84ºCapitulo
Okay uma vez que parece que nem toda a gente leu uma das minhas notas, sem problemas lindas, eu vou simplesmente esclarecer isto aqui. Vou editar a Vision (1ºtemporada) e o personagem que era o Niall na primeira temporada vai ter outro nome e agora este é mesmo o Niall, okay? Eu só tenho recebido MUITAS perguntas destas.
(Algumas palavras no final do capitulo se quiserem ler senhoras)
Por alguma razão enquanto caminhava para fora da sala com o Niall ao meu lado o meu coração apertou-se, parecia como uma batida perdida no espaço, no tempo. Foi tão estranho que parei de andar e sem sequer me aperceber a minha mão estava no telemóvel, o Niall parou mais a frente, dando pela minha falta, e levantei-lhe a mão para esperar.
O sinal deu quatro vezes antes da voz do Harry se ouvir.
-Soph?- Percebi que não havia realmente uma razão para lhe ter ligado, pareceu mais uma necessidade incontrolável de o ouvir.
-Olá?- Ri-me da figura patética que estava a fazer.
-Olá.- A sua voz partiu-se, e mais uma vez, o meu coração parou.
Pensei se devia perguntar, de todas as vezes que se passa alguma coisa e me esforço para o perceber acabo sempre da mesma maneira, a ser posta de lado, demasiado frágil para qualquer coisa, demasiado pequena e fraca para poder ajudar. Mesmo assim, eu sou teimosa, eu vou levar com a porta na cara, mas ainda assim continuar a bater.
-passa-se alguma coisa?- O meu mindinho está na minha boca enquanto um frio atravessa a minha barriga.
-Isso pergunto eu, tu é que me ligaste.
Isto pode soar patético mas a verdade é que por um momento eu pensei que ele me ia dizer alguma coisa, de que alguma coisa estava realmente a correr mal e eu tinha sentido. Ou então eu esteja mesmo a ficar passada com a ideia de ele se ir embora.
-Eu...não sei, lembrei-me de te ligar.- Sinto a unha no dedo estalar e a dor atravessa-me depressa e com força, solto um palavrão e o Harry ri-se.
-O que foi isso?- A sua voz parece ficar mais meiga.
-Parti a unha.- Olho para a unha, lascada enquanto uma bolha de sangue começa a formar-se.
-Eu preciso de ir Sophia, o Mark vai estar ai, lembra-te.
-Sim claro, desculpa.
No que estava eu a pensar era obvio que ele ia estar ocupado, não é como se eu pudesse ligar-lhe a cada cinco minutos sem uma boa desculpa.
-Não peças desculpa, eu gosto de ouvir a tua voz.- O meu coração aquece e sorrio para o nada.
-O quê? Está voz esganiçada?- Tento falar como um desenho animado.
-Sim amor, essa mesmo.
-Eu amo-te.- Murmuro.
-E eu a ti. Muito.
E desligo a chamada, ainda a olhar para o ecrã gigante do telemóvel, a imagem de fundo faz o meu coração tremer, é um Harry feliz, uma Sophia feliz, e uma cama de hotel em Nova York. Sinto borboletas a mexerem-se no meu estomago e sorriu, não passou muito tempo, mas de alguma maneira parece que foi á anos, aconteceu tanta coisa, coisas boas, coisas más, e agora ele está a ir para Madrid a deixar-me em casa. E o que me irrita é que eu procuro por algo que quero e não quero. Quero independência, mas quando o Harry se vai, é como se um bocado de mim se fosse, talvez a parte de mim que deseja independência ande de mãos dadas com o amor que sinto pelo Harry, e talvez o meu único problema seja que ainda não encontrei uma maneira de medir as duas coisas.
-Amanhã tu precisas mesmo de aparecer lá em casa ás duas da tarde okay? Estão a dar neve para as quatro e andar por ai com neve não é a melhor ideia.- O Niall empurra-me gentilmente e sorriu á sua preocupação, a sua namorada Emma vai estar no apartamento connosco e estou ansiosa por conhece-la.
-Então tu vais á festa á noite, e no dia a seguir vais para londres?- Tiro um papel do balcão da cafetaria e embrulho-o á volta do meu dedo.
-Yap, há uma biblioteca, bom é mais como uma livraria antiga em Londres, quero mesmo descobrir se há algum livro mesmo, mesmo antigo de arquitetura, do género, um livro que não tenhamos cá na biblioteca, algo único.
O Niall tem uma coisa engraçada, ele nunca, mas nunca parece deixar de gostar de algo, ele parece nunca se cansar de nada, ele fala de coisas que aconteceram á anos ás vezes, mas os olhos dele vibram de emoção e amor. Eu gostava de ter essa capacidade, de fazer tudo o que sai da minha boca ser contado de maneira tão maravilhosa.
-Vou ficar em casa no fim de semana Senhor Nunca Paro Quieto.
-Não sei porque, íamos andar de barco, íamos de comboio até lá.
Perco-me da conversa dele quando um homem alto entra na cafetaria e pede um café, o seu cabelo, a sua postura, o maxilar, o meu estomago cai quando me apercebo de que é o pai do Harry e por um momento não sei o que fazer.
A sua cabeça vira á medida que o meu medo cresce, sei que ele andou nesta universidade, mas nunca pensei vê-lo. É aquele tipo de coisas que sabes que existem, mas que pensas que não vão acontecer.
Um sorriso cresce na sua cara á medida que os seus olhos caem sobre mim e engasgo-me quando ele pega no seu café e anda até á mesa onde eu e o Niall estamos sentados. Ele é tão alto, e á medida que ele se aproxima inclino a cabeça para trás, ele baixa-se e deixa um beijo na minha bochecha antes de puxar uma cadeira.
-Posso?- O Niall assente com a cabeça e tanto eu como ele perdemos a fala. Eu não sei o que foi este comprimento, mas de certeza de que da ultima vez que nos vimos ele não foi tão simpático, havia um brilho diferente nos seus olhos.
-Parece que engoliu algo desagradável.- Ele ri-se, a risada forte e poderosa.
-Ela magoou-se, só isso.- Olho para o Niall e franzo a testa, que raio de desculpa foi esta?
-Desculpe Mr.Styles, eu só...não esperava vê-lo aqui.- A minha língua pica com um sabor desagradável.
-Oh antes de ser a sua universidade foi a minha.- Ele ri-se.- Para alem disso os diplomas vão ser entregues na primavera, como mecenas da universidade precisa de rever algumas coisas com o concelho administrativo.
Não tenho uma resposta, ter o pai do Harry sentado na mesma mesa que eu, com o Niall ao lado, sem um sorriso maldoso, sem um Harry zangado, sem gritos.
-Preciso de falar consigo Sophia, podia acompanhar-me?
A voz do Harry a dizer-me para não sair em modo algum sem ninguém aparece, mas como sempre ao mesmo tempo que a voz é fácil de ignorar também é difícil de afastar.
Levanto-me e olho para o Niall.
-Guarda as minhas coisas, preciso de ir falar com o Mark.- Passo a mão no seu cabelo gentilmente, e olho para o pai dele enquanto espero que se levante.
-Preciso de fazer uma coisa antes, mas pode acompanhar-me.- Murmuro enquanto visto o casaco, e coloco o gorro e o cachecol á volta do meu pescoço.
-Claro.- Ele levanta-se e inclina-se para apertar a mão do Niall.
-Foi um prazer Mr?
-Horan senhor, e o prazer foi todo meu.
Eles apertam as mãos enquanto guardo o Iphone no bolso e sigo com o enorme homem ao meu lado. É intimidante, e todos se desviam quando passamos, á olhares de curiosidade, admiração...
-Precisa mesmo de fazer o quê?- A voz interrompe os meus pensamentos.
-Falar com...
Quando chegamos á porta de saída para o parque de estacionamento vejo o SUV alto e Mark salta de lá, os seus olhos são chamas enquanto caminha para nós, e vejo a raiva, ele ainda está chateado comigo por antes.
-Miss.Black eu duvido que possa sair.- Ele chega até nós e não sei o quão embaraçoso é ter o Mark sempre a dizer o que posso ou não fazer.
-É o pai do Harry Mark.- Fecho os olhos.
-Eu sei quem é Miss.Black é por isso que a aconselho a ir para dentro.
-Desculpe e o senhor é?
-Ele é o meu guarda costas.- A minha língua pinga desespero.
-Oh o meu filho não descuida nada.
-Nada.- Murmuro mais para mim, do que propriamente para algum dos homens á minha frente.
-Bom, eu preciso mesmo de falar com a Sophia, não iria demorar mais que três minutos.
-Lamento mas não, tenho ordens específicas.
-Mark!- Peço.
-Três minuto, e não mais que cinco metros de mim.- O olhar dele é fogo sobre mim, ferro a dizer-me que três minuto, não mais.
-Otimo.- O pai do Harry coloca a mão no fundo das minhas costas e avançamos para perto de uma enorme janela.
-Fico feliz que esteja a estudar aqui, tentei colocar aqui o Harry em primeiro lugar, mais uma vez o meu filho parece estar decidido a remar contra a corrente.
-Não é propriamente um defeito.- Cruzo os braços.
-Não precisa de estar na defensiva Sophia, eu estou aqui porque preciso de... de lhe pedir desculpas.
O meu estomago cai, e tenho uma vontade incontrolável de rir, no entanto permaneço quieta, o meu olhar no azul intenso, é estranho como o Harry tem os olhos tão diferentes mas ao mesmo tempo tão iguais aos do pai.
-Eu lamento por quando a assustei no dia em que o Harry a deixou, eu lamento no inicio quando tentei dizer-lhe sobre o que o Harry tinha feito...eu lamento, eu estava magoado, eu ainda estou, mas de alguma maneira sinto como se o Harry tivesse feito o que fez porque tinha raiva, muita raiva e ...
Abano a cabeça e levanto a mão.
-Estamos a falar precisamente de quê agora?
-Ele contou-lhe não contou, a Abbie, conhece a Abbie? Pensei que ele lhe tinha dito, esqueça isto.
Ele vira-se mas eu agarro a manga do seu casaco.
-Ele contou-me.- Há mais alguma coisa que eu não saiba?
-Não ele não fez, senão você teria percebido.
-Não ele contou sobre o que ele fez, no casamento.- Fecho os olhos, eu odeio como o pensamento dele e da Abbie me atinge.
-Eu sabia que ele faria.- Um sorriso cresce nos seus lábios e pergunto-me para onde foi o homem assustador e cruel.- Eu não consigo pedir-lhe desculpa, mas por alguma razão pedir-lhe desculpa a si, é como se me estivesse a desculpar a ele.
De onde vem tudo isto agora?
-Eu lamento Sophia, por si e por ele, lamento como o tratei e lamento não ter sido o pai que ele precisava, lamento todos os dias da minha vida a perseguição que matou a mãe dele, lamento ter tirado a liberdade da Anne, lamento.- Ele fecha os olhos e é como uma faca no meu coração.
As imagens que passaram toda a vida pela minha cabeça aparecem de novo, sonhei com aquele acidente de carro anos seguidos.
-A culpa... a culpa não foi só sua, alguém disparou aquela arma que fez a Anne despistar-se.
Ele fecha os olhos e posso sentir o peso no peito dele.
-Eu disparei aquela arma Sophia, o Harry teve razão toda a vida, eu matei a mãe, eu queria furar o pneu, mas acabei por falar, aquilo foi demasiado perto dela, a bala não a matou logo, ela teve tempo de abrigar o Harry, mas eu fiz aquilo.
Não há palavras, sentimento, odio, na verdade sinto-me dormente, em todos os sonhos, visões, eu nunca via claramente quem disparava a arma, agora eu sei que foi o pai dele, mas ao olhar para o homem á minha frente eu posso ver a dor dele.
-Eu amei aquela mulher como o Harry a ama a si, e talvez tenha sido por isso que a tratei daquela maneira ao principio, mas eu preciso de lhe dizer que eu nunca, nunca ia tentar mata-la, no dia do baile não fui eu Sophia.
Eu sei que não foi ele, mas a maneira como as palavras saem dos seus lábios, como se ele se estivesse a confessar, eu posso sentir alguma culpa sair dos seus ombros. Eu posso ver raiva e mudança, mas eu posso ver a ferida que passados todos estes anos este homem partido está a tentar sarar.
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Eu sei, a long time desde que eu coloquei, mas esta semana foi tipo o inferno, sem tempo para nada, visita de estudo até tarde, eu estava cansada durante todos estes dias e tenho estudado, mas tenho uma boa e má noticia.
1- Testes para a semana, LIGUEM OS ALARMES
2- Vou tentar escrever o meu máximo este fim de semana
Pensem que isto só acontece em épocas de testes, e eu sei que as meninas Brasileira estão de ferias agora e que querem ler, mas meus amores, eu tenho MUITOS teste, mesmo assim eu lamento e a partir de Fevereiro tudo volta ao seu estado normal.
Sabem fui ver ao calendário e parece-me que a Vision 3 pode começar dia 1 de Fevereiro, parece-vos como um bom dia para isso? Não sei, mas acho que alguém especial faz anos nesse dia ahaha
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