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Epílogo parte 2

Os meus três filhos correm, caem e gatinham à minha volta. Por esta ordem especifica. Joshua começa a chorar e Hailee pega-lhe ao colo. Estendo os braços mas ela diz-me que trata do assunto. A rapariga que me está a fechar o fecho do vestido pede a Julliet que gentilmente saia de cima da bainha.

-Eu gosto.- A minha filha diz, e como que para provar o seu ponto esconde-se debaixo do vestido, entre as minhas pernas.

Faço um gesto apaziguador à rapariga que parece prestes a perder o controlo.

-Sophia?

-Hum?- A organizadora do casamento entra na minha suite.

-Dentro de trinta minutos precisamos de sair.

-Claro.- Sorrio-lhe mas sinto que as minhas mãos começam a tremer.

Carmmella agita-se no berço e Tessa salta da cadeira para a ir buscar.

-Oh meu Deus se vocês continuarem a levar os meus filhos do perto de mim vou ter um colapso.

-Estou aqui mamã.- Julliet toca-me na perna.

-Eu sei querida, consigo sentir-te.

-Soph eu sei que estás a tentar parecer calma, mas eu posso ver os dedos a tremerem.- Tess diz-me enquanto embala a pequena bebé.

Olho para o mar lá em baixo, a bater com força nas rochas. É azul escuro, profundo. Em qualquer outra altura da minha vida ter-me-ia sentido engolida, mas neste momento parece uma daquelas coisas que procrastinamos muito para fazer, e no fim é algo que sempre tivemos como certo.

-Não é como se não o conhecesse á quase dez anos.- Murmuro, talvez mais para mim mesma.

-A vossa história é tão bonita...- Tess olha para mim com um ar sonhador.

Quando as pessoas me dizem isto, especialmente no trabalho quando falo da minha família fico meio sem graça. A pensar em todas as coisas horríveis que nos aconteceram, em todo o sangue e lágrimas derramados.

-Antes de se tornar bonita foi tão feia quanto poderia ser.

-Já está.- A rapariga alisa-me as mangas do vestido e permite-me finalmente olhar para o espelho.

O meu vestido espalha-se à minha volta, o meu cabelo está liso atrás das minhas costas com um pequeno apanhado atrás. O brilho castanho mistura-se com a tonalidade clara nas minhas pálpebras. O ombro a ombro e o decote á barco do vestido deixam-me sem palavras. Vejo um movimento debaixo e acaricio a cabeça da Julliet.

-A avó e o avô já chegaram?

-Porque não vais ver?

-Está bem.

Ela sai a correr e Hailee abre a porta ao mesmo tempo.

-Nada de contares ao teu pai como está a tua mãe.

-Okay tia.

O pequeno ponto branco que é a minha filha desaparece por debaixo das pernas de Hailee enquanto grita pelos avós.

-Como é que consegues aguentar três crianças?

-São a luz dos meus olhos.

-E dos teus pesadelos. O Joshua está com o Harry.

Tenho visto o Harry todos os dias, pelo que me parece a eternidade. Mas, mesmo assim, sinto que este é o primeiro dia da minha vida, o primeiro encontro, o primeiro beijo, o primeiro toque. É como se nada mudasse, enquanto tudo muda.

-Como está ele?

-Feliz por teres aceitado casar-te com ele.

-Eu estou feliz também.

-Com esse anel até eu ficava feliz.

Olho para o anel no meu dedo anelar esquerdo e sorrio. No dia seguinte ao anel fiquei com tanta vergonha do tamanho que o virei ao contrário. O diamante contra a minha palma.

-Quantos desses é tens?

-Dois.- Murmuro.

-Dois?

-Ele deu-me o primeiro anel de noivado quando eu tenha vinte e um.

-E esse?

-Este foi quando ele me disse que se casava comigo assim que saíssemos da maternidade com a Cam.

-Os teus partos foram todos horríveis.- Tessa senta-se pensativa numa poltrona.

-Nem me digas nada Tess.- A minha mãe abre a porta e viro-me para ela. Corro para os seus braços e sinto o seu aperto familiar.- Eu adoro os meus netos, mas já chega!

-A Julliet anda á tua procura.

-Vou ter com ela daqui a nada. Queria ver a minha filha.

A minha mãe afasta-se e passa-me a mão pelo cabelo. O seu toque é calmo e gentil e faz-me esquecer a confusão que vai no meu estômago.

-Estás linda.- Sussurra-me

Sorrio-lhe e vejo enquanto toda a gente abandona o quarto.

-Não é nada demais... é só um papel.- Não sei quem tento convencer, se ela ou eu.

Senta-se numa poltrona e eu faço o mesmo.

-Quando saíste e casa eu pensei tudo para a tua vida. Mas casares e teres três filhos antes dos trinta anos foi a ultima delas.

-Eles são a melhor coisa da minha vida.- Murmuro.

Lembro-me quando descobri que estava grávida da Julliet, entrei em pânico, a responsabilidade de ter alguém dependente de mim para a vida assustava o inferno em mim. Agora, olhando para a minha mãe aqui, vejo que não há nada melhor que saber que a nossa marca do mundo são os nossos filhos.

-Eu sei que sim...mas parece que cresceste tão depressa, um dia estavas lá e no seguinte era como se simplesmente o mundo tivesse parado para ti.

-E parou, desde que o conheci o mundo parou.

Ela encosta a bochecha à manda do meu vestido fecha os olhos.

-Eu sei, só queria ter tido mais algum tempo contigo...

-Vou estar sempre aqui mãe!

-Sim, como mulher e mãe, a minha menina cresceu.

Abraço-a com força e fecho os olhos. Se os meus pais nunca me tivessem deixado ir, eu não estaria aqui hoje, o meu amor não seria tão grande e selvagem como é. O mundo lá fora era tenebroso, mas escondia grandes desejos.

-Eu vou ser para sempre a criança que fui. Só com mais rugas.

As suas mãos alisam o meu vestido e ela sorri.

Os meus pés tremem enquanto entro na casa de banho. Levanto o vestido mas é tanto tecido que fico com a cabeça a andar à roda. A minha bexiga é do tamanho da de um bebe e sinto que toda a água que bebi na ultima semana está a tentar sair agora.

-Vou já.- Arregalo os olhos quando assobiar demasiado familiar me entra pelos ouvidos.

-Harry?- Murmuro.

-Soph?

-Merda, sai daqui!- Levanto-me à pressa ainda segurando o vestido.

-O que é que estás aqui a fazer?

-Xixi. Sai, não me podes ver!

-Estou a ver os teus sapatos.

-Sai.

-Estás na casa de banho dos homens.

-O quê?

-Sim... não reparaste?

-Não, os bonecos pareciam-me iguais.

-Vais ter de ser tu a sair.

-Tenho meu vestido, não me podes ver.

-Vou virar-me.

-Oh céus.

O meu corpo todo está numa corrida de adrenalina e o sorriso estupido na minha cara não me deixa pensar. Conto até cinco e espreito. Ele está virado, tal como prometeu.

-Estás a fazer xixi?- Começo a rir-me quando o oiço a ele a rir.

-Estou mesmo aflito. Vou casar-me.

-Rapariga de sorte.

-Nem me digas nada.

Passo por ele e puxo-lhe as calças para baixo antes de sair a correr.

São estes momentos que me fazem ter a certeza de que por debaixo do homem que toda a gente vê, está o rapaz que me cativa.

-Estavas na casa de banho dos homens?- Tess pergunta-me antes de arrastar de volta para um local onde não possa sair tão facilmente.

-Quero fazer xixi.

-Aguenta-te! Se sujas esse vestido passo-me.

Quando me preparo à entrada da igreja vejo o meu pai a falar com algumas pessoas. Os seus olhos poisam em mim e consigo ver a camada de água que se forma. Ele estende-me o braço.

-Estás linda.

-Obrigada. Tu também não estás nada mal.

-Só um fato velho.

As crianças correm e saltitam à espera do sinal para entrar.

-Então acho que ganhei.- Murmuro.

-O quê?

-Vou casar-me com alguém que desaprovas. Ganhei.

Ele sorri ao céu azul e depois olha para mim.

