Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

97ºCapitulo

Tinha este capitulo escrito, espero que gostem e que o aproveitem 



A inspetora olha para mim. Tenho uma chávena de chá entre as mãos, provavelmente pareço uma bruxa, os meus olhos continuam vermelhos, sinto que não há mais ar para puxar no meu choro.

-Miss.Black...- Ela vai começar todo aquele discurso sobre ele estar morte e de não precisar de ter medo, ela acha realmente que é isso que me está a assustar, ela provavelmente nunca se sentiu presa dentro da cabeça dela, a tentar acordar de algo tão doloroso que a única saída é desistir.- Preciso que me conte a historia, o que realmente se passou quando se mudou de Oxford para Nova York...os arquivos que Mr.Styles adicionou á busca são apenas queixas apresentadas.

E conto-lhe, é como viajar no tempo, quando Dean apareceu, o rancor enorme que o Harry sentia por ele, a maneira como eu me escudava nele para me proteger do Harry, conto-lhe que o inicio do meu relacionamento foi difícil, que não sabia lidar comigo nem com ele, que quis desesperadamente saber o que os unia, que descobri que eram meios-irmãos, que a ideia do Dean era ficar com aquilo que achava que lhe pertencia... quando acabo sinto-me exausta, como se realmente estivesse lá, a lutar contra as memorias para sair de um túnel sem fundo.

-Então este sujeito tinha-a tentado matar anteriormente a mando de Mr.Medina?

Aceno que sim, ela escreve algumas coisas no portátil e olho em volta, o gabinete é castanho-escuro e faz-me sentir estranha, a cor faz-me sentir estranha, olho para a janela e vejo o sol lá fora, é como ver o dia a passar-me á frente sem que eu realmente o tenha vivido.

-Tem alguma teoria?- Ela pergunta-me e olho para ela, alguma teoria acerca do quê?

-Teoria?

-Sobre o que o levou a matar-se?

Olho para a chávena e vejo o liquido ás voltas lá dentro, um remoinho quente, como a alma dele, furiosa, sem escrúpulos, infernal. Ergo a cabeça e olho para ela, os olhos azuis são frescos como o gelo e o cabelo rigidamente atado no cimo da cabeça diz-me que sabe o que está ali a fazer, e lamento não ter sido ela a cuida do caso á três anos atrás quando fui atacada da primeira vez.

-Talvez já não conseguisse lidar mais com ele mesmo sabe?- Minto, tenho a certeza que não foi isso.

-Estas pessoas lidam bastante bem com elas mesma Miss.Black.

-Conheci Matt á três anos quando ele trabalhava par ao meu namorado, era querido, subtil e estava sempre pronto para entrar em ação assim que eu ou precisássemos dele, acho que nutris verdadeiros sentimentos pelo Harry, pelo menos achei até que foi capaz de aceitar uma pequena fortuna para acabar comigo... a verdade inspetora é que o Matt não era muito diferente de pessoas que matam por matar, ele matava pelo dinheiro, ele fazia qualquer coisa pelo dinheiro.

-Acha que agora ainda era uma questão de dinheiro?

Riu-me.

-Não, claro que não, ele ia acabar por perder, agora era uma questão de honra, de acabar comigo para terminar o que não tinha feito antes.

-Obrigada pelo seu tempo Miss.Black.

Aperto-lhe a mão e saio do escritório, os meus ténis fazem barulho enquanto percorro o corredor, pergunto ao segurança pelo Harry e ele diz-me que ainda está lá dentro com a mãe de Matt, uma velhota de oitenta e três anos que em outras circunstâncias eu teria pena, mas que a única coisa que posso fazer é desviar o olhar do dela. Quando aqui chegamos o Harry apresentou-nos e ela estava a sorrir e a chorar ao mesmo tempo, o Harry pensou que talvez eu a fosse abraçar, dizer que lamentava, coisas que a Sophia geralmente faria, mas a única coisa que fiz foi olhar para ela apaticamente e depois voltar-me para ir para o gabinete que me designaram, ele ainda tentou dizer-me alguma coisa, mas foi inútil. É inútil.

-Pode dizer a Mr.Styles que fui andando para casa?- Pergunto ao segurança que acena com a cabeça e me pergunta se preciso de alguma coisa. Preciso. Preciso que as coisas acalmem, preciso que as imagens de á duas noites atrás desapareçam.

Quando saio do prédio o sol bate-me na cara e ponho os óculos, desvio-me das pessoas, os turistas sorriem e tiram fotografias, as pessoas que aqui vivem fingem não se importar com nada, sinto o metro passar debaixo dos meus pés, oiço o barulho das obras, alguém aciona um botão de emergência na rua atrás desta. Faço uma lista de coisas que acontecem á minha volta e bloqueio a minha mente de controlar os meus sentimentos.

Digo bom dia ao porteiro e subo o elevador, as portas abrem-se e vejo Mr.White deitado no vaso de uma planta perto da janela, a vida é simples para ele, a única coisa que o preocupa é a que horas um de nós chega a casa para o alimentar. Tiro os óculos e deito-me no sofá, fecho os olhos por um momento.

"Tu não és quem dizes ser"

Eu não sou quem digo ser, ou a vida não me deixa ser o que quero ser? Sinto que o ultimo pedaço do meu passado se libertou de mim quando ele morreu, mas sinto que agora que passei por tudo isto, que agora que passaram dois dias não estou a saber lidar com isso. Não sei lidar o facto de não ter medo? Os dois morreram. Matt e Dean não são reais, não estão aqui, mas sinto que alguma coisa não está bem, na minha cabeça quando ele olhou para mim... é como se ele sempre soubesse que eu era capaz de o ver, o sorriso dele, como se mesmo assim, o ultimo suspiro dele tivesse que ser uma maneira de me assustar...

-Sophia!

A voz do Harry acorda-me e salto tão depressa que a minha cabeça bate na dele.

-Meu Deus Harry!- Irrito-me com ele e toco na minha testa.

-Merda, podias ter esperado por mim!- Ele diz-me zangado enquanto anda até á cozinha num dos seus fatos extremamente caros.

-Pensava que ias trabalhar a seguir.- Reclamo e olho para os meus pés.

Ele revira os olhos e enche um copo com água enquanto volta para o pé de mim, senta-se na mesa de centro á frente do sofá onde estou e olha para mim com tanta força que sinto que está a tentar entrar dentro da minha cabeça.

-Tu sabes que não ia sem ver se estavas bem.- Toca-me na cara e quero saber se lavou as mãos.

-Estou bem.- Digo-lhe e volto a deitar-me no sofá sem olhar para ele.

Oiço o copo bater na mesa devagarinho e depois o peso dele no sofá, agarra-me suavemente na cara e volta-a para ele.

-Não estás bem, meteste um atestado médico porque estás demasiado preguiçosa para ir trabalhar, não tens comido nada, mal dormes, passas o dia no sofá...

Sei que ele está preocupado, sei que eu também estou preocupada comigo mesma, sinto-me estrangulada, sem força para me mexer muito, sinto que se der a oportunidade a alguém de olhar para mim, olhar para mim de verdade vou ficar um caco. Não quero partir-me, não por uma coisa que sempre assim.

-Posso ficar em casa? Só hoje? – Pergunto e ele risse. Aproxima a cara da minha e toca-me suavemente nos lábios.

-Não vou ser eu a dizer-te o que fazer meu amor.- Beija-me com ternura e depois levanta-se, pega no telemóvel e nas chaves do carro e sai.

Olho á volta, o grande apartamento parece querer engolir-me, a minha cabeça parece querer engolir-me, há tanta coisa que não parece real, e no entanto é. Fecho os olhos e penso realmente naquilo que se passou, não apenas nisto, mas em retrospetiva, eu sempre lutei contra o isolamento a que o medo me poderia submeter, eu estava constantemente a desafiar o perigo, eu queria viver. Riu-me ao lembrar-me da maneira como lutava para poder ter uma vida normal quando tudo á minha volta gritava que essa não era a escolha certa a fazer, e agora que posso viver e continuar sinto que estou a voltar atrás, a ouvir as palavras que devia ter ouvido na altura e ignorei...porquê agora? Existem paginas na nossa vida, e a ultima página que representava o perigo na minha acabou de ser virada, e sei que depende de mim como vou viver a partir daqui, posso remoer o resto da vida no que me aconteceu, ou no que me podia ter acontecido, ou posso lutar contra isso e seguir em frente, não estou a dizer que não vá pensar nisso nunca mais, mas o Harry tem razão, ontem quando lhe disse que não queria ir trabalhar o resto da semana disse-me "ok", quando lhe disse que não me apetecia comer a coisa ficou mais complicada, mas quando fomos para a cama e comecei a andar às voltas foi o despertar de uma onda, perguntou-me onde estava eu, porque a Sophia que ele conhecia não ia parar de viver a vida, e é verdade a Sophia não ia parar de viver a vida, mas a Sophia agitada com medo do que a noite lhe pudesse trazer ia ter medo de fechar os olhos.

Está tudo bem em ter medo não está? Está tudo bem em não acabar esta linha de pensamento como uma resolução de melhorar, está tudo bem em deixar de pensar nas coisas e ficar dormente. É isso que estou, dormente com o choque de realidade. Quando me sentir preparada vou voltar, às vezes as pessoas só precisam de tempo.

Três semanas mais tarde, arredores da cidade de Los Angeles.

A luz do sol entra com tanta força pela minha antiga janela que tenho que me lembrar que aqui não á um comando que desce as precianas. Viro-me para o lado apertada e dou de cara com o Harry meio despido, têm um fio de baba a escorrer-lhe da boca para o braço que usa como almofada e uma perna no chão, a minha velha cama é muito pequena para ambos e parece que ele não lidou muito bem comigo a lutar contra ele no meu sono.

Riu-me da figura dele e passo o braço por cima dele, apalpo o meu telemóvel e teto puxa-lo, quando o agarro, a mão do Harry que está fora da cama agarra-me e grito a rir-me. Ele sorri ainda a dormir e limpa-se ao braço.

-Adoro quando te ris assim.- Ele murmura.

-Adoro quando te babas assim.- Beijo-lhe a ponta do nariz.

-Eu sei, especialmente, adoras quando me babo na tua boca.

-Harry!- Fecho os olhos e sacudo a mão para ele me largar.

-Está tanto calor.- Ele respira e depois riu-me outra vez.

-Foi por isso que decidiste ir para o chão?- Os dedos dele viajam até á pele abaixo das minhas costelas e apertam-me, é como uma febre de riso, os joelhos dele prendem-me e salta para cima de mim, uma das suas mãos leva os meus braços acima da minha cabeça e a outra contínua o seu assalto impertinente.

-A maioria das pessoas adora o calor sabes?- Riu-me e tento libertar-me para lhe tocar.

-Um bom Inglês sabe apreciar o frio.- Ele baixa-se com a boca a centímetros da minha e sorri.- E uma boa mulher.

Reviro-os olhos e estico-me para o beijar, é suave e deixa-me tão contente. Viemos ontem á noite, chegamos ás três da manhã e agora são...algures entre o almoço e o pequeno almoço, é sábado e sinto-me muito leve em saber que não vou precisas de ir trabalhar hoje. As últimas semanas foram de loucos, assim que voltei ao trabalho precisei de ficar dois dias em Chicago para assinar um projeto com Lara e desde aí parece que nunca fecho os olhos. Por isso quando este sábado nos disseram que não precisaríamos de ir trabalhar ficamos em êxtase e resolvi comprar os malditos bilhetes de avião, foi engraçada a cara do Harry quando chegou do trabalho e viu as malas á porta.

O meu estomago faz barulho e o rosto dele ilumina-se.

-É tão ver alguma vida aí dentro.- Ele leva a mão até lá e aperto-me.

-A única vida que há aqui é o vazio prestes a ser preenchido por uma taça de cereais Don Juan.- Beijo-lhe a bochecha e depois liberto-me dele, visto o robe e viro-me para o ver todo deitado na cama.

-Dormi tão mal!- Ele geme e fecha os olhos, como quem diz "agora lida com o facto de eu ir dormir e arranja outra coisa para te entreteres"

Saio do quarto e atravesso o pequeno corredor até chegar às escadas, olho para baixo e vejo Mer com um prato de panquecas e calda de chocolate, o meu estomago dá uma volta ao quanto ela consegue comer de doces. Não quero ser uma grávida assim, de jeito nenhum. Desço e digo-lhe bom dia, a cara dela está tão carrancuda que tenho medo dela, diz-me bom dia e depois vou para a cozinha, começo a mexer nos armários, espreito pela janela por cima do lavatório e o meu pai e Tedd estão a jogar qualquer coisa maluca no jornal e a minha mãe está entretida com as suas flores.

-Não estou a sentir-me muito bem.- Mer diz-me e riu-me.

-O que é que o meu irmão fez?- Peço-lhe enquanto procuro alguma coisa no armário de costas para ela.

-Não, ele não fez nada, só não me estou mesmo a sentir bem.- Alguma coisa no tom de voz dela me faz virar, olho para ela e está meio amarelada.

-Oh meu Deus! Vai nascer ou assim? Sentes uma vontade de fazer xixi? As tuas águas rebentaram? A barriga dela aprece enorme, ela deve estar quase no seu oitavo mês ou assim, é no nono que os bebés nascem não é?- Harry!- Grito e cinco segundos depois ele aparece ao meu lado, motivado pelo grito ensurdecedor.

-O que é?- Ele está apenas de boxers.

-A Mer não está a sentir bem.- Aponto para ela e agora em vez de amarela também está ligeiramente rosada.

-Podes chamar o teu irmão?- Ela sussurra e aceno que sim, abro a porta para o jardim e os meus pés ficam ensopados com a relva molhada do expressores.

-Tedd? A Mer está a sentir-se mal!

Os olhos do meu irmão faíscam com a velocidade com que ele levanta a cabeça e se levanta, em quase três passos ele corre em direção a mim, a minha mãe caminha lentamente e o meu pai junta-se a ela. Coloco as mãos nas ancas.

-Não estão preocupados?

-Não, eles chatearam-se e ela estava a comer tanto que o estômago dela se deve ter revoltado, as grávidas são muito sensíveis querida, vais descobrir.- A minha mãe passa-me a mão pelos ombros e entramos dentro de casa para ver Harry embaraçado a olhar para Mer a vomitar o conteúdo do seu estomago enquanto Tedd lhe agarra o cabelo.

-Ela não vai descobrir por enquanto.- O meu pai diz-me e riu-me, realmente não por enquanto.

Quando Mer se sente melhor Tedd leva-a para o quarto, e o meu pai olha finalmente á volta.

-Precisas de alguma roupa Harry? Há mulheres nesta casa!- O meu chuta e vejo enquanto a minha mãe desvia o olhar para o meu pai.

-Alex...

-Oh não! Permiti que dormisse com ela, agora andar meio nu pelo casa, nem pensar!

Mais tarde eu e Harry damos uma volta pelo meu antigo bairro, o sol está a esconder-se, o vento levanta-se ligeiramente e o meu vestido rodopia enquanto saltito á frente dele. Oiço o bater constante dos nossos pés e por um momento tenho uma epifania, aqui, agora, com este ruido suave do mar ao longe, a presença segura do Harry atrás de mim, este parece o tipo de momento que gostaria de viver para sempre. Viro-me para trás e olho para ele, os olhos brilhantes, as bochechas vermelhas do sol, estende-me a mão que agarro e depois estica-a para poder passar por debaixo e recostar-me a ele para andarmos os dois juntos. Dois miúdos passam por nós de bicicleta e lembro-me de mim e de Tedd.

-Acho que já escolhi.- Murmuro-lhe.

Ele beija-me a cabeça e olho para ele, ele sabe do que estou a falar.

������w

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro