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91ºCapitulo

São seis da tarde e estou deitada no sofá, gosto deste sofá, da maneira como o encosto dele acaba em metade do comprimento e posso ler enquanto olho lá para baixo, a cidade a mexer-se debaixo de mim. O Harry não tem uma televisão na sala, na verdade nunca vi uma televisão por aqui, há uma no painel da cozinha, mas á apenas isso, nunca entendi o porquê, no entanto há sempre o computador por perto para ver uma série ou um filme.

As portas do elevador abrem e vejo-o, os dedos dos meus pés enrolam-se e o meu estômago contrai-se, sorriu e gemo baixinho em satisfação, é assim que sei que estou apaixonada, porque o meu corpo reage antes da minha mente. Sorriu lentamente e quando ele me vê sorri-me, trás algo na mão mas assim que entra deixa-o no aparador, os sapatos dele emitem som na madeira e ele tira o casaco enquanto se aproxima de mim, vejo o casaco voar para cima de uma das poltronas e depois antes que me possa endireitar para o beijar ele empurra-me para baixo e beija-me com força, as suas mãos agarram-me pela cintura e os dedos dele afundam-se na carne, o meu corpo arqueia-se para ele e a sua língua torna-se mais exigente na minha boca, a pressão no meu coração ameaça cede e gemo com força enquanto os meus calcanhares se espetam nas costas dele par ao trazer mais perto, as minhas mãos passam pela camisa branca e sinto-lhe a pele quente.

De repente ele vira-nos e estamos no chão, eu por cima sentada com as mãos rapidamente colocadas no peito dele, sinto-me estranha, como me sinto antes de fazermos alguma coisa, só que desta vez é mais intenso, mais como o colidir de alguma coisa. Vejo os olhos verdes derreterem-me as suas mãos agarram-me a cara, deslizam pelo meu pescoço e detêm-se nos meus seios, apertam e sinto a minha visão ficar nebulada, a camisola que visto azul escura justa e com uma pequena gola aperta-me á medida que ele me aperta e me faz inclinar a cabeça para o lado, estou a sentir-me selvagem, costumo sentir-me no céu, mas agora estou a sentir-me diferente. As minhas mãos deslizam do peito dele para a minha camisola e dispo-a, levo os dedos às costas e desaperto o soutien, e são segundos até que ele se sente e a sua boca se prenda nos meus seios com força, a minha cabeça e os dedos dele puxam a minha saia para cima. Com os olhos fechados e às apalpadelas desfaço-lhe os botões da camisola e quando abro os olhos ele está a olhar para mim, arqueia-se para cima e comigo em cima dele desfaz o cinto e puxa as calças para baixo, sinto-lhe a ereção debaixo de mim e sorriu, balanço-me para a frente e para trás e ele deixa cair a cabeça para trás e geme antes de se começar a rir e mim agarrar pela cintura e me colocar quieta.

-Vais matar-me.

-É o que espero.- Sopro e inclino-me para lhe beijar o pescoço enquanto continuo a mexer-me.

Os meus lábios chupam a pele sensível e subo até ao seu queixo, mordo-o devagar e as mãos dele apertam-me o rabo, riu-me e sinto-o debaixo de mim, a forçar-me, as minhas cuecas estão a segura-lo e quando dou por mim os seus dedos tocam-me, afastam-me as cuecas devagar e a seguir mordo o lábio para conter o som que sai de mim quando ele entra em mim lentamente, sinto que como o meu corpo se contrai e olho para baixo e depois subo até que a única coisa que posso encarar são os olhos pretos, uma pequena mancha de verde antes que ele nos levante do chão num movimento fluido e ande comigo, sinto-o mexer-se dentro de mim mordo-lhe o ombro por cima da camisa meio aberta.

-Vamos meter-te na cama.- Ele sussurra, mas o caminho até á cama parece demasiado longo, a cozinha, o corredor interminável, e depois a porta, por isso empurro-me contra ele e choramingo.

-Não.- Suspiro.- Quero-te agora.

E não sei porque é que estou tão desesperada para o ter, para sentir, as minhas hormonas estão a caminhar até a superfície e a corrente elétrica torna-se insuportável, ele mande-me olhar para ele e olho, os meus olhos engolem os dele e depois ele encontra-me contra o pilar no meio da sala, engulo em seco quando ele investe contra mim e sinto as minhas costas baterem no cimento frio, grito porque a pressão dentro do meu corpo está no máximo e depois oiço os gemidos baixos dele no meu ouvido e as contrações prazerosas e depois êxtase, é como um novelo de confusão, sons, sentidos, toques, está tudo baralhado na minha mente quando o corpo se deixa ir e o sinto dentro de mim a puxar-me até ao fim.

Meia hora depois estou meio adormecida no colo dele, a camisa dele está descaída e a primeira coisa que vejo quando abro os olhos é uma mordida de amor. A sua mão passa-me pelas costas suavemente e os meus seios estão esmagados contra o seu peito, a minha saia está onde uma camisola devia terminar e sinto-me estranhamente saciada de algo, não puramente sexual.

-Tive saudades tuas.- Digo-lhe baixinho.

Oiço-o suspirar e beija-me o cabelo, quero olhar para ele, mas na maneira como ele me colocou no colo dele não consigo, o seu queixo está em cima da minha cabeça e a única coisa que vejo é uma silhueta.

-O que foi?- Pergunto e liberto-me dele, sentada á sua frente meio nua sinto-me mais exposta do que há meia hora atrás. Os seus olhos estão preocupados.

-Tenho uma coisa para te contar, mas estavas tão bonita que cheguei que não consegui.

-Bom agora tenho as meninas de fora e já não pareço tão bonita com este cabelo.- Estou a ficar preocupada e ele ri-se, pega numa mancha do meu cabelo e passa-o para trás das minhas orelhas.

Ele engole em seco e depois por um momento parece estar com pena de mim, não sei, é um sentimento estranho. Fecha os olhos e quando os volta abrir, o verde torna-se decisivo.

-O Matt foi acusado por "agressão grave" a pena para isso não é a maior como deves calcular...- Os meus ouvidos fecham-se como uma flor com demasiado medo que lhe toquem, é isso que sinto, como se os meus olhos e os meus ouvidos fossem murchar assim que alguém toque no assunto, assim que alguém me diga que ele não vai...sinto as mãos dele na minha cara, os polegares acariciam-me as bochechas e quando abro os olhos cravo as unhas nas palmas das mãos para não chorar.

-Ele...

-Eu sei, mas aqui a identidade dele não está ligada á inglesa, o processo que foi fechado depois de te teres ido embora permanece em Londres Sophia, se queremos que isto fique pesado precisamos que venha para cá.- A voz grossa e fria causa-me arrepios, até os meus mamilos se contraem e olho para o lado para ver que a minha camisola está muito longe. O Harry mexe-se e veste-me a sua camisa, depois abotoa botão por botão e puxa-me pelo colarinho para ele. Beija-me os olhos e depois diz-me:

-Tenho um voo para Londres ás dez da noite Sophia, eu vou buscar os papeis.

E depois é como se alguém tivesse empurrado uma estante cheia de livro para cima de mim, a dor e o choque sopram-se como dois cavalos numa corrida.

-Não.- Sussurro.

-É a única maneira, vou voar para lá e amanhã á noite, já estou de volta.

-É o outro lado do mundo!

-Não, não é...- Ele tenta mas acabo por me levantar, cambaleante, puxo o elástico no meu pulso e prendo o cabelo no alto da minha cabeça, olho para ele em descrença porque algo grita aqui dentro, é um fogo se expande no meu peito e me impede de raciocinar. Afasto-me dele e chego até aos tênis que deixo sempre debaixo do aparador, calço-os e pego num casaco comprido, sinto o Harry atrás de mim, mas é tarde demais, o elevador engole-me e quando o vejo uma sombra por cima de mim, fecho os olhos, a angústia no meu peito é maior que a minha capacidade de argumentar, de lhe dizer seja o que for, porque ele está a ir para mim, mas aquele sitio, aquela casa, aquele país, aquela relva, aquele ar. Quando meto os meus pés na rua a multidão que procura um restaurante engole-me e quero mandar toda a gente desaparecer, quero poder respirar durante uns segundos mas não há sitio nenhum, nunca há, isto é Nova York, estrangeiros roubam pedaços do que outrora foi o esconderijo de um casal feliz para colocar nas redes sociais. Por isso ando, ando e ando até que chego á frente do prédio onde Ave e eu passamos tantas noites viradas a ver filmes, a rir, e falar. E ela era a minha única companhia, a minha única amiga, ela dividiu a sua vida comigo e agora foi-se embora, deixou a sua vida, estável, um namorado, um trabalho, uma casa...e agora está algures na costa este a conduzir pela América até chegar a casa, a casa dela. E depois a verdade bate-me com força, o Harry vai sempre querer voltar, é como a Ave a fazer a sua viagem, uma paragem de cada vez, Nova York é a paragem do Harry por enquanto, porque a casa dele é lá, ele nasceu lá, as raízes dele estão lá, sempre a chama-lo, e sei que ele está a fazê-lo por mim, mas eu posso ver que ele queria ir, ele quer ir, pior havia alguma coisa nele a enlaçar-me para ir com ele e tenho medo, tanto medo que os segredos venham á tona.

"Casa não é um lugar, é uma pessoa" então porque é que sinto que tenho tanto medo se vou estar com ele, se ele é a minha casa? Porque é que tenho tanto medo de ser engolida?

Quando chego a casa as luzes por cima da bancada da cozinha estão ligadas, cheira a refugado e sinto-me exausta do caminho que percorri, são quase oito e quinze. Mr.White está enroscado no sofá e acaricio-lhe a cabeça, ele ronrona e continuo o meu caminho até ao quarto. Abro a porta e as roupas que o Harry usou estão em cima da cama, oiço-o mexer dentro do quarto de vestir e avanço devagar, encosto-me á lateral da porta e vejo-o enfiar roupa para dentro do saco. Há uma mão invisível na minha garganta, a apertar-me e a apertar sinto-me estúpida. Ele para de arrumar e fica quieta antes de virar a cabeça e me fitar com aqueles olhos que já me olharam de todas as maneiras. Os braços dele apoiados nas pernas e depois levanta-se, caminha até mim e para a minha frente.

-Não gosto que faças isso.- A voz dele não me repreende, diz-me só que fica preocupado.

-Precisava de me afastar de ti, antes que dissesse alguma coisa estúpida.

Murmuro e embora nenhum de nós queira rir, sorrimos e o seu polegar encaixa-se no meu queixo e faz-me olhar para ele.

-Onde é que já ouvi isso?

Ele vai, não há maneira de o parar. Podia só pensar que daqui a vinte e quatro horas ele estaria de volta, mas não, pensar assim foi o que sempre fiz. O meu coração tropeça, e depois quando olho para ele, ele sabe o que o que estou a pensar, e está preocupado, assustado, e eu também.

-Posso ir contigo?- Quero gritar, o medo dentro de mim bate-me com força.

Ele acena com a cabeça e depois agarra-me na mão e puxa-me para dentro, escolho duas mudas de roupas e ele coloca-as no saco dele. Sinto-me abatida, mas também me sinto aliviada porque vou estar com ele.

-E o teu trabalho?- Ele pergunta enquanto comemos, levo uma garfada de arroz á boca e encolho os ombros.

-Vou dizer-lhes que estou doente.- Sussurro, ele olha para o relógio e são nove. Não me diz nada, visto umas calças e uma camisola mais quente e calço novamente os tênis, a minha mala está ao lado do meu corpo e quando enchemos a taça de água e comida a Mr.White pergunto-me se o Harry ausentar-se por um dia ou dois já aconteceu, porque o gato cheira a mala que o Harry arrasta atrás dele e senta-se á frente do elevador enquanto esperamos.

No carro a espiral suga-me para baixo, sinto-me presa mas não choro e antes chorasse, porque estou a sentir-me acorrentada, e talvez isto seja a minha maneira de pôr um ponto final neste período da minha vida, meter um ponto final no ligar de onde um dia fugi, e já não sou essa pessoa, não vou fugir mais, vou enfrentar os demónios, a dor, vou dançar com eles e enterra-los, vou ganhar.

-Vais estar comigo o tempo inteiro Sophia, não há ninguém naquele sítio.

Ele sabe que isso não é verdade, ele melhor que ninguém sabe que isso não é verdade.

-O pior não são as pessoas, são as memórias.

Quando estamos dentro do avião, estou entre a janela e o Harry em primeira classe, a hospedeira aponta para uma data de luxos que só nós temos por viajarmos em primeira classe e não lhe presto atenção enquanto ela faz menção de alguma coisa ao Harry. Sinto a manta em cima de mim e viro-me para ele. Os dedos dele acariciam-me a bochecha e sorriu.

-Quando voltei sozinha estava aterrorizada.- Murmuro.

-Sempre gostaste de aviões.- Ele diz-me.

-Não estava aterrorizada por andar sozinha, estava aterrorizada porque estava a perder de propósito algo que amava.

-Porque tu me amas.- Ele murmura e aproxima-se de mim.

-Porque eu te amo.- Fecho os olhos e encosto a cabeça ao ombro dele.

Quando acordo novamente o Harry tem a cabeça no meu ombro e oiço o respirar baixinho, pisco o olhos e depois encosto o nariz ao cabelo dele, cheiro e deixo que afasta os nervos, vejo que faltam duas horas e meia para aterrarmos. Fecho os olhos e deixo-me ir novamente, pelo menos tento.

-Vamos aterrar.- A voz aveludada do Harry acorda-me e suspiro com força enquanto procuro o sinto, mas ele fá-lo por mim e encaixa-o.

-Estás bem?

-Hum.- Respondo-lhe, são seis e qualquer coisa da manhã em Londres que é onde vamos ficar, e isso devia deixar-me descansada, mas estou mais perto do medo em Londres do que em Nova York, e os fantasmas do passado não me iam perseguir para o outro lado do mundo.

Desembarcamos e a nossa bagagem chega rápido, o Harry arrasta a nossa mala todo o caminho até que um carro escuro está á nossa espera.

-Mr.Styles.- O motorista acena com a cabeça.

-Bom dia.- O Harry sorri por mim e por ele quando entramos no carro e o homem nos leva até onde quer que fiquemos.

-Mr.Styles a embaixada vai recebe-lo ás duas, e o juiz que tratou do seu caso vai atende-lo tambem, assim como o detetive que falou com Miss.Black.- O homem trauteia o meu nome e fecho os olhos.

-Mark?- Riu-me e quero chorar, a minha mente estava a tentar desvendar o som da voz.

-Minha senhora.- Ele sorri e pouso-lhe a mão por cima do ombro.

-Pensava que já se tinha esquecido do meu nome.- Digo-lhe.

-O Mark trabalha na empresa agora.- Harry esclarece-me.

-A sério?- Pergunto e sinto-me mais animada.

-Sim senhora, embora tentar fazê-la ficar quieta fosse muito mais desafiante.

-É Sophia Mark, e não fui feita para os caprichos de uma vida que exija um guarda-costas.- Riu-me.

-Sophia, ter um corpo extra é sempre bom.

-Não para mim.- Olho para o Harry e ele sorri-me, sabe que me animou.

-Graduou-se?- Ele pergunta e conto-lhe tudo, e é engraçado porque a última vez que vi este homem tinha dezoito anos e agora vou casar-me.

Quando chegamos ao hotel no centro de londres, Mark agarra na nossa bagagem e segue á frente enquanto o Harry me dá a mão, está fria, muito fria.

-Vou a Oxford depois de me reunir com as pessoas que preciso Sophia, aceito que não queiras ir, podes ficar no hotel se quiseres.- O ar quente do hotel enche-me e o dia cinzento ataca-me.

-Precisas de lá ir?- Olho para ele e tenho esperança que veja que lhe estou a implorar silenciosamente.

Ele cala-se durante um minuto e depois distrai-se para falar com a mulher que nos dá as chaves do quarto, caminha comigo até ao elevador com as mãos entrelaçadas e quando estamos sozinhos porque é muito tarde, ou muito cedo depende, confessa-me.

-Vou ver o meu pai.

A confissão apanha-me de surpresa e sinto-me estranha em relação a isso. Sinto-me feliz porque ele está a deixar ir, mas por outro lado ele está a combater-se a si mesmo, a combater o rapaz que já foi com o homem que é, e a minha pergunta é: Quanto é que ele aguenta?

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Hoje foi o meu teste de historia, portanto o pior já passssssouuuuuu!!! Bom como voz disse na ultima nota já tinha escrito metade deste, mas não fiquei contente por isso decidi reescrever e acho que ficou MUUUUUUUITO melhor, a sério, é disto que falo ás vezes preciso de mais tempo entendem? Porque estes capítulos são feitos para significarem alguma coisa a "mais".

Só queria agradecer a todas as raparigas que visitaram o blog e o canal, e que me seguiram e segui imensas de volta e ver as vossas mensagens de alegria por vos ter seguido especialmente no snap significou o mundo para mim a sério sem noção, vocês fazem-me tão feliz, e o melhor é que falamos mesmo, sobre livros, a historia e isso faz-me sentir mesmo vossa amiga, vocês são minhas amigas, mas faz-me sentir mais próxima entendem?

Bom vou deixar aqui os links para tudo se quiserem ir ver, as que não foram ahaha

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Blog: Secretbookbysara

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Love you so much...não, a sério amo-vos mesmo.

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