Visão No. 4
Um elogio…
Já até me esqueço de um dia o ter recebido de bom grado…
Não sorriu de ainda recebê-lo vez ou outra
Mesmo não lhe fazendo conta…
Que há de achar Deus
De lhe elogiarem pela bela feitura do céu?
Que há de achar
Do elogio de alguma coisa posta
E reposta no suceder de infinitas eras?
Indiferença tem delas, que as deixou
E foi seguir para um futuro
Em que elogios são desinteressados…
Mas é todo canto de sereia
Que exalta o orgulho e excita as vaidades…
Uma zombaria sobre a nossa nescidade
E sobre ser falto dessa consistência
Que é saber de si…
Não é a serpe venenosa
Encantada pela melodia doce da flauta?
Sinuosa baila contemplando
Aquele que a cativa…
Caímos iludidos de nos elogiarem,
E sempre desprevenidos.
Vitimados não de um violento assalto,
Mas desse artifício dos homens
Que fere de ferro
A beleza da circunspecção...
Quem elogia
Não acresce beleza ao belo!
Quem elogia
Não aprofunda a sabedoria do sábio!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro