Visão No. 34
Quando falo das coisas que soube
Não quero passar uma imagem de sabedoria…
É que me enamorei antes das coisas de que falei…
Há essa compulsão sentimental
De revelar aos homens o possível sentido
E de dizer que as coisas não estão à roda de nós sem razão…
Existem e há um porquê…
Seria meu amor um exercício de mera vaidade?
Calo-o e resigno-me…
Por que há uma incompreensão daqueles
Que enxergam de fora,
E não me podem compreender senão
Por conceitos estreitos,
Ou por percepções imperfeitas
A respeito do amor que sinto pelas coisas…
Tais são os homens que não podem ver
E não sabem nada das vezes todas em que cedi todas as compreensões de mim
Para compreender os sentidos adiante…
Não sabem
Que cedi a mim mesmo
Para ser instrumento
e não como homem diante dos homens…
Decaí da condição humana
De propósito
Para estar aqui
Amante de verdades que se não precisam dizer...
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