Visão No. 35
Cheguei atrasado hoje,
Como se me arrastasse por um deserto
Que crescia na direção em que tencionavam seguir os meus passos…
Arrastei-os até a linha de chegada imaginária
Dos deveres que me auto impus…
Havia olhos reprovadores
Quando a fita hipotética se partiu...
E os olhos reprovadores sobre mim não sabiam de nada,
Só sabiam reprovar,
Sem se darem conta
De que meu dever é devido
porque o escolhi…
Certo que o escolhi por necessidade,
E a necessidade é minha
E não de quem me reprova…
Quem me reprova não sabe nada,
Só sabe reprovar,
Seu ofício é reprovar,
Seu destino é reprovar…
Sua existência é o paroxismo de tudo que condena,
Sobretudo,
As decisões que não são deles.
E atraso-me e claudico e sigo a ermo pelos desertos desolados da existência,
Onde dunas e oásis
Se vão movendo ante mim…
Faço por vezes imensas travessias
E ninguém sabe delas.
Faço imensas travessias,
Antes de chegar às metas que me impus,
E por vezes tardo em chegar,
Como se não quisesse chegar…
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