69ºCapitulo- POV Harry
*leiam a nota final, é mesmo importante
Ela respirava baixinho com a cabeça apoiada no meu peito. O seu sono profundo era mais que evidente, e eu não tinha dúvidas quanto ao facto de que se ela me quisesse dar um pouco do seu sono, ela ainda teria muito para ela própria.
Eu não sei porque é que eu adormeço sempre tão depressa. Vê-la dormir deve ser uma das coisas mais bonitas de sempre. A maneira como as pestanas dela não são tao compridas como as da maioria, não chegando ao topo das suas lindas e rosadas bochechas. Os seus lábios avermelhados ligeiramente abertos, e o modo como ela funda o nariz de vez enquanto como um pequeno coelhinho.
Ela é adorável.
Tirando o facto de me ter posto a pensar naquele bastardo. Ele não me sai da cabeça, nem ele, nem a merda de conversa que teve comigo.
Não acredito que ele quer dinheiro. Dinheiro porque não consegue pagar a porra do curso. Eu pergunto-me o que andará o meu pai a dar-lhe para ele me vir acossar desta maneira. Oh e ele quer a Soph, sim ela quere-a mais que tudo. Eu vejo a sua expressão, é igual á minha.
A minha pequena grande lutadora. A dançar com os meus demónios enquanto eu tento fugir deles. Ela nunca tem medo de nada, e esse é o problema.
Na noite em que ela foi perseguida, recebi uma encomenda.
Era eu em miúdo, ao colo da minha mãe, e no verso havia uma foto minha de mão dada com a Soph. Tudo o que posso prever é que, quem quer que a tenha tentado matar, matou a minha mãe, e agora sei que nunca estive tão perto de apanhar o seu assassino.
Por muito que me tentassem por na cabeça a ideia do acidente, eu nunca, mas nunca acreditei.
Eu lembro-me de cada detalhe dessa tarde, é como se eu vivesse no passado permanente, até á pouco tempo atrás eu dormia á base de calmantes, e agora aqui estou eu, sem nada, a penas com a minha pequena guerreira nos braços.
Tudo o que posso dizer e pensar do que ela me disse, foi que sou um cabrão egocêntrico, ela não mo chamou, mas eu definitivamente sou.
Por muito que o Dean, não me inspire confiança, ele era da minha mãe, por muito que me custe engolir esse sapo. Ele é um caralho por trabalhar com o meu pai, e ser filho da minha mãe. Como é que ele conseguiu voltar a olhar pra o meu pai, depois deste o ter tentado matar, quando ele era criança?
Mas eu devia dar-lhe alguma coisa. Ele nunca foi incluído em nenhum testamento, nem no seguro de vida da minha mãe, mas eu posso dar-lhe algum dinheiro certo? Pela Soph? Eu posso tentar, é só algum dinheiro. Há uma torneira de dinheiro a correr na empresa neste momento.
Eu nunca pensei ter tanto jeito para isto. Gerir um negócio no mundo real é realmente melhor do que nos livros. Não que o curso seja mau, mas é tao mais excitante na vida real, em que posso trabalhar, e ganhar algum dinheiro. Não sei porque só agora é que me apeteceu ir para o lugar do meu antigo assessor de negócios. Mante-lo na liderança foi uma perda de tempo, não nos consigo lançar para fora.
No fim de meia hora sem conseguir dormir decido que vou emprestar dinheiro ao Dean, pela Soph, eu vou. No entanto é outra coisa que me está a incomodar mas desta vez, no meio dar pernas. Merda.
Levanto-me devagar para não a acordar e meto a sua cabeça na almofada. Ela resmunga alguma coisa, mas agarra-se á almofada de uma forma querida.
E eis me aqui, a antiga sex machine parada á quase três meses porque se apaixonou. Estou tao apanhado que chega a doer. A forma como ela respira para cima de mim, e o facto de a minha t-shirt ser demasiado grande para ela, fez com que o seu seio esquerdo ficasse nuo, dando-me a visão de um rosado mamilo. Oh céus, ela é Afrodite, vénus e Beatriz.
Eu quero mesmo enfiar-me dentro dela, mas isso vai implicar coisas dolorosas para a pequena rapariga adormecida na minha cama.
Vou até á cozinha e encosto a testa ao vidro. No que me vim eu meter? Gosto tanto daquela rapariga que perco as minhas batalhas interna. Aqui estou eu disposto a aceitar o facto de não ter sexo á três meses, aqui estou eu disposto a ajudar a porra de um bastardo. O que foi que fiz para merecer que ela me caísse ao pés. Em toda a minha vida apenas pensei que ia acabar sozinho. Foder enquanto fosse novo, e beber até cair para o lado quando a minha imagem de belo rapaz desaparecesse. A minha aparecia física é suficiente por agora, um dia, mesmo velho, com oitenta anos, iria precisar de outra coisa.
A minha visão vai até a armário de cima da cozinha. O armário que a Soph não chega nem com um banco. Todo o álcool escondido ali. Eu poderia embebedar-me por um mês com tudo aquilo.
Tenho de tirar aquela merda dali. A Sophia não vai ficar contente.
-Harry?- uma voz pequena, rouca e sonolenta aparece na ombreira do quarto.
Ela esfrega os olhos sonolentamente e olha para mim com cara de abandono. Eu abro os braços e ela corre a encaixa-se neles. Os seus pés a baterem no soalho para chegar até mim.
-então, o que se passa amor?- eu murmuro no seu cabelo enquanto a aperto nos meus braços.
-senti a tua falta na cama.- ela murmura e boceja no meu peito.
-não devias ter te levantado, estás cansada. – censuro
-quero que venhas comigo.- ela beija o pássaro esquerdo do meu peito.
-adoro esta tatuagem, é a minha preferida de todas.- ela sorri contra a tatuagem, e escolho oficialmente que é a minha preferida.
-de todas? Há muitas.- riu.
-anda.- ela puxa a minha mão.
-eu não tenho sono Soph.- tento e vejo os olhos dela ficarem grandes.
-tu não queres ir dormir comigo?- ela choraminga.
-claro que quero Soph, só não agora.- eu tento.
-tu este cansado?- ela olha para os seus pés cobertos por meias as bolinhas.
-cansado do quê?- estou confuso, acabei de lhe dizer que não tenho sono.
-de esperares?
-se tu estas a referir-te a sexo. Não eu não estou cansado de esperar por ti, eu esperaria esta vida e a próxima.- Aproximo a minha boca da dela, mas não a beijo.
-tenho medo que te fartes.- ele mexe os seus lábios sobre os meus enquanto fala.
-esperei três meses por isto, aguento quanto tempo tu quiseres. Alias isto nem é uma coisa minha, isto é teu e se eu te forcasse a alguma coisa eu estaria a ser um imbecil.
Os olhos dela estão tão aberto que é quase como se eu conseguisse ver para além do verde escuro que ela possui. Isto é uma das coisas mais engraçadas em nós. Ambos temos os olhos verdes, mas se pensar na cor de olhos dela, acho que não é a minha. Ela tem algum castanho nos seus olhos, eu tenho apenas algum azul junto ao verde. Eu acho que isto demonstra o quão parecidos e diferentes somos.
-tens uns olhos lindos.- beijo a sua pálpebra.
O seu dedo acaricia a minha cara passando o polegar pela minha sobrancelha.
-tu és todo lindo.- ela beija a minha bochecha.
Não todo, o meu interior é tudo aquilo que o meu exterior não é. A escuridão envolvente que me assombra, até quando estou com ela consigo sentir, eu apenas tento esquecer. Mas ela está lá. O tempo todo para me lembrar, de que a morte da minha mae não foi apenas um acidente, eu ajudei, eu também a matei. Eu fui horrível.
-hey.- ela mete a sua mão no elástico dos meus boxers e puxa-os com força, fazendo com que eles me chicotassem a pele.
Ela larga-se de mim e foge, eu agarro o seu pulso e puxo-a para mim. Tudo isto que estou a ter agora com ela parece demasiado irreal. Os olhos dela á espera que eu faça alguma coisa. A expetativa do que ela me vai dizer a seguir, está tudo tão perto do presente que me sinto livre.
A minha boca cobre a dela, e eu exijo-a, a minha língua evasiva a extrair-lha cada pedaço de tudo o que ela tiver para me dar. Ela é minha. Apenas minha, e por muito egoísta que eu seja, não vou mudar em relação a ela. Vou ser tão egoísta em relação a ela quanto poder.
-hum.- gemo quando ela mordica o meu lábio inferior. Isto é o inferno e o paraiso. Quero tocar-lhe mas não o vou fazer.
-devíamos ir para a cama.- murmuro-lhe no pescoço.
-mas agora estou acordada idiota.- ela puxa suavemente o meu cabelo.
-já te digo quem é o idiota.
Pego nela ao colo e levo-a para a cama. Não lhe vou fazer nada, não hoje, mas vou criar espectativa. Ainda por cima hoje ela decidi-o ter uma quebra tenção a meio de um orgasmo. Esta rapariga sobe o meu ego ao máximo que pode.
Deito-a e meto-me em cima dela, esfrego-me entre ela e vejo-a fechar os olhos. Quero apenas acender a faísca, perturba-la um pouco mais.
Quando paro os olhos dela abrem-se muito.
-o que há de errado?- ela olha para mim em pânico.
-estou cansado, quero dormir.- bocejo.
-estas a brincar certo?- ela está irritada e isso dá-me vontade de rir.
-porque Soph querias alguma coisa?- mordo-lhe o nariz.
-bom...acho que me deves uma coisa.
-oh, mas eu acho que não, tu é que decidiste deixar de sentir.- caio na gargalhada e ela cora violentamente.
Ela vira-se para a parede e eu agarro-me a ela. Dormir com ela é bom, dormir agarrado a ela é ainda melhor.
Há merda, os meus olhos. O meu braço vai em direção aos meus olhos protegendo-me dos raios do sol. É de manha. Chego o braço para o lado esquerdo da cama, mas os lençóis estão vazios. Abro os olhos mais depressa do que é humanamente possível. Ela não está aqui.
Levanto-me e puxo umas calças azuis de fato-de-treino pelas pernas. Fodace tenho as pernas maiores do que devia. Salto até á porta do quarto mas ela não está na sala. Tento a casa de banho e nada. Merda.
-Sophia?!- grito á espera de uma resposta vinda de trás do balcão da cozinha, mas nada. O panico a instalar-se.
Abro a porta de casa e corro até á entrada no piso zero. Nada.
-Nathan viste a Sophia?- pergunto enquanto ele se demora no que tenho vestido.
-lá fora.- o porteiro do nosso edifício responde.
-Harry? Não estas a pensar em ir assim para o frio de Dezembro pois não?- tenho vontade de o mandar á merda.
Corro até ao jardim por de trás do nosso prédio o frio a chicotear-me a pele nua do peito, mas lá está ela, sentada a desenhar uma merda qualquer. Estou passado. Ela passa a vida a fazer isto, sair enquanto eu estou a dormir, parece a única maneira que ela tem de correr para longe de mim e irrita-me que ela se aproveite do meu estado mais vulnerável para fazer isso.
Ela está de costas para mim, uma camisola grossa de lã branca para se confundir com o céu cinzento. Mexas de cabelo ondulado a escapar de um rabo-de-cavalo desleixado. E a minha irritação, parece ser sempre a minha irritação a estragar o magnífico que ela é.
-o que pensas que estas a fazer?- murmuro-lhe no ouvido quando me ajoelho atras dela.
Ela dá um salto e vejo a sua pele arrepiar-se. A sua pele imaculada e branca, apetece-me beija-la, mas estou irritado para caralho.
-desenhar.- ela tenta.
-e não me avisas-te porque?- a minha voz a tornar-se mais dura do que o pretendido.
-porque não queria acordar-te. -a voz dela não passa de um sussurro.
-e quantas vezes já te disse que não quero que saias sem me dizer?- os meus dentes puxam a pele do seu pescoço num ato carnal.
-muitas.
-e o que devemos fazer quanto ao facto de estares sempre a desobedecer-me?
-apreender a viver com isso. -ela ri. Porra ela está a rir-se de mim?
Puxo-o o seu rabo-de-cavalo enrolando-o á volta do meu pulso.
-estas a rir-te de mim?- pergunto sério.
-estou.- ela desafia-me.
-eu não acho que tenha piada.- puxo o seu lóbulo com os lábios. A pele dela arrepia-se novamente.
-por acaso tem.- ela ri-se alto. Uma gargalhada despreocupada.
-ai tem?- ok estou a começar a querer rir-me e não quero.
-estamos em dezembro e aqui estas tu, sem camisola, só porque estas preocupado. Não sabes o quão adorável estás.- ela ri
-és a primeira coisa que vejo quando acordo, sabes que me sinto revoltado quando não estas lá.- murmuro zangado.
-como é possível que eu te ame mais do que ontem?- ela pensa mais para ela do que para mim, e o meu coração enche de amor, e orgulho mal contido.
E ela beija-me.
Ela está a beijar-me quando estou zangado porra. A minha raiva parece desaparecer enquanto a língua dela em invade a boca, ela manda-me contra a relva fria e mete-se em cima de mim. Os lábios dela estão quentes e eu não demoro a corresponder ao seu beijo. O que ela me faz é magia.
E não me importo nada de estar meio despido na rua, com as costas na relva cheia de orvalho. Desde que ela esteja comigo, até podia estar no fim do mundo, quando ela pousasse os lábios nos meus tudo se tornaria melhor.
-perdão?
A voz conhecida voz o nosso beijo estacar, e já estou a ferver de raiva, só por nos estar a interromper.
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Desculpem a demora. Queria partilhar isto com vocês porque acho que devo uma explicação devido á demora para postar este capítulo.
O meu irmãozinho, está internado no hospital e tenho tentado passar o máximo tempo que consigo lá com ele. É óbvio que entre escrever e dar atenção a uma criança, é ele que vou dar mais atenção. Lamento a demora, mas agora os meus horários de postejem estão novamente normais, mas vou tentar por um amanha para vos compensar sim?
Obrigado por tudo meninas, a sério, espanto-me com as mensagens e comentários que me mandam, vocês são as maiores, obrigada por tudo.
LOVE YOU GIRLS.
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