Visão No. 57
De quem é a culpa de tanta dor?
Do deus que nos criou?
Daquele que crê nesse deus?
De quem ignora a dor?
De quem a dor não rompe o poder de ignorar?
Ah, de quem é a culpa de tanta dor
Se não é minha?
Se não é tua?
Se não é de quem vai ao longe?
Se não é de quem está tão perto?...
De quem é a culpa de haver quem ria
Quando o choro se espalha?
De quem é a culpa da lágrima gélida
Na noite em que ninguém nos agasalha?
De quem é a culpa?
Esta que me aponta…
Esta que se me lança a face
E eu rejeito toda a vez que lanço aos outros?
Há injustiça
E injustiças maiores em quem as aponta…
Há um abismo
E muito me admira de quantos o buscam!
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