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4º Capitulo

Engoli em seco enquanto toda a cor se me esvaia do rosto. Foi como um mundo de tempo perdido no espaço. Não era ele. Não podia ser ele. Havia um nó do tamanho do mundo no meu estomago, e o meu coração parecia ter-se multiplicado. Sentia-me tremer á medida que a intensidade raivosa dos olhos dele prendiam os meus. Não havia realmente um modo de escapar, todos os meus receios e sonhos tinham colido de uma forma implacável, e enquanto eu piscava os olhos para absorver a aparência sexy e elegante, senti-me completamente estupida, foi como se de algum modo a minha consciência e o meu coração estivesse a tentar dar-me um murro. Ambos eles a tentarem colocar tudo em perspetiva.

O cabelo dele estava mais curto, nada comparado com a altura pelos ombros de quando o deixei, o sei maxilar tornara-se mais definido, as maçãs do rosto mais esculpidas, os olhos mais duros e implacáveis, e os lábios cheios estavam secos, como sempre haviam estado. Mas tudo caio por terra quando reparei na ténue cicatriz na sua bochecha. A minha garganta estava seca, e lágrimas começaram a formar-se nos meus olhos. Eu não sabia o que dizer, e na realidade quando eu dei um passo para o lado e passei por ele como se nada fosse, eu senti-me ainda mais insensível.

A sua mão escapou para o meu ante braço e ele escorregou toda a sua mão até aos meus dedos, a fricção contagiosa do anel fez-me parar ainda de costas para ele e agarrei as coisas com mais força enquanto sentia-me a ligação metálica dos minerais a puxarem-me para ele.

Eu não sabia como isto tinha acontecido, mas quando eu larguei a sua mão e continuei a caminhar na direção oposta á dele eu percebi que na verdade a parte de mim que desejava que ele voltasse nunca tinha morrido, ou mesmo adormecido. Ela continuava lá, á espera de um passo em falso. E o meu passo em falso tinha sido acabado de dar. Toda a esperança de que eu o pudesse voltar a ver foi por volta do ano passado. Eu pensava que me tinha mentalizado de que a única coisa que o manteria vivo em mim seriam as memorias e sonhos. E talvez algumas visões...eu aprendi a controla-las. Eu percebi exatamente o que as fazia vir para mim. O Harry era o meu maior gatilho, ao mesmo tempo que o amor dele atenuava a picada das visões, ele disparava os meus níveis de ansiedade. Nos primeiros meses aqui foi difícil, foi como quando eu as comecei a ter. Eu estava ansiosa, magoada comigo mesmo, isso fez-me contorcer na cama enquanto tentava desesperadamente não gritar a minha perda. Com o passar dos meses eu comecei a ficar mais calm... até agora.

Fodace isto.

Virei-me e tentei equilibrar-me enquanto andava de novo até ao homem elegante a poucos metros á minha frente

-Harry!- Gritei a plenos pulmões. Eu precisava de saber se era real, se tinha sido mesmo ele. Uma parte de mim vira-o mesmo, mas outra estava demasiado incrédula.

Ele olhou para trás em toda a sua elegância e passou a mão pelo cabelo enquanto se desvia para uma viela secundária.

Era ele.

(...)

Remexi na comida durante todo o jantar, ouvindo os meus pais a tagarelar qualquer coisa sobre uma promoção do pai, e o casamento do Teddy. Eu devia estar a tentar prestar atenção mas a única coisa que me passava pela cabeça era aquele estranho encontro, nada de palavras, nada de desculpas, nada de choro, ou gritos, apenas nós os dois a tentarmos assimilarmo-nos.

-Tu não tocaste nos teus legumes Sophia Ella.- O meu papi repreende e tenho que me rir.

-Eu sei pai, eu não tenho muita fome.

Todas as segundas eu vinha jantar com os meus pais, era uma maneira de não voltar a cometer erros do passado. Se me impusesse a mim mesma algumas regras tudo seria mais fácil. O Harry absorvera-me tanto naquela altura que eu mal parara para telefonar aos meus pais. Eu não ia afastar-me deles novamente.

-Tu estas tão calada.- A minha mãe suavemente passa uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.

-Eu estou apenas cansada, e ansiosa, os resultados dos exames finais vão sair amanhã. Isso vai definir tudo o que eu vou fazer daqui para a frente.

-Eu tenho a certeza de que foste excelente, como sempre.

Olho para a minha mãe e inclino a cabeça, da mesma forma que fazia quando era pequena e lhe queria contar alguma coisa, mas desta vez é como se, se eu não contasse alguém fosse explodir.

-Alex querido? Vais buscar as sobremesas e tiras algumas colheres lavadas da maquina por favor?- A minha mãe instrui o meu pai carinhosamente e ele revira os olhos enquanto se levanta e caminha até á cozinha.

A minha mãe apoia o queixo na mão e olha para mim com aquele olhar de "conta-me, conheço-te melhor do que tu mesma" que só ela tem.

-Acho que estou louca mãe.- Sussurro.

-Tu nunca foste uma criança muito normal meu amor.- Ela sorri-me mas não consigo retribuir.

Sei que se lhe disser ela vai mesmo achar-me louco, porque ao fim de três anos quais eras as probabilidades de eu o voltar a ver.

-Nada do que me possas contar me vai fazer menos sicera.

-Vi o Harry mãe.

Acho que percebo porque dizem que sou tão parecida com ela, acho que se me tivesse visto a mim mesma quando vi o Harry, esta teria sido a minha cara.

-Soph querida...

-Mãe eu também achei que estava maluca, mas eu não ia enganar-me, era ele, e depois ele... ele ainda tem o anel dele.- Levanto a joia e a minha mãe abana a cabeça.- e chamei por ele, ele olhou para mim. Só não entendo porque é que...ao fim de tanto tempo ele voltou...

-Pensei que tinhas guardado o anel á anos.- Ela pega-me na mão e olha para a joia discreta.

-E tinha, mas dá-me sorte, pelo menos é o que acho.

-A sorte é para tolos Soph. E se queres a minha opinião, se for mesmo ele afasta-te.

-Como?- Acho realmente que não ouvi bem.

Ela abana a cabeça com um sorriso conhecedor, ainda que amargo.

-Um homem magoado é um inimigo terrível, os homens não gostam de ter feridas, não emocionais. E pior que um homem magoado, é um homem magoado pelo tempo, um homem que não supera algo, que não supera uma mulher.

-Eu não superei também.- Murmuro envergonhada.

-Sim querida, mas ele está magoado porque o deixas-te, principalmente ele vai estar magoado pelo teu "egoísmo", porque o deixas-te para te protegeres, provavelmente ele não entende isso. E mais importante que isso, tu começaste a viver sem ele, porque conseguiste perdoar o passado que vos condenava, e se ele voltou para ti... bom meu amor deixa-me dizer-te a verdade, ele não voltou a ideia de te amar de novo.

Uma batida no meu coração foge e tento desesperadamente tentar perceber o que é que a mãe disse, e imediatamente a coisa bate-me. Ele vai tentar vingar-se de mim ou assim?

-O que é que eu faço? Quer dizer se o voltar a ver?

-Bom se ele te encontrou hoje não foi por acaso, ele foi á tua procura, e o melhor concelho que te posso dar é que continues a fazer o que tens feito até agora. Sei que quando se olha para algo que nos deu muita felicidade é difícil resistir, mas tu és forte, e quando te vires tentada a recuar pensa naquilo que te fez avançar. Pensa na mulher independente que és, na mulher bonita e arejada. Pensa naquilo que tens de bom, e que gostas no teu novo "eu" pensa na Ave, no Carl, em todas as coisas que conseguiste sozinha.

As palavras da minha mãe tem um efeito estranho em mim. Eu sabia exatamente, no momento em que ele me colocou os olhos em cima hoje de manhã que nada de amoroso ou apaixonado poderia vir dele. Havia uma intensidade esmagadora á nossa volta, mas não era o mesmo tipo de intensidade a que eu estava habituada com ele, era algo mais escuro, mais poderoso. E se eu queria manter a minha integridade eu devia afastar-me. Mesmo que uma parte de mim quisesse correr e ajoelhar-se, pedir perdão... eu não ia faze-lo, eu tinha feito a minha escolha e eu ia viver com ela.

-Amanhã devias ir á instituição, eu tenho a certeza de que de alguma forma isso te ia ajudar. Ajuda sempre.

Acenei com a cabeça quando o meu pai voltou com as taças na mão. Mais uma vez a minha fome tinha-se ido, o gelado derreteu suavemente na taça enquanto eu esperava tempo suficiente para me despedir deles.

Quando me despedi e chamei o elevador, deparei-me finalmente com toda a grandiosidade daquilo. Ele estava mesmo aqui, sabe-se lá onde, sabe-se lá com quem, e a fazer sabe-se lá o quê! Como é que isto tinha acontecido, ele não devia ter aparecido agora, não quando a minha vida estava a começar a funcionar corretamente sem, é injusto da parte dele voltar agora e abalar o meu sistema todo.

Tal como foi justo tu tê-lo deixado? O meu subconsciente sussurra no fundo da minha mente. Enquanto entro no elevador e este desliza para baixo, ocorrem uma serie de coisas que eu poderia ter dito esta manhã quando o vi. Queria perguntar-lhe porque estava ele ali, onde estava a viver, o que realmente se passava para ele estar ali, porque ele não ia deixar tudo em Oxford ao fim de três anos e correr para mim. Lembro-me vagamente de ter escrito na carta algo sobre acabar o meu curso, será isso?

Ando devagar pelas ruas muito iluminadas, são dez da noite mas isso não impede a vida de continuar em Nova Iorque, na verdade á muito pouca coisa aqui que impede a vida de continuar.

Quando chego a casa as luzes estão todas apagadas, e Ave não está em casa, deve ter ido ao cinema com alguém. Á medida que passo pelo corredor e acendo as luzes vejo um quadrado amarelo de papel no frigorifico.

"Fui sair com o Paul, lembras-te dele?

   -Ave"

Abano a cabeça e descolo o papel do metal frio do frigorifico. Desligo novamente as luzes e ando em direção ao quarto. Atiro a mala para cima da poltrona branca e ligo o computador, enquanto troco para um pijama.

Verifico o calendário e sorrio porque amanhã é o meu dia de ir para a instituição, e talvez isso realmente tire alguma da culpa e pressão de mim, de qualquer maneira aqueles miúdos conseguem pôr-me sempre um sorriso na cara, não importa o quão mal eu esteja, ou alguém esteja na verdade. Crianças sempre vão pôr um sorriso na minha cara, e talvez quando a minha mãe chegou a casa com uma folha de inscrição para ajudar com as crianças eu não tenha pensado muito.

O meu telemóvel vibra em cima da mesa-de-cabeceira e ando até lá para o apanhar. É Ave.

-Que surpresa, pensava que estavas no cinema.

-Três coisas para te dizer Black, por isso fecha a boca e ouve-me. Primeiro, andei até ao andar de arquitetura e fiz com que o homem charmoso guardasse o teu projeto, segundo acho que vou para a cama com o Paul, e terceiro alguém deixou uma encomenda para ti, eu assinei o registo, e para que conste ele teve que entrar no teu quarto e guarda-la algures, era uma caixa prateada, por isso se andas a dormir com alguém e não me estas a contar, tu precisas de desembuchar antes que fique não muito sóbria.

-Tu vais fazer sexo com ele?!- O meu queixo cai em espanto.

-Foi só isso que ouviste? Não percebeste a parte de andares a dormir com alguém?

-Não, eu não ando, e eu não estou a ver caixa nenhuma.- O meu coração bate apressadamente enquanto olho á minha volta, mas não vejo nada. O nome Harry gira dentro da minha cabeça.

-Bom ela tem que estar ai, tenho que ir. Vejo-te amanhã.

-Até amanhã, tem cuidado.- Sei que ela é crescida, mas esta é apenas a segunda vez em três anos que ela vai para a cama com um homem.

O sina indica-me que a chamada foi desligada e abano a cabeça enquanto tiro tudo das prateleiras, e verifico debaixo da cama. O meu roupeiro é virado ao contrário, as gavetas despejadas, mas nada. Não há nada aqui.

Quando volto a colocar tudo em ordem, desligo o computador e tiro a mala de cima da cama, puxando as cobertas, e tirando as almofadas a mais de cima da colcha. O meu coração perde uma batida quando vejo a caixa retangular com uns trinta centímetros reluzir para mim. Foi ele, ele está mesmo a tentar dar cabo de mim em nervos.

Sento-me na cama e abro a caixa cuidadosamente. Três rosas brancas estão delicadamente deitadas sobre veludo, e um papel por debaixo delas. Desdobro-o e deixo a caixa nos meus joelhos.

"Vem jantar comigo sexta á noite"

-H.S

Um redemoinho gigante precipita-se sobre o meu estomago e tenho a sensação de ter engolido areia. Viro o cartão e um número que julgo ser o dele está masculinamente escrito. Ele está a pôr-me doida e baralhada, como é possível que ele saiba onde eu moro, Nova Iorque tem uma população exorbitante.

Não. Não. Não.

Agarro no telemóvel e marco o numero tremula. Sinto-me tão estranha, assustada, perdida...as sensações fazem-me sentir impotente, tal como fizeram á três anos atrás, e jurei que nunca mais e perder o controlo de mim mesma, nunca mais me ia perder de mim.

-Sophia.- A voz grossa e suave faz com os meus olhos se encham de lágrimas. Inspiro profundamente.

-Não podes fazer isto Harry, não podes.- Suspiro tremulamente.

-Já o fiz.

As suas palavras são como um grito no vazio, a fazer tremer todas as minhas paredes.

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Eu lamente estar a demorar, mas para as meninas Brasileira que não sabem agora é época de testes novamente em Portugal, e nesta semana eu não vou ter tempo de escrever, no entanto no próximo sábado eu prometo um double update e capitulo domingo. O facto é que esta semana que vai começar vai ser insuportável. Compreendam, quando os testes acabarem eu vou poder dedicar-me á fic a tempo inteiro, prometo.

Para responder a uma pergunta que vocês tem feito muito a Ave é contabilista, e a Soph arquiteta, algumas de vocês confundiram um pouco isso, eu quero tudo o mais claro possível lindas.

Oh e vocês tem sido tão simpáticas por twitter, eu tenho tentado ver tudo, mas como tenho que estudar :(

 

Love u all

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