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80ºCapitulo


Quando nós entramos dentro do pequeno café adjacente á livraria o Harry ainda estava a encenar o quanto aquilo o chateava, geralmente eu sou boa o suficiente a entender as razoes por detrás dos ciúmes dele, mas desta vez a coisa é tão irracional que me escapa totalmente, eu conheci o homem é uma hora, ajudei-o, fui-me embora, estou aqui com o meu namorado, mas de alguma maneira isso parece ser muito confuso para o homem a pedir uma tosta e uma salada. Bato-lhe no ombro e peço-lhe para pedir o meu, que é o mesmo que o dele, ele acena e faz o pedido, e tento não dar um murro no meu estomago para ele olhar para mim e ver o quão ridículo ele está a ser.

Sentamo-nos perto de uma das estantes a abarrotar de livros e o Harry olha á volta, como se a testar se o ambiente é bom o suficiente. De alguma maneira sinto que ele é bom aqui, se não fosse o fato demasiado caro eu diria que ele pertencia aqui, e por breves minutos imagino outra historia, outro Harry outra Sophia...

Podia ter sido na universidade, ele trabalhava na biblioteca a tempo parcial, para receber crédito, eu iria entrar demasiado perdida porque talvez a minha companheira de casa não estivesse lá para me ajudar, e lá estava ele, concentrado num computador de alguma maneira, ele não ia reparar em mim até eu ter coragem de perguntar sobre o que quer que me tenha levado ali, ele ia sorrir-me porque ele sorria a toda a gente, ia explicar-me como as coisas funcionavam e eu ia sentir-me tonta porque ele era muito bonito, e quando eu estivesse na cama ia adormecer a lembrar-me das palavras concentradas e roucas que tinham escapado pelos lábios bonitos. Iria passar o resto do semestre a ir á biblioteca, ele ia sorrir-me no primeiro mês, talvez eu falasse com ele, ele ia fazer algum comentário engraçado e depois talvez ele viesse e me tocasse "sem querer" a próxima coisa que eu saberia era que ele tinha vivido toda a vida numa pequena vila com os pais e com a irmã mais velha e que aquela era a sua oportunidade de tirar economia, podíamos ir lanchar, os amigos dele iam rir-se dele. Íamos beber chá, falar durante horas, ele ia perguntar-me sobre mim, e eu ia responder quão banal era, vinha de muito longe, da praia, tinha um irmão mais velho, queria ser arquiteta, tornar as coisas reais, íamos olhar para o relógio e ver quão tarde era, íamos reparar que as nossas bebidas já estavam bebidas á imenso tempo e talvez depois ele me levasse até ao dormitório, e eu acabasse por ganhar coragem e o beijasse, apenas para me sentir envergonhada e a seguir ele voltar a beijar-me. E a historia continuava, íamos acabar os nossos cursos, ele teria que esperar dois anos por mim, mas talvez por essa altura já tivéssemos o nosso próprio apartamento, um pequeno, onde havia apenas um quarto, e um sonho de avançar e de lutar...a nossa primeira discussão talvez fosse porque ele não metia a roupa para lavar e eu ia recusar-me a fazê-lo, íamos pedir desculpas um ao outro e no fim do dia quando voltássemos do trabalho íamos apenas deitarmo-nos e assistir uma série, e mesmo num mundo alternativo eu ia adormecer em cima dele, sem preocupações, porque não havia ninguém ao virar da esquina, porque não haviam visões, não haviam grandes multinacionais, não haviam grandes casas, nem sapatos caros...

No entanto essa não sou eu, nem nunca vou ser, e aquele não é o Harry por quem me apaixonei e criar filmes românticos não é a minha realidade, e por um lado não quero que seja, apaixonei-me por alguém difícil, com uma personalidade forte e com um mundo muito singular.

-Não vais comer?- A voz do Harry corta-me a linha de pensamento e vejo a comida á nossa frente.

Olho para ele e ele está a olhar para mim, mas não por muito tempo, desvia o olhar e começa a comer.

Levo uma garfada de salada á boca e suspiro.

-Porque é que estás chateado exatamente?- Suspiro.

Vejo enquanto ele desaperta os dois primeiros botões da camisa e tira a gravata apenas para começar a comer finalmente, deixando a minha pergunta a flutuar entre nós.

-Não faço ideia, tenho uma sensação estranha aqui muito parecida com ciúmes, mas não sei exatamente o que lhe chamar.- Ele encolhe os ombros e a minha boca cai pendurada.

-Então como não sabes como te sentes em relação a algo vais cortar a comunicação base?

-Não a base, estou a falar contigo, só cortei a comunicação suplementar.- Ele come um pouco da sua tosta e vejo um bocado de espinafre ficar preso no dente dele, mas não lhe digo, ele que faça figura de idiota.

-Só falei com o rapaz uma vez Harry, e posso muito bem lavar os sapatos.- Reviro os olhos.

-Não laves os sapatos, dá-mos a mim, vais arruiná-los e prefiro leva-los a um sitio onde não os arruínem.

-És um idiota.- Chego o meu tabuleiro para a ponta da janela e estou em linha perpendicular com ele, ele suspira profundamente e vejo-o apertar as mãos e a seguir descontrair enquanto come.

Olho lá para fora enquanto como um pouco da tosta, viro-me para trás e tiro um livro, é velho e de Charlie Dickens, folheio as páginas lembrando-me de ter lido sobre ele na escola, no meu ano de caloira.

-Eu sei.

Sei que ele falou comigo, mas não lhe vou dar o meu olhar de "contínua..." continua a fingir que leio e a comer e aperto os lábios quando ele arrasta o tabuleiro para a minha frente e começa a comer.

-Okay fui um idiota, não tenho nenhuma razão para estar chateado, deixa-me zangado que tenhas estragado os sapatos a ajudar um idiota qualquer.

-Os sapatos vão ser sempre e apenas sapatos.- Respondo-lhe sem olhar para ele.

-Eu sei!

-Estás á procura de razões para te zangares comigo?- Olho finalmente para ele.- Porque a não ser que queiras arranajr outro par para a gala de amanhã sugiro que pares de ser um...tu entendes.- Levo a ultima grafada de salada á boca e olho para ele, está a rir-se.

-Tens razão estou mesmo á procura de razões para me chatear contigo.- Ele ri-se.

A minha boca volta a escancarar-se e ele usa o polegar para a subir.

-Estou nervoso sobre os exames, sobre a tua entrevista, sobre um negócio importante, sobre a gala amanhã, e sobre a nossa casa nova, e Deus me ajude preciso mesmo de descansar.

Casa nova.

-Quando foi a ultima vez que tiveste férias?- Inclino a cabeça.

-Há uns cinco anos quatro anos atrás eu acho...

-Devias ir de férias...tipo ficar em casa de pijama a ler e devias queimar aquelas pastas cheias de trabalho.

Ele ri-se, alto, as senhoras da mesa á frente viram-se como se hipnotizadas e franzo a testa. Meu.

-Aquilo é o meu sustento, e brevemente o teu também.

O quê?

-Não vais ser o meu sustento Harry.- Riu-me.

-Quando vieres viver comigo eu vou pagar a casa, então eu acho que em certa parte estou a sustentar-te.

-Então devias abster-te da ideia de comprar um palácio.

Ele inclina a cabeça zangado e coloca o meu tabuleiro por cima do dele.

-Não vou comprar nada, vamos comprar, e não foi isso que quis dizer, podes ter a tua independência financeira não te vou impedir disso.- Ele leva os tabuleiros e respiro fundo antes de me levantar. Não quero discutir por dinheiro, isso nem seque faz sentido tendo em conta a quantidade de dinheiro que ele tem.

O telemóvel em cima da mesa toca e vejo o nome da Chloé, olho para onde ele estava e não o vejo, posso atender só para dizer que ele não está aqui.

-Harry! Onde é que estás? O pessoal da segurança está aqui por causa do evento de amanhã, sem pressão mas se querer manter...Harry?

-Ehh, olá Chloé? O Harry não está aqui.- Murmuro com o coração aos saltos.

-Lamento muito.- Ela desculpa-se e fecho os olhos.

-Não me vais responder se eu perguntar pois não?- Mordo a unha.

-Não, lamento Sophia.

-Eu digo-lhe que ligaste.

Desligo o telemóvel e fico a vê-lo balançar entre os meus dedos, parece tão certo ir até ao Harry e perguntar que raio era isto, mas por outro lado sinto que já fiz isso demasiadas vezes por isso vou apenas entregar-lhe o telemóvel e se ele quiser falar ótimo...

-Alguém ligou?

-A Chloé, estás atrasado para alguma coisa.

E é impressionante como a cara dele está feita num zaro, não há nada nele que me diga que está a contratar segurança por algum motivo, não há nada que me diga que estou segura, não há nada.

-Acompanho-te até casa, anda.

A sua mão está estendida na minha direção e deixo-me pensar por alguns momentos se ele está mesmo a tentar segurar a minha mão ou se é uma ilusão. Não sei de onde veio o pensamento mas afasto-o e deixo a minha mão cair na dele, sabe seguro e quente.

Quando chegamos a meu prédio ele não parece minimamente apressado para sair e por um momento espero que ele fique aqui comigo, que me abrace e me diga que isto são só dias maus que temos em certos momentos, no entanto ele beija-me suavemente, os lábios dele a darem-me choques enquanto a língua dele traça o seu caminho até mim e deixo as minhas mãos enrolarem-se em torno do cabelo dele.

-Podia vir buscar-te esta noite.- Ele sorri e beijo-o suavemente.

-Tudo bem.- Murmuro e viro para começar a subir, ele chama-me e olho para ele.

-Amo-te.- Ele suspira.

Sorriu e enquanto subo o primeiro lance de escadas e começo a cantar algo como.

-Talvez eu seja só uma miúda apaixonada, isto é o que se parece com estar apaixonada...- Ele ri-se de mim e depois fica perto das escadas para eu me baixar e o beijar novamente antes dele ir de vez.

Abro a porta de casa e coloco a mala no chão, dispo o casaco e vejo os meus pais sentados no sofá e olhar para mim como se eu fosse uma estranha.

-Oh olá vocês os dois.- Vou até ele e abraço-os.

-Olá meu amor.- Vou apenas ignorar quão estranho isto é. Os olhos deles parecem falar alto mas sinto-me completamente surda neste momento.

Sento-me á frente deles e depois pergunto se querem alguma coisa.

-Não, só queríamos falar contigo, segunda-feira quando foste lá a casa queríamos ter-te dito algo e esquecemo-nos.

O cabelo da minha mãe está apanhado corretamente no topo da sua cabeça, o seu tempo de cabelo solto acabou assim que ela voltou da viagem, o meu pai mantem-se meio calado a olhar para a janela, está direito e elegante e ás vezes pergunto-me porque sou tão desleixada ás vezes.

-Tudo bem, o que é?

O meu pai olha para a minha mãe e ela começa a falar:

-O teu irmão vai mudar-se para Los Angeles de volta, é uma boa altura antes de o bebé nascer e a um mês do casamento, eles andam numa pilha e ontem foram jantar lá a casa e contaram-nos e eu o pai estávamos a pensar em quão fantástico seria voltarmos também com vocês os dois para casa.- Ela diz a sorrir, como um sonho tonto que ela tem desde os dezasseis.

-Vocês vão largar os vossos empregos aqui? A tua promoção foi o vos fez mudar em primeiro lugar!- Abano a cabeça e a minha mãe parece confusa com a minha maneira.

-Sempre adoraste aquele lugar, o sol, a água, as vivendas baixas, a rede do jardim...Sophia podíamos voltar de onde partimos no início, agora que não tens emprego podia ficar connosco mas tenho a certeza de que assim que lá chegasse podias procurar...

Há anos que não vou lá, a ultima vez foi horas antes de embarque no voo que mudou a minha vida, não há maneira de eu não querer ir, mas acabei de ser chamada para uma entrevista e tenho o Harry e não sei se Los Angeles é exatamente o que ele quer.

-Temos que vender a casa aqui, mas a nossa casa lá está intacta Sophia...

Eles não sabem que voltei para o Harry, desde que estivemos na Dinamarca que ninguém sabe nada dele.

-Daqui a uma semana a Ave vai embora, vai viver com o namorado e eu...

-Perfeito!- A minha mãe sorri.- A Ave é uma menina adorável, mas agora é a tua chance de voltares ao sitio onde cresceste e pensares no que queres a seguir.

-Não posso ir viver com vocês.- Murmuro.

-Porque não?- O meu pai finalmente pergunta, mas não me dá uma chance de responder, começa-se a rir, e aponta para o anel no meu dedo.- Alguém voltou ao fundo do poço, vamos Anna eu sabia que ela voltaria para ele, e olha só cá está ela...

-Não voltei ao fundo e devias ter um pouco mais de fé em mim.

-A fé que podia ter em ti á muito que se tornou num vicio de "só mais uma vez" voltas sempre para ele.- Ele levanta-se e vai até á cozinha beber um copo de água.

-É ele que está a pagar este apartamento? Porque não há maneira de o dinheiro que tens na conta durar até ao fim desde mês!

Ele anda a mexer na minha conta!

-Não, eu pago o meu próprio lugar.- Tento ficar calma e a minha mãe está em silêncio.- Eu não preciso do dinheiro dele.

-Claro que precisas, porque se não precisasses estarias a aceitar a nossa proposta.- Ele cospe e magoa-me.

-Pensava que era melhor que isso.

-Tambem eu!

-Alex!- A minha chama e mordo o lábio para evitar as lágrimas.

-Eu amo-o, eu nunca estaria nisto por dinheiro.

-Não podes amar alguém desta maneira louca Sophia, vocês os dois são veneno!

-Tu eras veneno para ela também! Tu trouxeste a mãe do seu palácio de santidade por egoísmo então por favor não digas isso de uma pessoa tão parecida contigo.- Levanto-me.

-Não sabes o que dizes, eu...

-Tu eras exatamente o contrario do que és hoje e assusta o inferno fora de ti a maneira como encontrei alguém sobre quem nunca vais ter controlo, assusta-te a maneira como já não sou aquela miúda que saiu ás cinco da manhã para apanhar um avião, assusta-te que essa miúda nunca tenha voltado, mas como meu pai devias saber que as pessoas crescem, mudam, esta sou eu, e se queres continuar a insistir no quão estupida sou então podes parar eu já entendi.

- O teu pai está só preocupado contigo.

-Querem preocupar-se comigo? Bom a semana passada descobri que paro de respirar a meio da noite, tenho peneia do sono, pode ser algo simples ou podem ser os músculos no meu coração, podem preocupar-se antes com isso, a minha vida amorosa só a minha me diz respeito.

E depois segue-se uma sucessão de perguntas sobre como, quando e porquê, á maioria das coisas repondo curtamente, sem pensar muito nas respostas, em tudo o que posso pensar é na rapariga a fazer a mala para se aventurar a algo que nunca esperou que se tornasse tão grande, bizarro, carnal e cru.

A rapariga que nunca voltou.

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Estamos de

FÉRIAS ALELUIA

Ontem foi o primeiro dia, e fiz várias coisas produtivas, reescrevi o primeiro capitulo de Vision 1, enviei o livro da vencedora do giveaway e comprei uma mala (facto estupido) mas sim, reescrevi o primeiro capitulo e ficou... exatamente como o tentava escrever mas não conseguia e agora quase três anos depois está lá, tudo aquilo que aprendi nestes anos está consolidado naquela páginas e embora ainda tenha muito para aprender consegui libertar-me do fantasma do primeiro capitulo, deixem nos comentários se querem que edite mesmo a historia ou que faço um livro novo com a edição nova?

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