94ºCapitulo
Abro os meus olhos devagar para me habituar a suave luz que entra no quarto. Espreguiço-me e procuro um segundo corpo na cama, mas surpreendo-me quando não há nada no espaço ao meu lado. Rastejo para o lado da cama do Harry e enrosco-me lá. Inspiro o cheiro da sua almofada. Hum cheira a ele. Um sorriso idiota cresce na minha cara e as borboletas voam disparadas no meu estomago.
A porta abre-se devagarinho e olho para a figura alta do Harry. Ele avança até á janela e puxa a corda dos estores para que estes se ergam. Ele olha para mim e sorri, um sorriso com direito a covinhas. Ele avança até a cama e senta-se mesmo aos meus pés.
-bom dia minha linda.- ele sorri.
-bom dia.- ronrono.
Ele vem para cima de mim e eu viro-me para cima, para ficar cara a cara com ele. Ele esfrega o seu nariz no meu e os seus lábios pousam nos meus de uma maneira amorosa. Ele começa apenas por acaricia-los e quando dou por mim tenho as minhas mãos no seu cabelo e a sua língua irrompe pela minha boca. A sensação parece ser sempre a mesma, mas sempre diferente. Sentir a maneira como ele me beija é algo sem igual, é como ir ao céu de todas as vezes, mas poisar sempre numa nuvem diferente.
Ele afasta os lábios dos meus e sorri.
-bom, queres ir tomar o pequeno-almoço?- ele pergunta.
-sim eu só preciso de...- sinto-me corar ao aperceber-me da minha escassez de roupa interior.
Olho para o chão e todas as nossas roupas desapareceram e como juntamos as camas, as gavetas estão do outro lado do quarto.
-precisas de alguma coisa?- ele pergunta arrogante.
-noup...
-posso ir buscar-te alguma coisa se precisares.- Ele desmanchasse a rir.
-se saísses do quarto iria ser mais rápido.
-oh não amor, estou bem aqui.- Ele ri roucamente.
Viro-me com a cara para almofada.
-preciso de umas cuecas.- Digo abafadamente contra a almofada.
-o quê? Não percebi.- Ele ri-se. Ele está mesmo a gostar.
Olho para ele, zangada.
-preciso de umas cuecas.- Quase grito.
-porque?- ele pergunta.
Ele enfia a sua mão pelos lençóis e poisa-me a mão no rabo. Ele massaja-me o traseiro e eu fecho os olhos com o contacto. Ele desce mais a mão e ela cobre-me o sexo. Ele massaja-me em círculos e gemo baixinho. Sinto quando ele baixa a cara até mim, e encosta os seus lábios no meu ouvido.
-não tens noção do quão excitante és.- Ele murmura e eu gemo alto quando ele faz um dos seus dedos entrar em mim e sair logo imediatamente.
Ele para com os movimentos sedutores e tira a mão do conforto dos lençóis. Abro os olhos e vejo-o levar o dedo indicador á boca. Ele fecha os olhos e eu continuo a ter a mesma sensação de isto ser tremendamente errado. Aquilo não se faz, mas ele continua a faze-lo.
-anda, tens um pequeno-almoço para tomar.- Ele vai até uma das gavetas e vasculha a minha roupa interior.
-Harry, seu pervertido, para com isso!- grito e salto da cama correndo até á minha gaveta de roupa intima.
Quando chego a ele, ele agarra a minha cintura de repente e encosta-me á parede. Ele beija o meu pescoço de uma maneira sensual. Ele afasta as minha pernas com uma das suas e o tecido dos seus jeans pretos toca-me.
-Harry...- imploro.
-o que foi bebé?- ele chama.
Ele agarra ambas as minhas coxas e enrola-as em volta da sua cintura. Ele beija e chupa o meu pescoço e eu deito a minha cabeça contra a parede rendendo-me ao ataque. Ele roça as suas calças em mim novamente e sinto a sua ereção, e a costura das calças a roçar-se em mim da maneira certa.
Perco uma respiração, e sinto o meu coração acelerar, o meu baixo-ventre contrai-se e tenho medo das sensações. É como uma espiral, o meu corpo e os meus sentimentos levados ao seu máximo, apenas por causa do bonito rapaz á minha frente.
Ele agarra apenas a minha coxa direita e oiço o som do seu cinto a ser desapertado enquanto ele manda as suas calças para baixo.
Ele sai de dentro das calças agarra-me novamente as duas coxas e anda comigo ao colo até á mesa de cabeceira dele.
-vai busca-lo.- ele manda.
-o quê?- engasgo-me.
-vou pôr-te no chão, e vais busca-lo.- ele ri-se.- ou então podemos ir simplesmente ir tomar o pequeno almoço...
Merda, ele nunca me fez uma coisa desta. Ele está a fazer com que eu me humilhe ao ponto de lhe pedir por sexo.
-Harry...- choramingo.
-vais busca-lo é simples, e depois vais pô-lo em mim.- ele murmura rouco, e vejo as suas pupilas dilatarem. Isto está mesmo a excita-lo!
Ele desce-me pelo seu corpo, e eu dobro-me para abrir a gaveta procuro e lá está o pequeno pacote prateado. Pego-lhe hesitante, e abro-o devagar. Levanto-me e olho para o Harry. Ele incentiva-me com a cabeça e eu retiro-o do pacote.
-aperta a ponta. Não queremos ar nisso.- a voz dele está tão rouca que me causa arrepios.
Baixo as mãos e olho para o comprimento do Harry. Faço deslizar o preservatico por ele e oiço a mudança de respiração do Harry. Olho para ele e ele engole em seco. Aperto as minhas pernas uma na outra na esperança de aliviar a minha própria excitação.
-está a matar-me ai em baixo.- Ele rouqueja.
-desculpa.- Murmuro e apresso-me.
Quando acabo olho para ele, e ele abre os olhos que se tinha fechado. Não há qualquer espécie de verde nos seus olhos, apenas preto. Ele pega-me novamente ao colo e encosta-me á parede. Ele encosta a cabeça á curva do meu pescoço enquanto a sua mão direita sobe por mim, até alcançar o meu seio e o apertar com força, fazendo-me gemer.
-és tão linda. Eu amo-te tanto.
Quando as ultimas palavras saem da sua boca ele entra em mim, devagar fazendo-me agarrar-me a ele com força, para não perder novamente a respiração. Ele não se mexe quando está dentro de mim, a testar-me. Ele lambe a curva do meu pescoço e sopra ao de leve por ela. Ele desce a boca pela sua t-shirt branca que agora está em mim e deixa sua língua por cima do meu mamilo. Quando olho para baixo a t-shirt ficou molhada naquela área revelando o pequeno botão cor-de-rosa.
E de repente ele sai por completo de mim, e volta a entrar com força, e repete os movimentos com cada vez mais força, fazendo-me gritar. As minhas mãos vão para o seu cabelo e eu puxo-o com força, enquanto convulsões tomam conta do meu corpo. Ele queria distrair-me para depois fazer isto. Apanhar-me de surpresa.
-anda amor.- ele ruge na minha orelha.
Eu aperto mais as minhas pernas á volta dele, sabendo que isso é um bom indicativo para o facto de eu estar quase lá.
Leva os seus lábios á pele do meu pescoço e sinto quando me venho, e exatamente ao mesmo tempo, ele suga a minha pele, e quanto mais eu grito, mais ele fere a minha pele, num ato territorial que me está a dar raiva, puxo os seus cabelos, mas ele não para enquanto se vem.
Ele ergue a cara, olha para mim a sorrir, e depois baixa novamente a cabeça para lamber o sitio onde os seus lábios estavam.
Está a doer.
Desenrolo as pernas e tento ir para o chão. Corro até á casa de banho e ele vem atras de mim. Afasto o meu cabelo da pele suada e vejo o quão vermelha é a marca. Á leves adições de vermelho escuro, e desta vez, mesmo que tente disfarçar não consigo.
Vejo-o pelo espelho, e um pequeno sorriso brilha-lhe na cara, enquanto a ferida me dói.
-fizeste isto de propósito.- murmuro.
-vá lá diz-me o que fiz eu desta vez?- grito.
Saio da casa de banho e empoleiro-me no balcão para chegar ao armário mais alto com as minhas saquetas do chá. Eu não acredito que ele me marcou desta forma, isto está realmente a doer, e pior que isso, é só mais alguma coisa a acrescentar á pilha de nervos em que estou. Não lhe bastou não acreditar em mim, e na porra da capa. Não me conta nada, e agora faz-me um chupão tão grande que dói.
-foste ter com ele.- ele olha para mim, mas pela primeira vez acho que até ele vê que exagerou.
-eu vou ter com quem quiser, hoje vou ter com a Kate, e não vou permitir que faças isto outra vez, porque vamos ter problemas, se não apreender a controlar a merda dos teus instintos esquece.- grito a ultima parte.
-vais acabar comigo porque te fiz um chupão?- ele ri.
-porra Harry, isto tem pintas de sangue a escorregar.- Grito-lhe e mostro-lhe.
Vejo quando ele engole em seco.
-não quero sabes do quão bom é o sexo, se me magoares.- Murmuro.
-eu...- sei que ele não vai dizer que não teve culpa, porque ele sabe que teve.
-eu amo-te, eu farei qualquer coisa que queiras, mas não me assustes a ponto de cada vez que me tocares eu fique com medo de acabar com o pescoço assim. Para além do mais ontem não ficaste chateado por ir ter com o Dean.
-eu não sei. Eu tive a merda de um pesadelo, e fiquei com raiva, eu vivos, aos dois, foi tão nojento, eu vi as mãos dele em ti e eu... eu fiquei com raiva.- ele cai no sofá.
Fico calada enquanto preparo o chá. Não sei o que dizer quanto a isto. Como se eu tivesse algum interesse no Dean, como se eu visse algo de mais nele. A única coisa que temos em comum é o facto de ambos estarmos em arquitetura.
Levo o chá entre as mãos e avanço até ao Harry. Sento-me ao lado dele, e a dor no meu pescoço parece intensificar-se, como se soubesse que o Harry esta aqui.
-o que preciso eu de fazer para perceberes que só te vejo a ti. Que és o primeiro homem que amo? Dei-te tudo o que podia, parece não ser o suficiente.- desabafo.
-vem trabalhar comigo.- ele manda de chofre, e eu cuspo o meu chá.
Ele ri-se nervoso, e limpa-me o queixo, levando-o depois á boca.
-o quê?
-vem fazer um estágio na empresa, quando começarem as aulas, só te vou ver á noite, se fizeres o estágio lá vou poder passar três dias por semana contigo lá.-
-Harry, isso não me parece sensato.- murmuro.
-porque não?
-vê Harry, ainda á cinco minutos estávamos no quarto, depois discutimos, depois pedes-me para ir trabalhar para a tua empresa. Não vês que isto parece a montanha russa? – suspiro.
-fodace Soph, por favor, ias ser estagiaria na parte da arquitetura, estamos a trabalhar no projeto da nova sede, tu ias ser fantástica lá.
-vou ser a namorada do patrão que entrou com uma cunha.- deixo-me escorregar no sofá.
-tu és fantástica nos teus desenhos. Só precisas de dar ideias, esboços, e ainda recebes alguma coisa.- ele mal fala na ultima parte.
Merda. Ele vai pagar-me um ordenado.
-isso quer dizer que me vais pagar?
-claro.- Ele esclarece como se fosse óbvio.
-estamos sempre a voltar ao mesmo Harry. Evito o máximo que posso que faças uso do teu dinheiro em mim, e agora estas a pedir-me para te deixar que me pagues?
-Soph, é óbvio que te vou pagar, estas a trabalhar.
-preciso de pensar.- respiro.
-tudo bem amor, apenas pensa bem. Pensa que não nos vamos ver quase nunca a não ser á noite.- ele murmura.
E de repente uma ideia horrível passa pela minha cabeça. E se ele desistir da faculdade, será que é por isso que quer que eu vá trabalhar com ele. Ele sabe que se desistir vamos mesmo vermo-nos pouco, ele quer um contrato que determine que não posso sair da empresa, assim certifica-se de que fico lá o tempo suficiente.
-tu não estas a pensar sair da faculdade pois não?- a minha voz fica suspensa no ar.
-------------------------
Desculpem a demora, demasiada gente a fazer festas nesta altura. Bom eu queria mesmo acabar a temporada na quarta-feira porque é o meu aniversário, mas não sei se consigo, entretanto decidi publicar o próximo amanha em vez de hoje. Espero que estejam a gostar, porque agora é que o espetáculo vai começar.
LOVE YOU GIRLS
Vou rever á noite
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro