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75ºCapitulo- POV Harry

Ela respira baixinho no meu ombro novamente. Tive que passar para o cadeirão dela, de modo a ficar contra a janela. O seu corpo a fazer peso no meu á mais de uma hora. O novo telemóvel dela espreita no bolso da sua mala e eu perco-o de modo a verificar onde fica a casa do pai dela.

Sei que ela não lhe disse quando ia, de modo a fazer-lhe uma surpresa, mas vou arranjar maneira de a deixar em casa.

O pesadelo dela deixou ainda mais viva a minha preocupação quanto ao assunto de londres. Eu sei que o assunto não está encerrado e tenho alguns homens a tratar disso mas mesmo assim as pistas são demasiado vagas. Fosse quem fosse, naquela noite assustou-a, e a mim também.

Ela mexe-se no meu colo e eu travo os meus pensamentos. Ela é tão sensível á minha mente que chega a ser assustador. Ela parece perceber quando o meu cérbero vagueia para lados escuros.

Pego no seu novo telemóvel... bom eu não sei que raio de modelo comprou ela, mas sem duvida é... pequeno.

Procuro nas mensagens e vejo algumas com o nome de Cat, Teddy, mãe, pai...

A mensagem do seu pai induz-me para um arranha-céus perto do central parque, mesmo no centro da cidade. Bom, pelo menos vou ter um hotel perto do seu apartamento o que é bom, tendo em conta que não...merda, não vou dormir com ela.

Lembro-me que estamos no avião, e mesmo sem ter a internet ligada estou a fazer algo de errado. Poiso o telemóvel e ajeito-a no meu colo, acabando eu mesmo por fechar os meus olhos.

-senhor?- uma voz suave abana o meu ombro.

-vamos aterrar em dez minutos, talvez devesse acordar a sua namorada e colocar-lhe o cinto.

Abro os meus olhos e a gentil hospedeira faz-me senta-la no cadeirão com cuidado. Ainda não acordou, e não estou disposto a que se magoe.

-mas porque é que não podemos apanhar um táxi?- ela bate o pé.

De repente lembro-me de como ela é bonita calada e a dormir nos meus braços. Assim parece muito mais irritante. Porque é que ela nunca colabora comigo?

-aluguei um carro, e estamos só á espera que nos venham trazer.

Ela fulmina-me com os olhos enquanto o seu cabelo e parte do seu gorro são cobertos de neve, deixando-a a adorável no seu amuo. Ela tem agora um enorme e felpudo casaco vestido com um capucho adoravelmente forrado a pêlo. É a cara dela.

Chego-me a ela e beijo-a, ela parece querer resistir, mas com este frio, eu duvido que ela aguentasse mesmo que quisesse.

O nosso carro aparece e ela deixa o seu queixo cair até ao chão, fazendo-me querer que exagerei.

O range rover preto para á nossa frente e ela olha para toda a extensão do veiculo.

-era por isto que queria vir sozinha.- ela agarra nas sua malas e mexe-as para a traseira do carro.

-sim, claro.- reviro os olhos.

Dou uma gorjeta generosa ao homem que sai do carro e apresso-me a meter a nossa bagagem no porta malas. Abro a porta dela e ela salta para dentro do carro.

Quando estou ao lado dela, ligo o GPS. Ela franze o olho para mim e eu riu. Adoro estar um passo á frente dela, é tao engraçado.

-sabes as tuas tendências perseguidoras não tem limites.- ele grunhe.

-vá-la amor, tinhas o telemóvel a sair da mala.- gargalho.

-aproveitaste-te do facto de eu estar a dormir.

-yap, cada um usa as armas que tem.

Vinte minutos depois estamos á frente do prédio dela e ela tem as feições tristes. Questiono-me se estará realmente arrependida de me ter trazido, mas isso não me parece ser uma hipótese.

-o que se passa.- agarro o seu queixo e obrigo-a a encarar-me.

-isto não é a minha casa.

Os olhos dela estão tristes e as suas maças do rosto perderam o habitual tom rosado.

-como assim?

-L.A é a minha casa.

A maneira como a voz dela sai debilitada faz-me querer voltar ao aeroporto e obrigar a porra de um piloto a pilotar para LA, só não percebo porque é que ela não me disse que queria ir para lá. Por um lado é claro, por causa da sua família, mas ela não gosta. Ela só estava animada por ir ter com os pais, mas não deve ser a mesma coisa aqui.

-sabes, lá tínhamos uma vivenda baixa, não uma torre enorme.

-olha amor, porque não vais até lá ter com eles, e depois me telefonas a dizer como é.

Os olhos dela fixam-se nos meus e ela engole em seco, parece tao venerável que eu acredito que se algum dos meus demónios estivesse presente agora teria piedade dela. A sua boca abre-se e ela passa a língua pelos lábios secos.

-vem comigo.- ela sussurra.

O meu mundo para de girar e a única coisa presente é aquela linda rapariga á minha frente. Que tanto temia que os seus pais não gostassem que estivéssemos juntos. Agora está a pedir-me que vá com ela.

-tu tens a certeza?- a minha voz sai rouca.

-por favor, de repente és a única coisa que me está a parecer familiar.

Ela olha em volta e percebo o quão está a assustada, mesmo comigo aqui, não é a mesma coisa. Quando foi para Oxford, o objetivo era voltar para LA, não para Nova Iorque. Mesmo com os seus pais, e o seu irmão, tudo isto ainda é estranho. Não tem as suas amigas, nem a sua casa, quando passou tanto longe.

Abro a porta do carro e saio para o frio d dezembro. Tiro a mala dela do porta malas, e avanço em direção á porta dela para a abrir. Ela salta para fora e surpreendendo-me passa os braços á minha volta e beija-me.

A sua língua evasiva a mergulhar na minha boca, e em menos de nada estou a corresponder ao seu beijo, deixando as malas cair esquecidas no passeio. Os meus braços passam á volta dela e levanto-a do chão para a divertir. Ela dá um guincho na minha boca e eu mordo-lhe o lábio.

-anda lá miúda, vamos conhecer a tua família.- beijo o seu nariz.

A ideia parece nauseante, porque sinceramente, quando ela não era nada para mim, eu podia trata-los mal á vontade, mas agora eles são a família da minha namorada, e eu estou oficialmente borradinho de medo.

Pego novamente na sua mala, e entramos pelo átrio do prédio. Um porteiro de meia idade olha para a Soph como se a quisesse comer, e estou a pensar em dizer-lhe uma palavrinhas quando descer.

-bom dia.- a Soph sorri.

A culpa é dela, com aquele sorriso.

-bom dia.- o homem ajeita o cabelo

Sinto uma necessidade compulsiva de levar o meu punho a cara dele, mas estou ciente do medo que a Soph já deve estar a sentir por estar a dar este passo.

-Sou a Sophia Black, os meus pais mudaram-se para aqui recentemente...

-á sim, sei quem são, vou avisar.

-não.- Ela intervém.

-é uma surpresa.- Finalizo, só para lhe dizer algo, para ele perceber que o meu punho é tao forte como a minha voz.

 -tem algum documento que a possa identificar?- ele pergunta e chega-se para ela.

Eu pego na carteira dela, e sinto o seu olhar zangado em mim, mas estou-me a foder. O homem está a dar em cima dela, e só não estou a socar a cara dele, porque ela está aqui.

Passo-lhe a identificação dela, e ele abre as portas do elevador para nós.

-tenham um bom dia.- ele finaliza.

Enquanto o elevador sobe para o 16ºandar a soph perece irritada.

-podes parar.- eu digo.

-porque é que te comportas sempre como um macho alfa?

-porque sou um, e estou cheio de testosterona por libertar.- riu.

-não tem graça.- ela tenta pontapear-me.

-só não te encosto á parede do elevador, porque vou conhecer os teus pais.

E assim que as palavras deixam a minha boca, vejo-a arrepiar-se, e tudo dentro de mim me diz para a atacar.

As portas abre-se e travam-me. Dou um passo em frente e ela mete a mão no meu peito quando vou carregar na campainha.

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Foi pequeno eu sei, mas amanha vou por mais. Yap, três dias seguidos bem podem acreditar. Amanha é que vão ser elas, ele a "conhecer" formalmente os pais dela.

Bom meninas eu espero que estejam a gostar da fic no seu todo.

LOVE YOU GIRLS

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