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7: A descoberta

— O que foi? Por que você esta com essa cara? — Bruna perguntou com a voz trémula.

Elizabeth nada respondeu. O quarto estava imerso num completo silêncio, os únicos sons audíveis eram suas respirações e as batidas aceleradas do coração de Bruna.

Rapidamente ela pegou o teste das mãos de Elizabeth e o que ela temia se tornou real. Ela deslizou as costas pela parede até estar sentada no chão, o teste na sua mão era uma prova de que um pequeno ser havia começado a se formar no seu ventre, o seu coração continuava acelerado e o seu cérebro trabalhava a mil por hora tentando achar uma solução para o mais novo "problema".

— Isso não pode ser verdade, deve ser um erro. Tem de ter alguma coisa errada. Essas coisas não são totalmente confiáveis — falou tentando controlar o pânico que parecia crescer cada vez mais no seu peito.

Elizabeth apenas a olhava, balançando a cabeça para cima e para baixo como se ponderasse sobre o que acabara de ouvir. Ela colocou a mão no bolso do moletom, puxou duas caixas diferentes e entregou-as para Bruna, que as pegou e novamente foi à casa de banho, mas dessa vez ela não saio sem ver os resultados, estava apavorada demais, estar gravida já não era só uma suposição de Elizabeth, agora isso tinha se tornado uma possibilidade, uma possibilidade muito real para ser ignorada.

Por alguns segundos sentiu o seu peito apertado e os seus pulmões imploraram por ar, lágrimas quentes escorriam por seu rosto enquanto mais uma linha aparecia em cada um dos testes. Já não havia dúvidas, três testes não podiam estar errados, as poucas esperanças que ela tinha de não estar gravida se espatifaram no piso da casa de banho com a suas lágrimas.

Contra factos não há argumentos, não havia mais o que fazer, já era tarde para tomar qualquer precaução. Bruna se sentou no chão e tentou controlar o seu corpo, que tremia sem pausa, uma avalanche de pensamentos invadiu a sua mente, milhares de possibilidades se formando em pouco minutos.

Batidas na porta a fizeram sobressaltar e voltar a realidade, antes de abrir lavou o rosto e tentou encontrar algum equilíbrio.

— Bruna, você está bem? — Elizabeth perguntou do outro lado da porta, a sua voz estava entrecortada e até um pouco embargada, os lábios espremidos numa linha fina enquanto tentava se controlar para não começar a roer as unhas.

Bruna saiu e ambas voltaram para o seu quarto, ao ver os novos resultados Elizabeth começou a andar de um lado para o outro, o que só servia para deixar Bruna ainda mais nervosa.

— Para, Lili, isso não ajuda em nada — Bruna falou segurando-a pelo braço.

— Nana, o que vamos fazer? Como vamos lidar com isso daqui para frente?... Você precisa contar para o Francisco, ele precisa saber, agora! — falou decidida, estendendo o telefone para a amiga.

— Eu não sei — Bruna respondeu e puxou os cabelos com força, como se os quisesse arrancar — vou contar-lhe, é claro que eu vou. Mas não agora, não por telefone. Essa não é uma notícia que se dá assim.

— Está bem, você está certa. Eu não estou a pensar direito — falava ofegante, como se tivesse acabado de correr uma maratona — Nana, eu preciso ir, os meus pais não sabem que saí.

— Obrigada, Lili, nos vemos amanhã.

Elizabeth a abraçou forte, tentando transmitir todo o apoio e compreensão possível num espaço tão curto de tempo.

Após acompanhá-la até a porta, Bruna voltou para o quarto e mandou uma mensagem à Francisco, tentando parecer o mais natural possível e não antecipar nenhuma informação importante. Ele quis ligar, mas ela rejeitou, não estava certa de poder falar com ele sem mostrar nenhum indício de comoção.

Ela passou a noite toda se revirando na cama, pensando em várias possibilidades para resolver tal situação, mas nenhuma delas parecia ser boa o suficiente.

Na manhã seguinte, agradeceu por ser sábado e não ter de ir ao preparatório, e principalmente, por estar sozinha em casa. Não se sentia capaz de poder lidar com qualquer ser humano que fosse naquele momento. Os seus pais avisaram que sairiam cedo na noite anterior, e Félix não dissera que iria para casa naquele final de semana, então ela ficou deitada na cama tentando se preparar para contar a Francisco.

Perto da hora do almoço recebeu uma mensagem de Elizabeth avisando que de última hora os seus pais decidiram passar o fim de semana em outra cidade, na casa dos seus avós, e não teria como ir visitá-la antes de partirem.

Tentou ao máximo sair do quarto e sorrir, mas essa tarefa parecia simplesmente impossível. Não se sentia confortável em esconder algo tão importante dos seus pais, por isso passou a conversar menos com eles e a ficar mais tempo no quarto, não gostava daquela situação.

— Você não acha que a Bruna tem estado muito estranha nos últimos dias? — Marta perguntou olhando para a filha enquanto a mesma se afastava da cozinha.

— Não se preocupa amor, deve ser uma crise de adolescência, logo passa — Daniel confortou a sua esposa, passou a mão por sua cintura e depositou um beijo na sua testa.

Marta queria muito acreditar nas palavras do seu marido, mas alguma coisa dentro dela dizia que algo estava errado, ela não insistiu no assunto com Bruna, pois sabia que isso só pioraria a situação, mas não se permitia parar de pensar na mudança radical da filha.

Bruna se aproveitou do facto dos seus pais saírem cedo para trabalhar, e faltou ao preparatório a semana toda. Elizabeth fez o máximo que pôde para animá-la e tirá-la de casa, mas sem sucesso.

Na sexta à tarde, Elizabeth apareceu na sua casa e a obrigou, literalmente, a contar sobre a gravidez para o Francisco.

— Isso é uma decisão minha, Lili! É a minha vida, você não tem de se intrometer, só eu decido o que fazer quanto a isso. — Bruna não aguentava mais tanta pressão e acabou perdendo o controle.

— Você esta pensando em abortar? — a pergunta saiu tremula, como se tivesse medo da resposta, o olhar direcionado para Bruna como se tentasse decifrar os pensamentos dela, parecia que não a conhecia mais.

— Eu não sei — a resposta saiu num sussurro embargado — eu simplesmente não sei o que fazer.

Lágrimas molharam o seu rosto e Elizabeth a acolheu num abraço reconfortante.

— Você tem razão, eu preciso contar para o Francisco, ele é o pai acima de tudo — Bruna falou após estar um pouco mais calma.

— Vou apoiar você no que decidir, e pode contar comigo para tudo. Desculpa ter sido tão invasiva — segurou uma das suas mãos e a apertou entre as suas.

— Eu não quero abortar, isso é responsabilidade minha, e eu preciso lidar... o bebé não tem culpa de nada.

Bruna ligou-lhe e marcaram um encontro na casa dele no sábado. Passou o resto do dia com Elizabeth, e após conversar sobre toda aquela situação, se sentiu um pouco melhor, mais leve.

No sábado, acordou perto das nove horas, com uma ligação de Francisco, perguntando se poderiam se ver mais cedo, pois o seu pai havia marcado uma reunião e queria a presença dele. Bruna concordou e logo se arrumou para ir vê-lo.

Chegou à casa do Francisco e respirou fundo, buscando coragem para tocar a campainha, se perguntava se não devia simplesmente ir embora, inventar uma desculpa para não ter de vê-lo. Finalmente ela resolveu-se e tocou a campainha.

Ele abriu a porta e a envolveu num forte abraço, a convidando a entrar. Caminharam até a cozinha, e ela posicionou-se junto à bancada enquanto ele retirava um lanche do frigorífico.

— Você quer de coco ou chocolate? — perguntou com uma opção de bolo em cada mão — Deixa-me adivinhar... você quer um pouco de ambos? — sorriu para ela.

Bruna balançou a cabeça em concordância, e ele serviu um pedaço de cada bolo no mesmo prato.

Francisco a sentia um pouco distante, em dias normais ela estaria a sorrir mais, gostava de vê-la sorrir, e principalmente quando era para ele.

Acomodaram-se e iniciaram uma conversa leve.

— O meu pai quer que eu trabalhe na empresa dele em tempo parcial enquanto faço a faculdade, e antecipou a minha viagem para segunda — terminou com um sorriso amarelo e olhar penoso, como se estivesse se desculpando.

Bruna o olhou sem palavras, sentido o aperto no seu peito ficar mais forte.

— Não fica chateada comigo, eu realmente não posso fazer nada quanto a isso, ele me mandou a passagem ontem e eu não queria contar-te por telefone — Francisco segurou o seu rosto fazendo-a olhá-lo nos olhos — Você não parece bem, aconteceu alguma coisa? — perguntou ao vê-la sem reação.

— Preciso contar-te uma coisa — falou após uma grande respiração.

— O quê? — você parece preocupada.

— Seria melhor sentarmo-nos — indicou o sofá.

— O seu semblante não parece muito bom. Está se sentindo bem? É algo sério? — perguntou enquanto se sentavam.

— Sim, estou bem — tentou sorrir.

Francisco ergueu uma sobrancelha e fixou o rosto dela, não parecia muito segura disso.

— Francisco... estou grávida. Nós... — evitou olhar diretamente para ele, não sabia o que encontraria naqueles olhos, e não queria que fosse algo negativo, mas sentiu um peso sendo aliviado dos seus ombros por finalmente ter contado.

— O quê? — Francisco arregalou os olhos e levantou-se — Como assim? Isso não pode ser verdade. Você está a brincar, não é mesmo? — olhou para ela tentando identificar qualquer sinal de que aquilo não passava de uma brincadeira sem graça, mas apenas encontrou um olhar sério e magoado.

— Não, Francisco, como você pode achar que eu brincaria com algo assim? — Bruna se levantou também e o olhou nos olhos.

— Eu não quero ser pai — começou a andar de um lado par outro — Tenho apenas 20 anos e toda uma vida pela frente. Um império aguarda-me para ser governado. Não vou arruinar tudo isso tendo um filho — parou diante dela, o rosto vermelho e as sobrancelhas franzidas, o peito subia e descia aceleradamente e tinha os punhos cerrados ao lado do corpo.

Bruna ficou paralisada, não conseguia formar uma só frase, de todas as reações possíveis, ela não chegou a imaginar uma tão violenta e enraivecida.

— Onde estava com a cabeça? Como permitiu que isso acontecesse? — gritou e apontou o dedo para ela de forma acusatória.

Ele subiu as escadas até o seu quarto, deixando-a sozinha na sala. O seu corpo inteiro tremia, e lágrimas rolavam descontroladamente, tentou impedi-las, mas já não tinha forças nem para se manter em pé.

Novamente sentada e com a cabeça inclinada para baixo, apenas ouviu os passos dele se aproximando até parar perto dela, não levantou o rosto para olhá-lo.

— Eu não sei quanto custa para fazer isso, mas é melhor você pegar esse dinheiro e livrar-se dessa coisa que carrega. Eu não quero ter nenhuma ligação com isso.

Bruna não conseguia acreditar no que acabara de ouvir, sentiu o seu coração se quebrar em mil pedaços e uma dor alucinante surgiu no seu peito.

Se levantou para ir embora, e se deparou com um olhar de nojo e desprezo. Em toda a sua vida nunca se sentira tão humilhada e suja.

— Não preciso do seu dinheiro. Você é um ser desprezível, Francisco — rasgou o cheque e seguiu em direção à porta.

Saiu correndo sem destino, a única coisa que queria era se afastar daquela casa, daquela pessoa, que ela tanto amava e que dizia amá-la também, mas que havia acabado de despedaçar o seu coração sem um pingo de empatia. Quando deu por si estava no parque, o mesmo em que costumavam passear de mãos dadas e trocar juras de amor. Sentou-se junto à fonte, lágrimas quentes ainda molhavam o seu rosto e deixavam um rasto de dor por onde passavam.

O seu telefone começou a tocar, e viu que era Elizabeth ligando. Não desejava conversar com ninguém, então desligou e o colocou na bolsa.

Ao fim da tarde, retornou para casa, sentindo-se como se estivesse a carregar um elefante nos ombros. Quando chegou em casa notou o ambiente estranho, aquela hora sua mãe já devia estar a fazer o jantar e o seu irmão já devia ter chagado, uma leve preocupação surgiu, mas estava agradecida por não ter de lidar com ninguém ou ter de explicar por que parecia estar a voltar do funeral de algum próximo.

Pousou a chave no balcão da cozinha e pegou uma jarra de água no frigorífico, sentia a garganta seca, tomou um gole e foi em direção ao seu quarto.

Se antes ela tinha a sensação do seu mundo havia acabado, estava completamente equivocada. Sentiu o seu coração parar de bater e por algum motivo desconhecido travou a respiração, impedindo o ar de chegar até os seus pulmões.

Marta estava sentada na sua cama, com um teste de gravidez na mão e a gaveta próxima da cama estava aberta.

