65ºCapitulo
São duas da manhã, a Soph está dormir no quarto e eu tenho montanhas de trabalho para fazer. Há pequenos "senãos" em seres o teu próprio patrão, é que depois da tua namorada adormecer tu não podes ficar lá, para dormir com ela, tu ficas acordado á espera que ela adormeça para estares de volta de novo ao trabalho.
A minha secretaria no escritório tem a merda de um relatório com duzentas paginas e a minha vontade é de termina-lo hoje, mas estranhamente depois de ter desculpado a Soph e de ter feito louco sexo por duas horas eu estou fodidamente desperto, mas sem vontade de ler toda esta merda sobre os avanços das obras em Madrid, na realidade estou tentado a passar o trabalho a alguém, mas a verdade é que tenho que dar o meu melhor, ninguém vai hesitar em dizer que tenho o que tenho porque a minha herança era enorme, ou o património era o dobro. O quanto tu tenhas, ou subas alguém vai estar a puxar para baixo.
-Não!- um grito enorme ecoa pelo apartamento e não demoro dois segundos a pôr-me de pé. Eu corro em direção ao quarto, eu derrubo uma jarra e vejo enquanto as portas batem á medida que eu entro de sala em sala, até que eu abro a porta do quarto e tudo o que posso ver é a Soph, lágrimas descem pelas suas faces, e ela contorce-se nos lençóis selvaticamente, ela tem o pé enrolado num nó e ela chora enquanto chuta o ar vezes e vezes sem conta.
-Não! Não! Não Dean!- o grito dela é tão alto e angustiante que fecho os olhos.
Espera...
Ela disse Dean?
Mark e Jonh estão na porta do quarto e eu mando-os sair com o olhar, a minha namorada meio nua na cama a contorcer-se. Fecho a porta e garanto de que onde eles estavam nenhum dele podia ver o seu corpo no quarto escuro. Aproximo-me enquanto ela fica quieta por um momento, tento mexer no seu pé para desamarra o nó e ela chuta com força contra o meu peito, desequilibro-me para trás e olho enquanto ela começa a grita. Outra vez.
-não me toques! Não! Não! Só o Harry...- de alguma forma o meu nome é um sussurro nos seus lábios.
Que merda? Dean? Tocar? Eu..
-desculpa...- ela chora alto e decido que tenho que a acordar.
As minhas mãos estão nos seus ombros e ela luta resistente para mim, um ardor no meu peito onde ela me bateu. Ela abre os olhos assustados e perde uma respiração, é um som horrível, como se ela se estivesse afogar, afogar no próprio desespero.
-Harry?- ela olha em volta e depois sente o meu lado da cama vazio.
-tu não estavas aqui?- Os olhos dela parecem cristal e a sua voz está partida.
-eu estava a trabalhar, eu ouvi o teu grito.- algo não me deixa ser mais reconfortante. Há algo em ela ter chamado o nome do Dean que em está a por para trás.
-eu gritei?- ela tenta sentar-se, mas falha miseravelmente.
-sim, tu estavas a gritar para não te tocarem, tu estas bem?- ela vai dizer-me?
Ela passa a mão pelos seus lábios violentamente, os seus olhos parecem ficar ainda mais molhados quando ela se levanta e caminha com paços hesitantes até á casa de banho, oiço a água a correr e em segundos posso ouvi-la a lavar os dentes, posso ver o reflexo dela no espelho, ela parece de alguma forma torturada, marcas roxas nos seus olhos e as suas bochechas estão vermelhas e irritadas com as lágrimas salgadas.
Quando ela volta, pega na minha mão e deita-me, deitando-se mesmo por cima de mim, volto-nos na cama e ficamos de lado, os meus braços e pernas a envolve-la, a sua cabeça baixa no meu peito, enquanto lágrimas começam a escorrer de novo, e o meu coração aperta daquela forma horrível, que faz o meu estomago dar um volta, e o meu cérebro entrar em alerta vermelho, sinto a familiar dor da impotência, de não ser capaz de fazer nada. Há alguma coisa.
No entanto se há coisa que aprendi é que tu nunca, deves questionar alguém sobre os seus receios a meio da noite, eu tinha longas noites em criança, imagens de vidros pelo corpo da minha mãe depois do carro chocar. Eu não era capaz de por nada para fora de noite, e de dia eu escrevia num papel branco, lia e rasgava. Isso deu-me algo para destruir as memórias. Mais tarde eu precisei de ajuda para dormir, eu precisava de calmantes, agora eu raramente tenho os malditos pesadelos.
Eu segurei-a nos meus braços por uma eternidade, ouvindo o constante soluço ir abrandando, até ela cair num sono profundo, nada de palavras, só os meus braços a segura-la, a passar os dedos pelo seu cabelo despenteado, tentado levar para fora o medo.
A minha cabeça tem varias teorias, uma delas, é que ela não se sinta segura o suficiente aqui, que tenha medo que algo lhe aconteça. Eu posso perceber que ela não ama esta casa, e ela ainda não se sente confortável nela, ela ia preferir algo que ambos tivéssemos escolhido, algo mais pequeno. Ela é dada ao comodismo, mas principalmente eu sei que ela não gosta do tamanho enorme da sala, e que quando está sozinha cá, ela tem medo. Eu sinto isso.
Ela não é feliz aqui? Ela tem medo que alguém entre?
Os meus olhos recebem dolorosas facadas da claridade cinzenta lá fora e a chuva é simplesmente horrível contra o vidro. Busco a outra metade de corpo na cama, mas esta está fria, vazia. Os meus olhos parecem abrir automaticamente quando vejo que o pijama da Soph está no chão assim como uma toalha, e que para meu horror são nove da manhã.
Levanto-me de um salto e corro para ver se ela já saio, a minha teoria é comprovada quando vejo uma chávena de chá no balcão. Não há beijos, ou abraços, só ela a ter um pesadelo, e a fugir de mim no dia seguinte.
Merda.
Pego no telemóvel e ligo-lhe. Ela atende ao quarto sinal.
-olá.- a sua voz está morta, á algo pesado nela.
-tu estas bem? Porque é que não me acordaste antes de ires?- ela faz sempre isso, ela beija-me e diz-me que estou atrasado como o caralho.
-sim, só...tu eu mantive-te acordado, eu não queria que ficasses cansado.- ela nunca, ia dar uma merda de reposta como isto.
-é só isso?- eu estou tão desconfiado caralho.
-sim.
-tu estas bem? Depois de ontem?
-sim. Obrigada.- oiço-a respirar fundo e um bip diz-me que ela tem outra chamada.
-eu vou buscar-te hoje ao final da manhã okay?
-sim, eu preciso de desligar.
E desliga. Sem um "amo-te" ou uma piada horrível. Onde está a minha miúda, e o que fizeram com ela?
Visto-me com gestos rápidos e precisos e agarro nas chaves do carro e no telemóvel, enfiando a carteira na pasta antes de correr para o elevador. Eu vou descobrir que merda se passou, nem que isso seja a ultima coisa que eu faça.
Quando ponho o carro a trabalhar parece que não vejo mais nada, é apenas estranha a maneira como de cada vez que entro no maldito carro tudo o que quero é mais, e mais, a velocidade é algo que me testa, e neste momento parece ser algo para me levar para longe na dor no meu peito, que merda, só senti uma vez, e foi quando a deixei...será que ela me vai deixar? É isso? Há alguém? É o Horan?
As minhas mãos batem no volante quando paro num semáforo, a incerteza deixa-me louco, e tê-la tão perto e tão longe parece levar-me a limites horríveis que não quero, e não gosto de sentir.
Quando chego á empresa o meu humor é péssimo e qualquer pessoa que me dê bom dia é alguém a reconsiderar para gritar, ela não pode fazer isto, ela não pode! Ela não pode agarrar-se a mim como uma hera e no dia seguinte deixar-me sozinho na merda da nossa cama.
-Mr.Styles bom dia, gostaria de algum café?- Chloe levanta-se e tenho vontade de a mandar para o caralho.
-Chama Mr.Bomer. Agora!- entro no escritório e sento-me rapidamente, eu posso ver o que ela fez ontem. Desde ontem! É desde ai que ela anda assim, algo bateu o inferno para fora dela e a deixou confusa, zangada e impotente... a não ser... será que ela teve alguma das suas visões? Foi isso? É isso que ela não me está a dizer?
-Bom dia Harry.- Matt entra no meu escritório como se estivesse a porra de um dia de sol.
-preciso da entrevista que fizeste a mulher do Terry, que mandes uma atualização de dados ao sistema de segurança, que troques as fechaduras e códigos de minha casa...
-mudamo-las á duas semanas Harry.- ele interrompe.
-muda-las outra vez, talvez duas vezes por dia se eu pedir. Agora...oh e preciso de saber onde tem andado o Dean, não interessa o que faças, apenas descobre se ele esteve nas redondezas ultimamente.
-mais alguma coisa?- ele rola os olhos para mim.
-sim, podes fazer tudo isto nos próximos 60 minutos.- dou o meu pior sorriso e dispenso-o com o olhar.
Assim que a porta se fecha, as minhas mãos estão na minha cara, para cima e para baixo á espera de uma cura para os meus problemas.
Talvez seja o seu período? Já passou a porra de um mês?!
O meu telemóvel vibra no meu bolso e por um segundo penso que a Soph ligue e confirme a minha ultima suspeita, que me diga que está tudo bem e que me ama. Ela ainda não o disse hoje. Ela di-lo todas as manhãs antes de sair.
O nome da Ninna incendeia a minha tela, e a serio eu adoro-a, e ela foi uma amiga fantástica, mas isto começa a ser demais.
-Ninna.
-Oh bom dia Harry, estava a pensar, vou passar perto da tua empresa hoje, e talvez pudéssemos ir almoçar e ter algum sushi.- a sua voz é clara e ela não tem nenhum problema em falar comigo.
-não é um bom dia Ninna.- a verdade é que a Soph ia colocar as minhas bolas numa travessa á porta de casa para todos verem.
-oh mas ontem disseste que podíamos ir almoçar um dia destes.
-hoje não é um bom dia Ninna, desculpa, talvez na próxima semana?
-oh tudo bem. Adeus Harry.- o meu nome soa estranho nos lábios dela, como se ninguém, alem da Soph o pudesse usar.
-Adeus.
O meu telemóvel volta a vibrar e juro que não quero ser mal educado mas se for a Ninna vou bloquear o numero dela. No entanto o meu coração parece partir-se pela centésima vez quando vejo a mensagem da Soph
*tu não precisas de me vir buscar. *
Mas que merda é esta? Ela está a tentar dar-me algum veneno e fazer-me ir embora mais cedo, ela está a tentar concretizar todos os meus medos num dia?
A minha porta abre-se de rompante e o Matt entra, grandes olhos esbugalhados.
-fodace bate á porta!
-o Dean, Harry ele voltou para Londres.
A minha respiração engata e eu pareço ter um daqueles momentos em que assistes a tudo fora do teu corpo, quando o controle da situação se vai...eu pensei no Dean, mas ele não iria matar a Soph, ou iria?
-como, ele estava fora, em que voo ele voltou, á quanto tempo ele voltou da america? Dá-me o caralho de um numero!- grito.
-nós temos de adiantar a nossa reunião de segurança para agora, eu tenho o Louis, a subir e nós podemos reunir tudo, até as filmagens.
E neste momento sei que estou quase perdido, se há de facto um perigo real com que ligar eu estou fodido, eu não quero lidar com isto, eu não quero mesmo nada, por sinceramente? Eu tenho medo.
Quando o Louis chega eu percebo que não é bom a sua cara é pedra e os músculos tensos do meu corpo apertam-se mais.
-Eu acabei o meu relatório Harry.- o Louis pede.
-e?
-ora bem em primeiro lugar, por tudo o que tenho, posso dizer-te que foi o Dean, tudo pareceu a princípio levar-nos ao teu pai, porque ele empregou o Dean, mas a verdade é que essa não foi a sua intenção. O pai do Dean falou com o teu pai, e parece que o mesmo sentiu remorosos pelo que fez e empregou-o, e bom o Dean aproveitou-se disso utilizando computadores da administração para fazer transferências enormes para uma conta privada com o nome de Rodolph Medina, que é o seu pai. A partir dai tornou-se interessante, nós pensamos que pela altura em que a Soph foi atacada o Dean ainda trabalhava no café, e o que é verdade, mas ele já tinha acesso á empresa do teu pai. No dia em que a Soph foi atacada ele sabia exatamente onde tu a ias deixar, e com quem, não importando o que ele tivesse de fazer. Ele estudou o edifício e sabia onde ir, mas tudo muda quando alguém é morto, e infelizmente o Peter, o segurança que faleceu nesse dia, teve o seu caso arquivado, assim como todos nós sabemos, pagamos uma divida de meio milhão á sua família. Pelo que eu tenho das camaras nessa noite, não era o Dean atras da Soph, ele estava no seu apartamento, mas o que realmente me leva a que é o Dean por detrás disso, foi as voltas de que ele deu ao edifício quando ele nem estava convidado, e o facto de que, o carro usado pelo Agressor para fugir pertencia ao pai do Dean, o carro era um velho Fourd. E isto foi tudo o que consegui, e só o consegui agora porque o presidente apenas me deixou ter acesso às camaras á uma semana. Agora vem a parte complicada, o Dean desapareceu, o teu pai despediu-o e tudo o que sabes é que ele apanhou um voo para o Canada, e que ele nunca mais deu entrada no país, mas a verdade é que ontem o Mark avistou alguém na universidade, e quando fui comprovar as camaras...bom era ele, mas ele está diferente, o cabelo loiro é escuro, e ele veste-se de uma maneira parecida contigo, tu sabes. Preto. Vocês tem algumas semelhanças e isso distrai um pouco. O que realmente me irritou foi que, no final ele nunca saiu do país, alguém com um BI falso se foi em nome dele e nunca mais voltou. Enquanto ele ficava aqui a preparar o quer que...
Dez
Nove
Oito
Sete
Seis
Cinc...
-Fodace!- grito, eu mando o meu computador ao chão e pego nas chaves do carro.
Ela não me contou merda, ele foi atras dela, e ela não me contou nada caralho, ele esteve com ela, falou com ela, e ela preferiu ficar sozinha com isso e deixar-me fazer figura de estupido enquanto pensava sozinha no que fazer, e em como milagrosamente, pela primeira vez ela tinha acesso a uma informação privilegiada, que nos podia ajudar a prender o cabrão, e ela simplesmente calou-se, a merda de uma vez que ela podia falar, e ela simplesmente guardou para ela, com o caralho da sua hipocrisia sempre a atirar-me a cara como eu não falo com ela, mas em como ele podia tê-la morto, ou feito algo pior, apenas pela sua teimosia em sair daqui sem um segurança.
Eu desço as escadas, fúria em mim, vermelho é tudo o que eu posso ver enquanto corro para o carro. Quando o motor ganha vida, eu não me preocupo com sinais, eu não preocupo com nada, para alem da imagem do cabrão a dizer merda á Soph e em como ela não me contou.
Ela preferiu ficar em silencio, do que, por uma vez, pedir-me ajuda.
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Sei que está demorado, mas vejamos, os testes acabaram, e esta semana já vou postar regularmente, e oh meu deus, vocês leram este capitulo? Vocês repararam nas cenas que ainda vão acontecer, like WHATTT?
Eu juro, eu não sabia que eu podia escrever coisas como estas ahaha
Mas vá minhas lindas, digam-me lá o que querem para o natal ahah, eu não dou prendas, mas talvez eu faça um pequeno lançamento da terceira temporada? Hum? Eu acho que aguento esta temporada até 100 caps, mas eu sei exatamente o que vai acontecer na terceira ahaha
LOVE U TO THE MOON AND BACK
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