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92ºCapitulo

Antes de começarem a ler gostava que dessem especial atenção ao ponto 4 e 5 da nota final.



Quando ele abre a porta do quarto do hotel a primeira coisa que faço mesmo antes de esvaziar a minha bexiga é atirar-me para cima da cama. Não é a nossa cama, mas é bem melhor do que o avião, odeio estes voos de lá para cá são tão cansativos. A cama afunda-se ao meu lado a mão do Harry poisa na curva das minhas costas, sinto a respiração dele bater-me na testa e chego os lábios para lhe beijar o queixo e sinto a barba picar-me. Estou muito cansada para abrir os olhos mas sinto-o sorrir.

-Estás tudo bem?- Ele tem perguntado isto de dez em dez minutos e não me importo. Na verdade agradeço que o faça.

Abro os olhos devagar e olho para ele, os olhos verdes cansados, mas para além disso consigo ver o vislumbre de alguém que voltou a casa depois de muito tempo.

-Mais ou menos.- Sussurro, e depois vejo-o, o rapazinho de quatro anos dos meus desenhos, ali mesmo, o sorriso contido, com medo que alguém o visse feliz.- Amo-te.- Murmuro.

Ele franze o sobrolho e o ar muda, fica mais pesado, mas difícil de suportar.

-Estás a dizer isso porque está com medo de alguma coisa?- Ele pergunta e acaricia-me a face, os dedos gelados de sempre.

-Não.- Respondo.- Estou a dizer isto porque te amo.

Ele beija-me, lentamente, como um doce a derreter-se na boca, a levar-me para um estado dentro de mim que me deixa dormente. A ultima coisa que sinto são os lábios dele sobre os meus.

Quando acordo são quase quatro e meia da tarde. Sento-me na cama e bocejo, perdi quase todo o dia a dormir mas foi uma boa maneira de o passar, não teria realmente grande coisa para fazer no hotel o dia toda, e foi da maneira que o dia passou mais rápido. Tento ignorar a sensação no meu peito e passo á frente, se pensar na próxima coisa a fazer não entro em paranoia sobre alguém estar escondido em algum lugar e sair para me atacar. Fecho os olhos e respiro, sinto-me tão estúpida, tornei-me aquilo que abominava, andar constantemente com medo de tudo, foi nisso que me tornei.

Passa a frente.

Entro no duche e deixo que a água quente me envolva, o vapor da água faz-me sentir melhor, e o cheiro do gel de banho que trouxe de casa lembra-me Nova York, lembra-me um sitio seguro, um sitio onde...Preciso de parar com isto. Lavo o cabelo com calma, quase com receio de que termine e tenha que enxaguar, a seguir saiu do banho e olho á volta, a minha roupa para hoje está em cima do banco á frente da cama e visto-me, o vestido solto preto e o casaco comprido, calço as botas e olho para o telemóvel ao meu lado, há uma chamada perdida do Harry e enquanto subo o fecho das botas ligo-lhe, são precisos apenas alguns momentos até que o telefone seja atendido.

-Olá.- Sorrio para mim porque ele também irá perceber.

-Olá meu amor.- Ele sussurra para mim e levanto-me andando até á minha mala.- Acordaste agora?

-Sim, dormi mais do que seria de esperar.- Sussurro.- Pelo menos estamos quase a voltar para casa.

O silencio á volta dele faz cada pelo do meu corpo eriçar-se, não sei quando é que comecei a entender o silencio dele, a origem, a natureza, o poder, mas comecei e deixa-me fraca.

-Vou ver o meu pai agora, ele está a viver numa casa num condomínio perto de Oxford, vou chegar mais tarde do que seria esperado, talvez só possamos ir amanhã de manhã.

-Não posso faltar ao trabalho.- Franzo. Não vou de maneira nenhuma faltar ao trabalho outro dia.

-Podes vir cá ter e esperar por mim? Trazes as minhas coisas e depois encontramo-nos e vamos diretos para o aeroporto.- A voz dele é pura arrogância, o tipo de som que nunca mais desejava ouvir.

-Não.

-Então vamos amanhã de manhã.- Ele aponta com força e fecho os olhos.

-Harry...

-O Mark está no hotel, procura-o, traz as coisas e vamos embora.

E desliga. O poço no meu estomago abre-se e fixo-me no chão de mármore gelado, o som da chuva fica mais forte e reparo que estou a tremer, as minhas mãos estão geladas, mais brancas que cal. Levo uma delas ao meu peito e sinto-o, o desespero a paralisar-me, tal como me paralisou noutras situações.

Fecho os olhos com raiva. Ele está a encostar-me contra a parede, ele está a fazer de propósito, eu senti isso na voz dele, na maneira áspera como ele fala sempre que quer uma coisa, e desta vez ele quer-me a ceder, quer mandar-me para dançar com os meus demónios. Memórias rápidas passam por mim, os movimentos lentos que dei da primeira vez que entrei, as lágrimas, os gritos, o álcool, os sorrisos, os abraços, os lençóis amarrotados, e a dor, toda aquela dor terrível.

Zangada vou até á casa de banho e atiro as coisas dele para dentro da mala, as minhas roupas do voo, e depois a t-shirt e as calças de fato de treino dele. A mala é pesada e como não dobrei nada preciso de me sentar em cima, quando a fecho dou-lhe um, ponta pé, ela cai no chão e levanto-a de novo. Guardo as minhas coisas na mala pequena e depois agarro na mala e puxo-a atrás de mim, abro a porta zangada e vejo Mark á minha frente.

-Traidor.- Sibilo e ele agarra na minha mala.

POV Harry.

Os meus sapatos fazem barulho ao longo da rua, a chuva ainda não se tornou tão intensa como eu gostaria. O meu guarda-chuva está aberto e deixei o motorista a alguns quarteirões daqui, há espera de Mark e Sophia, ela vai levar uma hora e meia se o transito estiver favorável. Vejo a casa do meu pai a alguns metros e quando lá chego empurro o pequeno portão de ferro preto, a mesma casa de sempre, a casa que me viu cair mais vezes do que as que posso contar, e estranhamente não me sinto mal, começo a sentir-me livre, livre do peso dos meus pecados.

Toco á campainha e alguns segundos depois uma mulher de cabelo preto vem abrir a porta, tem expressões cansadas, mas simpáticas, olhos amendoados azuis, parecesse muito com alguém, mas não consigo decifrar com quem.

-O senhor é?- Ela pergunta gentilmente. Ela não sabe quem eu sou, mas uma centelha de reconhecimento perpassa-a.

-Mr.Styles.- Digo-lhe do alto da minha pessoa.

-Desculpe eu...

-Sou o filho.- Deixo escapar.

-Quem é Lizz?- O meu pai pergunta de dentro e vejo-o agarrado ao jornal, num dos seus fatos feitos á medida que um dia desejei que ardessem, de preferência com ele a vesti-los.

-Harry?

-Olá.

É uma surpresa, os olhos dele demoram a percorrer-me o corpo e sinto um formigueiro na palma das mãos, olho para os meus pés e depois para ele, e então dá-se, o meu coração começa a bater tão depressa que a minha garganta começa a tentar fechar, tal e qual como quando tinha aqueles ataques.

-Entra por favor.- Ele murmura.

Olho para a empregada dele, o sorriso enquanto espera para me ver entrar, para me ver ser um bom filho, cujo aquele não apareceu durante os últimos três anos, cujo aquele o ignorou á saída do tribunal quando a sentença foi lida.

Dou um passo á frente e depois outro, e ainda mais outro até que estou perto dele, estendo-lhe a mão antes que haja algum tipo de mal-entendido. Não estou aqui para ser amigo dele, estou aqui para me resolver, para dar a paz que busco antes de me casar, antes de fechar o ultimo réstio de vingança num lugar secreto e de o perder, para nunca mais o encontrar. Ele aperta-me a mão e depois guia-me para a sala, sento-me no sofá que agora substitui o preto de cabedal e ele senta-se na sua cadeira de sempre. Quando ele não estava em casa costumava lá colocar os pés.

-De todos os fantasmas que me podiam assombrar hoje, tu foste o último em que pensei.- Ele ri-se, a gargalhada rouca que tanto me arrepiava.

Cruzo a perna por cima do joelho e olho para ele, gostava de saber se o meu quarto está no mesmo lugar, não entro nesta casa á anos. A típica decoração pesada, o chão xadrez, os moveis tão escuros como a alma de quem aqui vivia, se virar a cabeça vou ver a escadaria com a carpete vermelha para o piso de cima, consigo ouvir o relogio de pendulo lá em cima a bater, o cheiro das velas da minha mãe que ele nunca deitou fora, consigo sentir o perfume dela, consigo ouvir a minha irmã a falar com a minha mãe na sala de chá, o meu pai a trabalhar no escritório e eu perdido a amar uma família disfuncional, a amar uma mãe que traía, um pai que não era um pai...

-Costumas ser assombrado muitas vezes?- Acabo por perguntar.

-Os fantasmas do passado acabam por vir, geralmente quando a adrenalina da juventude se foi.- E depois vejo, a flacidez da sua pele, os olhos azuis que estão a ficar sem vida, o sorriso cansado... o homem de quarenta anos que me pôs fora de casa quando tinha dezassete desapareceu. Este homem está frágil.

-Tentas redimir-te para eles?

-Eles sabem a verdade.- Ele acende um charuto e sopra o fumo na direção da porta.

-Esta conversa é um bocado mórbida.- Insisto.

-Estás como medo?

-Medo?

-De que um dia sejam os teus fantasmas?

-Acredito ter muito menos fantasmas que tu.

E depois ele aproxima-se de mim, curvando-se para a frente, muito ligeiramente.

-Custava-me admitir, mas és muito parecido comigo, confiante, arrogante, e conquistador, quando tinha a tua idade achava que era invencível e acabei como todos os outros.

-As pessoas normais não fizeram metade do mal que tu fizeste.- Cuspo, da ultima vez que falei com ele pareceu-me que ele estava a tentar aproximar-se, mas talvez estivesse só cego.

-Voltaste para aquela miúda?- Ele sorri, ele sabe o nome dela, acredito que ele sabe bem mais que o nome dela. Aceno e ele sorri, posso vê-lo, ouvi-lo e senti-lo pensar no assunto.

-Não me contaste o que te trouxe aqui.- Ele murmura e riu-me.

-Queria só vir ver-te, o meu voo é só á noite.- Encolho os ombros.

-Trabalho?- Ele questiona-me.

-Não propriamente.

-A Sophia veio contigo?

-Ela vem ter comigo quando sair daqui.

Ele ri-se e depois passa-me um charuto também, recuso e olho para a mão dele a tremer enquanto poisa a caixa. Aquelas coisas dão-me nojo, lembro-me de o ver fumar aquilo quando tentava falar com ele e ele me mandava embora.

-Pirralho consigo ouvir a tua cabeça, estás a pensar em todas as vezes que te troquei por um charuto ou por uma mulher.- A cara dele fica séria e depois ele continua.- Nunca pedi o teu perdão Harry, nem nunca o vou pedir, não te amo como um pai deveria amar um filho, mas respeito-te, gosto de ti, o tempo, as circunstâncias mudaram-me, nem sempre fui o homem frio que viste enquanto cresceste, mas o mundo mudou-me, congelou-me e agora estou destinado a morrer no meio da merda que fiz. Quando te obriguei a entrar para a universidade, quando de mandei para aqueles colégios, quando te tranquei fora de casa ao frio por estares mais podre que um cacho de uvas, estava a fazer-te pagar pelos meus erros enquanto ser humano Harry, e isso nunca vai mudar, nem para ti, nem para mim. Não tens um pai, tens aqui alguma coisa, mas vou morrer sem saber o que fui para ti e para a tua irmã.

As suas palavras fazem finalmente entender que vim aqui não para me resolver com ele, mas apenas para o ouvir, apenas mais uma vez, na esperança de que seja a ultima, ele tem razão, ele nunca foi um pai, ele foi um estranho, ele foi um dador de sémen, ele nunca me amou, nem nunca me vai amar.

-Sabes o que foste para a minha mãe?

Os olhos dele esbugalham-se e depois ri-se baixinho.

-Fui tudo o que pude para ela, dei-lhe os filhos com que tanto sonhou, amei-a como uma mulher quer ser amada, comprei-lhe os diamantes mais caros, dei-lhe a vida de sonho que qualquer uma mataria para ter Harry, mas a tua mãe não era apenas o que o teu cérebro de criança projeta.

-Ela...

-Ela era instável Harry, num momento eu era tudo, no outro era o vilão, num momento amava-me, no outro odiava-me, ora queria a tua irmão por perto, ora gritava com ela, e tu? Tu foste a única coisa que ela sempre quis.- Ele revira os olhos e ri-se.- Talvez fosse por isso que te detestava tanto, tu eras a única coisa que o coração dela tolerava por mais de dois dias, porque é que achas que eras o único no carro com ela? Onde é que achas que estava a tua irmã?

A informação apanha-me de choque, não foi para isto que a aqui vim, foi para o ouvir, e para lhe contar que vou casar, apenas para lhe dizer, e agora aqui estou eu, a mexer nas memórias que tenho, á procura de alguma coisa...

-Aquelas pinturas todas, aquele loft maldito onde ela passava dias escondida a pintar, com outros homens, com tudo o que eu lhe podia dar...

-Não vim aqui para falar sobre a mãe.- Levanto-me e ele segue-me o exemplo.

-Eras um pirralho Harry o que é que esperas que a tua mente de conceda? Amavas a tua mãe como qualquer criança, mas isto é o que ela era, não acreditas em mim? Pergunta á tua irmã a bela imagem que tem dela... eu fui o maior estupor depois de ela morrer, mas ela? Ela foi-o enquanto ainda havia salvação.

-Porque é que me estás a contar isto?- Puxo o cabelo para trás e tento manter-me focado na respiração.

-Porque não soube quando é que teria oportunidade de te dizer que não fui o único culpado, porque não sabia quando é que a minha vergonha ia deixar-me contar-te a verdade.- Ele ri-se de forma cínica, um velho riso que nunca o abandonou.- Dizer ao próprio filho que a mãe o traía é pior do que ter o meu orgulho ferido Harry, é sempre preferível ficar por cima.

Engulo em seco e reflito, era assim que eu pensava, sempre á espera de ficar por cima, porque se alguém ia ficar ferido, esse alguém não era eu, pelo menos não era só eu, a dor dos outros fazia a minha ficar em parte mais pequena, é isto que nos une, pelo menos unia, não acho que sou mais assim, tento controlar o impulso, não quero magoar as pessoas para me poder a ficar a rir, se no fundo de mim mesmo, sei que quem está despedaçado sou eu. Quão pesado é o fardo disso? A minha mãe pode não ter sido perfeita mas...

-Não te canses Harry, não deixes que isso te afete, ela está morta e finalmente deixei de me culpar por isso, culpo-me pelo depois, por tudo o que fiz, mas pelo antes e o durante não, amei aquela mulher com tudo de mim, matava por ela, era um amor tão intenso que foi quase doloroso demais...

-Não a amavas ela...

-Não a amava? Se a Sophia aparecesse grávida em casa de um filho que não era teu... tenho a certeza de que só um amor muito forte suportaria isso.

As coisas que ele diz fazem sentido mas uma parte elástica de mim, uma parte que nunca se foi embora quer fazer o seu caminho até á superfície, uma parte de mim quer destruir o que ainda resta de memorias que não me pertencem.

-Fizeste isso por causa das aparências.

