Visão No. 61
Tão breve existência
E há quem se conforme em ter um arremedo de existência
E ser um fantasma de si mesmo
para o entretenimento dos outros…
Saltimbancos que dançam e entretém as multidões…
E portanto, nada fazem para si mesmos…
Fazem da vida um fingimento,
Constringindo-se sem pudor e valor...
Esperam aplausos e honrarias
Para as mais canhestras atuações…
Diga: Quem é este personagem
Que encarnas?
Porque de todas tuas manhas?
Teus gestos? Teus trejeitos?
Insistes em querer convencer-me
De que és quem representas?
E tantos também representam o mesmo papel!
E quantos não o fazem melhor do que tu?
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