Visão No. 6
Estar acompanhado é estar só
E estar só é não estar acompanhado…
Vão dois,
Volta só um…
Quem dá conta dessas matemáticas?
O mundo baila
Entre o vazio e a existência…
Mônada indivisa
Na qual repousam infinitos contrastes…
Em mim mesmo, que sou só um,
Vai meu inimigo de par comigo...
E o que mais... que sei do mais?
Se soubesse estar separado de vós
Quebraria como o mar nas pedras
Fazendo ruído…
Mas há tempos estou no oceano
Que é um todo…
Ninguém diz essa água e não aquela,
Se sabe que é salgada em toda parte...
No Pacífico ou no Atlântico,
No Ártico e no Antártico…
E eu? O que sou?
O oceano não é idêntico à gota
Mas a tem, como tem a onda, a espuma e uma linha separando-o do céu
Como uma fronteira misteriosa
Que não o deixa elevar-se até a lua…
E há peixes e mais peixes…
(Disse-me o pescador
Com o olhar da esperança)
E todo o mar tem cheiro do peixe,
E toda concha tem ruído de onda,
E toda espuma que se desfaz na praia
Tem uma lembrança que se não desfaz...
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