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23ºCapitulo

Ele virou-se e de algum modo assim que o vi de costa percebi que não. Que eu não era essa rapariga, eu tinha conquistado o meu controlo e embora o Harry me afetasse e me fizesse questionar as coisas, eu ainda era de mim mesma, então eu ainda podia ser dele, e podia ama-lo mais do que alguma vez amei alguém ou alguma coisa...o problema é que ás vezes é tão mais fácil voltar ao que conhecíamos, eu ainda não tinha descoberto onde é que o meu melhorado "eu" se encaixava no Harry, mas sabia que de alguma maneira eu não era tão maleável agora.

Ele ainda tinha controlo sobre mim, talvez um pouco mais na medida que os outros casais se influenciavam, ainda assim eu era profundamente dele, mas também de mim, então só tinha que descobrir como balançar as duas vertentes de mim, a que se queria entregar ao Harry, e a que queria ser independente sem ter medo do que quer que pudesse acontecer.

-Estás errado.- Sussurro.- Tu ainda podes controlar-me fisicamente, mas uma parte de mim.- Levo o indicador á têmpora.- Está mais em equilíbrio comigo agora, então a questão é Harry, tu foste terrível em enfiar a Ave naquele avião, e foste terrível na maneira como me trataste á pouco, e...quem raios era aquela? E como é que podes não ver que erraste?

Ele vira-se para mim com o rosto contraído e as mãos a formarem punhos.

-Eu estou errado?- Ele está ao pé de mim com duas passadas longas.- Eu estou errado por te querer? É isso? Estás a dizer-me que não te posso ter?

Sinto um nó formar-se na minha garganta. Ele quer-me, mas depois não quer, mas depois já quer outra vez, a minha estabilidade não aguenta isso.

-Harry...o que está errado é a maneira como lidas com as coisas, a afastar o que não te agrada, não podes fazer isso, isto não é um negocio, são pessoas com sentimentos, não podes jogar com elas.

-Eu disse-te, eu vou jogar com quem quer que seja se isso te deixar mais disponível para mim.

-Tu já te ouviste?- Murmuro espantada.

-Perfeitamente.- Ele aproxima a cara da minha.

-Não entendo, chegaste cá calmo, das primeiras vezes que falamos estavas calmo e agora...nada, estás zangado, revoltado e a magoar-me...

-A minha calma foi-se, estou nervoso, preciso de ti, mas ao mesmo tempo não consigo lidar com isso, agora podes ir embora!- Quase que sinto o esbugalhar dos meus olhos.

-Estás a pôr-me fora?

-Estás a enervar-me!

-Oh ai estou? Pelo menos não me apanhaste a sair dali.- Aponto para o lugar de onde ele saiu com a bonita morena.- Com um homem!

-Merda! Ela só veio assinar uns papéis ok? Eu não ando com ninguém.- Ele passa as mãos pelo cabelo exasperado.

-Porque é que me estás a meter para fora?- A minhas voz é um sussurro perdido no escuro. Ele nunca, em circunstância alguma me meteu para fora.

-Porque não te quero aqui agora.- A voz dele cai a pique num gelo que nunca lhe ouvi na vida.

-Estás a magoar-me Harry.- Murmuro quando as facas penetram mais fundo no meu coração.

Ele abre a boca para dizer alguma coisa mas levanto a mão para o impedir, no entanto isso não o impede, ele aproxima-se de mim, os seus lábios tocam os meus e as suas mãos mergulham no meu cabelo puxando ligeiramente as raízes fazendo-me arquejar. Ele morde-me ligeiramente o lábio e a seguir sopra por cima da aferroada de amor que me deixou.

-Ótimo.- Ele sopra e começa andar pelo átrio em direção á cozinha. Como é que ele pode parecer tão frio?

-Porque é dizes coisas como essas? Eu não sou algo que possas pôr de parte para depois ires buscar outra vez... eu não mereço is...- É isso? É isso que ele está a tentar fazer? A tornar-me quase descartável para depois ir buscar o que restou da ultima vez? É esse o seu maldito plano, fazer-me sentir usada como se não valesse nada?

Viro-me bruscamente e carrego no botão para chamar o elevador.

-Não ter esta discussão contigo outra vez Harry, não vou voltar a explicar-me.- Murmuro enquanto espero, virada de costas para ele.

-Porque é que és tão difícil?- Ele murmura.

A resposta bate-me e sinto-me encher de pequenas mordidas de traição, de perda, será que algum dia vai voltar? Será que algum dia ele vai conseguir perdoar-me ou mesmo que continuemos nisto ele nunca o vai dizer?

-Porque é que não me dizes aquilo que quero ouvir?- Respondo-lhe em forma de pergunta.

-Porque é que não foste aquilo de que precisei? Porque é que não estavas lá? Porque é que o teu medo foi tão maior que o teu amor?

Viro-me bruscamente e empurro-o com força, com lágrimas a brilhar-me nos olhos.

-Já te disse, preferi vir-me embora do que ficar com essa imagem negra do nosso amor na cabeça, preferi ver-te nos meus sonhos a ter que lidar connosco. E se queres tanto ouvir isto, preferi ser uma cobarde e deixar os nossos corações em cacos do que lidar com a separação inevitável que teria acontecido assim que tivéssemos tempos de assentar e pensar no que se tinha passado, pela última vez, e juro que é a ultima que te digo. Prefiro que me odeies pelo que fiz, prefiro mais isso do que se não fosse capaz de olhar para ti. Olha para nós Harry! Somos uma confusão, somos fodidos, temos problemas até á raiz dos cabelos, mas mesmo assim não há meio de nos manter-mos separados, mesmo que não estejamos fisicamente juntos estamos sempre um no outro, que mais é que queres de mim? Queres ir te embora? Queres que me vá embora? Queres que eu perca aquilo que consegui? Queres fazer-me ver que errei? Porque merda, por um lado sinto-me egoísta mas por outro... queres saber? Foi a melhor decisão que tomei posso vê-lo agora porque pelo menos estás aqui.

Quando acabo estou sem folego e ele atira-se a mim, as mãos encaixam-se nos lados da minha cabeça e ele fita-me durante a eternidade, e não me canso, tudo o que vejo quando olho para ele é a maneira como o nossos amor evoluiu, com passadas longas para trás e ainda mais longas para a frente, este homem foi o meu maior incentivo e se ele me quer odiar por ter salvado as recordações, eu não quero saber, eu continuo a ama-lo.

Ele fecha os olhos com força e respira fundo.

-Não consigo Sophia, não consigo dizer-to.- Ele murmura baixinho.

-Não precisas, eu sinto a tua dor Harry e não te posso pressionar, a única coisa que te posso dizer é que quero ouvi-lo, mais do que qualquer coisa.

No minuto seguinte estou deitada em cima do sofá a sentir a pressão deliciosa do seu corpo contra o meu.



Estou desnorteada quando abro os olhos. O quarto está escuro e quando apalpo os lençóis o lugar do Harry está gélido assim como o ar condicionado, o lençol que cobria o meu corpo nu é levemente puxado e sinto os mamilos eriçarem-se com a corrente fria de ar.

-Porque é que está tão frio?- Murmuro ainda meio a dormir, para o ninguém em particular?

-Tu estás crescida.- A voz torna-se familiar e sento-me rapidamente. O rosto atormentado de Dean aparece á minha frente e a sua mão agarra-me o seio desprotegido, apertando enquanto me empurra para baixo, sentando-se em cima de mim, com um joelho de cada lado da minha cintura.

-Tu estás morto, tu não podes estar aqui.- Grito.

Um riso horrendo propaga-se pelo quarto e ele desce o seu rosto de encontro ao meu, os seus lábios pairam sobre os meus quando tento virar a cabeça para ele não me tocar ela permanece imóvel, escrava das vontades do meu agressor.

-Eu nunca vou estar morto meu amor, tu sabes isso, eu vou viver para sempre no canto escuro da tua mente, e quando baixares a guarda como hoje, eu vou fazer-te sofrer.- Os seus lábios vem aos meus e as suas movem-se pelo meu corpo apertando-me, medo expande-se pelo meu peito, e apanha-me todos os membros deixando-me imóvel.

-Tu estás tão vulnerável que quase tenho pena de ti.- Ele puxa todo o lençol e fico nua, totalmente nua aos olhos nojentos que me cobiçam.

-Sai!- Tento mexer-me mas estou imóvel, a seguir um grito escapa dos meus lábios e a cara do Dean transforma-se a do Harry, ele sai de cima de mim e abano a cabeça levantando-me. Saio do quarto a correr e tomo uma inspiração brusca quando dou por mim no meio do salão do apartamento em Oxford. O Harry passa por mim e agarro-lhe o braço. Ele vira-se com uma cara estranha e quase que prefiro virar para não o encarar.

-Onde é que vais Harry?- Murmuro perdida.

-Sair.

-Com quem?

-Alguém.- A sua voz é arrastada e percebo o ligeiro tom bêbado por detrás das suas palavras.

Agarro o braço ele e viro-o para mim, no entanto a sua cara volta a transformar-se na do Dean e ele bate-me com força no rosto, a seguir as suas mãos estão no meu pescoço, apertam com tanta força que sinto os olhos rolarem para trás.

 

Sento-me rapidamente e levo as mãos ao pescoço, o som arquejante que me escapa da garganta quase que me leva a pensar que não foi um sonho, mas assim que percebo que o quarto é diferente, e ao invés de frio sinto calor o meu medo recua ligeiramente. Olho em volta e a cama está vazia, contínuo nua, talvez tenha sido por isso que estava nua no meu sonho...levanto-me sem saber muito bem por onde ir, apenas com a certeza de que o Harry não está na cama, mas que há uma confusão na mesma onde horas antes me deitei meio consciente com ele. Agora a luz da noite banha o quarto e enquanto passo uma t-shirt dele pelo tronco e saio pela porta uma sensação de segurança passa por mim, o que me faz decidir que adoro esta casa, pelo menos não sinto arrepios ao passar pelo corredor a meio da noite, sempre com medo de sair do quarto.

A luz do fundo do corredor chama a minha atenção e avanço para lá, espreito antes de entrar, a sala ampla, quase em meio circulo com varias janelas do chão ao teto mesmo atrás do Harry, no entanto todas com as persianas descidas, a única coisa que ilumina a sala é a luz da secretaria de mógono, a decoração é rustica, em tons de verde musgo e vermelho vinho, á veludo nos sofás e uma enorme estante cheia de dossiês na parede á esquerda, no entanto parece tudo muito organizado.

Num minuto o Harry ergue a cabeça tão depressa como uma raposa, os olhos brilham com um verde tropical e sinto-me ficar melhor, a sombra do meu pesadelo a recuar.

-O que foi?- Ele baixa a tela do Mac e sou tudo o que ele pode tomar atenção, no entanto quando tento ordenar às minhas pernas para avençarem vejo-me parada. Perdi o direito de me sentar no colo dele.

-Não vais falar?- Ele levanta-se e empurra a cadeira pesada para trás, com passos largos coloca-se perto de mim.

Ele está perto, a escassos sentimentos de mim, posso ver o seu peito subir e descer, mas ainda assim ele não me toca. Quando tento dizer algo a minha garganta fecha-se e é quase impossível falar.

-Estás ansiosa, posso senti-lo.- Ele murmura.

Quero dizer-lhe, mas ele tem os seus próprios problemas com os fantasmas do passado, não precisa dos meus também... Vai ser sempre assim, seja com quem for eu vou ter sempre medo de partilhar informação negativa, vou ter sempre medo de fazer as outras pessoas carregarem com o meu passado.

-Soph... é isto, isto destrói-nos, tu não falas comigo... e tens que parar com isso, com esse pensamento de que os outros nunca vão estar lá para ti, estou aqui, vou amparar o quer que seja...

-Mas amanhã pode já não te apetecer.- Posso ver mágoa nos seus olhos, e sei que me dói atirar-lhe com as suas próprias palavras á cara, porque não gosto quando ele o faz comigo, mas é verdade, ele não confia em mim, mas com este jogo eu mesma começo a recuar casas para trás.

-Esse não sou eu...

-Á cinco horas eras, o que é que te muda Harry?- Murmuro.

-Tu. Chateias-me, chateia-me o poder que tens sobre mim, a maneira como o meu autocontrolo se vai por tua causa...-Ele risse antes de continuar.- Há três anos que não lidava com uma mulher a sério Sophia.

Olho com olhos de ver para ele, há muita coisa que o Harry não é, mas uma das coisas que ele não é, é mentiroso, ele não me mente, na melhor das hipóteses ele demora para me contar, mas acaba por o fazer.

-Vais contar-me o que se passa? Estavas a dormir ferrada á duas horas atrás.- Ele suavemente passa uma mecha de cabelo para trás da minha orelha.

-Porque é que te foste embora?- Murmuro.

-Bom gastei algum tempo contigo, e quando chegaste estava a meio de uma reunião por vídeo chamada, por isso o tempo que gastei enquanto estavas acordada precisei de o repor quando estavas a dormir.

Algo se quebra dentro de mim e abraço a sua cintura, encaixando a cabeça debaixo do seu queixo, nada de lágrimas, ou soluços, ou magoas.

-Sonhei com ele...há algum tempo que não acontecia mas ele estava lá...a tocar-me.- Murmuro.- E depois ele eras tu, e depois era ele outra vez...-Fecho os olhos com força a tentar varrer as imagens.

-Quem?- Ele afasta-me para poder olhar para mim.

-O Dean, é como a minha memória da noite em que ele invadiu o apartamento, mas depois estás lá tu, a tratar-me como se eu fosse nada, e depois ele...ele volta a faze-lo.- Levo a mão ao pescoço e esfrego.

O Harry toma uma inspiração brusca e suavemente tira a minha mão do meu pescoço, a seguir os seus dedos tomam conta do sítio onde a impressão de falta de ar se infiltra, ele suavemente corre os dedos para cima e para baixo no meu pescoço, subitamente ele aperta ligeiramente e eu afasto-me, foi quase como uma caricia um pouco mais apertada mas deixa-me alerta.

-Ás vezes pergunto-me a qual de nós ele feriu mais, eu tenho uma cicatriz.- Olho para a maçã do rosto dele.- Mas tu pareces quase assustadiça quando te beijo ou toco aí.- Ele aponta para o meu pescoço.

-Acredito que a tua ferida seja bem mais profunda que a minha.- Murmuro.

De repente um miar estrangulado escapa detrás da secretaria do Harry e uma cauda branca escapa para fora, meio eriçada. Harry dá uma gargalhada e Mr.White escapa completamente para fora, ele parece desconfiado, e tapo a boca para evitar um guincho, liberto-me dos braços do Harry baixo-me para o tocar, no entanto ele afasta-se ligeiramente.

-Ele também está zangado contigo...

-Bom parece que vou ter que o conquistar de volta.- Viro o meu olhar para o Harry e sorrimos os dois.

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