Já não se lembrava por que guardara aquele teste, mas naquele momento arrependeu-se amargamente. Sem muitas opções, ela respirou fundo e chamou por sua mãe, que de tão absorta nem sequer notara a sua presença.

— Mãe... — a voz estava tremula, quase um sussurro, mas foi o suficiente para despertar a atenção de Marta.

Bruna mal conseguiu reconhecer a sua mãe. A mulher amável e doce que ela conhecia parecia ter sido engolida pelo ser de fúria que caminhava até ela. O seu rosto estava contorcido numa mistura confusa de dor e deceção, mas seus passos eram pesados e firmes como se estivesse pronta para atingir o seu maior inimigo.

Ela desferiu um tapa no rosto da filha, o estalo reverberou pelo quarto silencioso e lágrimas escorreram dos rostos de ambas.

Marta começou a andar de um lado para outro pelo quarto, puxando os cabelos e mordendo o lábio inferior.

— Como isso aconteceu, Bruna? Eu não entendo... Como eu não percebi isso antes? Como você pôde enganar-me assim? — a sua voz estava tremula e ela tentava colocar os pensamentos em ordem.

— Mãe, eu... Eu não... — Bruna tentou explicar, mas foi brutalmente interrompida.

— Cala a boca, Bruna. Não quero ouvir você agora. Você não tem noção da deceção que me causou!

Marta saiu do quarto batendo a porta com força. Bruna deixou a suas costas escorregarem pela parede até estar sentada no chão, passou os braços em volta das pernas e apoiou a testa nos joelhos, deixando rolar uma nova vaga molhar o seu rosto.

Algum tempo depois,

— Bruna — Marta adentrou o quarto e sentou-se na cama, ao lado da filha — preciso que você me conte o que aconteceu, eu sou sua mãe, não entendo porque você mentiu para mim, eu sempre achei que nos tivéssemos uma boa relação, que você se sentisse bem para partilhar as suas coisas comigo, por que você mentiu tanto para mim e para o seu pai? — Marta segurou às lágrimas que se aproximavam e olhou nos olhos da filha.

Após contar tudo a ela, Bruna se desculpou por ter uma atitude tão imprudente e irresponsável. Marta abraçou a filha numa tentativa de transmitir um apoio e segurança que ela mesma gostaria de ter recebido.

Apesar de ainda estar chateada, Marta desculpou-se por reagir de forma tão agressiva e tentou ao máximo deixar esse sentimento de lado, embalou Bruna nos seus braços, dizendo palavras de conforto e esperança.

Marta preparou o jantar e deixou Bruna descansando no seu quarto. Estava deitada na cama, olhando para o teto, quando escutou duas batidas na porta antes de ver Félix entrando.

— Félix! — Bruna exclamou com alegria, caminhou até ele e o abraçou. Ele correspondeu e depositou um beijo na testa da irmã.

Ele afastou-se um pouco e inclinou a cabeça para o lado, as sobrancelhas franzidas e os lábios espremidos. Segurou o rosto da Bruna e o virou de lado, de modo que o lado esquerdo ficasse de frente para ele.

— Quem bateu em você ? — o seu tom de voz soava forte e determinado.

— Ninguém — Bruna se soltou dele e virou o rosto — bati o rosto no canto da mesa — mentiu.

— Pelo que eu saiba aqui em casa não temos nenhuma mesa com formato de dedos — a puxou pelo braço, obrigando-a a olhá-lo — o que aconteceu Bruna?

— Nada Félix, deixa isso para lá, você acabou de chegar, deve estar cansado, vamos preparar algo para você comer — começou a andar em direção à porta tentando fugir do assunto.

— O que você me esconde? — Félix a obrigou a olhá-lo mais uma vez — A mãe está a agir de maneira estranha e você com certeza levou um tapa. Onde está o papai?

— Não é nada, Félix, foi apenas um mal-entendido, nada grave... Como foi a viagem?

— Não tente mudar de assunto, Bruna — o seu olhar endureceu assim que um pensamento furtivo passou por sua mente — Por acaso o papai voltou a...

Esse capítulo partiu meu coração, como está o de vocês ?

Mas uma coisa é bem curiosa. Quando a Marta gostaria de ter recebido o apoio que está dando para Bruna agora? Vocês têm alguma teoria?

O que será que o Daniel voltou a fazer para o Félix ficar preocupado desse jeito? Só virando a página para saber hehehe.

Bjs. até ao próximo capítulo <3

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