97ºCapitulo
N.A – O cap deve estar mesmo cheio de erros, porque estou super cansada e tenho uma grande dor de cabeça, eu vou revê-lo amanha, por isso amanha á tarde este vai estar escrito como deve ser, e vai sair um novo capitulo.
Enquanto estou sentada no balcão da cozinha a ver o Harry fazer tudo sozinho, penso no quão bom seria o nosso relacionamento se não fosse o meu pequeno segredo. No final tudo o que eu faço é tentar passar-lhe um pouco da culpa que sinto. Não quero carregar com isto sozinha, e é isso o meu principal medo, ser eu quem está a envenenar a nossa relação.
Se eu pensar bem, a nossa relação começou impercetivelmente, logo no primeiro dia, quando me vi forçada a subir ao andar de cima, para lhe pedir ajuda, ou quando me ajudou porque puseram alguma coisa no meu copo. Eu preciso tanto dele, mesmo para as coisas pequenas, como abrir uma lata, ou para chegar ao armário mais alto da cozinha. Como para me mimar, para me dar atenção, e até pequenas discussões, que apenas estimulam a nossa relação.
Um flash vem na minha direção e assusto-me, como em Nova Iorque, quando olho era apenas o Harry a sorrir com o seu carrapito e o iphone na ponta das unhas. O meu menino.
-ficas tão engraçada quando te concentras.- ele ri.
Desço do meu lugar do balcão e alcanço o meu telemóvel no sofá, sento-me novamente no balcão e puxo-o para mim, com a camara da frente, uma fotografia de nós é captada, ambos a sorrir com os nossos puxos no cabelo. Não inibições nos nossos sorrisos, apenas amor e felicidade, prontos a serem destruídos a qualquer momento.
Ele morde a minha bochecha e eu faço beicinho para a foto, riu-me das nossas caras e ele passa as fotos que tiramos para o seu próprio telemóvel. Tenho a ideia de as imprimir e espalhar estas e as outras que temos de Nova Iorque pela casa, espero ter tempo disso.
-podes cortar os legumes, enquanto preparo o frango.- ele resmunga.
Ele tira o elástico da cabeça e vai até ao quarto. Ele demora e eu faço o que ele me pediu, corto os legumes cuidadosamente, demorando-me nos pimentos e nas cenouras. Odeio cortar, mas seria mil vezes pior se me pedisse para cortar batatas.
Ele aparece com um lenço envolto no seu cabelo e ri-se. Eu tenho de parar a minha tarefa para me rir também.
-hey, era suposto isto ser uma coisa romântica, não podes mudar de visual sem mim.- Aponto.
-talvez mais tarde amor.- Ele beija os meus lábios docemente.
Estamos os dois na sala, eu estou entre as pernas dele, no chao e ambos comemos o nosso frango e legumes em silencio. O Harry é bom a comer com pauzinhos a comida, mas eu estou mais familiarizada com os meus amigos talheres.
-entao já estiveste no Japão?- pergunto interessanda.
-yap, e na China.
-wow, e mais lugares?
-eu viajei por todo o mundo, tu sabes nas ferias antes da faculdade, decidi que queria ser livre, tinha dezoito anos, e já não havia a possibilidade de o meu pai me prender num colégio. Foi a melhor experiencia da minha vida.
-uau o jovem Harry Styles a passear por todo o lado? Dá-me países!
-bom... estive na Austrália, é bom, muito bom... europa, maior parte dela... Portugal, Espanha, oh e Itália... e sabes estranhamente los Angeles foi um dos sítios onde estive mais tempo.
-gostava de te ter visto, o viajante sexy, casaco de cabedal, uma mota, e a mala por cima do ombro... isso soa mesmo, mesmo sexy.- Declaro.
-oh amor, ainda podemos recriar isso.
-iria ficar satisfeita.- Encolho-me contra ele a rir.
Olho para a minha tigela de comida e percebo que já acabei a comida. Ele faz o mesmo e um silêncio estranho instala-se. Não quero acabar com este clima romântico por nada deste mundo, mas saber realmente o que anda acontecer é importante para mim, mesmo muito importante. Todos os meus pensamentos sobre o que aconteceu estão na minha cabeça.
Ele abraça-me mais contra si, e inspira. Eu aprecio o aperto dele sobre mim, e sinto a minha garganta apertar.
-eu vou contar-te tudo, pode parecer muito, mas eu quero que percebas que eu era impulsivo, raivoso, e extremamente vingativo.
Abano a minha cabeça freneticamente, e ele beija-me o cabelo.
-sabes quando eu digo que o meu pai "matou " a minha mãe, por causa da perseguição, é só uma maneira de desculpa que tive culpa também.- Oiço-o engolir em seco.
-eu estava a achar piada á brincadeira dos carros, eu puxei o cabelo da minha mãe, para lhe contar algo divertido, e foi nessa altura que ela perdeu o controlo do carro, eu distrai-a com uma brincadeira, ela estava a tremer e a chorar, mas ela teve a capacidade de olhar para trás e rir-se do que eu disse. E desde ai, costumam ser sobre isso os meus pesadelos, o sorriso dela.
A maneira como ela sorriu para mim, porque eu a distrai, nos meus sonhos, ela ri-se para mim, e depois o carro vira. Mas ainda assim o seu corpo morto está a sorrir, como se a lembrar-me de que foi o maldito sorriso que lhe dei que a matou.
Ele para de contar e fecha os seus olhos. Quero dizer-lhe que ele não teve culpa, mas perdi a capacidade de falar, o facto de uma criança viver uma coisa destas assusta-me, ele tem 21 anos, ainda assim ele tem memorias vividas dos seus quatro anos, ele tem a memoria mais impecável que conheço.
-A partir dai começou um ciclo, pesadelos, gritar, e partir coisas. Parti todo o meu quarto de brincar em casa, quando voltei do hospital, o meu pai só sabia gritar e foder a merda das empregadas. Eu tinha quatro anos, e a Gemma não estava lá, ela estava no segundo ano, numa escola privada, num internato.
Passei um ano assim, não havia dia que não perguntasse pela minha mãe, não havia dia que não fosse a meio do dia sentar-me no tocador onde ela se penteava e olhasse para o quarto de vestir, á espera que ela saísse envolta no seu robe. Ela era um artista, o meu pai prendeu-a numa gaiola e agora vejo que ela não era feliz. Às vezes espero que ela esteja num sítio onde seja livre, onde seja feliz.
Está presa na minha cabeça.
-Eu cresci, fui ao psicólogo, e ajudou, ele deu-me a merda de uns comprimidos para dormir e mandou-me para casa, os pesadelos desapareceram, mas ainda era vazio, frio e oco para mim.
Quando tive idade, fui para um colégio interno. Fui expulso de sete, e todos com grande estilo.- Ele ri-se, mas uma risada amarga.- Tinha dezassete anos, e é aqui que tudo o que está acontecer pode começar a encaixar. O meu pai ia casar, eu adiava o meu pai, e tudo o que queria era pô-lo em baixo como a merda, queria arruiná-lo, então comecei a ver os testamentos, abrir cofres, e descobri que tinha direito a uma das empresas, a que era comum a eles os dois, á minha mãe e ao meu pai. A de telecomunicações, não a pude gerir até ter vinte, mas contratei uma espécie de gerente. Ele começou a organizar as coisas para o meu lugar. Estava feliz com o que ia fazer, tinha a vingança toda na minha cabeça, comecei a perceber que tinha metade da culpa da morte dela. No fundo o meu queria livrar-se dela também, ela era impulsiva demais, tinha uma mente livre. Ele não queria uma esposa assim.
Então apareceu a ruiva Abbie, e é aqui a historia começa a encaixar. A Abbie era a noiva do meu pai, e eu estava obcecado com o facto de lhe tirar as coisas, tal como ele me tinha feito a mim, então eu...
Eu engulo em seco, eu sei o que ele vai dizer, e vai doer-me muito. Ele não teve esse problema comigo, eu não tinha um passado romântico, eu era como uma boneca dentro de uma caixa.
-eu fi-lo mesmo porra, eu fodia no dia do casamento, e certifiquei-me de que todos nos ouviam. O meu pai ficou com tanta raiva, eu ri-me tanto. Eu estava a ter a minha vingança, eu ia vingar o nome da minha mãe. A minha vingança era perfeita, eu não tinha rachas na minha armadura, eu era de ferro, eu mandei tanto abaixo o que ele tinha, eu parti-lhe propriedade, eu congelei cotas da minha empresa na dele, ainda assim ele saia dos seus merdosos buracos.
Tu não tens noção de como era viver com ele. É um inferno, eu não podia esperar mais, eu esperei dezoito malditos anos, e eu tinha o plano prefeito, eu não tinha nada onde ele me pudesse atingir.
Ele cala-se e eu fecho os olhos. Tanta informação. O meu cérebro anda á volta num rodopio e sinto que o chão está a fugir de mim. Sinto que que não consigo apanhar aqueles pequenos pedaços de raciocínio que todos conseguimos. Sinto como que se de repente o meu maldito poder fosse mesmo uma merda, porque ainda assim, eu não vi nada comparado com o que ele me está a dizer.
-até que abri a porta do meu apartamento, o apartamento que o meu pai me ofereceu como tréguas, o objetivo era dar cabo disto com festas, mas tu estragas-te tudo. Tu e os teus lindos olhos arregalados, a maneira como olhavas para tudo. Eu sabia que ias ser um problema. Tentei afastar-me, mas não resultou, eras uma Deusa pronta para eu atacar, mas não ataquei, mantive-me afastado, mas tu puxavas-me... até que te tornas-te o único ponto por onde ele me podia atingir, e ele adorou isso.
E eu sinto que agora as coisas vão começar a encaixar.
-A Abbie tirou-te as fotos em nova Iorque, o meu pai mandou revistar o apartamento e destruir as coisas, eu recebi uma mensagem estranha, e não vale a pena perguntares-me, isso eu não vou dizer. Mas foi por isso que voltamos. Eu mandei limpar o apartamento, mas por algum milagre, eles levaram logo a tua capa de desenhos. Eu vou tentar tê-la de volta eu prometo.
A minha cabeça anda á volta com a informação, sinto o meu coração bater nos meus ouvido e fecho os olhos.
----------------------------------------------
Aiai desculpem se esta pequeno, mas tenho aulas amanha ás 8:15 e tenho mesmo de me ir deitar, e estou muito cansada.... Mas o capitulo cem está quase ai, e vai ser tão... não vou dizer ahaha
LOVE YOU GIRLS
|Vou rever o capitulo amanha|
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro