84ºCapitulo
Beijos estalados cobrem toda a minha cara enquanto a claridade tenta entrar pelos meus olhos. Sinto o meu sorriso enquanto o Harry pressiona os seus lábios na minha boca, num beijo quase infantil. Murmuro algo e sinto o seu sorriso na minha cara e os seus dedos a caminharem para a minha barriga, onde deixam um rasto de cocegas que me forçam a abrir os olhos.
-acorda dorminhoca.- a sua voz está mais rouca, por isso ele acordou á pouco tempo.
-que horas são?
-é meio-dia, por isso levanta esse rabo da cama, vamos passear.- Ele declara.
Mas eu deixo-me estar na mesma posição confortável, nos lençóis quentes aquecidos por ambos os nossos corpos, o que me deixa feliz, e estranhamente relaxada. Rolo na cama, para parar com a cabeça na sua almofada e sentir o cheiro dele. Humm cheira tão bem.
A minha mente fica turva outra vez e eu tento não me deixar ir outra vez...
-há, nem penses, vamos tomar banho.- Ele diz e descobre-me.
Arranca os lençóis e edredons de cima de mim, e puxa pelo meu pé para eu sair da cama, no entanto isso só faz a minha camisola subir e eu agarrar-me á borda da cama para ele não me levar com ele.
Ele passa os dedos pelas minha pernas, chega ao elástico das minhas cuecas e puxa, fazendo-me gritar. Viro-me rápido e levanto-me pronta a correr atras dele.
-eu sempre disse que gostava quando podíamos jogar jogos a dois.- ele grita a rir e corre para a casa de banho.
-Sabes Harry, ainda não é propriamente Natal.- digo enquanto caminhamos por uma rua agitada.
Está frio, no entanto hoje não está a nevar, o que não impede as ruas de estarem cobertas com pequenas porções de neve. Á enfeites luminosos em todo o lado, e uma grande árvore de natal num pequeno parque. O Harry está confortável com a neve, mas eu ainda há pouco tempo me habituei, no curto tempo que estive em Oxford, só nevou duas vezes. A neve deixa a minha pele sensível e irritada.
Respiro pela boca e uma nuvem forma-se e sobe, enquanto eu inclino a cabeça para trás para a ver e o meu gorro vermelho a cair. O Harry para de andar e baixa-se para o apanhar. Mete-mo na cabeça de novo e beija-me a sorrir. O sorriso dele faz-me sorrir, é sempre encantador vê-lo sorrir. Apenas para lembrar que no início do ano, ele nunca mostrava os dentes, ele era frio e controlado.
Vê-lo agora tão sorridente e calmo, e saber que em parte eu sou responsável por isso deixa-me sem dúvida muito feliz, eu sou parte disso e neste momento eu sinto que somos perfeitamente imperfeitos juntos. Somos o melhor um do outro e temos o pior de nós mesmos. A única coisa que nos separa neste momento é o facto de ele não saber tudo de mim a cem por cento. E sei que está na hora de lhe contar, quando voltarmos para casa, eu vou dizer-lhe, ainda não sei como, mas vou.
-o que está essa linda cabecinha a magicar?- ele ri-se e eu olho para ele.
-nada de mais, apenas no teu presente de Natal.- Riu-me.
-espero que gostes do que te vou oferecer.- Ele sorri timidamente.
-vou gostar de qualquer coisa que que ti me dês.- Paro e viro-o para mim, as minhas mãos vão para as lapelas do seu blusão e beijo-o. Um verdadeiro beijo de deixa-me-mostrar-te-o-quão- és-importante.
Ele agarra a minha cintura e ergue-me do chão girando-me. Oh eu não podia ter escolhido um namorado, melhor, de tudo o que sempre li em livros ele é como um desejo tornado realidade...bom pelo menos a parte romântica dele. Mas eu devo ama-lo independentemente de todos os defeitos e com todas as suas virtudes. Oh estou mesmo apaixonada, não me consigo ver sem o Harry.
-devíamos ir entregar-te ao teu pai.- Ele ri-se.
-sim, também acho. -Riu-me.
Caminhamos pelas ruas que começam a ficar apinhadas e a cada passo que damos da minha casa sinto um monte de borboletas a invadirem o meu estomago. Quero tanto dar-lhe o presente, quero mesmo.
Quando entramos no carro dele, ele liga a música, mas uma facha estranha de uma música que nunca ouvi começa a tocar. O Harry atrapalha-se e retira o ipod das colunas e o radio cala-se. Olho para ele e vejo as suas maças do rosto corarem levemente. Sorriu e ele parece relaxar, mas a ideia de ele ficar envergonhado faz-me curiosa e eu e a curiosidade andamos sempre juntas.
Ele arranca o carro e parte em direção ao apartamento dos meus pais e meto uma mudança mais alta, o que me parece ser uma boa desculpa para poisar a mão na minha perna, riu-me e ele ri-se comigo, duas gargalhadas a envolverem o espaço á nossa volta, e parece tão certo estarmos felizes, parece tão certo sermos quem somos sem eu ter que adicionar algo explosivo á nossa relação.
Ele para á frente do prédio e ambos saímos para a rua. Espero por ele e ele repreende-me com o olhar, provavelmente por eu não o ter deixado abrir-me a porta. Riu-me com tanto cavalheirismo e entramos, ele chama o elevador e segundos depois a sua mão está nas minhas costas a levar-me para o elevador, á medida que subimos uma corrente envolve a minha cintura e parece que cada célula do meu corpo me está a pedir para me aproximar do Harry.
Ele ri-se e pisca-me o olho, eu olho para os meus dedos entrelaçados na minha frente enquanto o elevador sobe e nos leva com ele, até ao meu andar.
Antes que as portas se abram o Harry aproxima-se de mim agarra na minha cara com ambas as mãos e beija-me de forma selvagem e forte. Encosta-me ao elevador e pressiona o seu corpo no meu, de modo a que a única coisa que eu consigo mexer são os lábios, mas mesmo assim o Harry limita-me os movimentos. A sua língua abre passagem para a minha boca e tudo nele é fogo a consumir-me. A minha língua toca na dele timidamente e sinto o seu sorriso quando ele me larga.
Agarra a minha mão e puxa-me para fora do elevador, ainda tenho o sangue a zunir nos ouvidos, mas ele parece composto enquanto avançamos até minha casa. Ele revista a minha mala tira as chaves e abre a porta, mete-se atras de mim, dando um sinal caro para que eu avance.
Meto um pé dentro do meu apartamento e tenho o meu pai sentado no sofá oposto á janela a olhar para mim com cara de poucos amigos. Como daquela vez em que sai de casa a meio da noite porque tinha um ratinho de estimação, bom na verdade o rato andava a roer-nos a canalização, mas ele era adorável e o meu ai queria amata-lo.
-olá pai.- Entro em casa e o Harry segue-me.
-Mr.Black.- o Harry cumprimenta.
-o meu carro Sophia Ella?!- ele levanta-se e eu engulo em seco.
Merda, esqueci-me do carro.
- Está no Hotel...- murmuro.
-se não fosse véspera de natal ia dar-te um sermão e meter-te de castigo.- Ele levanta-se a abraça-me.
Estranho...
-pensei que tinha acontecido alguma coisa.- Ele segreda-me.
Ele teve medo que eu me tivesse sentido mal. Oh pai, ainda morres antes dos quarenta com tanta preocupação. Abraço-o com força e depois solto-o, ele olha para o Harry e sinto-me corar. Ele deve saber o fiquei a fazer no hotel com o Harry, e nunca foi tão embaraçoso pensar numa coisa destas.
O Harry acena com a cabeça num gesto sério e o meu respira de alívio. Será algum código de machos alfa?
-queres ficar para jantar Harry?- o meu pai pergunta e o meu queixo cai.
-claro Mr.Black.- o meu pai sorri.
Sei que o natal é a época preferida do meu pai, mas dai a convidar o Harry para jantar? Oh sim, muito bom, estamos a fazer progressos.
-trata-me por Alex por favor.- o meu pai sorri e sai em direção ao quarto.
Sento-me no sofá e fico paralisada a olhar para o nada. O meu pai acabou de dizer ao Harry para o tratar por Alex? Não Alexander, não Mr.Black, mas sim Alex, apenas a minha mãe o trata assim. Acho que finalmente ele começou a gostar do Harry.
O Harry senta-se ao meu lado e começa a rir do nada. Olho para ele com os olhos arregalados.
-nem os meus avos o chamam de Alex, só a minha mãe.- murmuro.
-oh sim babe, da próxima vez só precisas de ir a correr atras de mim para sexo e ele vai ficar logo a gostar de mim.
-fala baixo estupido.- o meu punho bate no seu ombro e ele finge-se magoado.
-Adoro a tua família a sério.- ele recosta-se no sofá.
-é pena o teu pai não ser tão amistoso.- comento secamente, mas arrependo-me logo a seguir.
Ele olha para mim com um olhar sério e de repente um olhar quase infantil passa pelos seus olhos. Vejo fica mais pálido e meto a mão na sua cara num gesto afável.
-desculpa.- murmuro.
-não faz mal, estava só a lembrar-me de que também já tive natais felizes.- ele vira a cabeça e levanta-se.
Ele bate palmas e olha em redor meio perdido, procura algo para fazer e em parte sinto-me culpada por o ter feito ficar triste. Eu e a minha grande boca.
Estamos a comer a sobremesa e todos nós á mesa estamos excecionalmente felizes. O Harry parece confortável a fazer piadas com o Teddy e a minha mãe e o meu pai estão em estado de choque depois de saberem que o Harry é diretor geral da sua própria empresa de telecomunicações.
-podemos passar aos presentes.- A minha guincha, quando todos acabamos de comer.
-claro! Preciso de ir ao carro.- O Harry levanta-se e beija-me a cabeça.
Franzo o olho ao meu pai e á minha Mãe. Como é que o Harry sabia que ia aqui jantar, e trazia os presentes. O meu ri-se e eu vejo o Harry a sair e a bater a porta. A minha Mãe levanta-se e senta-se no sofá grande ao que todos a seguimos.
Sentamo-nos e o Teddy liga a árvore de natal, ele começa a cantar uma música de natal tão desafinadamente que tenho de lhe mandar uma almofada á cara. O meu pai aparece com alguns embrulhos e o Teddy saca de algumas caixas de trás do sofá. Levanto-me e vou até ao armário e tiro a caixa de chás que tive de esconder da minha mãe. Sigo até ao meu quarto e trago o resto dos sacos para a sala.
O Harry chega e um enorme sorriso no seu rosto ilumina os meus olhos. Ele poisa os sacos no chão e senta-se no sofá, puxando em seguida para o seu colo o que me faz corar. A minha mãe ti como uma menina e o meu pai resmunga qualquer coisa.
-posso ser a primeira?-a minha Mãe pede em nome dela e do meu pai.
Ele trás até mim uma pequena caixa de uma loja que não conheço, e quando abro a caixa uma linda pulseira com um coração como pendente tilinta, é linda e tem pequeno detalhes a dourado.
-obrigada mãe, pai.- beijo-os nas faces e ele sorriem.
O Teddy diverte-se quando o meu pai e a minha mãe lhe poem na mao as chaves do antigo desportivo do meu pai. Acabo por me rir, porque desde que o Teddy era um adolescente lho pedia, e a resposta do meu pai era sempre negativa.
-bom Harry, não sabíamos bem o que te comprar, mas depois a Soph contou-nos que adoras golfe, e talvez da próxima vez que cá venhas possas jogar com o Alex, ele mesmo te tornou socio do seu clube preferido, só entre nós acho que ele gosta de ti.
-oh bom, obrigado, ficaria honrado em derrota-lo Alex.- o Harry sorri e o meu pai acaba por ceder e sorri-lhe.
-vamos ver Harry.
O Teddy resolveu oferecer uma caixa de preservativos ao Harry, o que deixou toda a gente embaraçada, mas segundo ele, é hilariante. A mim deu-me uma manta polar que diz L.A com o mar e o sol a pôr-se. O presente dele quase me faz chorar.
Quando chega a minha vez distribuo tudo por todos, mas quando chego ao Harry sinto-me esquisita e nervosa.
Pesco da pequena caixa de veludo e sento-me ao lado dele, já a sentir as minhas bochechas queimarem.
-bom, costumam ser os rapazes a oferecer isto, mas achei tão giro, que não me contive.- Murmuro e olho para ele.
Ele abre muito os olhos quando vê a caixa e eu quase me desmancho a rir. Abro a caixa e revelo um anel prateado, tem ursinhos em toda a sua volta e apesar de não parecer encontrei-o numa loja vintage, na secção masculina.
O Harry ri-se alto.
-oh achas-te que era a minha cara.- Ele ri-se.
-yap, passa para cá o dedo.
Agarro na sua mão e faço o anel deslizar pelo seu dedo do meio. Ele levanta a mão e sorri ternamente.
-é amoroso Soph obrigado.- Ele beija a minha bochecha.
-espera, tenho isto.- Passo-lhe um saco agrafado e ele abre-o cuidadosamente.
-um estojo para a guitarra?! Woow, é fixe. E tem os logotipos de todas as minhas bandas preferidas.
Aquele foi o presente mais caro, mas acho que valeu a pena, pela cara dele.
-agora é a minha vez.- Ele murmura
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A próxima parte sai amanhã, porque estou super cansada, espero que tenham gostado, e fiquem a saber que este mês vai ser uma surpresa, um regresso ao passado da minha parte, depois vocês vão compreender hihihi.
Para esclarecer o facto de só ter publicado até quarta, acho que vos disse que ia estar fora, e que estava sem net, ou seja eu tinha de ir até a um sitio para publicar e era meio complicado.
LOVE YOU
Vou rever o capitulo a seguir ao jantar para detetar os erros, só não queria que esperassem mais.
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