87ºCapitulo
Musicas do capitulo:
-Lucy Rose- middle of the bed
-The fray- you found me
Estou algo entre o despertar e a inconsciência, mas estou mais para o lado de me sentir embrenhada em lençóis e nua, com uns dedos esguios a passarem pelas minhas costas. Gemo de contentamento e sinto os lábios do Harry no ponto atrás da minha orelha, apenas para me fazer sentir ainda melhor. Ele deixa um rasto de beijos desde ai, até ao meu ombro.
Riu-me e ele passa uma perna para o meio das minhas. Agarro a minha almofada com mais força, e oiço o riso dele. Ele é tão bom para mim, tudo o que ele faz para mim é tão bom que quase não consigo descrever as borboletas que voam pelo meu estomago, o quanto a minha garganta fica seca, tudo por causa do bem que ele me faz. É mau, sabe ser rude, frio e adquirir a postura mais controladora e fria que alguma vez vi alguém ter, mas é meu e eu amo-o tanto.
-deixa-me ver esses lindos olhos- ele sussurra no meu ouvido.
-hum.
Sinto ele mexer-se e a sua perna a deslizar por mim abaixo. Ele aproxima a boca da minha coluna e beija-a. Pequenos beijos que são distribuídos, até ás covinhas no fundo das minhas costas, gemo em apreciação e fico a saborear o quão bom é tudo isto.
Mas de repente ele morde o meu rabo destapando-me. Viro-me num ápice, sem antes mandar um gritinho meio histérico. Abro muito os olhos e ele olha para mim lá debaixo, ele deita a cara na minha barriga, a sorrir, aquele sorriso sonolento e profundo, com direito a lindas covinhas. Levo as minhas mãos ao seu cabelo e passo os dedos pelo seu coro cabeludo, ele vira a cara e beija a minha barriga.
-és tão bonita.- Ele murmura.
Sinto-me corar sobre o seu olhar atento e ele ri-se da forma como reajo ao elogio dele. Nunca saberei o que dizer quando me disser que sou bonita, nunca saberei como reagir quando me fizer sentir tão apreciada.
-adoro quando coras.- Ele murmura.
-costumavas dizer isso quando nos conhecemos.- Os meus dedos continuam o seu passeio pelo seu cabelo.
-sim, mas nessa altura o meu único pensamento era "fodace, ela parece algo saído de um conto de fadas, quero mesmo, mas mesmo tê-la na minha cama"
-querias ter algo como um conto de fadas com quem foder?- riu-me ironicamente.
-se te contasse porque te queria apenas para isso na altura, acho que não ias gostar.- ele murmura.
-é muito mau?
-faz me parecer um monstro.- Ele desabafa.
-não preciso de saber.
A minha mão continua a viajar pelo seu coro cabeludo, e ele parece apreciar bastante o carinho. Eu gosto de o fazer sentir-se bem com algo mais que sexo. Eu não posso dizer que é nisso que a nossa relação se basei-a mas, em parte é. Acho que há uma grande química física entre nós. Mas também algo mais que isso, nós sabemos ser mais que físico, por vezes somos tão parecidos que chego a pensar que lemos a mente de ambos. Mas se pensar mais fundo nisso chego á conclusão, que talvez a nossa química venha apenas do facto de a mãe dele estar subtilmente em mim. Uma parte da minha cabeça dominada pela sombra de uma mulher triste e zangada.
-posso fazer-te uma pergunta?- murmuro.
-claro.- ele responde.
-tinhas quatro anos quando a tua mãe morreu não é?
Vejo como o seu rosto de fecha, e como a sua expressão feliz se abate, mas preciso de saber mesmo uma coisa, não posso simplesmente ficar com isto na cabeça.
-sim.- ele acaba por colaborar.
-como é que te sentiste na altura?
-devastado, fora de controlo, impotente, pequeno, demasiado fraco, era tão fraco...- ele murmura.
-é por isso?- pergunto.
-por isso o quê?
-que tens essa coisa estranha de ficares tao chateado comigo quando saio sozinha, ou quando falo com alguém novo?
-em parte sim, não gosto de te perder de vista, entro em pânico, como se acontecesse tudo outra vez, perder a minha mãe, foi a coisa mais dolorosa de sempre, perder-te a ti também parece-me ainda mais. A primeira coisa em que penso quando acordo e não te vejo é "levaram-na", é horrível Soph, faz-me sentir fraco outra vez.
-eu não posso estar sempre debaixo da tua sombra.- Sussurro.
-mas eu posso tentar manter-te lá.- Ele sorri.
-eu lamento fazer-te senti assim.
-eu fico tão passado, passado da porra, mas depois tu voltas, discutes comigo, fazes-me ficar ainda mais chateado, e querer fazer-te provar do teu próprio veneno, e isso deixa o meu sistema nervoso ao rubro, é estranho, mas em vez de ficar chateado, todas as minhas emoções se descontrolam e a única coisa que eu penso é "quero-a, agora".
-discutir contigo é esgotante.- Admito.
Fazemos silêncio e eu continuo as caricias na sua cabeça. A minha cabeça voa em volta dos meus pensamentos, o facto de eu ter sido fotografada, volta á minha cabeça, e fecho os olhos para tentar descobrir algo melhor que um pedaço de pano em sangue, algo melhor que... ruivo, pareceu-me ver uma cabeça laranja.
-sabes, ontem, acho que a pessoa que me tirou a foto, era ruiva.- murmuro.
Ele levanta a cabeça de um salto e os seus olhos abrem-se muito. Sinto o quanto a atmosfera no quarto mudou, e endireito-me, não gosto quando estamos assim, neste tipo de clima chato, em que já sei que lee sabe alguma coisa, mas que não meu vai contar.
-vou tomar banho.- solto.
Estamos a dois quarteirões de casa dos meus pais para ir almoçar, e estamos literalmente a ser engolidos pelo trânsito. O Harry solta um nome de asneiras e eu tento não rir da frustração dele, é sempre o mesmo com o trânsito, nunca sabe como reagir.
Aceleramos um pouco mais e "crack" do meu lado assusta-me. Mas que raio? Olho pela janela e vejo o meu vidro da porta esmagado e pendurado por alguns fios.
-oh merda, era só o que me faltava caralho, o meu carro novo não fodace.- ele berra e bate com as mãos no volante assustando-me.
Ele sai do carro e fecha a porta com força. Encolho-me no meu lugar com o susto e vejo o condutor do outro carro sair, ele sai do carro, e fica com a cara mesmo na minha janela. E é bonito, mesmo muito bonito...e bateu no carro do meu namorado.
Abro a porta devagar e ele segura-a para mim enquanto desço do carro alto de mais. Ele sorri e eu sorriu-lhe. Não quero parecer mal-educada, e algo nele, de bastante cativante e amigável, para dizer a verdade.
-pode dizer-me o que pretende fazer quanto a isto.- o Harry tosse e eu desvio o olhar envergonhada.
-eu peço desculpa, eu não conheço a cidade, eu não sou de cá, estava a ir em direção ao aeroporto.- Ele gagueja. O seu sotaque britânico a fazer notar-se. Ele é britânico.
-e eu estou atrasado para o meu almoço de natal.- o Harry reclama.
-eu posso pagar.- o rapaz oferece. Os olhos castanhos a brilhar e o maxilar tenso.
-otimo, o meu advogado vai entrar em contacto consigo Mr.?
-Mr.Sandler.- eles trocam contactos e o Harry franze o sobre olho.
-sou Mr.Styles, veja se tem mais cuidado, podia ter acertado na porta e magoado a minha namorada.
O rapaz ri-se.
-não me parece que queiramos isso não é?- ele olha para mim e ri-se.
-Claro que não.- O Harry ruge.
-bom, então, peço desculpa mais uma vez.
-foi um acidente.- Eu apresso-me.
Ele aperta a mão ao Harry, que a aceita relutante, e depois a mim.
-Sophia.- Digo-lhe a sorrir.
O Harry não espera que ninguém diga mais nada e agarra no meu braço com força. Abre a porta do carro e quase que me catapulta lá para dentro. Fecha a porta com força, e eu choramigo com a dormência no meu braço. O Harry dá a volta ao carro, antes que ele entre sou capaz de ver a cara nada amigável do rapaz.
O Harry entra no carro e acelera tanto quanto consegue apenas para se afastar. Olho para a janela e penso outra vez no dia na universidade, que ele me agarrou com tanta força que uma marca roxa foi deixada no meu braço. Vai existir sempre esta parte dele que eu quero extinguir, o facto de ele ser tão impulsivo.
Passamos uma meia hora a mais presos no trânsito, e quando ele para á frente do prédio, salto do carro e avanço pelas escadas, tenho muito que subir, e não me apetece estar com o Harry. Ele esteve toda a viajem calado e com os nós dos dedos brancos por fazer tanta força no volante, isso só demonstra o quanto ele queria descarregar em mim.
-não consegues fugir de mim.- Oiço o eco dele alguns andares mais abaixo.
-vai-te embora.- Cuspo-lhe de volta.
Oiço os pés dele saltarem degraus, e sei que ele me vai apanhar, por isso, em vez de fugir como sempre fazia, vou continuar a andar normalmente. Ele avança, e sinto-o atras de mim.
-não agarres o meu braço.- Aviso-o.
Oiço-o respirar, e provavelmente passar as mãos pelo cabelo revolto. É isto que não entendo, passamos uma manha agradável, na cama a brincar um com outro, a falar, tomamos banho, comemos o pequeno-almoço. Agradecemos mais uma vez pelos presentes, e quando saímos foi como se tudo mudasse, a sua postura, o seu modo de estar comigo, e falar, tudo. É como se vivêssemos isolados, e quando saímos, ele não é capaz de manter a calma que tem, e isso, mais que tudo revolta-me. O facto de ele não ser capaz de me amar da mesma maneira, fora de quatro paredes.
-estavas a flirtar com ele.- Ele acusa.
-não, estava a ser amigável.- Viro-me para ele.
-não sejas amigável com tipos que não conheces.- Ele atira-me.
-e vou ser o quê? Como tu? Um bloco de gelo?
Ele dá dois passos atras e vejo a sua expressão mudar lentamente, de zangado a magoado. Ele franze o rosto e depois inclina a cabeça para o lado como se não percebesse o impacto daquelas palavras.
-isso magoou-me.- Ele murmura.
-o facto de me tratares como mercadoria também me magoa.
Dito isto, apresso-me pelo cimo das escadas, apenas para chegar a território neutro, onde ele não pode usar todo o seu poder de sedução contra mim.
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Olá lindas, bom que capitulo han? Para quem quer saber quem é o rapaz do carro, é um ator português que morreu hoje, ele era tão lindo, e super parecido com o Jamie Dornan, e eu fiquei apaixonada com as fotos dele, por isso quis "homenageá-lo" porque ele participou numa novela que eu via com a minha mãe quando era pequenina. O nome dele é Pedro Cunha, e que queria mesmo ter conseguido saber quem ele era antes disto.
LOVE YOU GIRLS
Capitulo revisto amanha á tarde
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