Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

64ºCapitulo

Geralmente geometria descritiva é o suficiente para me fazer esquecer por um bom bocado o mundo, mas agora, depois de uma hora na casa de banho, duas horas depois do Dean e algum tempo entre isso com o Harry, a minha técnica de concentração falhou miseravelmente.

-Se "o" é o ponto de origem da projeção, eu preciso, preciso de unir até ao plano de projeção de A sobre o plano de "a" e... Merda.- atiro o lápis com força contra o chão.

A minha cabeça é envolta nas minhas mãos. O pior de tudo é que se olhar para trás agora posso ver que fiz asneira com o Harry, quer dizer, ele tem razão, ele não podia adivinhar que ela ia lá, ele ama-me, ele não ia fazer nada para nos prejudicar agora certo?

O meu problema é que sou impulsiva, ciumenta e pouco tolerante. Mas todos temos defeitos, e o Harry não atuou da melhor maneira e depois...o Dean beijou-me...o que é que é suposto eu fazer em relação a isso agora? Quer dizer, agora seu puser em perspetiva se a Ninna o tivesse beijado, nem que da forma que o Dean fez, eu ia dar em louca, acabar com ele provavelmente.

Não consigo pensar corretamente com a maneira como a voz do Dean persegue o meu subconsciente, ele fez de prepósito, ele sabia que me ia deixar em apuros, ele sabia. Baixo-me e apanho o lápis no meio dos meus dias tentando concentrar-me no exercício simples novamente.

 Não sei que horas são quando a porta bate e o Harry para na entrada, o seu olhar zangado sobre mim, lembrando-me de quando o teu professor te vê a bater nos outros miúdos, e tu ficas parado na espera que ele não ache que foste tu, quando ele sabe.

A pergunta seria, "o que andaste a fazer com a Ninna quando fui embora?" Eu sei que ele não me trairia, mas á sempre aquela vozinha irritante na minha cabeça.

-onde foste?- Ele caminha até á bancada e senta-se á minha frente.

-andei por ai.- o nó na minha garganta aumenta. Eu não quero mentir-lhe, mas tenho medo.

-só isso?- ele pede.

Há algo frio entre nós, parece como se ambos nós estivéssemos em patamares diferentes á espera que algo aconteça, como se ambos tivéssemos consciência de coisas diferentes.

-sim, fui beber chá, andei por ai, e pensei...

Os seus olhos são frios, duas pedras reluzentes em preto, em como só os cadeeiros nos iluminam do escuro apartamento, um jogo de sombras que nos trás novamente para o espaço entre nós, que parece aumentar.

-sobre?- por um momento ele tem alguma esperança.

-sobre o que eu fiz, eu lamento, eu estava zangada e impulsiva, fiz uma cena, e tu tens razão, tu não ias adivinhar, no entanto o teu comportamento também...

-chega.- ele levanta-se deixando-me sozinha.

Oiço o eco dos seus passos, enquanto ele caminha para longe, parece-se com um mau sonho, em que ele está a ir, eu estou a ficar, e nenhum de nós é suficientemente forte sozinho. A porta da casa do quarto bate com força, e estremeço com o barulho.

Ás vezes, eu imagino se nenhum de nós nos encontrássemos nestas circunstancias, como seria, se nós iriamos dar grandes passeios pelo jardim, brincar de coisas estranhas como ele deixar sempre o tampo da sanita para cima, ou se eu ia desorganizar a sua coleção de filmes. Coisas desse género na sua maioria nunca aconteceram.

Arrumo o as minhas coisas com cuidado, levando o meu próprio tempo a acabar, sabendo que quanto mais devagar for, mais devagar o vejo. Esse é o lado mau da nossa relação, o medo que temos de contar as coisas um ao outro. Sei que exijo a verdade dele o tempo todo, mas será que parei para pensar e ver sobre mim mesma? Serei eu assim a tão boa no que toca a partilhar com ele?

Quando abro a porta do quarto ele está deitado na cama, o seu Ipad no seu colo enquanto ele parece absorvido em algo importante como trabalho. Dou a volta á cama e deixo as minhas coisas em cima da mesa de cabeceira.

-parecias confusa quando cheguei.- ele pede sem desviar os olhos do Ipad.

-estou com dificuldade em geometria.- tento dar a volta á cama, mas a voz dele prende-me.

-queres ajuda?- a sua voz não é o mais do que um sussurro oco.

-não, não quero incomodar-te.- ele dá uma risada cínica e preciso de todo o meu auto-controlo para não dizer mais nada que vá piorar o dia de hoje.

Começo a pegar nas roupas que deixei no chão quando cheguei a casa, e um pequeno papel voa em direção ao chão, antes que o possa apanhar, ele está nas mãos do Harry. Os nossos dedos tocam-se por segundos, e um choque elétrico percorre os meus dedos.

-ora ora, algo parece não sou o único a receber bilhetes.

-provavelmente é um talão, para de agir como se estivesses certo.- tento irar-lhe o papel, mas ele levanta a mão no ar, tirando todas as minhas hipóteses de o apanhar de novo.

Ele olha para o papel e devolvo-mo de novo.

-tudo bem.- ele funga em desdém e volta para o seu Ipad. Ele pode ser tão infantil ás vezes.

Continuo a dobrar as roupas, e meto a mão no bolso das calças, um frio passa por mim quando leio o bilhete.

"Liga-me Sophie, ou deixa, eu ligo-te."

Engasgo-me, mas sou rápida a guardar o papel no bolso do casaco desportivo com que estou vestida. Eu sei que tenho que contar ao Harry, mas ele vai dizer que nada disso tinha acontecido que se eu tivesse seguido as instruções dele. Limpo a garganta e levanto-me levando a roupa para a lavandaria.

Os pensamentos escovam a minha mente de maneira áspera, e por um momento não é o Harry que quero, é a minha mãe, a dar-me a garantia de que tudo vai ficar bem, que nada de mal vai acontecer.

Quando olho novamente estou a marcar o numero dela.

-Soph?! Está tudo bem meu amor? Tu estas bem?- consigo sentir lagrimas nela, a preocupação a fugir pela sua voz.

-estou bem, só tinha saudades.- murmuro, as minhas pernas dobradas debaixo do meu rabo, a roupa ao meu lado enquanto respiro fundo, sabendo que se falar muito vou começar a chorar.

-eu também querida, sei que foi só á um mês mas devias vir nas ferias de primavera.- posso sentir o seu sorriso.

-eu irei, estou ansiosa por Nova York na primavera.- fungo, acho que o meu sorriso aparece por momentos.

-oh e o Harry pode ficar aqui em casa desta vez, falei com o teu pai.- oiço algo a cair do outro lado da linha.

-tudo bem?- pergunto.

-deixei cair um dossiê, típico.- ela ri-se.- e o Harry?- ela pede, e o meu rosto cai outra vez.

-hum, está bem.

-aconteceu alguma coisa?- posso vê-la a arquear as sobrancelhas.

-nada...

-querida é normal os casais discutirem, podes falar comigo.

-há uma rapariga, ela foi a sua primeira namorada, e ela é tão linda, e rica, e... parece tão adequada...

-bom Soph, ele deu-te algum indicio de gostar dela?

-noup...

-então querida, eu sei o quão difícil pode ser estar com um homem bonito, mas tu és linda, e o Harry ama-te, apenas deixa que ele possa ver isso. Tenho a certeza que contigo, ele não vai olhar para mais ninguém.

-mãe, não podes dizer coisas dessas, és minha mãe, na tua cabeça sou perfeita.- murmuro a rir-me.

-e na do Harry também, deixa que ele tenha espaço para errar querida, deixa-o errar até certo ponto, mas não o deixes ir longe demais, avisa-o quando achares que algo está mal. Uma relação não são duas pessoas, são uma, duas partes que tem que aprender a agir como uma em alguma situações, não percas a tua individualidade, mas também não deixes ir longe. Eu sei que és impaciente, mas deixa-o, sobretudo poder explica-se. Aprende comigo querida, deixar os homens explicarem-se pode ser um meio de evitar muita coisa.- ela murmura.

-é isso que fazes com o pai?- peço.

-bom, sim... eu sou boa a dizer-te o que fazer na teoria, mas como eu e tu somos realmente parecidas, na prática nenhuma de nós age de acordo com a razão. Mas deixa-me contar-te uma historia. Quando eu e o teu pai casamos, nós eramos inexperientes em falar um com o outro, nós eramos terríveis a comunicar com coisas banais, e de cada vez que discordávamos de alguma coisa nós ficávamos dias sem falar um com o outro, ou então falávamos o indispensável, um dia depois de discutirmos o teu pai não dormiu em casa, foi horrível querida, eu pensava que ele se tinha ido, tudo porque eu não lhe tinha dado a oportunidade de explicar, no dia seguinte ele chegou de manhã a casa, eu estava desfeita. Ele entrou com um sorriso na cara e disse-me que tinha conseguido um emprego a umas horas do nosso apartamento. Num momento de fúria, eu não o deixei explicar, ficamos chateados, não falamos, e ele não me disse que tinha de ir até Los Angeles para uma entrevista, e como fui teimosa não perguntei. Quando ele não apareceu em casa á noite...bom deu-me uma noite para pensar que não queria viver sem ele...- a sua voz parece contida com carinho e angustia.

É difícil para mim imaginar o meu pai a deixar a minha mãe sozinha por uma noite, ele é sempre tão acolhedor com ela, sempre atento. Eles raramente discutiam á nossa frente, o Teddy disse-me uma vez que os ouviu discutir, mas eu nunca notava nada, pelo menos á nossa frente, mas sei que se chateavam, apenas minimizavam á nossa frente.

-mas eu dei ao Harry a...

-tu pensas que sim meu amor, mas talvez tu não o deixaste, ou simplesmente não o levaste tão a sério quanto seria preferível.- ela censura.

-talvez...- o Harry explicou-se. Talvez a minha mãe esteja certa, eu já tinha chegado á conclusão de que exagerei, mas de repente ficou claro na minha mente que fui literalmente insensível e mimada.

-o que é que eu faço?- peço-lhe.

-pede-lhe desculpa, mas não de uma forma impulsiva, não lhe atires o pedido de desculpas, deixa-o saber não sabias como lidar com isso. Ele é o teu primeiro namorado querida, é normal que ambos vocês errem.

-obrigada mãe.- murmuro.

-tu não tens de quê meu amor, agora preciso de ir, são quase horas de ir trabalhar.- Esqueci-me do horário.

-adeus mãe, eu amo-te.

-e eu a ti.

Quando ela desliga deixo-me cair para trás no sofá. Uma vergonha súbita abate-se sobre mim, Deus eu fiz realmente uma cena, e sinceramente não gosto da sensação de embaraço, sem duvida o Harry tem razão, mas mesmo assim ele também disse...bolas Soph, ouve-te a ti mesma, dá o braço a torcer.

Levanto-me e encaminho para a lavandaria, as minhas roupas nas minhas mãos enquanto penso numa boa forma de pedir desculpa, ou de pelo menos reduzir o meu embaraço. O meu Iphone vibra no meu bolso.

*Foi adorável ver-te, por favor sê inteligente desta vez, e não digas nada ao teu namorado ;)*

Engulo em seco, e guardo o telemóvel, a questão é, eu devia dizer ao Harry, mas a verdade é que não pode ser enquanto estivermos chateados, isso vai fazer com que ele fiquei pior e não me desculpe, primeiro por fazer uma cena desnecessária, e depois por ter fugido ás medidas de segurança.

-Sophia!- o Harry grita.

-aqui!- respondo da lavandaria.

Os paços calmos dele enquanto anda até á lavandaria, são tortuosos. Quando ele abre a porta, o seu cabelo está despenteado, os seus olhos investigam-me e ele dá-me um cartão. Quando olho reconheço-o como o meu passaporte. Porque está ele com o meu passaporte?

-antes que comesses a vir para cima de mim com "para de te meter na minha vida" tu esqueceste-te dele no Juice e fui busca-lo. Devias ter cuidado, isso é a única coisa que te mantem neste pais.- Não há vida nas suas palavras.

Ele vira-se nos seus pés e eu agarro a sua mão, fazendo força para o virar para mim.

-desculpa.- peço baixinho, sinto-me estranha a dizer as palavras, não é a primeira vez que as digo, no entanto agora tenho plena consciência de que errei. Que também erro, e que não é só ele que pode deitar isto abaixo.

-----------------------------------------------------------------------

Olá meninas, estou a fazer um esforço enorme para estar aqui agora a publicar porque tenho dois trabalhos para fazer mas por vocês, como eu digo, TUDO.

No entanto quem comentou no capitulo passado devia verificar os seus seguidores eu acho, segui dez ou quinze pessoas acho ahaha

LOVE YOUUUUUU GIRLS

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro