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30ºCapitulo

Enquanto ando para casa de novo o pensamento daquilo que o Harry disse bate-me com força, ele foi tão maldoso, algo na sua expressão me dizia que ele realmente estava ressentido, em parte por ele não lhe ter dito o que se passava, mas sinceramente eu não posso chegar ao pé dele e dizer-lhe que quero adotar aquela criança, ele não ia compreender, talvez ele ficasse assustado com a minha ideia maluca.

Quando estou quase ao pé do prédio paro e penso que se de cada vez que algum de nós fizer asneira o outro voltar as costas vamos continuar neste ciclo vicioso de não querer saber, e eu quero mudar isso, mais que isso, eu quero faze-lo ver que vou estar ali mesmo quando ele disser algo que me magoe.

Giro nos calcanhares e ando todo o caminho de volta até á empresa, a arcada com colunas e vidro é chamativa e sinto-me hipnotizada com a maneira como o vidro reflexe as pessoas sem deixar nada transparecer lá para dentro. Verifico a carteira no bolso do casaco e rezo para que o cartão me deixe realmente entrar pela porta dos funcionários. O ecrã pequeno ao lado sinaliza verde e sorriu entrando, um segurança para a olhar para mim mas desconfio que é porque estou vestido como...bom se calhar é mais como não estou vestida.

Caminho até aos elevadores e carrego no botão, algumas mulheres no seus fatos elegantes juntam-se a mim e uma delas sorri-me, sorriu-lhe de volta e quando o elevador chega entramos todas. Cada uma carrega num piso diferente, mas a atmosfera muda quando carrego no botão para o ultimo andar, ninguém diz nada mas posso sentir algum desdém, menos da mulher simpática de olhar azuis.

Cada uma delas desaparece até que estou sozinha, uma corrente de nervosismo no meu estomago quando as portas se abrem, Chloé levanta-se de um salto e abre muito os olhos, quase assustada por me ver.

-Sophia!- Ela quase guincha e vem até mim.

-Olá Chloé, o Harry está ocupado?- O mau do escritório aqui é que mal posso ver para dentro da sala, existe uma faixa de vidro na parede, mas não mais que isso.

-Ele...eu...ele...- Reviro os olhos e sorriu.

-Eu sei que ele deve estar chateado, mas eu não vou demorar, só preciso de lhe pedir...- Empurro a porta do gabinete e o chão desaparece dos meus pés, sinto um nó formar-se na minha garganta...não um nó, algo pior, algo maio, mas o pior é que os meus pés não se mexem no chão, os meus olhos esbugalhados nos corpos á minha frente.

-Sophia.- Chloé tenta agarrar o meu braço mas já é tarde, a imagem na minha cabeça está presa, congelada. Ela tem a mão na sua gravada e ele parece desconcertado quando me vê, tentando afastar a mulher alta para longe, ela vira a cara suavemente com um sorriso na cara e vejo que é a mesma mulher que esteve no seu apartamento.

Parece que um comboio de carga acabou de chocar contra mim, a minha mente em pedaços, o meu coração estilhaçado no chão.

-Soph...- Ele liberta-se da mulher e vem até mim mas retraiu-me fechando os olhos.

-Mrs.Elfman eu vou pedir-lhe que saia.- A voz de Chloé faz-se ouvir e parece um borrão quando a mulher agarra na mala e sai da sala com um sorriso nos lábios.

E não sei porque é que não saiu daqui, porque é que estou aqui a ouvir a porta a fechar-se atrás de mim, a vê-lo olhar para mim como se eu fosse fugir a qualquer momento, porque era isso que devia estar a fazer, a sair daqui tão depressa quanto as minhas pernas me permitissem, mas em vez disso estou parada a olhar para o homem destorcido á minha frente.

-Não é nada do que estás a pensar.- Ele avança novamente mas recuo.

Inspiro profundamente e fecho os olhos com força, parece tudo um borrão na minha mente, o meu coração acelerado, o meu estomago revolta-se e caminho silenciosamente até á casa de banho privada no seu escritório. Abro a troneira sem olhar para a sombra pálida no espelho e molho a cara.

Quando levanto a cabeça o Harry está atrás de mim, com grandes olhos assustados.

-Tu mentiste-me...- Murmuro a testar as palavras.

-Não, eu não...

-Sim tu mentiste, tu disseste que tu não tinhas tido ninguém, mas tu estavas a mentir-me... era obvio que tu tinhas tido.- Riu-me alto.- Tu tens razão eu sou muito ingénua.

Viro-me para ele e olho para a gravara fora do sítio.

-Quer dizer até eu pude sentir que ela não estava a olhar para ti como algo que desejava, mas sim como algo que queria repetir.- Abano a cabeça e saiu da casa de banho.

-Espera Soph eu...deixa-me explicar!- Ele implora e viro-me para ele.

-Antes disso, e se chegarmos sequer a isso antes de eu me ir embora, vamos apenas esclarecer uma coisa: A partir de hoje tu não és ninguém para me atirar nada á cara, quer o facto de eu me ter ido embora, quer o facto de ás vezes eu manter as coisas para mim...nada.

-Soph por favor ouve-me, ela estava aqui, mas eu não sabia, eu não sabia que ela ia vir e...

-Mas não interessa Harry, a culpa não é dela, é tua, tu mentiste-me, não ela, ela estava em tua casa ainda esta semana e tu disseste-me que eu estava a ser paranoica, mas agora...-Abano a cabeça e é quando finalmente o meu coração dormente começa a falhar.

-Não é como se eu pudesse lutar por ti, se tu não queres o mesmo que eu, não é como se eu pudesse combate-la, olha para ela!

-Foi á meses, eu não sabia que o marido dela ia estar na minha mesa de negociações, eu não sabia que ela era casada.

Parece que de cada vez que ele abre a boca mais facas se espetam no meu peito, e quando finalmente não espaço para mais algumas lágrimas saltam das bordas dos meus olhos, o olhar dele amolece e ele tenta chegar a mim, mas eu impeço-o.

-Porque é que me mentiste?- Murmuro num soluço, os olhos dele são graves.

-Porque não sabia que queria vir ter contigo...porque não te queria encontrar outra vez, se soubesse que queria vir naquela altura eu não o teria feito.

Olho para cima, como á procura de ajuda e levo as mãos aos olhos tentando não pensar nele com outra pessoa, tentando não pensar no marido daquela mulher. Ando para trás até sentir o sofá e sento-me os cotovelos no joelhos e as minhas mãos sustentam a minha cara.

-O que é suposto eu fazer?- Murmuro para mim.

Os sapatos dele ficam mesmo na minha mira de olhar e sinto-me a tremer, não é possível porque na realidade eu nem lhe posso exigir nada, nós não estávamos juntos...

-Tu disseste-me que sempre soubeste que vinhas ter comigo.- Acuso-o num sussurro.

Ele suspira pesadamente antes de falar.

-Houve um tempo, uns meses antes de vir, eu pensei que não te queria mais, estava tão zangado contigo, mal podia ouvir alguém com o teu nome, e depois...um dia quando acordei soube que tinha que vir, por favor Soph!- Ele suplica e uma lágrima minha caí no seu sapato.

-Por favor o quê? Tu não fizeste nada de mal, nós não estávamos juntos.- Acabo por soluçar e encosto-me para trás, olho para ele e sinto-o perder-se nos meus olhos.

-Não chores.- Ele sussurra.

Riu-me sem vontade e ele senta-se ao meu lado.

-Nunca para Harry! Nunca! Há sempre qualquer coisa, nunca podemos tentar porque há sempre um obstáculo no caminho, damos dois passos para a frente, e recuamos cinco, nunca saímos do mesmo sítio, nunca consigo avançar porque vai haver sempre alguma coisa a meter-se á minha frente.- Olho para o céu e para o topo dos outros prédios através das janelas atrás da sua secretaria.

-Vai parar, eu sei que sim.- Ele murmura.

-Tu foste para a cama com ela desde que estamos junt...desde que nos encontramos?-  Viro a cara para ele, e de alguma maneira a pergunta magoa-o.

-Não, foi uma única vez, á uns dez meses atras, eu estava em Londres a viver. Eu não sabia que o marido dela ia ser um parceiro de negócios.- Ele sussurra.

-Era por isso que ela estava aqui? E em tua casa?- Pergunto, o buraco no meu estomago nunca mais acaba.

-Sim, embora em minha casa eu só tenha sabido dela quando ela chegou até ao porteiro.- Ele sussurra.

-Dez meses?- Olho para ele.

-Sim, eu não sentia nada por ela, eu estava um pouco embriagado na verdade.- Ele sussurra.

Abano a cabeça e limpo a cara com as costas da mão, levanto-me e ele levanta-se comigo, quase desesperado.

-Não vás.- Ele implora.

-Não consigo ficar contigo Harry.

O rosto dele fica pálido e ele aproxima-se de mim, e mesmo que tente afastar-me ele agarra-me os pulsos sem força, apenas o toque.

-O que raio quer isso dizer?- O pânico através da sua voz.

-Quer dizer que agora preciso de estar sozinha de pensar sozinha sobre isto.

-Não há nada para pensar Soph, ela não é nada para mim.

Fecho os olhos e tento controlar-me, quando os volto a abrir sinto-me mais perdida ainda.

-É isso que não posso entender, ela não era nada para ti...e depois como te ias sentir se fosse ao contrário?- Murmuro.

-Tu tiveste um namorado.- Ele acusa-me e é o suficiente para mim.

Viro-me e saiu do seu escritório, ele ainda chama por mim, mas recuso-me a olhar. A dor na minha alma é negra, algo que não posso desfazer, tudo o que quero é apagar pelos próximos meses e não ter que olhar para ele novamente, não ter que lembrar da mulher bonita debaixo dele...o pensamento faz-me enjoada.

A Chloé dá um olhar de compaixão e abano a cabeça entrando no elevador, vendo o Harry vir até mim, mas as portas fecham-se e levam-me para baixo.

São onze horas da noite quando saio da casa de banho, um sonho horrível prendeu-me a mente ao extremo, eu estava presa enquanto o Harry estava lá, na cama com a mulher, mas era estranho, não era a mesma mulher, era uma mulher sem rosto, ou então de cada vez que olhava a cara era diferente, o meu subconsciente recusava-se a deixar-me descansar mesmo enquanto eu dormia. Foi tão mau que quando acordei o conteúdo do meu estomago foi deixado na sanita, quando acabei de lavar os dentes e passei de novo para o quarto uma batida na porta ouviu-se. E outra. E ainda mais outra. Caminhei descalça até á porta e espreitei pelo oculo, um Harry encontra-se com um braço apoiada na ombreira, a cara pesada.

Encosto a mão á maçaneta e uma parte de mim que raramente oiço manda-me recuar, ir para a cama, mas outra está ali a bater num botão que tem o Harry como comandante.

-Abre a porta.- Ele sussurra como se soubesse que estou aqui. Mais lágrimas indesejáveis formam-se nos meus olhos e fecho-os com força, abro a porta e olho para o homem partido á minha frente.

A próxima coisa que sinto são os seus braços á minha volta, ele inspira o cheiro do meu cabelo e agarra-se ao calor do meu corpo. O casaco de cabedal está frio, e isso faz-me pensar que talvez ele tenha ficado na porta por um longo tempo.

-Deixa-me ficar aqui.- Ele parece desesperado quando as palavras escapam dos seus lábios, um pedido partido, dois corações rasgados.

-Eu não consigo...não consigo dormir contigo.- Murmuro.

Posso ver o meu sonho voltar vezes e vezes sem conta.

-Vou ficar no sofá, deixa-me ficar por favor!- Ele implora e olho para ele, através da escassa luz que vem da rua e que dá um brilho misterioso aos seus olhos.

-Tudo bem.- Viro-me e liberto-me dele enquanto vou buscar alguns cobertores e ligo a luz, ele tira os sapatos e o casaco e coloca-os ao seu lado no chão, eu trago almofadas e umas mantas que ele segura, no entanto o seu olhar não sai de mim.

O seu olhar grita o quão desesperado por contacto ele está, mas eu não consigo, pelo menos não enquanto a imagem desaparecer da minha cabeça. Ele toca-me suavemente na cara e fecho os olhos.

-Até amanhã.- Murmuro desligando a luz da sala.

A luz da lua faz a pele dele brilhar, as sombras jogam com o rosto dele, e ele respira baixinho para a almofada, quero passar a mão pelo seu cabelo mas não quero que ele me veja ou oiça, passaram três horas e não consigo dormir, então enquanto estou sentada no sofá á frente dele, penso no meu amante profundamente partido, e que talvez seja por isso que encaixemos tão bem, porque estamos os dois partidos, talvez o problema seja que ainda não aprendemos a tirar partido do quão parecidos e diferentes somos.

Quando finalmente o sono começa a vir agarro na ponta da manta dele e cubro as pernas, encolhendo-me na pequena poltrona, imitando a respiração dele para ser levada pela inconsciência.  

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