-Deixei de desaprovar o teu marido quando me deram netos minha querida.

-Então ele está triplamente perdoado?

-Podes crer que sim.

-É melhor não lhe dizer, adoro como ele ainda tem medo de ti.

-Até já miúda.- O meu irmão beija-me a cabeça e entra na igreja com o filho pela mão.

Toda a gente se coloca em posição. As minha damas de honor atrás de mim e...

-Merda!- Tess solta demasiado alto o que faz com que algumas pessoas olhem à volta.

-O quê?- Pergunto em pânico.

-Tens uma pegada no vestido! Uma pegada da Julliet.

Arregalo-me os olhos e viro-me Um grande manchado negro em forma de pé afirma-se no branco virginal do meu vestido e a minha dama de honor parece prestes a desmaiar. Encolho os ombros.

-Quem me dera que o Joshua e a Carmmella também o tivessem pisado.- Digo, o que faz toda a gente rir.

E de repente, o ar parece demasiado denso para respirar. A porta abre-se e vejo-o. Ao fundo, com o mesmo fato da casa de banho. Mesmo de costas parece o paraíso. Ando devagar e é como uma daquelas sensações de camara lenta e ao mesmo tempo uma rapidez tremenda. O nosso mundo gira e gira e nós somos tão pequenos.

No fim, quase quando estou ao pé dele Marcus sorri e ele vira-se. Olhos verdes, brilhantes e vivos, à espera do resto da vida dele. Agarro-lhe mão e sinto-a transpirada.

Sorrio e ele copia-me, a sua covinha aparece para dizer "olá", e pelo canto de olho vejo Julliet a explicar alguma coisa a Joshua.

-Estás linda.- Murmura-me.

-Tu também.- Digo, com as bochechas a aquecer.

Mal oiço o padre, e quando chega a parte dos votos sinto-me com vertigens. Sei que a palavra sim me escapa dos lábios e que a seguir ele a repete. As nossas mãos estão transpiradas e sinto o deslizar da aliança dourada no meu dedo. Faço o mesmo na sua mão, e cada pequeno milímetro que os meus dedos percorrem no seu é mais um passo. Em direção a que? Nem desconfio, mas é como se me enchesse as medidas. Como se me enchesse de vida.

-Pode beijar a noiva.

-Finalmente.- Dizemos os dois ao mesmo tempo.

Os nossos lábios encontram-se algures entre gritos de alívio e suspiros amorosos. Sinto os nossos filhos em volta das minhas pernas e começo a rir. Tenho lágrimas nas bochechas e um sorriso do tamanho da nossa persistência.

-Eu amo-te. Tanto.- Digo-lhe enquanto o abraço com força. A minha bochecha no seu peito quente.

-Vou fazer-te feliz para o resto da nossa vida.

-Quero fazer xixi.- Joshua diz-me.

Começo a rir-me e apanho-o do chão.

-Está-te no sangue. Hoje toda a gente quer ir à casa de banho.

No final da noite, quando os meus pés estão cheios de bolhas e já adormeci três crianças ao som de música alta e com o barulho do mar ao fundo percebo que não queria nada diferente. Esperei tanto tempo por este casamento para que fosse perfeito, e na verdade foi, à minha maneira, mas foi.

Sento-me na beira do muro à frente da praia. Há tanta gente a dançar, deitados no chão com álcool ao lado... é uma aura de felicidade que me contagia, e estão todos aqui por mim, pelo Harry e por algo que tem visto crescer.

-Anda até ao mar!- Chama-me Tess.

-Vou já.

Levanto-me com a cauda do vestido nas mãos e caminho para dentro de casa. A festa foi montada cá fora, numa enorme tenda luxuosa. Em casa tudo parece normal, meti os miúdos na cama e Nancy está de olho neles. Entro com o objetivo de me sentar no sofá um pouco mas oiço vozes no escritório.

-Perdeu a cerimónia.

-Eu sei. Queria ver-te.

-Já viu.

Há um silencio de morte e empurro a porta ligeiramente. O pai do Harry encontra-se sentado numa cadeira, uma bengala perto do seu joelho, a maioria do seu cabelo loiro está branco e parece tão deslocado daqui que é quase como uma vida distante.

-Tens uns filhos lindos.

-Não quero ter esta conversa. O pai deixou bem claro que não queria nada comigo. Passei essa fase da minha vida.

-Vais ter um casamento feliz.

De repente Harry bate com os punhos na mesa.

-Chega merda! Pare de falar comigo como se estivéssemos a ter uma conversa normal.

Os olhos dele faíscam e vejo a raiva que lhe corre pelo corpo. Não acredito que Edward está a manchar o nosso dia com memórias destas.

-A Julliet é parecida com a tua mãe.

-Vou chamar a segurança.

-Não!

Entro dentro do escritório e ele estaca.

-Sophia eu...

-Tudo bem.- Aproximo-me do velho senhor que só vi de perfil e estendo-lhe a mão.

-Para com isso Soph...

-Deixa-me.

O velho homem, segura a minha mão e olha-me nos olhos.

-Estás linda Sophia.

-Obrigada. Ouvi o que disse sobre a sua neta.

O Harry vira-se para a janela, o nojo das palavras custa-lhe a passar pela garganta.

-Sim, neta. Falou comigo quando me sentei na ultima fila da igreja. Muito perspicaz.

-É igual ao pai. Posso perguntar-lhe porque veio quando foi tão explicito da ultima vez que nos encontramos?

Ele suspira pesadamente.

-Não mudei de ideias. Não posso ser o pai de um filho com o qual não... precisava de ver com os meus olhos, que ele conseguiu algo que eu nunca consegui.

-Foi para isso que veio?

-Estava curioso.

O barulho de um punho no vidro faz-me sobressaltar e viro a cara para o Harry.

-Fodasse! O meu casamento não é um circo sobre o qual se está curioso. Acabou, parem com essa conversa de merda.- Carrega num botão no telefone.- Venham buscar uma pessoa ao meu escritório. Agora!

Vira-se para o pai e aponta-lhe o dedo.

-Espero que tenha olhado bem para mim, para a minha mulher e para os meus filhos, porque foi a ultima vez que os viu.

Richard levanta-se e apoia-se na bengala. Reparo que a sua perna se mexe com esforço, quase um arrastão.

-É bom saber que ainda há algo meu em ti.

A próxima coisa que sei é que ele está a abrir a porta e a sair. O meu olhar oscila entre a madeira e o Harry. Não sei exatamente do que estou à espera, mas quando ele me estende a mão surpreende-me. Saímos os dois juntos e caminhamos até à praia.

Este é o meu lugar preferido no mundo inteiro. Perto da água, com todo o espaço do mundo e a minha família.

Mais tarde, na cama, o sol começa a levantar-se. Estamos virados ao contrario, com os pés onde as nossas cabeças deviam estar e as pernas enroladas uma na outra. Ainda estão convidados lá em baixo mas a maioria já saiu. Esta propriedade é o meu refugio e o facto de me ter casado aqui vai para sempre manter uma parte de mim aqui.

-Estás contente?- Pergunto.

-A tua roupa está toda fora do teu corpo não está?

Riu-me e beijo-lhe a bochecha.

-Está. Estou exausta.

-Eu também.

Uma onda particularmente grande rebenta na areia.

-Não vamos falar sobre isso hoje pode ser?

O seu polegar acaricia-me o queixo.

-Pode.

-Amanhã.

-Está bem.

-Depois da lua de mel?

-Não.

-Combinado.- Ele sorri. Eu sorrio.

-Vou só dizer algo...só quero que saibas que casei contigo pelo homem que és hoje, mas também pelo rapaz que nunca deixaste de ser. Que te aceito pelas tuas qualidades e que te amo com os teus defeitos, e que aquilo que tens dentro de ti, agora é meu também e pretendo ficar com isso até ao fim, então se algum dia questionares a forma como és com base em quem quer que seja, lembra-te que te aceito assim, temperamental, apaixonado e louco.

Ele sorri para mim. Os seus braços envolvem-me e esfrego a bochecha contra os pelos do peito dele.

-Quem me dera que o tempo parasse agora.





Fim, porque foi sempre a cerca do tempo, do passado, do presente e do futuro;

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