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28ºCapitulo

O meu telemóvel continua a tocar e o Harry dá um rápido olhar no ecrã, os olhos dele viram-se para mim e olho para ele, por um momento há uma corrente de aço entre os nossos olhos, algo cru, duro e real, e na realidade não há contos de fadas, não há um "esta tudo bem" algo vai sempre vir para te colocar mais uma pedra no caminho, é isso que o Harry vê em mim, e que eu vejo nele, ele mantem-me na corrida, concentrada, focada, ele sabe a verdade sobre mim, ela conhece-me tão bem como eu, ou melhor. Ele pode ler-me sem me ver, ele pode sentir-me sem me tocar.

-Tu devias atender Sophia, eles devem estar preocupados.- Ele passa uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha e por um segundo deixo-me fingir que está tudo bem, realmente tudo bem.

-Ele traiu-me, mentiu-me Harry, foi pior do que qualquer coisa, ele escondeu isto de mim como se eu não fosse capaz de lidar com o assunto, como se eu não tivesse o direito de me despedir, e ele ia mentir novamente quando o meu avô fosse, não entendes? Mentiras são redomas, uma vez que contes uma, as outras seguem-se em dominó.- Saio do colo dele e caminho até ao frigorífico, tiro uma garrafa de leite e coloco-o na caneca, aquecendo-o no micro-ondas.

Ele levanta-se do sofá que parece demasiado pequeno com ele lá e caminha até ao balcão onde estou curvada, ele curva-se á minha frente e toca-me na bochecha.

-Porque é que és tão carinhoso comigo agora?- Murmuro, a piscina verde dos seus olhos nunca me pareceu tão profunda.

-Porque consigo sentir a tua dor.- Ele sopra na minha direção.

-Gostava que fosses sempre assim.- Admito com medo.

-Eu gostava de conseguir ser o que tu precisas a todo o tempo.- Ele diz-me tristemente.

-Tu és o que eu preciso, o tempo todo o Harry, e tu nem precisas de tentar.- Murmuro, ele vai dizer alguma coisa mas o micro-ondas avisa-me do leite quente e viro-me e agarro a caneca com as mangas da camisola do pijama. Lentamente faço o caminho de volta ao sofá e o Harry segue-me sentando-se ao meu lado, ele coloca o filme em mute, e vira-se para mim.

-Tu não te consegues colocar no lugar dele? O que é que tu farias?- O Harry pergunta-me e depois de levar o liquido quente aos lábios olho para ele.

-Sei onde é que queres chegar, referes-te á minha dificuldade em dizer-te as coisas, mas com o meu pai é diferente, ele contou á minha mãe, e se queres saber eu não seria capaz de manter uma mentira deste tamanho durante tanto tempo!

-Deus Sophia o teu pai está a pensar em vocês, não está a ser egoísta.

-Ele tem tentado impedir a minha mãe de ir até lá Harry, raios não entendes o quão egoísta isso realmente é?

-Como é que descobriste tudo isso?- O Harry pergunta, ignorando a minha pergunta anterior.

-Ele viu-te no escritório onde ele trabalha e quase que me arrancou os cabelos quando deduziu que nós estávamos...o quer que isto seja.- Aponto para ele e para mim.

O Harry parece ter visto um fantasma e de repente lembro-me de que foi o Harry que realmente começou tudo isto, porque raio estava ele na empresa onde o meu pai trabalha.

-O que é que foste lá fazer de qualquer forma?- Franzo a testa.

Ele recua ligeiramente e vejo-o endireitar-se o que nunca é realmente um bom sinal, os seus olhos deixam outra emoção transparecer, mas é quase ilegível, ele esconde as coisas de mim tão facilmente que chega a impressionar-me.

-Há algo na transportadora onde o teu pai trabalha.- O meu pai trabalha numa corporação náutica de navios de carga.

-Oh aí sim?

-Sim, eles tem grandes acordos com o reino unido, isso em particular interessa-me.- Ele tenta fazer com que tenha dito tudo mas conheço-o bem demais para me deixar ir.

-E...?

-E eles tem uma sede em Oxford.- Ele cospe as palavras em cima de mim como acido.

-Oh vais voltar?

Controla-te. Controla-te. Controla-te.

-Talvez tenha que lá ir se conseguir comprar algumas ações, não te preocupes.- Ele tenta fazer o assunto numa pequena coisa, mas a ideia de o ver voltar para lá, para aquele lugar dá-me a volta ao estomago.

-Oh tudo bem.- Murmuro.

-Não é tudo bem, eu sei como te sentes em relação aquele lugar eu posso ver o desespero nos teus olhos, está tudo a ir abaixo.- Ele murmura e aproxima-se de mim, o seu nariz raspa a minha bochecha e preciso de me lembrar de que estou aqui, muito longe de Oxford, e que o Harry está aqui também, muito longe de lá.

-Como é que consegues fazer isso?- Murmuro.

-Isso o quê?

-Perceber-me tão bem? Eu demoro a entender-te, és um quebra-cabeça, tens obstáculos em todo o lado Harry.

Ele ri-se, um riso profundo e sentido.

-Isso é porque quando olho para ti, sinto que te conheço á seculos, és tão familiar como ou mais que coisas que sempre tive, olho para ti e é como se já soubesse tudo, mas enganas-me bem, estou sempre a aprender coisas novas sobre ti.- Ele ri-se e deita-me a cabeça na sua coxa enquanto me tira a caneca da mão e a pousa na mesa.

-A sério?- Murmuro.

-Sim, por exemplo descobri que tens um avô, quando pensava que já não o tinhas, descobri que gosta de leite quente quando estás nervosa, descobri que gostas de vestidos quase tanto como jeans, descobri que guardas uma mulher fantástica para o mundo, mas que manténs escondida a rapariga que conheci, descobri que a guardas para mim. Descobri que ás vezes o melhor que tenho a fazer contigo é deixar-te tropeçar e cair para que vejas onde erraste.

-Uau isso são um monte de coisas.

-E o melhor é que não são nem metade, tu não consegues ver um terço das tuas qualidades, estão ofuscadas para ti, mas brilham para mim, essa é uma das coisas que adoro em ti.

Que adoro em ti.

-Estás a tentar pôr contente e toda para cima, e obrigada mas...- Suspiro.

Ele puxa o fecho do meu casaco para baixo e deixa algum do cabelo que lá tinha ficado sair e cair-me pelos ombros, ao que ele lhe mexe.

-Mas?

-Mas estás a fazer isto porque estou triste e magoada.

-Sim, porque não há nada de bom em estar triste e magoado, e se podemos dividir as coisas más para quê ficar com elas só para nós?

-É bom quando dizes isso, mas isso lembra-me que quando te peço para falares comigo fechas-te, acho que ambos temos o mesmo problema.

-Sim mas estou a tentar.- Ele admoesta-me.

-A sério?- Pergunto mais como uma piada do que uma insinuação.

-Sim, bom contei-te o que fui fazer á empresa do teu pai, esse é um esforço.- Ele olha-me meio zangado.

-Eu sei, e dou valor a isso.- Murmuro.

-Então seria pedir-te para reconstruir a gentileza.- Ele suavemente rouqueja.

-Eu não te estou a esconder nada Harry...

Os olhos dele vibram numa tonalidade quase acusatória, mas decido ignorar, a maneira como ele força a sua mão mais contra a minha coxa apertando-o continuamente, um sorriso frio baila-lhe nos lábios e a seguir ele abana a cabeça.

-Que tal irmos dormir? Vai ser um longo dia amanhã de qualquer forma, não achas?- Ele sopra para mim e pisco os olhos.

-Oh sim, tu queres ir a alguma lado certo?

-Sim, no entanto eu preciso de estar na empresa cedo amanhã.- Ele suavemente ergue-me nos seus braços e levanta-se fazendo-me apertar mais o seu pescoço. Inspiro suavemente o cheiro que vem acompanhado com ele, e sou capaz de me deixar relaxar.

Há vidro por todo o lado, eu suavemente caminho em volta da sala redonda cheia de espelhos, o vidro no chão abre pequenos cortes nos meus pés mas eu não o sinto. Tenho algo á minha volta, mas sinto-me nua, no entanto se olhar para os espelhos vejo um vestido branco, cheio de camadas rasgadas. Quando finalmente paro de andar á roda dos espelhos olho para um diretamente. Tenho o lábio cortado, marcas no pescoço, o tornozelo em sangue, uma contusão na minha costela, há uma marca no meu pulso e na minha maçã do rosto...parecem-se com todas as vezes em que alguém me magoou. Puxo o vestido que no espelho existe, mas no meu corpo não para cima e reparo que até uma cicatriz de um dia em que um miúdo da escola me empurrou está aqui, todas as minhas marcas já saradas estão no meu corpo mas não sinto dor, embora uma poça de sangue se forme á volta dos meus pés pelos cortes, uma voz rouca sussurra do nada.

-Não te assustes...- É como um suspiro do vento, mas acalma-me e não me assusto.

Respiro fundo e deixo-me levar pela pequena corrente que me puxa dali para fora, parece que caiu num buraco sem fim até que quando abro os meus olhos estou dentro de uma caixa de vidro, coloco a mão na mesma mas nada acontece, o Harry passa á minha frente, uma expressão sufocada no seu rosto enquanto tenta embalar um bebé nos seus braços tatuados. Olho melhor em volta e percebo que é o quarto com que sonhei uma vez, uma varanda, o mar lá em baixo, no entanto lembro-me de ter sido ele a desaparecer no meu sonho, mas agora é ele que não me pode ver...

Aquele é o nosso bebé? Porque é que eu não estou lá?

Começo a bater no vidro com força, os meus pés forçam a barreira mas nada acontecer, volto a olhar para o Harry de frente para mim e de costas para a varanda, suspiro quando o vejo beijar a cabeça da pequena criança.

Uma sombra mexe-se atrás, perto da varanda e uma cara fica nítida na minha mente. Matt...

Grito com força, preciso que ele se mexa, preciso que o Harry se vire, preciso de...

-Soph!- As mãos do Harry sacodem os meus ombros e a seguir levantam-me do colchão sentando-me, sinto o sabor salgado das lágrimas na minha boca. Que merda? Nunca tive tantos pesadelos...

-O que há errado Sophia?- Ele acende a luz e senta-se sobre os calcanhares á minha frente, abano a cabeça e olho para baixo, e isso parece zanga-lo mais que qualquer coisa. Ele tira o elástico do meu pulso e ataca o meu cabelo bruscamente, a seguir ergue o meu queixo e vejo os olhos verdes esgazeados, pânico toma conta de mim porque se parece com o olhar dele no meu sonho.

-O Matt...- Murmuro.

O seu corpo enrijece e sinto-me tremer porque se ele está assustado eu devia estar o dobro, porque o Harry não se assusta de maneira nenhuma.

-Tu sonhaste com ele?

-Não sei...sim, ele estava atrás de ti, e tu não me ouvias, eu estava presa.- Murmuro e deixo cair a cara contra o peito dele, ouvindo o ritmo frenético do seu coração.

Ele passa as mãos pelos meus cabelos ensopados em suor frio e murmura palavras reconfortantes no meu ouvido, leva-me de novo para trás e embala-me, mesmo que eu não durma por quase duas horas, ele fica ali a segurar-me enquanto a noite avança e eu finalmente fecho os olhos.

São duas da tarde quando finalmente estou pronta para sair da cama, o Harry saiu por volta das sete da manhã, e ligou-me por volta das dez a perguntar se podia almoçar ás duas com ele, disse-lhe que não, mas mesmo assim depois fiquei na cama, um vazio enorme estava no meu estomago e sentia-me traumatizada, a palavra é geralmente usada no termo físico, mas o meu pesadelo deixou quase sem vida, sugando a minha alma.

Tomo um duche rápido e visto-me, agarro nas chaves de casa, e no telemóvel assim como numa nota e coloco tudo no bolso das calças de ganga, a seguir enquanto caminho até ao orfanato lembro-me de o Harry dizer que ia resolver alguma coisa para mim, embora a minha mente esteja toldada pelo sono consigo ouvir uma névoa de voz, será que alguma coisa estava mal em casa? Ou ele falou com o meu pai sobre ontem?

Quando chego e abro a porta da frente, assinando a ficha em como aqui estou sorriu com simpatia á secretaria, ela sorri de forma preocupante.

-Pareces doente Sophia, está tudo bem?- Ela suavemente pergunta.

-Vai ficar, onde está a Sam?-Pergunto olhando para o banco corrido onde ela geralmente se senta.

-No jardim lá fora.- Caminho pelo corredor e tiro o telemóvel do bolso eliminando as chamadas perdidas dos meus pais, até que algo se agarra á minha perna, baixo o olhar do telemóvel e olho para o pequeno anjo de cabelo loiro.

-Podemos ir a um parque lá fora e comer um gelado?- Os olhos felizes dela são tudo o que eu preciso para sorrir. Baixo-me e beijo-lhe a bochecha.

-E que tal se formos perguntar se a minha autorização especial para te levar lá fora foi concedida?- Pisco-lhe o olho e ela sorri.

Dez minutos depois com ela devidamente agasalhada, um gorro com dois pompons e um cachecol ela diz que está pronta.

-Tu sabes que estamos quase na primavera, tu podes deixar o cachecol gozo com ela.

-Eu não quero ficar doente e eu nunca usei um cachecol fora daqui.- Ela sorri e dá-me a mão.

Precisei de assinar um termo de responsabilidade e isso deixa-me meio nervosa mas ela está tão feliz que ofusca o sentimento.

Á medida que andamos pelas ruas ela pede para ver as vitrines da 5º Avenida e eu sorriu enquanto ela me arrasta.

-Achas que um dia posso comprar um vestido como aquele?- Ela aponta para dentro de uma loja com aspeto caro e riu-me.

-Bom vou ter que juntar dinheiro para isso.- Riu-me.

-Não há problema, eu posso paga-lo.- A voz grave ecoa por cima da barulheira dos carros e ambas nós nos viramos para o encarar.

-Harry...- Sinto-me cair num abismo.

Olho em desespero para Sam, e ela parece analisar o homem sexy e bonito a sua frente, ela faz uma carranca e depois olha para mim.

-Tu disseste para não falarmos com estranhos.- Ela tenta sussurrar mas falha miseravelmente.

-Ele...- Tento e baixo-me para a pegar no meu colo.

-Eu sou o Harry.- O Harry estende a mão á pequena menina e ela olha com atenção depois volta-se para mim e olha para a minha mão.

-Vocês tem aneis iguais.- Ela grita a sua descoberta.

-Isso é porque somos iguais.- O Harry atira com rancor.

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Olá, bem eu disse que não estava nada contente com o capitulo anterior, mas apenas a parte final por isso eu decidi apenas editar esta ultima parte, eu espero que compreendam.

Então eu tenho algumas coisas a dizer, a primeira é que eu queria dar os parabéns a uma das minhas pessoas mais queridas, então eu acho que vos falei daquela minha GRANDE MELHOR amiga que até tinha andado a fazer as suas buscas para saber o que é que eu tanto escondia ( A vision, para quem não sabe eu sou extremamente tímida em dizer que sou eu quem a escreve) então eu só queria agradecer mais uma vez também aqui por teres sido TÃOOOOO fantástica ao longo destes meses, e por me ajudares com isto, e por seres tão insistente em perguntar coisas sobre a historia mesmo quando não quero responder.... Então muito, muitos parabéns.

Eu queria dizer-vos desde já ela é também uma apaixonada por livros, e nós temos gostos iguaizinhos então vocês podem esperar um livro em conjunto de nós as duas, eu estou ansiosa, nós precisamos de decidir algumas coisas mas eu tenho a certeza que nós vamos conseguir começar em breve... eu queria pedir-vos que fossem até á conta dela, e fossem simpáticas claro, ela é muito querida, então vão lá e sigam-na @ Urbabediana@

EU AMO VOS A TODAS, E EU QUERIA DEIXAR-VOS SABER QUE UMA VEZ QUE ESTOU DOENTE VOU ESTAR NO WATTPAD MAIS QUE O NORMAL POR ISSO COMENTEM PORQUE VOU RESPONDER A BASTANTES COMENTARIOS HOJE, FALEMMM COMIGO

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