Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

102ºCapitulo

"No easy love could ever make me feel the same" – OneRepublic

Quando o Harry tira o carro da garagem, eu arrasto a ultima mala para fora e fecho a porta, olho para trás, para o sol a refletir-se na água e penso com melancolia que só no próximo fim-de-semana é que posso cá voltar.

O Harry sai do carro para me ajudar com a mala e rouba-me um beijo. Os olhos verdes irradiam felicidade e percebo que nada me pode fazer tão feliz como um sorriso dele, que eu andaria sobre carvão em brasa por ele.

Quando já estamos a passar a ponte e a água se mexe debaixo de nós o sono começa a tomar conta de mim, mas não deixo que me controle, gosto de viajar de carro, especialmente com o Harry.

-Harry?

-Hum?- Ele respondo-me enquanto desvia os olhos rapidamente para mim e mordisca a unha do polegar. Os seus óculos estão colocados na sua cara e ele parece tão sexy como sempre. Chega a dar um tanto de raiva.

-Como é que foi quando tiraste a licença para conduzir?

Ao inicio quando me tinha contado como tudo acontecido tinha sido estranho andar com ele de carro, lembro de algumas vezes que o pé dele afundava no acelerador enquanto os pensamentos dele flutuavam através da sua cabeça.

-Hum, normal, quer dizer não precisei de fazer muitas aulas, ter dinheiro facilita-te as coisas.- Ele encolhe os ombros. Esta não era a resposta que eu queria, e ele sabe bem disso.

-Mas como é que te sentiste?

Ele encolhe os ombros e apoia ambas as mãos no volante. Algo me diz que é para ter a certeza de que detém o poder do carro.

-Um bocado assustado, lembro-me que das primeiras vezes a imagem do carro da minha mãe ás voltas vinha-me á memoria, mas depois fui combatendo isso...e claro o facto de ter carros tão bons para conduzir ajudou.- Ele ri-se na última parte.

Dinheiro hum? O meu primeiro carro nem sequer existiu, eu conduzia o dos meus pais, e foi difícil para obter a minha licença porque eu nunca queria que o meu pai me ensinasse, eu estava sempre a adiar, embora eu saiba que na Europa as coisas funcionam de maneira diferentes.

-Eu nunca tive um carro.- Riu-me para ele, e de repente a cara dele vale a pena. Os olhos chocados enquanto ele abaixa os óculos na cana do nariz.

-Estás a brincar?- Ele rouqueja.

-Não, não precisava de um. Fiquei maluca quando me deixaste conduzir o teu carro.

Ele ri-se e depois poisa a mão na minha coxa e aperta suavemente.

-És tão engraçada.- Ele diz e acelera ligeiramente.

-Ai sim?- Riu-me.

-Sim, porque és tão diferente de mim, fazes-me olhar para o mundo de forma diferente, agora mesmo com isso do carro, eu sempre tive carros e agora estás a dizer-me que adoraste conduzir o meu, é como mostrar-te coisas que sempre tive mas torna-las novas ao mesmo tempo, porque a tua felicidade vale a pena.

Engulo em seco com as palavras e penso quando se tornou aquele rapaz da universidade um homem assim?

-Que coisa romântica Mr.Styles.

Espeto-lhe um dedo na bochecha e ele tenta agarra-lo com os dentes.

A conversa flui até que começo a ver o transito aumentar e sinto vontade de fechar os olhos, o que faço realmente, porque ninguém merece ter que dizer adeus a água, calma e paz.

-O que se passa?- O Harry ri-se e eu abano a cara.

-Recuso-me a abrir os olhos, só quando chegarmos a casa.

-Porquê?

-Porque me vou sentir automaticamente cansada, é uma sensação horrível.- Digo afundando-me no banco de pele.

-Só precisas de voltar para o trabalho na sexta feira a inauguração.

-São umas falsas férias.- Repito.

-Porquê?- Sinto a voz dele a agravar-se. Ele continua a achar que estou a trabalhar demais, e talvez até esteja, mas estou a lutar pelo meu lugar no mundo.

-Preciso de começar a juntar papelada para Áustria e...- Ainda nem sequer lhe contei que provavelmente vou precisas de ir a Áustria.

-E...

-E vou precisas de ir a Áustria no meu do projeto todo.- Encolho os ombros.

-Áustria hum?

Ok, eu sei que não ia abrir os olhos, mas o tom suave dele faz-me realmente ter que o fazer? Ele não está a ter uma erupção de "e só agora é que me dizes?"

-Áustria hum? Estás bem?- Brinco com ele e coloco-lhe a mão na testa.

-Perfeitamente.- Ele olha para mim a sorrir e depois baixo a cabeça para conseguir olhar perfeitamente para ele.

-Eu descubro Styles, eu descubro sempre.

-Vai uma aposta?- Ele estende-me a mão quando paramos num semáforo.

-Vai.- Aperto-lhe a mão e sorriu-lhe confiante. Basta carregar-lhe no nervo certo e puff.

Arrasto a mala para dentro e Mr.Whitte arranha-me as calças de ganga a pedir por atenção. Coloco-o ao colo ele aninha-se perto do meu pescoço.

-Podemos comer uma pizza hoje?- Sugiro.

O Harry olha desdenhosamente para o gato no meu colo e revira os olhos.

-Ele é um homem, não precisa de abraços.

-Vou lembrar-me disso da próxima vez que me abraçares.- Digo-lhe e ele avança até mim.

-É um gato.

-E você Mr.Styles é um homem muito ciumento.

-Nem sabe o quanto Mrs.Styles.- As palavras dele fazem o ar á nossa volta ficar denso e poiso o garo no chão antes de o agarrar pela t-shirt e beijar.

Sexta feira; Nova York 19:14

O salão de festas é enorme. Parece um sonho a maneira como tudo brilha em tons de rosa dourado, e vermelho. No tento estão pendurados lençóis brancos que dão ao ambiente todo um novo mundo, é adorável a forma como toda a gente trabalhou para isto. Sinto-me exausta, tal como previ não tive semana nenhuma de férias, nada realmente me parou de ajudar e colocar todo o cenário de pé. Sei que talvez isso apenas me pudesse trazer mais stress, mas a verdade é que me deu energia para continuar, fez-me feliz.

O meu pau está ligeiramente atrasado, tal como disse que estaria. Reviro os olhos á impertinencia daquele homem, é engraçado como ele relutou tanto em deixar-me ajudar, lembro-me dele chegar aqui na terça feira para me vir buscar e me ver pendurada num escadote. Todo o sangue da sua cara de foi, e a maneira como ele mandou o assistente de decoração sair para ser ele a segurar o escadote foi amorosa.

Lara para ao meu lado e esfrega-me o braço.

-Isto está um espetáculo.- Ela diz-me e preciso de concordar com ela. Nos últimos meses ela tem sido quem guiou este barco a bom porto, e sinto-me mais que feliz por estar finalmente num sítio onde não me sinto uma peça de xadrez, que poder jogada como convém a alguém.

-Nunca pensei que fosse tão bom ver tudo isto finalmente feito sabes?- Digo-lhe.

-Nunca pensei que tivesses loucas habilidades em pendurar os lençois no teto, quem diria que nem para ti era muito alto.

-Gosto das alturas.- Comento e ela sorri mas não responde, em vez disso os seus olhos fixam-se num ponto acima do meu ombro.

-Dá para perceber. Mr.Styles.

Viro-me para o ver, e quase que perco o sentido das palavras. Ele está lindo como sempre, os homens tem muito pouco a fazer, mas o Harry consegue fazer com que um fato seja algo sexy e quente, mesmo que metade dos homens aqui os esteja a usar.

-É um prazer.- Ele aperta-lhe a mão ela sorri-lhe.

-Têm muita sorte Mr.Styles, não se encontram mulheres corajosas assim todos os dias.

-Nem tão malucas.

Rimo-nos e depois Lara afasta-se. Viro-me para Harry que olha para mim expectante e apercebo-me que o meu coração está a impedir o ar de circular.

-Estás deslumbrante.- Ele sussurra-me e ergue a minha mão para me fazer girar. Tenho um lindo vestido preto de veludo. Aperta-me os seios numa espécie de topo e depois descai graciosamente, apenas da forma como o veludo pode fazer. Ele olha para os meus pés e sorri.

-São os sapatos!- Ele olha assombrado para os sapatos cor-de-rosa da prada que me deu á tanto tempo e que tanta água fizeram correr, literalmente, quase os arruinei.

-Yap, estavam guardados nas caixas que trouxe.

A sua mão foge para a minha cintura e ele aproxima-se de mim com um sorriso predador.

