3ºCapitulo- POV Harry
Eu entro no apartamento e suspiro com o cheiro, cheira-me me a ela, mais do que cheirar sinto que ela está no quarto, sinto-a.
Coloco a capa em cima da bancada da cozinha e suspiro mais uma vez. Eu acabei tudo, eu dei cabo de tudo no calor do momento, e eu ainda não estou em mim, não é possível isto estar a acontecer, quem era o fodido da relação era eu, não ela. Como pode isto dar uma volta tão grande? Eu não posso acreditar quando ela me diz que me conseguia ver quando eu era um miúdo, mas eu não posso encontrar outra explicação, e depois o ataque dela em Nova Iorque, as peças parecem encaixar todas, mas é demasiado para assimilar, ela parece louca nos meus pensamentos, mas eu sei que ela não é.
Está tudo a depender da maneira como eu vi as coisas. E agora acabei de a deixar. Eu estou confuso e magoado, e não consigo pensar nisto com clareza, não é cientificamente possível, mas ainda assim ela tinha os desenhos, ela tinha tudo, mas o que posso pensar eu? O que qualquer pessoa pensaria, é uma loucura.
Eu avanço em paços hesitantes até ao quarto e eu abro a porta devagar. O quarto está o caos, e os colchões estão espalhados pelo quarto, cada um numa ponta do quarto, os lençóis estão enrolados numa bola branca pelo quarto e há um monte de roupa minha pelo chão.
Eu não quero parecer um fraco e chorar outra vez, mas eu tenho as lágrimas á porta, e quando eu olho para a pequena miúda deitada no colchão embrulhada na minha t-shirt eu não posso evitar enquanto uma lágrima escapa do meu castelo de gelo.
Eu avanço com cuidado até ela e sento-me perto do colchão, eu não aguento estar próximo assim dela sem a tocar, e mesmo que eu não queria, eu não evito quando a minha mão se mexe para o seu cabelo, para provar a textura suave e castanha que emoldura o seu lindo rosto. Ela tem aros vermelhos á volta dos olhos e os lábios inchados, as faces húmidas, e mesmo assim eu posso ver algumas lágrimas a escorrer durante o seu profundo sono. Eu quero ser forte e continuar a minha vida, e deixar que uma borracha passe por cima dos últimos meses mas eu não posso, não consigo, e mais que tudo eu não quero.
Eu sei que se não for agora, eu não vou descobrir a resposta ao facto de nós sermos um do outro. Quer dizer eu sei o quão fodido eu fui para esta relação, mas tudo aquilo que ela disse parece veneno comparado a todas as merdas que eu fiz. Eu fui merda muitas vezes, mas isto parece arrancar o meu coração, os dedos dela, eu sinto os dedos dela a cravarem-se no meu coração enquanto o roubam.
Eu tiro a mão do seu cabelo, e eu apanho uma lagrima que escapou com o meu polegar. Dói como o caralho vê-la a chorar enquanto dorme, mas neste momento não sei qual de nos está pior.
Eu levanto-me e vou em direção á porta do quarto e eu obrigo-me a não olhar pra atras, eu trouxe isto para mim mesmo, e agora eu vou aguentar-me como eu sempre me aguentei. Eu gostava de ter um pensamento egoísta a ponto de dizer que se perdi a minha mãe eu sobrevivo á perda de uma namorada, mas não é verdade. Eu não consigo tirar a cara dela quando eu lhe disse que tinha acabo da cabeça.
Quando eu fecho a porta do apartamento eu caminho até á secretaria. Eu não ia fazer isto, mas neste momento já não há maneira de eu voltar atras, estar sempre a vê-la não é bom, nem para mim, nem para ela.
Eu espero numa cadeira enquanto mexo no meu telemóvel. O meu fundo faz-me parar. Somos nós, eu estou a morder a sua bochecha, e ela está a fazer beicinho. Eu não tenho maneira de dizer o, quão adorável ela está. E se eu pensar que esta rapariga é a que afirma que vê coisas, que me vê a mim, e talvez a minha mãe, eu não tenho como acreditar.
Eu estou por minha conta agora e eu preciso de parar com isto e seguir em frente.
O pensamento é doloroso, mas eu não tenho escolha. Eu mudo o fundo Iphone e eu obrigo-me a não ir mais á pasta com as fotos dela.
Uma senhora chama-me e eu entro no gabinete do reitor. Mr.Sladerman é baixo e careca, mas ele é um senhor honorável e nunca deu a ninguém motivos de briga, ou zanga. Eu aperto a sua mão e sento-me na cadeira á sua frente.
-Mr.Styles, é um prazer.- Ele sorri-me.
-receio que seja a ultima vez que me possa ter aqui.- Riu-me sem vida.
-porque o diz Mr.Styles?
-eu queria comunicar que vou anular a minha matricula.- as palavras são como facas.
-desculpe?- ele engasga-se.
-se existe algum problema com professores, ou a sua colega de casa podemos simplesmente mete-la fora, ou pedir ao professor que...
-não Mr.Sladerman, não é Miss.Black, ou algum professor, eu não tenho tempo, eu tenho um negocio para gerir...
-mas Mr.Styles, ainda tem apenas 21 anos...
- a empresa precisa de mim, eu preciso de dar a minha total atenção aos projetos.
-eu não quero ser desagradável, mas eu tenho ouvido uns murmurinhos de que o senhor e Miss.Black estavam de facto envolvidos, se ela é a causa nós podemos simplesmente muda-la.
Irrita-me como ele fala da Sophia, mas não vou dizer nada.
-Não, Miss.black não é o problema, eu peço desculpa, e eu realmente apreciei o meu tempo aqui, mas acabou.
Eu levanto-me e ele levanta-se a seguir. Eu estendo-lhe mão.
-foi uma honra ter mais um Styles's a formar-se, ou a tentar.- ele ri-se.
-obrigado.- eu sorriu, e viro-me para sair, mas eu preciso de algo antes.
-certifique-se que ninguém sabe disto, muito menos Miss.Black.- eu completo.
Eu saio e sinto-me um pouco mais confiante. Tudo o que preciso agora é de ir para casa...quer dizer para o outro apartamento e tomar banho. Eu preciso de pôr todas as memórias para fora, tudo o que me lembre deste dia para longe de mim, e de fazer com que eu esqueça por uns momentos.
Enquanto eu ando para o carro eu posso ver as luzes da sala e da cozinha acesas e eu quase adivinho a Sophia a tentar fazer o jantar, ou a enrolar-se no sofá.
Eu abano a minha cabeça e caminho para o carro. Eu tenho de a tirar da cabeça, eu preciso disto.
Enquanto eu conduzo eu foco toda a minha atenção na estrada, isto tira os meus problemas para fora, e faz toda a minha concentração e autocontrolo ficarem na estrada, e eu adoro a forma como isto soa neste momento.
Eu quero bloqueá-la, bloquear as recordações, os sentimentos, e eu quero mesmo parar de chorar como a porra de uma menina, mas eu não consigo, nem tão pouco aguentar dor por muito tempo.
Eu subo de elevador até ao meu piso e vou-me despindo á medida que vou para a casa de banho, eu estive aqui com ela, ela deu-se para mim aqui. Parece que nem aqui eu consigo ficar longe dela, a memória dela a dar para mim a sua castidade, está presente e faz com que o sentimento de dor volte. Eu não quero, não vou deixar que seja eu quem tem a culpa, mas quando estou num sítio que me diz tanto sobre ela, sobre nós, a presença e o fantasma parecem difíceis de ir embora.
Quando entro no chuveiro a água quente bate-me e relaxa-me, eu passo as minhas mãos pelo meu cabelo e sinto a água passar por mim, mas eu não tenho a sensação de limpeza que eu pretendia, eu continuo a senti-la, os seus braços á volta da minha cintura, ela mesmo por de trás de mim, enquanto beija as minhas costas.
Eu dou um murro com força na parede transparente que me separa do mundo, e eu sinto-me quebrar em pedaços. Ela fez isto connosco, não eu, eu estou a sentir-me como merda porque a amo. Eu passei a minha vida a evitar emoções extremas, mas ela puxou-me para o aqui e o agora, ela agarrou-me e ela tinha-me na mão. Eu ia fazer tudo por ela, eu iria percorrer todos os círculos do inferno, mas isto quebra tudo. Tudo o que ela me disse parece como uma faca sempre a torcer-se.
Ela foi a única pessoa que eu amei com tudo de mim. Eu nunca me tinha sentido tão ligado a uma pessoa, a uma rapariga. Eu fodi um monte delas, mas a Sophia trouxe algo a mais, algo que eu nunca tive, ela deu-me amor, e é por isso que dói tanto.
O meu telemóvel toca em cima do lavatório e isso traz-me para o presente. Eu lavo o meu cabelo e o meu corpo rápido e eu saio ainda a pingar agua do chuveiro. Eu pego no telemóvel que está a tocar á três minutos e atendo.
-estou?
-faltas-te a reunião mais importante do ano idiota, onde estavas com a cabeça fodace?- a voz zangada do Louis surpreende-me.
-eu sei, eu sei, e para de gritar comigo caralho. Eu vou reunir-me com eles amanha, e vai ficar tudo bem.- eu digo.
-fodace Styles, faz outra destas e deixo o barco...
-eu sai da faculdade, eu posso aguentar isto também agora.- murmuro.
-tu o quê? Tu contas-te á Soph, eu não acredito...
-eu e ela não existe mais, e se queres continuar com os teus dentes na tua boca, nunca mais puxes o nome dela nas nossas conversas.- eu cuspo.
-estas bem?- o Louis de negócios desapareceu e agora é o meu melhor amigo a falar.
-não, nada bem, mas não me apetece falar.- eu fecho os olhos com força.
-queres ajuda para te embebedares.- eu riu-me, mas recuso-me.
-não obrigado, vou tentar manter-me sóbrio.
-liga-me se precisares que eu vá amanha no teu lugar.- ele pede e eu assinto enquanto desligo.
Eu enrolo-me numa toalha e vou até á sala. O liquido âmbar em cima da mesa chama a minha atenção, mas eu não quero ficar bêbado, eu quero ficar limpo... mas um copo não faz mal...
Eu encho um copo com três dedos, e eu caminho de novo sem saber para onde ir neste apartamento tao grande, eu pareço perdido sem ela. Eu estou perdido.
Eu subo as escadas até ao espaço que eu remodelei para ela, e eu ainda posso imagina-la aqui enroscada num sofá. Eu olho á volta e eu vejo a ponta de uma tela espreitar por entre uma estante alta. Eu puco a tela e o meu coraçao para quando eu vejo a minha cara pintada na tela. Eu fico hipnotizado a olhar para os traços tão perfeitamente calculados, e a merda da minha garganta aperta, assim como o meu coraçao.
Eu agarro no copo com força antes de o mandar ao chão e de gritar. Porra eu não impeço o meu grito zangado e grave enquanto eu olho para a cara que ela pintou. Um "eu" que já não existe.
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A versão do Harry de coração partido, o que acham? Quero opiniões, porque eu adoro ler, mesmo que eu não responda a todas.
Ok eu não acredito que eu cheguei aos 2 MILHOES DE READS eu não posso demonstrar o meu enorme amor e afeto por vocês, porque sinceramente, eu até posso escrever isto, mas eu não dava uma para a caixa se não fossem vocês, eu lembro-me de começar a escrever e ver historia como a cinderella e de pensar que nunca ia conseguir tanto, e agora eu tenho dois milhões, e tudo por vossa causa, eu não posso agradecer o suficiente, mesmo que eu queria. Vocês estão a fazer todas estas coisas por mim, OBRIGADA.
LOVE YOU GIRLS
Vou rever daqui a pouco
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