Talvez o facto de o Harry se ter deparado com o facto de eu o ter ameaçado o faça ver as coisas de uma nova perspetiva, na verdade espero que sim, discutir com ele é sempre demasiado doloroso e as coisas horríveis que saem das nossas bocas são quase monstruosas.

As vezes quando penso se ele quererá mandar-me embora, penso em como me sentia quando era pequena e nenhuma rapariga queria brincar comigo ou emprestar-me a sua boneca. Sinto-me rejeitada. Os meus únicos amigos eram rapazes e quando chegámos a preparatória tudo mudou. A minha amiga era apenas a Kate e um ou dois rapazes. A Kate ajudou-me, mas o Harry tem feito de tudo para me ajudar também, o único problema é que quando damos um passo em frente ele empurra-nos a ambos para trás, quase até á casa partida.

-Sophia sabes que eu tenho...

-não Harry, chega. Temos duas opções, ou somos honestos, ou vamos acabar como 90% dos casais.- Assim que a palavra casal salta da minha boca sinto as minhas faces ficarem vermelhas.

-casal?- ele pergunta com um sorriso a crescer de lado.

-sim...bom, eu...

Ele não diz nada. Puxa-me para ele e beija-me. Beija-me com uma intensidade diferente, a sua língua anteriormente sempre muito insistente, fica quieta, apenas os seus lábios a mexerem-se sobre os meus, e quando finalmente decido dar-lhe espaço para mais ele conduz-nos até ao tronco de uma árvore. Esmaga-me contra ele, todas as minhas curvas que não são realmente muitas a serem esmagadas por cada músculo do Harry. O seu corpo a pairar sobre o meu como um anjo da guarda. A sua boca insistente a provocar-me, a sua língua hábil, os nossos hálitos a misturarem-se. Sou e é ele. E por muito imbecil que ele seja, eu não consigo dizer não quando me beija como se fossemos *Adam e Eva. Os primeiros da terra e a única para ele.

Por muito que ele faça e fale, eu não vou desistir dele. Por muito que ele me faça querer que sou pequena e indefesa, eu tenho garras e vou lutar contra ele se for preciso, vou lutar por ele, e contra ele. Só para o lembrar de como sou forte, e não é por ele ter uns bons vinte centímetros a mais que eu que o vou deixar subjugar-me.

-vem para casa.- ele sussurra na minha boca.

-mesmo que quisesse ir para outro sítio não podia.- riu-me.

-isso quer dizer que ficas comigo?- ele soa inseguro.

-se pensou que iria algum lado, enganou-se Mr.Imbecil.

-tem tanta graça Miss.Black.- ele soa sínico.

-ainda bem que o divirto Mr.Styles.

-já te digo o Mr.Styles. na realidade tínhamos qualquer coisa para tratar em casa.- ele murmura e pega-me pelas coxas, deixando-me nas suas longas e infinitas costas.

-Harry...- choramingo.

O Harry está em cima de mime de alguma forma estou presa entre a minha t-shirt e o meu soutien. A única coisa a mexer-se em mim são as pernas e mesmo assim o Harry está a doma-las de forma a que elas não se mexam.

-é simples querida, podemos esperar que o gelo derreta, ou podes já dar-me o que eu quero.- ele ruge ao meu ouvido.

-Harry, por favor.- resmungo.

-diz.- o Harry ri enquanto mexe o gelo de modo a que ele vá ter ao meu umbigo.

-não.- Tento espernear, mas ele não deixa.

-oh amor.- a voz dele contem um lamento contente.

Ele desce por mim e agarra o gelo com os dentes ele começa a ir mais para baixo e o gelo acaba a dançar entre as minhas ancas. Os polegares deles presos nas laterais das minha cuecas quase como um desafio.

Levanto as ancas por impulso. Tudo o que tenho de fazer é pedir ao Harry para ir lá com a língua, ou teremos que esperar que os três cubos de gelo derretam. O que segundo as minhas contas ainda vai demorar algum tempo. O meu corpo está quente, mas não o suficiente para fazer derreter os cubos de gelo rápido. Este jogo em sim é bastante sujo, mas quando ele disse que íamos só brincar não pensei que fosse isto.

-oh Harry...- as sensações na minha barriga, a contração... o meu coração.

Estou a ficar confusa com o jogo e não consigo pensar bem com a respiração dele a bater lá. De repente o mundo parece ganhar uma tonalidade cinza e tudo o que condigo sentir e ouvir é a minha respiração. O meu coração, e o sangue a ser bombeado, é como um déjà-vu. Sinto a ficar sem ar e os pulmões a comprimir-se, a sensação do Harry em mim é boa, mas á qualquer coisa...

-Soph?!- o Harry grunhe debaixo de mim.

O Harry precipita-se sobre a endireitar-me as roupas, mandando os cubos de gelo para o chão. Estou a ver tudo em camara lenta e não consigo decifrar bem o que se está a passar. Tudo o que oiço é a voz do Harry a perguntar-me se estou bem. Estranhamente sinto-me bastante em paz.

-Como assim uma quebra tenção?- oiço a voz do Harry ao longe. A minha consciência começa a voltar, mas deixo os meus olhos fechados.

-passou por um momento de extremas sensações, ou adrenalina e o corpo dele reagiu assim, tem calma Harry, não é nada de mais.- uma voz feminina ecoa pelo espaço.

-porque não abre os olhos?- o Harry soa preocupado.

-provavelmente o sítio onde está é melhor do que olhar para a tua cara.- a voz goza com o Harry.   

-não tem graça Gemma. Estou preocupado.

- O que quer ela estivesse a fazer, ou era bastante bom, ou transmitia-lhe sensações e hormonas de adrenalina a mais.

-ela estava só a dormir.- o Harry sussurra.

-como é que se chama?

-Sophia. Sophia Ella Black.- o Harry completa o meu nome

-tem um nome adorável.- a voz suave torna a falar.

-ela também é adorável.

-oh céus não posso crer, estas apaixonadas?- um guincho a saltar dos lábios da rapariga.

O Harry não responde o som de saltos altos faz a minha cabeça doer.

-quem me dera que a mãe aqui estivesse, ela iria adorar ver a tua primeira paixoneta.

-mas não está Gemma, podemos parar de falar na mãe?- o Harry zanga-se

-sabes evitar o seu nome não é bom, se falares dela com vontade vai ser mais fácil de aceitar que...

-que ela morreu. Eu sei e já aceitei Gemma. Ela foi-se e não volta.- Um Harry zangado bate os punhos.

-não me digas que falas assim com a pequena Soph?- uma Gemma zangada revolta-se.

-Harry podes falar comigo, sou tua irmã, não o inimigo.

-tens falado com o pai?

-Harry...

-responde-me.

-sim, falei com ele a semana passada, estava perturbado com o que aconteceu á tua namorada.

-ai sim?

-Harry, não me vais dizer que foi ele.

-não disse nada.- Um Harry ameaçador fala.

-gostas dela?

-sim, gosto dela, mas ela é tão teimosa que às vezes só me apetece dar-lhe um pontapé e manda-la para a Califórnia outra vez.

-é tao branca, como pode ser californiana?

-sei lá, o pai dela não gosta de mim e da primeira vez que vi a mãe dela, falei-lhe tão mal, que me admira que a Soph goste de mim

-não é de admirar, és lindo e inteligente, e mãe deixou-te um império tao grande que a pode sustentar para o resto da vida.

-ela não está comigo por causa de dinheiro. Só descobriu tudo isso á umas duas semanas.

-apenas tem cuidado. Ela parece ser demasiado bonita para te querer só por amor.

-estás a dizer que sou feio?- o Harry ri.

-não estou a dizer que és atraente e rico. Pareces bom demais.- a voz feminina soa.

Apesar do meu estado de semiconsciência consigo ouvi-los e estou magoada pelo que a sua irmã pensa de mim. Eu nunca me aproveitaria do Harry. Mesmo que isso fosse verdade o Harry é inteligente e nunca me daria margem de entrar na vida dele como entrei. Por isso o comentário dela feriu-me, feriu-me mesmo.

-Harry? – abro os olhos e sento-me. Estou farta de fingir que estou a dormir.

-Soph.- ele corre até mim e beija o topo da minha cabeça.

Estou no sofá coberta por mantas, e com uma fofa almofada por debaixo de mim. Sinto quente e confortável.

-estas bem?- os olhos do Harry numa tonalidade preocupada.

-sim, bastante, embora esteja demasiado quente.- tento afastar as mantas, mas ele mantem-nas no lugar.

Subitamente lembro de que estou meio nua da cintura para baixo, tudo graças ao Harry e ao seu forte para me proporcionar forte sensações.

-olá.- Uma voz suave vem de trás do Harry.

Uma mulher elegante, alta e loira olha-me com um laivo de fascinação e de uma conversa inacabada. Os olhos verdes a brilhar-me contra mim. Á medida que as palavras anteriores dela entram com mais facilidade na minha mente, consigo perceber que é uma irmã preocupada com o seu pequeno irmão.

-Sou a Gemma.- ela estende-me a mão e eu agarro-a.

- A Gemma é médica, tiveste uma quebra tenção. Depois da corrida de á bocado.

Concordo com a história de termos ido correr do Harry, e espero que a inteligente Gemma acredite. Lembro-me de estar á beira de um incontrolável acesso de chamas, até o maldito gelo estragar tudo. Sei que não foi culpa do gelo, mas queria mesmo ver até onde iriamos.

-bom eu queria mesmo ficar, mas o meu namorado que um jantar romântico.- a Gemma revira os olhos e beija a bochecha do irmã, despenteado em seguida.

-tens muito que aturar Soph.- Ela beija a minha bochecha. Aceno timidamente.

O Harry acompanha a irmã á porta e diz-lhe algumas palavras antes de ela sair. Quando oiço a porta bater deixo-me cair para trás. Uma gargalhada forte e rouca ecoa pelo espaço e eu sobre salto-me.

-tiveste uma quebra tenção por um quase orgasmo. Ok isto foi sem dúvida o ponto alto da minha vida sexual.- o Harry ri, e eu tapo-me mais.

- a tua vida sexual anterior não me interessa Harry.- grunho debaixo das mantas.

-desculpa.- ele atira-se para cima de mim, deixando-me a afundar no sofá.

-acho que a minha irmã gostou de ti.- ele senta-se puxa-me para o colo.

-ela chamou-me oportunista.- olho-o.

-estives-te a ouvir?- ele questiona.

-bom... sim.- Coro.

-ela só esta preocupada, é a primeira rapariga que conhece.- ele beija o meu pescoço.

-ai sim? Porque deixaste-a a pensar que era gay?

-não, ela sempre sobe como era eu.- ele geme.

-oh.

-eu já não sou assim, agora prefiro esperar por ti.- ele esconde a cara no meu cabelo.

-isso é uma coisa muito bonita de se dizer.- sorriu timidamente.

-isso é porque és uma coisa muito bonita.- ele beija-me.

Ela respira o meu perfume e eu descontraiu-me. Tudo o que eu sempre quis foi alguém que não me desse para trás e que esperasse o que fosse preciso, agora encontrei o maior quebra coração do Reino Unido e ele está disposto a esperar por mim. Como num sonho ou fantasia que temos quando somos pequenas raparigas.

 A campainha toca e eu assusto-me. O Harry levanta-se e coloca-me cuidadosamente de volta no sofá para andar até á porta

-do que é que ela se esqueceu agora?!- ele bufa de irritação.

O Harry abre a porta e vejo todo o seu corpo paralisar, parece que viu um fantasma, ou que foi possuído por um. Tempo ver quem é, mas o corpo do Harry impede-me, mesmo com ele a uma grande distância. Fico preocupada e apenas rezo para que não seja quem estou a pensar que é.

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Ok peço tantas desculpas pelo atraso, mas fui de fim-de-semana e esqueci-me completamente de avisar. Sei que fui péssima, desculpem-me por isso.

Mas a boa notícia é que o meu laptop voltou da reparação, a má notícia é que já não estou habituada a ele, por isso leva mais tempo a escrever.

O que acharam? Comentem por favor, eu adoro ler e responder isso dá-me mais vontade, (não que tenha falta dela).

Para finalizar, mal posso acreditar que já tenho 300.000 visualizações. OMG e pensar que foi a minha primeira fanfic, e não tinha nada, nem nenhuma pagina a apoiar-me. Sinto-me realmente orgulhosa de mim, mas principalmente de vocês que me ajudaram. Sem vocês a Vision era só um rascunho guardado no Word.

LOVE YOU GIRLS