-Mesmo odiando flashes preciso mesmo de te arrastar lá para fora. Só para toda a gente ver o quão bonita estás.

E quando lhe vou dizer que dispensei essa parte á entrada ele beija-me. Um beijo que me consome, enquanto a língua dele me invade a boca e me sinto corar, porque este é o tipo de beijos que não damos em público. Quando ele se afasta fica a olhar para mim e inclina a cabeça antes de colocar um cabelo que escapou para trás da minha orelha.

-Anda.

Á medida que os meus saltos se cravam no chão sinto-me confiante. Talvez coisas bonitas realmente nos façam sentir bonitas, mas há alguma coisa especial no vestido, alguma coisa secreta e ilegal para estas pessoas que gastaram uma fortuna nos seus vestidos. É que este vestido veio de uma loja vintage em segunda mão. A etiqueta foi arrancada, mas a vendedora garantiu-me que a Givenchy tinha feito vestidos muito parecidos nos anos cinquenta, mas que provavelmente tinha sido de uma costureira que nunca recebeu os créditos pelo seu talento.

A verdade é que já duas atrizes de cinema o tinham elogiado, assim como três outras mulheres, e o outro grupo de pessoal da empresa. Eu bem podia ter-lhes dito, mas são estes pequenos segredos que me fazem lembrar de quem sou eu.

Assim que a passadeira preta me consome os pés os flashes disparam e sei que é mais por causa do Harry do que por mim, mas não me sinto nem um pouco chateada por isso, na verdade isso apenas me faz reverencia-lo muito mais. Dou por mim a olhar para ele, e depois ele faz o mesmo e riu-me ao que me empoleiro e lhe beijo a bochecha deixando alguns fotógrafos a rir e a gritar pelas bochechas vermelhas dele.

-Grande show Miss. Black.

-Sempre um prazer.

Ele dá-me a mão e conduz-me de volta para as laterais e entramos para o jardim, onde os criados vestidos de preto servem champagne. Pegamos ambos num copo e depois viro-me nos seus braços.

-Estou tão feliz de estares aqui.- Digo-lhe e sinto a garganta apertar.

-Não haveria outro lugar para estar.- Ele encolhe os ombros e sorri-me.

-É que é tão bom ver-te a apoiar-me nisto, a deixar-me voar... ás vezes lembro-me de como tudo começou e de como tudo poderia ter caído, e sinto-me feliz por nunca nenhum de nós ter realmente desistido. Olha para nós, teria sido tão mais fácil tentarmos com alguém mais fácil.

-Nenhum amor fácil me faria sentir da mesma maneira que tu fazes.

As palavras dele fazem-me sentir bem e por isso encosto-me a ele, para saborear a sua proximidade, o seu amor, e a maneira como me sinto.

Ao longo da noite a conversa flui e quando nos sentamos na nossa mesa, com Frank da receção e Linda que trabalha perto de mim sinto-me no meu ambiente. Há claro mais pessoas na mesa, mas embora sejam trabalhadores e convidados sinto-me mais calma por saber que tenho pessoas que conheço perto de mim. Parece um daqueles jantares enormes onde o Harry me leva ás vezes, só que desta vez sou eu, desta vez sou eu a traze-lo e algo nisso me dá um prazer imensamente especial.

-Miss.Black?- Uma mulher de tez escura para perto de mim e inclina a cabeça.

-Sim, sou eu.

-A Lara disse-me que precisava de falar consigo, vi o que fizeram e ela disse-me que a ideia insólita foi sua.

Riu-me porque ela se está a referir obviamente á ideia de criar tuneis que ligassem os arranjos da camara até á biblioteca que arranjamos.

-Ideia insólitas é comigo.- Acabo por lhe conceder. Ela diz-me que se chama Abbey e que está numa busca para encontrar o próximo grande rosto da arquitetura e que a ideia dos tuneis chateou as velhas carcaças do concelho. Ela dá-me o cartão com o seu número e agradeço sorridente.

Quando me viro para a frente Harry está a olhar para mim, com uns olhos cheios de brilho.

-O que foi?- Cruzo os braços a rir.

-Nada, é que é tão fantástico ver as pessoas a elogiarem-te.- Ele encolhe os ombros e beija-me a bochecha.

Quando acabamos de jantar ouvimos atentamente alguns discursos, e sinto-me tão feliz e radiante que nada me poderia fazer murchar hoje. Oiço sobre o projeto de Viena, penso na aposto com o Harry, no fim de semana maravilhoso que vamos ter se formos para Hudson River e depois penso na semana cheia de trabalho que vou ter e nem isso me deixa fora de contexto. Pela primeira vez na minha vida, sinto-me plena, sinto que não há medo de que as coisas corram mal. Não há nada para além de mim, do Harry e da nossa vida que começou a sossegar, não de uma maneira chata, porque nenhum dia seria entediante com Harry, mas de uma maneira que me permita não ter medo. É assim que devemos viver. Sempre.

As pessoas começam a levantar-se e o Harry entrelaça os dedos nos meus.

-Agora precisamos de encerrar a noite com chave de ouro.- Ele sussurra-me ao ouvido e tenho uma imagem nossa, em cima da cama.

É claro que sendo a minha vida, uma explosão de surpresas, toda a sensação de bem estar é interrompida rapidamente.

O meu telemóvel vibra dentro da minha mala e tiro-o para fora. Inclino a cabeça par ao lado quando percebo que é a minha mãe. Atendo mas não sou capaz de falar com ela, porque ela está aos berros. O Harry olha para mim e depois começo a empurrar as pessoas até sair para o jardim iluminado com luzes de fada onde não está ninguém.

-Não te consigo entender mãe!

A mão do Harry aperta a minha.

-A Mer, ela entrou em trabalho de parto, e o teu irmão só nos ligou agora, e parece que as coisas estão muito complicadas.- A minha chora convulsivamente.

A minha vida é uma bizarrice. Imagens de uma visão da minha cara e da Mer a trocarem, os gritos agonizantes, o bebé e depois a morte silenciosa fazem o meu coração parar. O meu olhar fixa-se num ponto qualquer e perco as força nas pernas. O Harry amparar-me e quando consigo falar outra vez sinto-me vazia.

-Ela está bem?

-O Teddy não me disse, ele estava a enrolar a conversa toda enquanto tentava acalmar-me, mas a voz dele...

-Mãe...

-O meu primeiro neto e...

-Não vai acontecer nada ok?

Depois de alguns minutos ela desliga e olho para o Harry.

-Há complicações nos partos o tempo inteiro querida.- Ele tenta, mas nem seque há hipóteses de isso me fazer sentir melhor. Porque eu sabia, soube o tempo inteiroq eu alguma coisa estava mal.

-Eu quero ir para lá.- Digo-lhe, surpreendendo-nos a ambos.

-Sophia...

-Eu sabia Harry. Eu sabia que alguma ia correr muito mal, mas eu estava tão assustada, que preferi esquecer-me, fingir que não existia.

E depois conto-lhe tudo enquanto andamos até ao seu carro. Nenhum de nós diz nada, mas sinto o raiva dele. Por não lhe ter contado, por lhe ter dito que a minha cara se confundia com a dela, que podia ter sido eu, e no meu intimo sei que a raiva dele vem da maneira irresponsável como agi perante um filho que não temos. Porque eu teria provavelmente ficado calada, se tivesse sido eu, tal como fique calada por ter sido ela. Mas eu não sabia, eu tinha forma de parar o que quer que se passe naquele quarto de hospital, fosse com ela ou comigo.

Mando uma mensagem a Lara a explicar-lhe a situação e oiço o Harry a pagar uma fortuna por um jato, porque não há mais voos, a voz dele a ouvir-se no carro inteiro através do sistema de alto voz.

Parece que não há maneira de encerrar a noite com chave de ouro.

-------------------------------------------

HELLO HELLO. Eu estou tão ansiosa para escrever o próximo, a sério, eu sinto que isto está a fechar-se exatamente da maneira como eu quero, é um circulo que está a ficar cada vez mais estreito, mas ainda me sinto lá dentro, e vosso feedback tem sido tão bom.

Eu vou de férias esta semana e só volto na próxima, mas prometo regressa com o capitulo de fazer chorar as pedras da calçada a sério, vocês não tem ideia. Eu vou sentir a vossa falta, entretando aproveitem o calor, e para as meninas Brasileiras que tem a sorte de estar no friozinho aproveitem tambem.

Twitter: @Image1D_

Insta: @SARACCC_

Snap: Image1D

Blog: http://thelulucitron.blogspot.com/

Love you

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro