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85ºCapitulo

O Harry distribui um relógio pelo meu pai, e uma passagem até Oxford para o Teddy, eu tentei fazer com que dividíssemos a caixa de chás para a minha mãe, mas ele ofereceu-lhe um dia no spa. Claro que ele tinha de deixar a minha prenda para o fim, porque sinceramente ele sabe criar-me expetativa, mas acima de tudo ele consegue sempre supera-las.

-bom eu tenho três presentes para ti.- ele murmura, agora sentado ao meu lado.

Claro que ele tinha de exagerar. Ele faz sempre o mesmo, mesmo que eu lhe peça para ser contido ele vai sempre acabar por me estragar com mimos e eu vou ficar mal habituada.

Ele tira uma caixa branca com um laço vermelho e passa-mo, ao que eu abano levemente para ter a certeza do que é. Não é pequeno, mas também não é grande. Abro o embrulho e uma caixa pequena retangular com a imagem de um iphone surpreende-me. A minha boca cai.

-pagaste-me um telemóvel á um mês.- Reclamo.

-não, eu deite o dinheiro e tu compras-te aquela coisa a que chamas telemóvel. E este é simples e posso passar o dia a falar contigo á borla.- Ele pisca-me o olho.

Tiro o telemóvel da caixa, e tento perceber o porque de tanto entusiasmo, quer dizer é bonito, mas é caro, e preferia que ele não se metesse em aventuras com isto de tentar substituir tudo o que compro.

-obrigado Harry, não sei bem se este presente é bom ou mau, tendo em conta que quando começamos a falar é difícil calar-me.- Riu-me

-e mais este.- Ele sorri.

Um caixa quadrada mas fina, em creme, embrulhada num laço cora pálido é me posta nas mãos e tenho medo de a abrir. Os meus dedos desfazem o laço muito lentamente e abro a caixa. Levo a minha mão á boca quando vejo, o quão bonito é.

Os meus dedos pegam-lhe e deixo-o flutuar mesmo á frente dos meus olhos. Um fio de ouro, com uma corrente fina e um delicado trabalho no pendente, onde as letras "H" e "S" se entrelaçam causando um arrepio na minha barriga e fazendo o meu coração bater mais depressa. No sítio onde se prende o fio, pende um pequeno coração de ouro.

É a joia mais bonita que alguma vez vi. Olho para ele e quase me veem as lágrimas aos olhos, mas consigo conter-me. Ele tem os olhos cobertos de felicidade e um sorriso enorme na cara. Faz-me saltar para cima dele e dar-lhe um abraço gingante, por momentos esqueço-me da audiência e dou-lhe um beijo rápido nos lábios.

Sorriu para ele e fungo de uma maneira nada feminina.

-é a coisa mais linda que vi, obrigado Harry, por tudo.

-podes pô-lo para mim?- murmuro.

-claro.- Ele agarra no colar e eu levanto o cabelo. Ele mete-me o colar e sinto o metal frio no meu peito.

-é uma joia linda.- a minha sorri.

-e deve ter sido mais cara do que todo este apartamento.- o Teddy assobia.

-Theodore Henry Black.- o meu pai repreende.

-tudo bem, já que estamos todos entregados em termos de presentes, tenho um feliz natal para dar á Noa.

Ele despede-se de todos nós, até ficarmos apenas quatro na sala. O Harry olha para o anel dele e eu riu-me.

-eu apenas achei adorável e engraçado.- Riu-me.

-faz-me lembrar o primeiro dia em casa.- Ele ri.- Quando agarrei naquele peluche em cima da cama.

-era uma ovelha idiota.- Defendo o bom nome da minha ovelha.

-Mr.Black, acha que posso roubar a sua filha por trinta minutos?- o Harry pergunta.

-isso é suficiente mano?- o Teddy aparece á entrada e ri, enquanto eu lhe mando uma almofada.

-eu tenho um presente, mas não está comigo.- o Harry explica.

-ela pode ficar contigo se quiserem.- o meu pai diz o que me surpreende.

-posso?- guincho.

-ficas-te ontem, não te proibi, pois não?- ele levanta-se.

-não.- murmuro.

-ótimo, até amanhã, e pelo menos podes vir cá á tarde, não sei que planos têm.- ele beija a minha testa e despede-se do Harry.

Olho para a minha mãe embasbacada e ela sorri-me cúmplice. É como se o meu pai tivesse sido substituído por aliens, ou coisa assim.

-aparece cá amanha querida.- a minha beija-me a cara, assim como ao Harry e segue o meu pai.

Espero alguns minutos para ter a certeza do que acabou de acontecer. O meu pai deu-me permissão para passar a noite com o Harry, bom, nós dormimos juntos quase todos os dias, mas ter a permissão do meu pai, torna a coisa mais legal. Parece que o natal faz mesmo milagres e que o meu pai começou a aceitar o Harry.

-vamos?- o Harry puxa.

Ele agarra na minha mala, mas eu corro até ao meu quarto e pesco alguma roupa interior e algo para vestir amanha. Atiro tudo para dentro da mala e corro de volta para o Harry que está pacientemente encostado á ombreira da porta. Ele sorri quando me vê e tira-me a mala da mão, passando-a por cima do ombro.

-tal como quando entras-te no apartamento.- Sussurro para mim.

-a sério?- ele ouviu.

-sim, tinhas a mala castanha de pele passada por cima do ombro.

Ele fecha a porta de casa e chama o elevador. Enquanto esperamos sinto o meu coração ficar apertado, o que será que ele me vai mais dar. Tenho tudo o que podia desejar, um ótimo namorado, pais incríveis, um irmão besta, e uma vida estabilizada em Oxford. Como podia ele dar-me algo de melhor? Todo o amor que me dá, parece ser quase inalcançável, eu sei como foi difícil no começo, e sinto que é por isso que sabe tão bem agora. Sofremos muito e passamos por muito, e cada momento negro com que nos deparamos, foi um reflexo daquilo que somos, somos o pior um do outro, mas sabemos fazer de nós o melhor.

-gostas-te? – ele agarra no meu fio, por entre os esguios dedos.

-é maravilhoso, foi o melhor presente que alguma vez recebi.

Passo os braços pela sua cintura e abraço-o. Ele larga as malas no chão e as suas mãos vão para a minha cara, onde a agarram, os seus polegares acariciam as minhas maçãs do rosto e em num segundo os seus lábios quentes e macios, estão nos meus, a provar e a arrepiar-me, a sua língua entra na minha boca e eu gemo em frustração, quando ele desce as mãos para as minhas costas, arrastando as minha mãos e prendendo-as nas suas, no fundo das minhas costas.

-és linda.- Ele beija o meu olho, a minha bochecha e o meu nariz.

Coro e baixo-me para apanhar as malas. Ele ri-se e pega na mais pesada. Odeio quando se ri de mim, quando estou envergonhada, faz-me parecer uma miúda de dezasseis anos.

O Harry está esquisito desde a viajem de carro parece ansioso e nervoso, o que me deixa, ansiosa e nervosa. Ele agarra o cartão do quarto e entra primeiro, bom ele espreita para dentro e depois volta para fora. Ele sorri para mim e tira um pedaço de veludo grande do bolso das calças.

-vou vendar-te.- Ele ri-se.

Engulo em seco. Vai vendar-me como? Isso parece-me algum tipo de brincadeira... agressiva. Olho para ele e tento desvendar o que os olhos animados dizem, mas nada, estou nervosa um friozinho na minha barriga apodera-se de mim.

-é só para desfrutares durante uns quatro minutos, depois podes tira-la, vai fazer-te ouvir com mais atenção.- Ele murmura e eu aceno.

Ele passa atras de mim e delicadamente coloca-me a venda nos olhos. Agarra-me e conduz-me para o quarto acho eu.

-devagar, não quero que te magoes, e fica onde te deixar.- a sua voz rouca, causa arrepios por todo o meu corpo.

Ele agarra ambos os meus braços e guia-me, não para fora do quarto, ao que oiço o barulho do elevador a ser chamado. Choramigo quando ele avança para dentro e me guia pelo mesmo caminho.

-confia em mim.- ele beija a minha cabeça.

Sinto o elevador subir, mas como estou vendada nota-se mais, e a sensação fica ligeiramente desagradável.

Quando o "pim" sonoro se faz ouvir, ele guia-me por algum tempo, oiço portas a bater, madeira, madeira, até que oiço vidro.

Uma porta de vidro?

Ele guia-me por um chão escorregadio e para. Ele beija o meu pescoço e muito devagarinho baixa-me até que me sente sobre as minhas pernas no chão. Passo as mãos pelo que está por baixo de mim, é macio, sinto calor vindo do meu lado esquerdo, e suponho que seja um aquecedor, ou lareira.

-fica quieta amor.- ele manda.

Ele sai e volta algum tempo depois, oiço-o sentar-se e de repente a sua voz faz-se ouvir

I figured it out

I figured out from black and white

Seconds and hours

Maybe we had to take some time

I know how it goes

I know how it goes from wrong and right

Silence and sound

Did they ever hold each other tight, like us?

Did they ever fight, like us?



You and I

We don't want to be like them

We can make it 'till the end

Nothing can come between

You and I

Not even the Gods above

Can separate the two of us

No, nothing can come between

You and I

Oh, you and I



I figured it out

Saw the mistakes of up and down

Meet in the middle

There's always room for common ground



I see what it's like

I see what it's like for day and night

Never together

'Cause they see things in a different light

Like us

They never tried, like us



You and I

We don't want to be like them

We can make it 'till the end

Nothing can come between

You and I

Not even the Gods above

Can separate the two of us



'Cause you and I

We don't want to be like them

We can make it 'till the end

Nothing can come between

You and I

Not even the God's above

Can separate the two of us



No, nothing can come between

You and I (you and I)

Oh, you and I

You and I

We can make it if we try

You and I

Oh You and I



Quando a sua voz rouca se extingue, sinto a minha face molhada. Lentamente tiro a venda e vejo onde estou. Estou no topo do edifício, numa cópula de vidro brilhante que me mostra o céu estrelado, uma cama á frente do tapete e lareira a reluzir.

Levo a mão é boca e um soluço escapa. Olho para ele e vejo como os seus olhos estão brilhantes. O meu choro torna-se compulsivo e salto para ele, deixando a guitarra cair. Ele agarra-me e caiu em cima dele, que se deita no tapete, aperto a sua camisola nas mãos e choro.

-eu amo-te tanto.- Soluço.

-feliz natal Soph.- Ele murmura na minha cabeça, e poisa os seus lábios nos meus.

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Admito que fiquei um bocado emocionada... qual de nós não gostaria? Eu seu que a música é de todos eles, mas não podia fazer um coro de One Direction's cair do céu, foi romântico e foi um dos últimos capítulos assim, quando ele voltarem a Oxford tudo vai mudar.

Vocês sabiam que o anel que a Soph deu ao Harry é verdadeiro? O Harry tem um igual ao que descrevi, e usa-o regularmente.

Obrigada a todas vocês, porque cheguei ao um milhão de leituras e tudo graças a vocês, foram vocês que fizeram com que eu fosse a primeira portuguesa a consegui-lo, muito obrigada, para vos agradecer, vou seguir todas as meninas que comentarem, não é agradecimento suficiente, mas é o que posso fazer. OBRIGADA

LOVE YOU

 

Vou corrigir o capítulo, mais logo, para detetar erros 

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