-Não. Fiz isso porque amava mais que tudo, mais do que o dinheiro dela, mais que a tua irmã, mais que a mim mesmo.

Ele poisa os cotovelos nos joelhos e olha para mim, estou a ver-me refletido no brilho duro que me transmite, consigo imagina-lo a olhar para a minha mãe, a sorrir. Aquela fotografia de família em que sou minúsculo, a maneira como ele a agarra, é assim que eu agarro a Sophia, com medo que se vá. Consigo vê-lo a meter tudo atrás dela, consigo vê-lo a ter que decidir entre um filho e a mulher e decidir escolher a mulher, fosse a minha mãe ou não.

-O teu amor era egoísta.- Cuspo.- Essas coisas que me contas podem ser verdade, mas não mudam nada, não mudam o homem vazio que és, não mudam a merda que fizeste.

-Nunca quis que mudassem, só que precisas de saber que não era apenas eu.- Ele levanta-se, as suas calças socias assenta-lhe de uma vez só quando se baixa ligeiramente.- Não era apenas eu o seu humano vazio, nem era apenas eu a fazer merdas, a tua mãe era igualzinha a mim.

Abano a cabeça e levanto-me. Esta conversa deixou-me enjoado, a maneira como ele está a falar de um passado que não lembro, a maneira como está a destruir as únicas coisas boas que tinha da minha mãe. Avanço até á porta da entrada e vejo a emprega cujo esqueci o nome a olhar para mim da bancada da cozinha, abro a porta da entrada mas esta não se fecha, enquanto desço os degraus o meu pai fala.

-O que viste realmente aqui fazer?

Viro-me para ele, levanto os olhos até conseguir a atenção dele e depois sorrio.

-Apenas certificar-me que ainda eras a pessoa da qual eu me lembrava.

Depois fecho o portão de ferro atrás de mim e agarro no quarda-chuva que deixei cá fora. Parou de chover, mas a tempestade dentro de mim ainda vai a meio. Das ultimas três vezes que falamos ele pareceu-me vagamente arrependido de algo mas nunca consegui entender o que era, e agora que tentei, tentei realmente entendi que não arrependimento, era ele a tentar descobrir como me tratar, e finalmente parece que hoje, sem aviso prévio da minha vinda descobriu que tinha de me tratar como tinha tratado todos estes anos. Uma pedra no seu sapato, uma pedra que o relembra de todos os seus males, uma pedra que lhe roubou a única coisa que se dignou a amar.

Será que ele sabe que fizeram vinte e um anos desde a morte dela? Será que ele desconfia? Uma parte de mim sabe que ele fez tudo isto porque não aguentava mais a culpa dentro de si, porque é egoísta e para ele a culpa nunca vai ser dele, e não é que seja mesmo dele, mas culpa que lhe atribuo não é por ter morto a minha mãe, é por ter morto o rapaz que ainda não sabia nem sequer o que era perder alguém que o amasse, porque nunca ninguém o tinha amado.

Olho para uma pedra no chão e apanho-a, ando mais uns metros até ver o pequeno riacho onde costumava nadar e atiro-a lá para dentro.

"O assunto morre onde nasce."

POV Sophia

Estamos quase a chegar ao centro da cidade, o meu estomago revira-se vezes e vezes sem conta e preciso de me controlar para não começar a tremer. A chuva parou mas o tempo continua tão perdidamente feio, tão perdidamente parecido com o daquele dia. Fecho os olhos e respiro fundo.

-Está tudo bem Sophia?- Mark pergunta e eu aceno. Está tudo bem não está? Venho apenas ter com o Harry, vamos para casa a seguir. Para a nossa casa.

-Preciso mesmo de ir á casa de banho.- Murmuro, não quero sair do carro, mas não quero ter que dar uma nova textura aos bancos do carro.

-Há casa de chá mesmo ali, vou encostar e vamos até lá.- Ele diz-me e vejo pelo retrovisor que os olhos dele demonstram a suavidade de os de um pai.

Caminhamos os dois lado a lado, o meu casaco é forte mas continuo com frio, embrulho os braços á volta do corpo e Mark abre-me a porta, o meu coração dispara quando instintivamente começo a olhar ao redor, não há ninguém que conheça, foram três anos.

-A casa de banho é no terceiro piso, queres que fique na porta?

Abano a cabeça rapidamente, quero ir sozinha. Começo a subir as escadas e passo a mão pela testa, da última vez que um segurança ficou á minha espera acabou no chão e se há maneira de não brincar com o destino então eu não vou brincar.

Entro na casa de banho, é elegante, clássica, no entanto está demasiado frio aqui, deve haver uma janela aberta, dou uns passos para o lado e vejo o corredor de pequenos cubículos de casa de banho e ando até ao fim onde uma janela enorme redonda está aberta, olho para o chão xadrez e penso que cada peça preta é um pouco mais perto do abismo. As minhas mãos mexem-se rapidamente para fechar a janela mas quando levanto a cabeça ver a minha respiração para, as cores do mundo apagam-se e a única coisa que existe sou eu e o prédio á minha frente, a pedra cinzenta pesada, as janelas alinhadas e...e há alguém lá dentro, consigo ver alguém na janela enorme do quarto, é um rapariga, uma rapariga loira sentada na cadeira onde tantas vezes me sentei, ela está a olhar para baixo e depois como se me visse olha para mim, ela está longe, mas apenas um pouco, sei que está a olhar para mim e por um momento penso que ela consegue ler através de mim, que consegue ouvir o que ouvi, sentir o que senti, viver o que vivi naquele apartamento.

Seria tão tentador aproximar-me do perigo apenas para provar que sou mais forte, seria tão tentador andar até ao átrio e descobrir se o sol me pode queimar se me aproximar demais. Abano a cabeça, essa não sou eu, essa era a rapariga sentada na cadeira.

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Bom eu gostaria apenas de vos dizer obrigada por lerem e ..... BRINCADEIRINHA EU GOSTAVA ERA DE DIZER QUE ESTAVA COM MUITAS SAUDADES E QUE FINALMENTE OS TESTES ACABARAM E HOJE JÁ RECEBI UM E A MINHA NOTA FOI MELHOR DO QUE AQUILO QUE PENSEI E ESTOU MUITO CONTENTE, E CONTENTE E JÁ DISSE CONTENTE?

Já estou praticamente de férias e tenho até uma lista aqui comigo de coisas que aconteceram de bestial:

1-Estamos quase a bater 5 milhoes na primeira temporada

2-Vou ver o Convergente

3- Tenho quase 600 subscritores no youtube o que é muito bom

4- E esta eu estou mesmo ainda a perguntar comoaconteceu, mas basicamente, uma marca de relógios australiana contactou-me eestou a fazer uma pareceria com eles, os relógios são lindos, a sério o azul éo mais bonito, e eles deram-me um cupão de desconto de 15% para vocês e sabemque mais? O CUPÃO TEM O MEU NOME AI MEU DEUS!!! O site é e se usarem o cupão "SARACCC" tem o tal desconto. Voudeixar o link direto no link externo...deu para entender?

5-Quero fazer um vídeo para o youtube onde respondo ás vossas perguntas, só fiz isso aqui no wattpad nunca, e gostava que me deixassem perguntas, sei que algumas de vocês não sabem a minha idade, tem curiosidade de saber que faculdade eu gostaria de tirar, e algumas de vocês nem sabem o meu nome e por alguma razão muito estranha já fui chamada de "Ana" muitas vezes o que é engraçado.

6- Descobri que adoro mesmo o blog e tenho uma coisa muito interessante para vocês lá amanhã por isso apareçam.

Twitter: @Image1D_

Insta: @SARACCC_

Snap: Image1D

Blog: Secretbookbysara

Youtube: Secret Book

Eu amo-vos, muito, muito.

Oh e o meu nome a propósito é Sara.

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