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76ºCapitulo

O Harry tenta tocar á campainha, mas eu não estou nem ai para o que ele quer agora. Isto vai ser uma coisa importante, eu nunca apresentei ninguém aos meus pais, nunca tive um namorado, e não vai ser ele a falar com eles. Eu quero fazer isto, mas quero fazer isto bem.

-tem lá calma valentão.- as minhas mãos mexem-se no peito dele.

Vejo os olhos dele arregalarem-se, e sei exatamente o que ele está a pensar, ele acha que estou a mudar de ideias, quando não estou.

-Harry, eu quero que ele te conheçam, que te conheçam como eu conheço e não como o idiota chapado do início do ano, mas quero ser eu falar, por isso fica calado.

-isso vai ser cobardia, roubo-te a castidade e depois fico calado que nem um rato.- ele passa as mãos pelo cabelo.

-não me a roubas-te, se bem me lembro eu também quis aquilo.- a minha voz a subir algumas oitavas.

E antes que eu tenha controlo sobre o que ele está a fazer, o seu indicador está na campainha. O barulho grave a ouvir do outro lado da parede, e passos a vir em direção á porta.

A porta abre-se devagar e a minha mãe está á porta de robe e cabelo despenteado. Os seus olhos tão verdes, quanto eu me poderia lembrar, a sua pele pálida como a minha.

E antes que eu possa evitar estou agarrada a ela como um bebe chorão a soluçar. Pareço estranha a chorar sem ser por causa do Harry, mas tive tantas saudades da minha mãe, que parece que me arrancaram uma farpa do coração.

-oh Soph.- ela beija a minha bochecha.               

-oh céus mãe, tinha tantas saudades.- Choramingo.

-e eu tuas meu amor.

E pela primeira vez ela parece notar a presença do Harry que nos observa com um interesse vivido, a minha cara molhada, vai da minha mãe para o Harry e vejo um sorriso a formar-se nos lábios dela. Mesmo depois de ele ter sido mal-educado com ela, ela ainda consegue sorrir para ele.

-havia qualquer coisa que me dizia que não virias sozinha.- ele abraça-me de novo.

Olho para o Harry, e ele está a olhar para mim com um brilho apaixonado nos olhos e não consigo, não retribuir.

-mãe, este é o Harry o meu...- as palavras param na minha boca.

-sou o namorado.- ele termina, fazendo a sua voz rouca chegar ao interior de casa, onde um Teddy rabugento passa com um copo de leite.

A minha avança até ao Harry e abraça-o.

-Anne.- ela diz quando o larga.

-Harry.- ele diz.

-entrem por favor.- a minha mãe puxa-nos para dentro.

O apartamento é enorme e espaçoso, tem janelas enormes com uma vista para o central park maravilhosa. A sala e a cozinha estão abertas tal como o apartamento do Harry. As paredes são pintadas de branco sujo, e os sofás são de uma cor creme. Todo o Chão é em madeira, e depois da sala á um corredor com cinco portas o que eu suponho serem os quartos e a casa de banho.

A minha mãe senta-nos no sofá, e promete voltar em dois minutos com bolachas e leite, o que agrada ao meu estomago.

 -a tua mãe é simpática, és parecida com ela.- Ela beija a minha bochecha.

-ambas não acreditamos na tua falsa fachada de homem durão?- gozo.

-um dia destes mostro-te o quão durão posso ser.- Ele sussurra no meu ouvido.

-estarei á espera.- Riu.

Uma porta bate, e tanto ele como eu olhamos para trás, para ver o meu pai no seu fato azul escuros e cabelo revolto. Salto do sofá e corro para ele. Ele abre os braços e dá-me um abraço tao apertado que quase me esmaga.

-tive tantas saudades tuas querida.- Ele beija o meu cabelo.

- e eu tuas pai.

De repente ele parece ficar chocado, mas recupera rapidamente. O Harry esta de pé ao lado da minha mãe e mantem o rosto tão neutro quanto possível. O meu pai mete a mão nas minha costas e encaminha para a frente, onde paramos á frente do Harry e da minha mae.

- eu não sei porque, mas houve algo em si Mr.Styles, que nunca me fez acreditar que conseguiria ficar longe dela.

O tom de voz do meu pai e acusatório, mas ele estende a mão ao Harry, ao que ele aperta com firmeza.

-Mr.Black.-O Harry parece estar bastante confiante.

Um silencio estranho paira no ar e tenho medo de ficar presa neste constrangimento e não ter como fugir dele.

-bom, eu preciso de meter as minhas malas no quarto. Podes ajudar-me Harry?

Não vou deixa-lo sozinho com o meu pai ao pequeno-almoço. O meu pai é rabugento de manha, foi de manha que apanhei todos os meus castigos.

-onde é o meu quarto mãe?

-é a ultima porta querida.- Ela sorri-me.

Sei exatamente por que não quer ser ela a mostrar-me o quarto. Quer que eu fale com o Harry.

O Harry abre a porta para mim, e fecha-a tao devagar que quase não oiço o bater. Ele poisa as malas no chão, e eu olho pelo quarto.

É cinzento arroxeado e a cama é branca, assim como o resto dos móveis. As paredes também são grandes, mas não vão do chão ao teto.

-isto é maravilhoso.- Murmuro a rodar sobre mim mesma.

O Harry continua parado á minha frente, e eu vou até ele, só para o beijar, gosto que ele saiba que lhe dou valor. E que não é o facto de o meu pai estar a agir como se fosse um cubo de gelo que muda isso.

-ele vai habituar-se.- murmuro contra os lábios carnudos dele.

-eu é que não me vou habituar a ele.- ele ruge.

-hey, nada de ofender.- bato no seu ombro.

Ele olha para mim e perco-me na intensidade com que me olha, será que vai ser sempre assim, vou passar a vida a render a cada olhar que ele me der? Parece ridículo.

-amo-te.- ele diz contra os meus lábios.

-amo-te.

Os seus lábios raspam os meus, e quando me beija é como se fosse transportada para uma nuvem, uma pequena nuvem fofa, que é só minha, e que ninguém pode diluir.

-em que hotel vais ficar?- a minha voz sai fraca.

-no JW Marriott Essex House, o Louis já lá esteve e diz que é fixe.- ele esclarece.

-oh meu deus.- tapo a boca com a mao.

-o que?- ele parece assustado.

-é impressão minha, ou tu o grande diretor geral de uma grande empresa acabas-te de dizer que é um "hotel fixe".

-foi o Louis, não eu.- ele defende.

-tem piscina?- arqueio a sobrancelha.

-sim.- ele responde carrancudo.

-entao sim amor, tens razão é "fixe"- caiu na gargalhada.

- e tenho um dos maiores quartos, com uma das maiores camas...- ele dá-me um lindo sorriso com direito a covinhas, reservado apenas para mim.

A porta treme e a minha mae entra, com um grande sorriso na cara.

-vai acordar o teu irmão querida.- ele sorri.

Olho para o Harry ele sorri-me com amor, incitando-me a ir. Atravesso a porta e paro a meio do corredor. O meu pai está no balcão da cozinha a olhar para mim com cara de poucos amigos, e por alguma razão que eu sei com certeza qual é. Magoa-me.

-qual é a porta?- pergunto á minha.

-essa á tua frente.- Diz do quarto. Sei que esta a falar com ele.

Entro pela porta a dentro e tropeço em qualquer coisa. O barulho parece despertar a atenção do Harry.

-Sophia?- ele pede do meu quarto.

-estou bem querido.- Digo como a minha mãe ao meu pai.

O interior do quarto está escuro, e percebo que tropecei numa mala de viagem. Bolas, ele sempre foi desarrumado, mas chegou á três dias, já devia ter mexido o rabo e arrumado tudo.

Pela ombreira da porta á luz e vejo a cama, ao que me atiro para cima dele. Um gemido grande vem debaixo de mim e eu perco-me no meu riso.

Á tanto tempo que não me ria assim. Este tudo tao bem neste momento, se não fosse o meu pesadelo. Mas mesmo assim acho que estou em paz, estou aqui, ao pé dos que amo, mesmo com o meu pai a ser um pouco mau. Estou feliz.

-estou de férias pais, não me podes obrigar a ir para a escola.-

Ele geme meio dormir.

-á quanto tempo não me vez?- pergunto a rir. Ele é meio sonâmbulo.

-desde ontem á noite pai.

-quem é a tua namorada?- oh sim, isto vai ser giro.

-não resulta Soph, tenho 23 anos, não 16.

Ele vira-se na cama e faz-me tantas cocegas que tenho medo que o meu riso acabe. Ele pressiona um interruptor e os estores sobem sem barulho. Ele olha para mim e o seu sorriso cresce.

-onde está ele?- ele ri-se.

-ele quem?- coro.

-trouxeste o Harry, estas com um sorriso apatetado... e oh, da próxima vez que ele te beijar em casa dos pais, diz-lhe para o fazer com menos força. Os teus lábios estão quase roxos.

As minhas faces queimam e ele ri-se de mim, levantando-se.

-vamos lá ver o rapaz.- ele ri-se e eu sigo-o.

Ele está no balcão da cozinha a comer waffles, e a beber uma chávena de café com o meu pai, mas nenhum dos dois fala.

Ele levanta a cabeça e sorri para mim. parece nem notar no Teddy, sou apenas eu, ele faz-me sentir a única rapariga no mundo, como se o mundo girasse á minha volta, e isso é amoroso, todo ele me ama, eu amo-o mais do que alguma vez amei alguém.

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Sei que disse que ia publicar de seguida, mas tive um problema. Por isso.... Espero que tenham gostado, e como amanha tenho a tarde livre vou postar outro.

Espero sinceramente que tenham gostado, e falo de todos os outros capítulos, sei que não tenho respondido a todos os comentários, mas eu leio-os todos, no telemóvel, eu só preciso de algum tempo, é que são imensos, e é meio complicado, responder a quase 40 comentários no mesmo dia.

Digam-me o que tem achado da fic até agora, sejam sinceras.

 Ok estou a por isto agora, por isso para quem está a ler o capitulo só agora, eu gostava que soubessem que eu e outra escritora, a Brunna0 estamos a escrever ambas uma fic chamada "Soul Mates"- está na minha lista de leitura, e tambem podem procurar, vão encontrar. 

PS- NAO ESTÁ NA MINHA CONTA OFICIAL, QUE É ESTA.

LOVE YOU GIRLS

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