42ºCapitulo
-tu não vais ter essa carta!- eu grito, esperando que a próxima carta no baralho não seja um quatro.
O jogo...bom deve ter sido o jogo do peixinho mais tenso da historia. Nós estamos nisto por quase quinze minutos, eu comecei a ganhar, mas ele voltou o jogo totalmente, eu acho que eu percebi porque ele consegue ser um executivo aos vinte e um, porque, quando não se trata de mim ou da minha segurança, ele é ótimo a combater a pressão, e consegue manter-se calmo, e eu tenho um feeling de que ele consegue contar as cartas.
-amor, mesmo que eu não a consiga, eu vou ganhar e ter-te.- ele pisca o olho para mim.
Eu cruzo as pernas no ar. Estamos na cama eu deitada de barriga para baixo e pernas no ar, e ele sentado de pernas cruzadas, ainda com o seu fato vestido. Ele leva a mão ao baralho, e eu queria ter habilidades de sedução, para o fazer parar e conseguir roubar-lhe alguma carta, mas como eu sou uma grande idiota provavelmente eu ia dar muito nas vistas.
-já me tens.- eu murmuro baixinho, uma voz rouca. Em parte para o distrair sem tocar em nada, e por outro lado porque é verdade.
E parece resultar, ele olha para mim e baixa a carta, um sorriso doce nos seus lábios, que rapidamente dá lugar a um sensual e perigoso.
-tem isso em mente quando eu ganhar.
Eu sinto-me arrepiar enquanto o timbre rouco me envolve numa doce corrente elétrica. Ele tira a carta e por um momento a cara dele faz-me pensar que posso ganhar, mas vai tão rápido como quando veio, e ele vira o quatro para mim, á espera que eu lhe deia os meus quatros. E é isso eu acebei de perder. Eu entrego as cartas e ele puxa o meu queixo, os seus lábios perto dos meus, ele não me beija, ele tira a sua língua e lambe as pequenas rachas nos meus lábios, a sensação faz borboletas voarem no meu estomago.
-eu posso ajudar-te no trabalho.- eu não quero saber o que ele tem para mim.
-oh amor, eu posso trabalhar sozinho, mas o que eu quero fazer preciso de fazer contigo.- pequenos beijos são deixados ao redor dos meus lábios, uma corrente elétrica por mim.
Eu engulo em seco e tento pensar no que será que ele vai fazer, eu não estou assustada, mas eu diria que eu estou excitada com a opção do que ele poderá fazer.
-mas podes descansar, não vamos fazer nada agora, precisamos de ir ver uma universidade a algum tempo daqui.- eu não posso negar o quão desapontada fiquei, mas não lhe vou dar isso,
-Oh, tudo bem, eu vi algumas mas ainda são longe.- eu deito-me mais na cama, a minha cabeça no seu colo enquanto ele passa os dedos compridos pelos fios enormes de cabelo.
-sim, eu também vi, elas são bastante longe, talvez uma hora de viagem, mas eu podia arranjar alguém que te levasse, um motorista para ti? O Mark?- eu tenho que admitir que eu tenho uma grande careta na minha cara.
-eu meio que podia ir sozinha?- eu faço figas com os dedos e fecho os olhos com força á espera que ele rebente, mas tudo o que posso ouvir é ele a rir-se.
-eu és engraçada.- ele cutuca o meu nariz com o indicador.
-eu não sei como me vou sentir com alguém atrás de mim dessa maneira.- eu viro a cabeça no colo dele e vejo quando ele fecha os olhos. O atrito a faze-lo endurecer, as minhas bochechas aquecem e levanto a cabeça tão rápido quanto consigo.
-desculpa.- eu peço baixinho, não sei porque é que fico tão envergonhada com este tipo de coisa, mas fico.
Ele apenas sorri para mim e levanta-se, agarrando a minha mão ele puxa-me para fora do quarto, ele agarra as chaves do carro e a minha mala, e abre a porta de saída, eu ainda tenho o coração a mil do que quer que seja que ele irá fazer.
Quando estamos no carro e portão sobe lentamente eu sinto uma pressão no fundo das minhas costas estranha, eu acho que não dormi tão bem a noite passada como eu deveria, e talvez as minhas costas estejam a ficar no seu pior.
Nenhum de nós diz nada enquanto o carro avança, o Harry é cuidadoso na sua condução, ele é atento, mas eu juro que posso senti-lo a olhar para mim, mesmo com os olhos firmemente postos na estrada eu estou a sentir o seu olhar escaldante em mim.
As arvores passam ao nosso lado, a cidade a ficar cada vez mais rustica, a parte mais antiga de Oxford é linda, e eu sei o quão afastado isto é da parte da cidade onde vivo, mas tanto eu como o Harry sabemos que eu terminar o meu curso é importante para mim, eu não vou ficar parada para sempre.
Um edifício velho chama a minha atenção e vejo que é um velho campus da minha primeira universidade, é apenas uma faculdade, mais pequena, mas sinceramente sinto-me atraída quando o Harry atravessa os portões e tudo o que posso ver á minha volta é verde luxuriante, mesmo com este tempo cinzento.
Salto do carro antes do Harry e posso ouvi-lo suspirar pelo meu comportamento. O ar aqui é tão diferente, eu posso ouvir as coisas mais claramente e isso faz-me sentir completamente outro tipo de sensações.
O Harry tranca o carro e os dedos dele entrelaçam-se nos meus e caminhamos até a um dos três existentes edifícios aqui. A porta é grande e o edifício em pedra parece tão antigo quanto aquilo que eu posso dizer.
Os dedos do Harry apertam os meus como para me reconfortarem, mas apenas me sinto mais nervosa por ele se sentir nervoso por mim. Uma senhora idosa está atrás de um balcão e levanta-se quando nos vê. Um aceno é tudo o que ela nos dirige antes de nos mandar segui-la, ignorando a fila já formada. Olho para o Harry mas tudo o que recebo é um olhar calmo, isso ajuda-me, mas a minha barriga enrola-se em nervos e eu tento de tudo para não lhe perguntar o que se passa.
O corredor longo e antigo cheira a mofo, o chão aos quadrados brancos e pretos como que a engolir-me , e ao fundo uma porta de madeira escura enorme que a velha senhora empurra. Eu oiço um entre e depois deparo-me com um senhor nos seus cinquenta anos, barba branca e uma linha fina nos lábios. Ele aperta a mão do Harry e depois a minha.
O Harry senta-se e eu sigo-lhe o exemplo. Este silencio está a dar cabo de mim, todas as universidade que vi, não tinham nada a ver com esta, isto parece tirado de um livro medieval.
-sou o professor Crawdford, sou professor catedrático aqui, e sou também o diretor deste campus, e suponho que você seja Miss.Black? Estou certo?- ele nem falou ao Harry ele bombardou informação e esperou que eu a assimilasse.
-sim, sou eu.- eu aceno com a cabeça, estou nervosa, mesmo muito.
-eu tive o seu namorado insistente na minha perna para a deixar ficar com aulas da manhã, mesmo com todas as turmas preenchidas, por isso vocês pode ver que o meu estado de irritação está em cima.
-eu acho que isso não estava no nosso acordo.- o Harry diz suavemente, no entanto os seus olhos chispam.
-eu lamento Mr.Styles, mas você é uma pessoa difícil de lidar.
-você recebeu para isso, então dê-lhe o horário, os papeis e pare de falar.- eu sinto a tenção em cima.
-muito bem.- o homem olha do Harry para mim poisa papeis á minha frente.- aqui vai. As suas aulas estão todas em turno da manhã, mas para isso eu tive que acrescenta-la a duas turmas diferentes, nada de mais. Eu vi que tem geometria atrasada por um pequeno percalço com o seu antigo professor, por isso é a única disciplina que está a ter com uma turma diferente. A sua média é boa o bastante mas aqui o esforço é o dobro, pelo que sei este curso é demasiado fácil para si, eu tive acesso ao seu relatório e a menina tem uma capacidade de memoria maior que o normal, por isso eu não estou a vê-la a prejudicar as nossas medias. Só precisa de assinar.
Uma hora mais tarde eu tenho papeis assinados para toda a vida, duas chamadas para nova York, uma grande dor de cabeça e uma vontade de matar o Harry daqui á china.
-Tu não podias ter pago por isto!- eu digo quando entro no carro.
-claro que podia.- ele mete o cinto.
-tu não estas a perceber, eu perdi a bolsa lá, mas eu podia usa-la aqui.- eu repreendo.
-sim, mas as vagas aqui eram para a noite, eu não vou ter-te á noite aqui, nem num milhão de anos.
-não te cabe a ti decidir Harry.- a minha testa no vidro frio.
-será que não passamos duas horas sem descordar um do outro?- ele vira-se para mim.
-eu não tenho culpa que sejas um imbecil.- eu cuspo.
O silencio faz-se eu recosto-me no banco, os meus olhos fechados e respiração lenta enquanto tento acalmar-me.
-um imbecil? Tu estas a sério?- olho para ele e vejo o quão zangado ele está.
-Desculpa, eu estou irritada.- eu sopro.
-oh então és só tu. Eu, eu , eu. Tu podes usar outra palavra?- ele levanta a voz.
-Harry, isto não é só sobre mim, mas é em maior parte e eu sabes isso.- eu aponto.
-eu só estou a fazer isto para te manter segura.- ele aponta.
-e eu fico-te agradecida a sério, eu só não queria tu gastasses dinheiro nisto.- eu suspiro, as palavras dele ainda a voar á minha volta.
-eu vou gastar o que eu quiser, quando eu quiser, eu pensei que nós tínhamos chegado a um acordo sobre isto.- ele tira as chaves e coloca-as.
-eu não me sinto á vontade com isso, então tu devias evitar.- eu atiro de volta.
-mais do que eu evito? Eu quero dar-te o mundo, mas eu tenho que me conter porque tu és ingrata.
E sabem aquele momento em que alguém deixa cair um prato e um silencio de morte se forma? Essa sou eu a discutir com o meu namorado. Uma bola cresce na minha garganta deixando-a seca e eu tenho que fazer força para nós deixar lágrimas quentes caírem.
Eu não sou uma ingrata, eu só não acho necessário, eu estou feliz de ter aulas de manha, mas eu não acho que foi necessário pagar por isso. Eu tenho tentado não dizer nada a cerca das roupas e de ser ele a pagar as coisas em casa, eu fui viver com ele, então eu não sou uma ingrata por não querer mais que isso, eu sou?
-Soph eu...desculpa eu estou nervoso.- o tom dele é baixo, como para não me assustar.
-tudo bem.- eu encolho os ombros mesmo que não esteja tudo bem.
-não esta nada tudo bem, eu não queria dizer aqui desculpa.
-eu disse que estava tudo bem Harry, eu devia habituar-me, tu dizes imensas coisas da boca para fora, isso é quem tu és.- eu encolho os ombros.
-não e para de ser tão passiva em relação a isto.- ele manda.
Os meus olhos caem nele e eu estou a um pequeno passo de o ignorar.
-tu dizes sempre esse tipo de coisas, ou para me magoar, ou porque não te conténs, está tudo bem deixa.- eu afasto-me tanto quando posso.
-tu não me estas a ouvir a pedir desculpa?
-eu estou, e eu já disse que está tudo bem.- eu olho para ele, ambos chateados, verde a fundir-se em verde.
Ele suspira e fecha os olhos como que a contar até dez para dentro, quando ele abre os olhos parte da raiva parece estar dissolvida.
-eu não quero que te habitues comigo a ser um imbecil.- ele ri com a sua escolha de palavras.- e eu lamento muito eu ter dito o que eu disse, tu não és uma ingrata e se alguém aqui é ingrato sou eu, e é de ti.
Os seus olhos parecem pesados quando ele o diz.
-não digas isso, não é verdade.- eu olho para ele. Eu sinto o meu peito vibrar com isto. Eu estou tão alto eu não posso controlar o que se passa a seguir entre mim e o Harry e isso deixa-me assustada, eu gostava de prever quando ele vai dizer algo que me magoa, mas eu não posso então eu acho que nós estamos a aprender a falar um com um outro.
-então pedimos os dois desculpas certo?- eu pergunto a rir-me. Nós parecemos namorados de três anos a contar até cinco para pedir desculpa ao mesmo tempo.
-sim. Certo.- ele ri-se.
Eu não posso evitar quando agarro o seu cabelo e o puxo para mim, os meus lábios nos dele em frações de segundos, os nossos dentes chocam-se antes de encontrarmos o nosso ritmo, desajeitadamente enquanto ele sorri para mim enquanto me beija.
-eu não te consigo beijar se estiver a sorrir.- ele ri-se mais alto na minha boca.
-tu estas a tornar isto embaraçoso.- eu digo enquanto tento parar de rir par ao beijar.
-tu estas a rir e falar também. Tu és uma má beijadora.- ele atira.
O meu sangue corre rapidamente pelas minhas veias enquanto com um impulso me sento no colo dele, cada perna do lado oposto da sua cintura. Eu aprofundo o beijo e sinto quando ambos paramos de rir para nos dedicarmos a fazer o que sabemos fazer tão bem...quando queremos. As suas mãos descem as minhas costas, para o meu rabo apertando suavemente, fazendo um suspiro escapar dos meus lábios e deslizar por cima dele, sinto-o ficar duro por debaixo de mim, e deixo a sua boca para beijar o seu pescoço, beijos delicados enquanto ele me aperta mais, o ambiente no carro a ficar carregado.
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Não sei de nada, e não acabei aqui para vos chatear ahah
Desculpem não ter posto em "tempo útil" não estive cá este fim de semana. Queria perguntar-vos uma coisinha, então é assim lindas vocês costumam falar da vision com as vossas amigas? É que imensa gente me tem dito que sim e eu quero mesmo saber. Eu não estou a pedir por publicidade porque eu NUNCA fiz isso, e eu nunca pedi por votos ou comentários para postar, eu posto por mim e por vocês, sem nada em troca. Mas digam-me eu adoro saber mais.
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