não sabia — respondeu-lhe estendendo o braço. Verônica se enganchou a ele, pegando a bolsinha sobre o sofá e se ajeitando enquanto saíam.

— A propósito, você também está lindo. Gostei da sua barba assim — disse, se referindo a estar um pouco maior do que o convencional.

— Eu sempre estou e obrigado — Ela se recusou a responder e seguiram para o estacionamento.

O restaurante de Maise não ficava muito longe dali, o que foi ótimo, já que ele não aguentaria ouvir Verônica cantarolar outra música da Katy Perry sem ser obrigado a lhe jogar para fora do carro.

— Esse é o restaurante dela? — Questionou boquiaberta. — Eu estava tentando uma reserva aqui faz meses! Me disseram que é sensacional.

— Eu sei, fui eu quem disse. — Ele a segurou pelo braço enquanto a ajudava a descer do carro e entregava a chave do carro para o manobrista.

Haviam algumas pessoas aglomeradas na porta do restaurante e Jake seguiu com Verônica pelo meio delas, entregando os convites ao recepcionista que os indicou a mesa. Todavia, eles seguiram para uma saída lateral onde havia uma espécie de jardim e uma música ao vivo e agradável ao fundo.

Maise correu até Jake assim que o viu.

— Finalmente! — exclamou ao abraçá-lo. Jake arregalou os olhos ao se afastar. — Eu estava entrando em colapso. Eu tenho certeza que metade dessa comida está horrível e, aí meu Deus, seu pai vai odiar!

— Meu pai? — Jake questionou erguendo as sobrancelhas. Verônica, que segurava sua mão, sentiu quando seu corpo tenciona. — Você o chamou?

— Claro que chamei! Ele dizia sempre pra mim que gostaria de estar aqui, não ia fazer uma coisa dessas só por que você está sendo birrento. — Maise jogou os cabelos ruivos para trás e cruzou os braços. Jake esfregou o nariz em meio aos olhos e Verônica sentiu que estava atrapalhando alguma coisa.

Maise era bonita, os cabelos ruivos eram naturais e dava para ver algumas sardas em sua pele, seus olhos eram castanhos e ela era magra, o vestido claro era bonito e moderno, o que de certa forma combinava com ela.

Quase que tomando consciência de que não estavam sozinhos, ela voltou para Verônica.

— Oi! Me desculpa! — disse a abraçando como havia feito com o amigo há pouco. — Meu Deus, como você é linda. — Verônica sorriu, agradecendo. — Meu nome é Maise Volvec, sou a chef daqui. Espero que goste da noite e principalmente da comida.

— Muito obrigada! Está tudo ótimo.

— Maise, essa é Verônica Ashford. Ela é irmã do Josh, lembra? O estagiário. — Maise colocou a mão na boca, estupefata.

— Claro que lembro! Ele está bem? Ele bebeu muito naquela noite. Uma comemoração e tanto para o estágio. Como ele está se saindo? — Jake deu os ombros.

— Por enquanto está indo muito bem, considerando que nem começou. — Maise se limitou a revirar os olhos.

— Certo, certo. Irei cuidar dos meus convidados e fingir que não estou entrando em choque — deu um riso nervoso. — Aproveitem. — E dizendo isso, se afastou.

— Ela é... Intensa. — Verônica disse enquanto caminhavam até uma bancada onde estavam servindo drinks. A decoração do local era linda, toda cheia de luzes alaranjadas que davam uma sensação confortável ao local, além de vários garçons passando de um lado para o outro com comida. — Adorei.

— Ela sabe exatamente como me tirar do sério. Qual o motivo de ter chamado meu pai pra vir aqui? — Ashford deu os ombros.

— Talvez ela só quis ser gentil. — Tentou o consolar, mas seu humor que havia melhorado voltou a se enrugar. Verônica sentou-se ao seu lado, aproveitando dos drinks e petiscos que passavam de tempo em tempo, mais feliz do que ele.

Jake a encarou por um momento enquanto ela colocava um canapé na boca, de olhos fechados e balançava de um lado para o outro se deliciando nos sabores.

— Meu Deus, isso aqui é muito bom. É o tipo de alta gastronomia que eu gosto, do tipo comestível e que não é, sei lá... Cérebro cru. — Informou levando a taça de champanhe nos lábios. — Sério, você tem de experimentar isso. — Apontou.

— Eu já perdi as contas de quantas vezes já comi isso, Vê, mas obrigado. — Ela arregalou os olhos verdes para ele.

— Por favor, pede a receita. Eu vou me alimentar de canapé pelo resto da vida. — Jake negou com a cabeça, achando graça, mas quando abriu a boca para falar, um homem alto e mais velho se aproximou o fazendo esmaecer o sorriso.

— Jared! — Verônica se voltou para o dono da voz e o reconheceu logo de cara. Não tinha como não reconhecer, já que o pai de Jake era sua versão mais velha e grisalha. Seus ombros eram largos e fortes, tão alto quanto o filho, o físico típico de militar aposentado, além de cabelos e bigodes grisalhos. Seus olhos eram verdes, diferentes dos do filho, mas idênticos ao da mulher loira a suas costas. — Que bom te ver, filho.

Jake deu um meio sorriso e se ergueu, abraçando o pai. Verônica observou a cena encolhida. Era um homem de presença.

— Oi pai — respondeu e observou a garota as suas costas. — Olive.

Verônica observou a irmã de Jake por alguns segundos. Ela tinha uns bons 1,78m de altura, era magra e esguia e Verônica se perguntou se ela não era modelo. Os cabelos loiros eram gigantescos, indo até sua cintura e tinha dentes tão brancos que era capaz de cegar alguém.

— Pensei que só te veria no aniversário de Olive. — Hércules disse. Jake deu os ombros.

— Eu também, não pensei que veria aqui hoje. Na verdade, Maise só me avisou agora que estaria aqui — informou antes de se voltar para Verônica. — Pai, Ollie, está aqui é minha amiga, Verônica Ashford. Verônica, esse é meu pai Hércules e minha irmã, Olive. — Verônica ficou em pé, os cumprimentando.

— É um prazer.

— O prazer é todo nosso. Jake não costuma apresentar suas amigas. — Hércules disse e Verônica assentiu.

— Pai... — Olive o repreendeu e Jake suspirou.

— Verônica é diretora executiva e de criação de uma das revistas que estamos patrocinando. Ela tem ideias ótimas sobre empoderamento e diversidade, além de ser a favor dos direitos LGBT e ex-tenente policial. — Verônica ergueu as sobrancelhas para Jake fazendo uma careta. Por que a estava apresentando daquele jeito, pelo amor de Deus?

— Sério? — Olive perguntou animada. — Que interessante. Principalmente por ser ex policial. Militares costumam ter um pensamento mais conservador. — Ela pousou a mão no braço do pai que revirou os olhos enquanto ela ria.

— Sim, isso é verdade. — Verônica disse, concordando. — Mas conservadorismo e preconceito são coisas distintas. Conservar seu estilo de vida de forma mais antiquada é totalmente aceito, querer mandar na vida dos outros como se a sua verdade fosse a única não. Preconceito não é tolerado no meu âmbito social. — Jake estalou a língua e Hércules ergueu a sobrancelha para ela. Ela o olhava de forma firme, quase como se o desafiasse. Não deixaria de falar sobre aqui somente por ser o pai de Jake ou mais velho, até por não estar desrespeitando ninguém até então.

— Gostei de você. — Hércules disse anuindo. — Poderia me falar mais sobre isso? Tenho alguns amigos que deveriam ouvir mais de suas palavras. — Hércules estendeu a mão para Verônica, que após encarar o vizinho e receber um aceno como concordância, sorriu para o senhor e saiu de braços dados com ele pelo salão.

Olive se aproximou, sentando-se onde Verônica estava. O vestido dela era decotado e Jake ficava irritado só de ver os olhares sobre os peitos da irmã.

— Sua amiga, ein? — Debochou pegando o copo de uísque que estava na mão de Jake. Ela ergueu uma das sobrancelhas de forma sugestiva e ele revirou os olhos.

— Sim, minha amiga — afirmou — Ela é super inteligente, não é? — sorriu — Tem de ver as conversas ridículas que ela tem com os caras.

— Passo. — Devolveu para ele o copo. — Parece que o papai gostou dela. O que é um ponto bem positivo pra você. — Jake revirou os olhos.

— Eu não preciso que ele goste dos meus amigos ou que me dê pontos positivos, Olive.

— Tem certeza? Porque às vezes você parece um menino mimado querendo chamar atenção. — Explicou e o irmão apenas remexeu a pedra de gelo no fundo do copo. Olive colocou a mão sobre seu ombro. — Ele te ama, Jake. Para de achar que ele te repreende em tudo, você já está grandinho, pare de se comportar feito um adolescente.

— E ele não repreende? Ele me trata como um adolescente, como se tudo o que eu fizesse fosse errado, como o fato de eu ter seguido o meu próprio rumo fosse ruim, Olive. Por mais que eu saiba que ele está se esforçando, eu simplesmente não consigo esquecer o pai que ele foi.

Olive suspirou, mordendo os lábios.

— Tenta ser legal, ele tá tentando também — deu um meio sorriso, segurando seus dedos. Jake tomou o restante que faltava do uísque que estava em seu copo, sentindo o amargor do álcool escorrer por sua garganta. — Vamos atrás da sua "amiga" antes que ela surte. — Fez aspas com os dedos e Jake revirou os olhos.

Olive ficou em pé, seguindo para onde Hércules e Verônica haviam ido e Jake respirou fundo antes de a seguir, porém, antes que pudesse se afastar o suficiente, esbarrou em alguém, fazendo seu ombro ser arremessado para longe.

— Desculpe... — disse, observando o homem. O rapaz jogou os cabelos escuros para trás, erguendo a mão como quem quer deixar para lá, mas franziu a testa ao encará-lo.

— Jake Müller? — A voz de Eric Mason chegou aos seus ouvidos tirando o restinho de humor que havia sobrado dentro de si. — Quanto tempo! — Exclamou antes de sorrir, todo animado.

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