17ºCapitulo POV-Harry
Leiam o capitulo anterior, porque acabei de postar. With love Sara xx
Decido não ir de volta para empresa, estou meio que apreensivo por ela, por alguma razão ela não se sente bem lá, por isso quando digo que vou para casa, ela meio que me reprende por faltr ao trabalho, mas posso ver que ficou feliz.
Quando estamos no elevador tento não rir da maneira como ela ainda evita olhar para mim. Não é como se eu não soubesse que ia aparecer, eu apenas acho que ela pensa que sou burro e não sei nada sobre isto. Eu queria dizer-lhe para ela parar de se comportar como uma miuda, mas sei que este visitante mensal é conhecido por mau humor, então o melhor por agora é eu manter-me calado. Mas eu ainda vou enfiar algum advil pela sua boca.
-se não me beijares agora, eu vou fazer alguma piada sobre o te peri...
Ela nem espera eu acabar a frase e atira-se para mim, as suas mãos nas minhas bochechas, e os lábios dela a moverem-se rapidos e fugazes contra os meus. Céus ela está desesperada por eu não falar disso. Agarro a cintura dela e aperto-a para mim enquanto aprofundo o beijo.
O elevador apita, mas ainda não o meu andar, entao simplesmente eu afasto-me e nesse instante as portas abrem-se.
Dois adolescentes pelo que parecem ter catorza anos entram, a rapiraga tem a cara coberta de maquilhagem e o rapaz tem um piercing no seu lábio. Nada contra mas se ele tem mesmo catorze anos, não é preciso um pai deixar sobre isso?
-a mãe vai matar-te quando vir.- a voz estridente faz-me encolher, a miuda parece uma gaita de foles.
-que se foda.
-não fales assim.- ela repreende.
A Sophia está calada ao meu lado a olhar para ambos os jovens. Ela deve ter dito boa tarde, mas nenhum lhe respondeu. Obviamente eles acham-se demasiado bons para dizer boa tarde.
Ele saem num piso abaixo de meu ainda a discutir e olho novamente para a minha namorada demasiado timida.
Ela tem um carranco na sua bonita cara e eu tento perceber o que se passa.
-eles não responderam.- ela franze as sobrancelhas.
-isso é porque, ele obviamente são idiotas.
-ou secalhar este présdio é demasiado...bom para as minhas calças de ganga e camisolas grandes.
-oh vá-lá, eu tenho um monte de tatuagens e ninguem diz nada.
-tu és rico.- ela dispara e tira-me o folgo. Que raio?
Ela sai do elevador e anda até á porta no meio do corredor. Ela espera enquanto eu abro a porta e lhe revelo o interior. Os estores estão todos em cima, e deixei o aquecimente ligado para ela. Isto ainda é um grande apartamento, mas estou feliz por ela se parecer á vontade aqui dentro.
Ela olha atentamente á sua volta e caminha até á grande janela que dá para o centro da cidade. Pessoas mexem-se lá em baixo, e ela gosta disso, de se sentir alheado no mundo, numa bolha só nossa.
-então eu vou voltar a repetir se tu tens dores?- eu aproximo-me dela.
-sim, eu tenho algumas, mas eu tenho algum pamprin na minha mala.
Eu sei o que é aquela merda. Aquilo vem num anuncio chato da televisão que por alguma razao as mulheres não gostam de ver, mas ainda assim elas compram.
-posso ir trocar de roupa?- ela meio que faz beicinho.
-sim eu trouxe a tua mala, a que deixaste feita esta manhã.
-obrigada...posso ir até ao teu quarto trocar-me?
Quero dizer-lhe que o quarto é nosso desde o dia em que ela se deu a mim nele, mas tenho medo de como ela vai reagir. Eu quero mesmo que ela venha viver comigo, eu só preciso de algum empenho nessa tarefa no entanto.
Eu aceno com a cabeça e ela sobe a escada ao saltinhos enquanto agarra a mala sobre os seus ombros.
É tão facil despersar-me nela, e esquecer-me de outras coisas. É dificil não a querer quando ela parece uma miuda de quinze anos envergonhada, mas mesmo que eu a queira, e mesmo que eu possa, eu ainda não lhe vou pedir para isso. Eu não sei como ela se sentiria a fazer sexo com o seu escorrimento. Mas eu só posso adivinhar que ela seria timida e ela ia ficar sem reação, então tudo o que eu posso fazer é esperar.
O meu telemovel vibra e atendo-o.
-Styles.
-Harry? É o Matt, bom, lembraste-te de á uns meses, as vendas das açoes da empresa do teu pai terem sido interditas?
-sim.
-bom o prazo de dois meses dele acabou, e como tu tens metada da direção, tu já podes vender as tuas partes.- ela diz e o meu sorriso cresce.
-ou seja...
-bom, eu sei que estavas interessado em apenas vender algumas por cada pessoa, mas ai eu pensei, talvez nós pudessemos vende-las todas, a uma única pessoa, a uma única pessoa que o teu pai não gostasse. A uma outra pessoa, que tambem tem uma das maiores seguradoras do mundo, isso daria...
-menos importancia ao meu pai, porque seria como a união de metade de uma empresa a uma grande empresa, á qual o meu pai não está associado.
-exato.
-bom isso que dizer que temos que falar com o Daniel Cross e saber se o velho inimigo de seguros do meu pai está disposto a isso. Mas espera, o meu pai pode levar o concelho e voto e se todos votarem não?
-as açoes são tuas, e tu ainda tens as da tua mãe se as quiseres usar isso dá-te uma pequena maioria, mas que pode ser esmagadora.
-achas que o Cross alinha nisso?
-oh ele terá todo o prazer em desafiar cada alteração que o teu pai quiser fazer.
Esperança, odio, e um sorriso presunçoso aparecem na minha boca, mas logo isso se vai. Desafiar o meu pai significa proteger a Sophia ainda mais, tal como ela não gosta, e acabei de lhe prometer que não ia sofoca-la, que lhe ia dar espaço para as suas decisões. Não posso correr riscos agora que ela ainda por cima nem vive comigo, que tem um trabalho e que não posso vigia-la.
-ainda não podemos.- declaro.
-porque não? As açoes estão a ser pagas a um bom preço.- Matt diz-me.
-sim, mas não posso desafia-lo agora, a Soph está a viver sozinha, a trabalhar e acabei de lhe dizer que lhe ia dar espaço para as suas proprias decisoes Matt, não posso simplesmente dizer-lhe que vai ter que ficar em casa porque estou a tentar mandar a baixo o imperio do meu pai.
-porque não estas com ela?
-porque sai do campus e não posos viver no aparamento agora.
-podemos falar disto amanhã, temos a reunião geral de administração, e o Louis tem algo a diz sobre isto tambem.
-tudo bem. Obrigado.- quase desligo.
-hey Harry?!- ele chama.
-sim?
-ainda bem que ficaste com a miuda.- ele ri-se.
-não ache que consiga funcionar sem ela agora.- riu-me e desligo.
Quando me viro para as escadas a Soph saltita até ao ultimo degrau, umas calças de ioga ou leggings ou uma merda assim nas suas pernas e... oh aquilo é meu. É a minha sweatshirt cinza que lhe termina um pouco abaixo do seu rabo. Ela não é muito alta, mas ela tambem não é muito baixa, e isso agrada-me. Ela tem uma bo aaltura para mim, eu ainda sou uns dez centimentros mais alto, mas isso é porque sou basicamente um poste de eletrecidade com pernas.
Ela vem até mim e os seus braços passam á volta da minha cintura, a sua cabeça no meu peito, o cabelo dela esconde a cara dela, quando eu sopro para desviar o cabelo da cara dela ela dá alguns risinhos. Ela está com o seu humor um pouco melhor, ainda assim, ela não está muito á vontade.
-vais trabalhar?- ela pergunta.
-não vou voltar para o escritorio.- esclareço.
-sim, mas a apartir daqui?- ela faz beicinho.
-não, eu tirei a tarde para ti.
-não, tu auto condeste-te a uma folga.
-o Matt não ficou satisfeito, mas quem dá um caralho para ele.
-já experimentas-te conter os palavroes.
-sou um homem não resulta minha menina.
-sou uma mulher sabes?- ela olha para mim, o verde dos seus olhos a brilhar para mim.
-oh eu sei disso amor.- avanço a minha mão até ao seu rabo mas ela para-me.
-não foi isso que eu quis dizer.- ela esconde a cara no meu pescoço.
-eu sei, eu só queria ver o carmesim nas tuas bochechas.- riu alto.
Ela bate no meu braço e vai até ao frigorifico. Ela espreita lá para dentro, mas eu não percebo bem á procura de quê. São tres da tarde, ela já devia ter comido.
-almoçaste?
-noup.- ela tenta ver o que há na ultima parteleira, mas o frigorifico é enorme, até para mim.
-porque não?
-não tens maltesers?
Ela vai até á dispensa e tenta encontrar a saqueta vermelha com as bolinhas de chocolate.
-não. Porque não comeste?
-porque exagerei na quantidade de maltisers que comi e depois fiquei mal disposta.
-oh então esta a tentar ter o mesmo efeito outra vez.
-mas Harry!- ela vira-se para mim e corre até agarra nas minhas lapelas do casaco.
-tu não sabes o bom que é. O chocolate derreter na tua lingua e trabalhares os teus dentes na bolacha crocante que no fim tambem se vai desfazer, como uma magnifica explosão de prazer.- ela rola os seus olhos
-oh como aquela que eu te dou, ou melhor?- agarro e empurro-a para o sofá ficando em cima dela.
-melhor.- ela sorri, um sorriso matreiro.
-talvez a merda do chocolate te possa dar um orgasmo da proxima vez.- riu-me.
Preocupação passa pelos seus olhos.
-não leves a competição tão a peito Harry, aprende a perder.- ela está corada, mas sei que o seu humor está a voltar graças ao maldito comprimido.
-ok, eu e ele podiamos fazer uma competição.- repito.
-oh não sei, ele não gosta muito de competições.- ela esclarece.
-porque me estamos a comparar a um chocolate, se tu não gritas "Maltisers" mas sim "Harry"- imito a voz dela enquanto ela grita por mim.
-céus, faz isso outra vez e eu nunca mais te falo.
-talvez tu vás gemer.
-podemos parar com a conversa de teor sexual?- ela sai de baixo de mim deixando-me no sofá.
-o teu pamprin tira o teu humor.- riu-me e vou atras dela.
-podes parar de falar disso?
-do teu periodo?
-eu juro por deus que te vou dar um ponta pé nas bolas de voltas a falar disso.- ela fala num tom ameaçador.
-gostava de te ver tentar.- desafio.
Ela faz cara de má, mas recua rapidamente, voltando-se para o frigorifico. É tão estranho brincar com ela. Normalmente estamos zangados, a discutir, ou a falar de coisas aleatorias, ainda brincamos bastante, mas tem sido mais constante desde que voltamos, eu gosto disto, de brincar. Eu não brinquei muito quando eu era pequeno, eu não tinha uma mãe para montar uma pista para mim, e eu certamente não tinha o meu pai, e a Gemma, bem ela era mais velha, ela já estava na escola, ela ia embora de manhã e só voltava á noite. Ela era boa para mim, mas era sempre tão complicado. De que te serve teres uma sala cheia de brinquedos se não tens com quem brincar? Se não tens ninguem? De que me vale mandar um carrinho pela pista se não há ninguem do outro lado para o apanhar?
-Harry?- a voz doce da Soph chama-me para o presente.
-Sim?
-estavas a pensar em?
-na minha pista de carros, era de madeira.- sorrio com a memoria da ultima coisa que a minha mãe me deu.
-oh, e estavas a pensar nisso? Num brinquedo?
-sim, eu monteio uma vez sozinho.- sento-me no sofá e ela vem até mim.
- a sério, porque só uma?
-eu não tinha ninguem para brincar comigo.- encolho os ombros.
Ela cala-se por um momento e quando olha para ela, ela parece decidida, os olhos dela brilham de uma maneira estranha e estão rasos de agua. Ela beija a minha bochecha e salta para o meu colo.
-eu teria brincado contigo.- ela murmura.
-eu sei que sim.
-sabes sempre me perguntei... talvez tu tivesses um amlbum de criança?
-mas tu sabes como eu era.-declaro.
-eu sei, eu só quero ver.
-eu tenho um lá em cima.- eu digo-lhe.
Tiro-a cuidadosamente do meu colo, e ando até ao quarto. Acho que está um album de baixo de um fundo falso no armario. Eu levanto a madeira e vejo o velho livro. Eu não abro isto desde que eu era um adolescente, eu escondio naquilo que agora é a minha casa, mas que já foi uma casa onde a minha mãe esteve. Eu vinha aqui para olhar e cheirar, para a ter perto de mim. Ela nunca aqui viveu, ela apenas achou isto um lugar bonito, e comprou, o meu pai não gostou, mas secretamente a minha mãe é que tinha o dinehiro no casamente, ele era um zé ninguem até ter casado com a minha mãe.
Desço as escadas e vejo a Soph limpar a cara á manda comprida da minha camisola.
-o que se passa?- pergunto.
Sento-me e puxo-a para mim.
-nada, posso abrir?- claro.
Ela abre o livro, e a primeira fotografia mostra todos nós á frente da grande casa de campo, aquilo era em Holmes Chapel, eu ainda não sei como viemos parar a Oxford.
Eu estou no colo da minha mãe, e eu devo ter um ano, a Gemma está ás cavalitas do meu pai e todos sorrimos, até eu.
A seguir á uma da minha mãe e da Gemma na piscina, as fotografias são velhas e tem riscos.
O album prolonga-se e ela não diz nada. As fotografias são memorias dificeis de ignorar, nesta altura eu ainda tinha um pai, e uma mãe fortes, eles amavam-me. Até a pequena fotografia com o meu pai a lançar-me ao ar. Mais á frente está a primeira vez que monstei a pista com a minha mãe, era de madeira, assim como os carros, eu desfiz-me daqui quando tinha uns doze nos, mandei-a para o lixo e cuspi lhe em cima, não era raiva da minha mãe, era raiva do meu pai, por não brincar comigo.
O album fica vazio por algumas paginas até uma foto minha, com seis anos, visto com o uniforme do primeiro colegio para onde fui. Não há vestigios de mim ali, aquilo foi uma peça do que fui, ela sugou-me a vida, ele destruio-a, e ele merece que alguem lhe faça o mesmo. Ele tirou-me aquilo que um dia foi o mais importante, então eu devia literlmente fazer-lhe o mesmo, tirar-lhe a merda daquela seguradora.
Vejo os dedos compridos e esguios da Soph passar pela foto, e vejo quando água atinge o plastico.Merda.
-não era suposto chorares.
-céus Harry, olha para ti, eras o miudo mais bonito para quem já olhei, tinhas alegria dentro dos teus olhos, e vê como te tiraram o brilho, vê como perdeste isto.
Ela pega na fotografia comigo a brinca com o comboio com a minha mãe e na ultima, fazendo-me olhar.
Ela tem razão, eu tinha vida.
-eras tão bonito, mas triste, olha para ti tinhas o cabelo lisinho, e grandes olhos verdes, e olha-me para a tua carinha.- ela aperta as fotos contra ela e limpa as lágrimas. E depois só com um braço abraça-me e beija o meu pescoço.
De uma maneira que á muito tempo eu não sentia, de uma maneira que tinha esquecido o amor, ela mostrou-me todas estas coisas, ela ama-me, ela ensinou-me a amar, a dar amor, e gostar de carinho. Eu não gostava disso, de demonstrações de carinho, até vir ela com o seu cabelo rebelde, as suas tiradas engraçadas, e os seus lindos olhos. Até ela vir e me abraçar, me beijar, dizer que me amava e se dar a mim. Ela fez mais por mim, do que qualquer outra pessoa.
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