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65ºCapitulo

 A rapariga está especada mesmo atrás de nós e a minha vontade é a de ir a correr para as montanhas, em vez disso aqui estou a observar a minha mão a ser esmagada. Eu não sei se o Harry tem a noção de que me está a apertar a mão.

-Harry?- ele olha pra mim e os seus olhos estão arregalados, mas não de medo.

-sim?- ele ruge

-estas a esmagar a minha mão!- choramingo.

-oh...desculpa.- ele liberta a minha mão. E observa-a enquanto ela fica vermelha.

-não têm mal.- Tranquilizo-o.

A ruiva caminha até nós no seu metro e setenta e nos seus grandes saltos, poderosas coxas a balançar-se para fora para fora de um vestido indecentemente curto. Ela parece uma cabra. Uma das grandes, eu não tenho por hábito chamar isto a raparigas, por muito "mal" que elas pareçam. Mas desta vez não me inibo, ela parece uma grande puta e eu não tenho por onde negar.

Ela chaga até ao Harry e olha-me de cima abaixo, deixando em seguida uma risadinha escapar-lhe pelos grandes lábios cheios de gloss.

-é a tua pequena irmã Harry?- ela cumprimenta-o com um beijo na bochecha.

-não.- ele apenas responde sendo curto.

-oh é assim que se tratam velhas amigas?!- o meu queixo cai e eu sinto-me tentada a afastar-me.

-não és minha amiga Abbie.- o Harry enlaça a minha cintura.

-sou mais que isso!- ela gargalha e a bílis sobe-me á garganta.

-oh por favor para com isso.- ele revira os olhos.

-não me apresentas a tua amiguinha?- ela olha novamente para mim.

-é a Sophia. Sophia é a Abbie.

E agora os seus olhos são grandes safiras arregaladas. Fixas em mim com tanta concentração que um arrepio percorre todo o meu corpo. Lembro-me da pessoa á minha frente e digiro-lhe um olhar meigo. Sei que os meus pensamentos anteriores foram maldosos, e provavelmente não devia já julga-la por aquilo que veste. Ainda assim sei que ela me vai tratar mal, mas eu sei que se quero algo de bom, vou ter que dar bondade, por muito má que ela vá ser.

-prazer.- estendo-lhe a mão, e o surpreendente é que ela a aceita e sorri-me.

-igualmente Sophia.- ela murmura e eu olho para o Harry. Ele parece espantado.

-bom, tenho a continuação de um bom dia. Liga-me Harry.- ela diz.

Vira costas e caminha pelo caminho pelo qual veio. Os seus saltos a bater na calçada mais alto do que seria possível. Sinto um arrepio cada vez mais enquanto ela se afasta de nós. Algo nela está mal. A maneira como falou com desdém com o Harry, quando ele se referiu a mim, e a maneira como falou comigo, foram tão diferentes. Como se ela visse uma Soph com o Harry, e uma Soph sem ele. De qualquer forma ela não foi mal-educada. Na realidade chegou a ser amável.

-isto foi estranho.- inclino a cabeça para olhar para o Harry. O seu olha fixado no pequeno ponto que ainda é a Abbie.

-sim, foi. Algo está mal.- ele murmura para ele mesmo.

-como?

-ela nunca foi assim tao amigável.- Ele diz rudemente.

-talvez ela esteja a tentar compensar-te?!- tento.

A gargalhada oca e amarga do Harry causa-me arrepios. Os seus olhos parecem ser feitos de cristal e por momentos sinto que não estou aqui. Estou num espaço sem nome e a única coisa á minha frente é o Harry, os seus olhos frios como cristal, os seus lábios de um rosa pálido e ele parece morte, morto pelo inferno, ainda assim gelado. Como a agua e o fogo a unirem-se pelo bem e pelo mal.

-as pessoas não mudam Soph, tentam agradar aos outros, é apenas isso.

As palavras dele puxam-me para baixo e parecem não encontrar um poço suficientemente fundo para me largar. Como assim não mudam. Ele mudou, ele já não é tão intolerante como era. Ele mudou muito e para melhor, se eu for analisar a situação, ele nunca foi como era antes, ele revestia-se de uma capa de crueldade para manter os sentimentos para fora dele. Ele é ele, ele apenas acha que não é.

O Harry é tão confuso, e se não fosse o facto de ele ter discutido comigo esta manha eu iria certamente perguntar-lhe o que significava isso. Mas acho que estou demasiado feliz por estar aqui com ele.

-vamos?- ele oferece-me a mão.

-sim.- agarro a dele e caminhamos de novo.

Enquanto caminhamos apercebo-me de que me apetece mesmo ir a uma espécie de parque. O Harry fica feliz por eu ainda falar com ele e aceita de boa vontade ir comigo até a um parque nos arredores de londres, apenas temos que levar o carro, é demasiado longe para irmos a pé e confesso que a caminhada logo de manha me deixou cansada.

Caminhamos pela relva verde escura e crianças correm á nossa volta, para cá e para lá, a fugirem aos seus pais, ou atras dos seus pequenos cachorros. Alguns pais tentam ensinar os seus filhos a andar de bicicleta e idosos descansam nos bancos de jardim. E por algum motivo desconhecido sinto-me em paz.

O Harry aponta para o tronco de uma árvore e sugere que nos encostemos lá de modo a que ele fique encostado e eu entra as suas pernas. Acedo de boa vontade e aninho-me nele, os seus abraços á volta dos meus ombros e peito.

Olho para o céu e as nuvens passam por entre os ramos da árvore. O céu começa a escurecer e sinto a minha cara ficar mais contraída...mas que raio. Semicerro os olhos e céu torna-se cinzento. Uma pequena brisa a correr e o mundo a andar para trás. Uma criança a cair de bicicleta...um adulto a cair da ponte para o lago...uma criança a chorar num carrinho...o Harry á frente de um carro...o carro a atropelar o Harry. Harry?!

-estás com frio?- um solavanco atira-me de novo para o presente.

Que raio foi isto? Porque me veio á cabeça a imagem do Harry á frente de um carro? Não pode ser, se eu tivesse uma visão teria começado ao gritos e a espernear.

Ele torna tudo mais fácil, vê isto como um presente. Tu trá-lo para a luz e eu faço não doer. Simples não? – A mãe dele outra vez não.

-Hey Soph, sentiste?- ele murmura

-o quê?

- Uma voz, ou vento, não percebi bem.- ele murmura e olha em volta.

Oh merda, era só o que me faltava, o Harry ouvir a mãe dele, não basto eu ter a vozinha irritante no fundo dos meus pensamentos, também isto agora?!

-não, não ouvi.- minto

A minha visão indolor deixou-me nervosa. Como assim atropelado? Não é certo a cem por cento que as visões se concretizem, mas até hoje todas aconteceram. Um frio na barriga atinge e tento não chorar. É por isto que detesto ter este dom, não sei conviver com ele, e não posso contar ao Harry, vai achar-me louca. Tenho de me controlar, pelo menos enquanto estou com ele. No entanto sei que a impressão na minha barriga não vai diminuir.

-hum.- ele beija o meu cabelo e eu descontraiu-me.

-adoro o teu cabelo, e hoje tem o cheiro do meu.- ele sussurra e rir.

-enganei-me no champô não é minha culpa.- viro a cara e mordico-lhe o pescoço.

Uma bola bate no meu pé e eu apresso-me a agarra-la. Um rapazinho de grande cabelo loiro, olha para mim com as mãos atrás das costa e não consigo evitar não sorrir-lhe. Perdeu a sua bola para mim e não tira os olhos de mim, mas vejo as suas pupilas dilatarem ao olhar para o Harry. Tem medo dele! Abro o meu sorriso mais doce e espero que isso o convença a vir até mim.

-ele não vai vir.- o Harry ruge atras de mim.

-bom se sorrisses talvez ele viesse.- censuro-o.

-as crianças não gostam de mim.- amua fazendo beicinho.

-tu gostas delas?

-sim.- ele parece seguro.

-então sorri para ele, como se sorrisses para mim.

E de um momento para o outro a sua cara transforma-se. Um lindo sorriso com direito a covinhas é dado ao pequeno rapaz e ele aproxima-se a passos hesitantes. Consigo admirar os seus lindos olhos castanhos, são grandes e ele começa a saltitar em vez de apenas caminha até nós.

-olá.- sorriu-lhe.

-olá.- ele murmura.

-é tua?- mostro-lhe a bola, ele acena com a cabeça.

-foste tu que a mandas-te?- o Harry interfere e o rapazinho nega.

-não senhor. Foi a minha irmã.- ele diz muito direito, a apontar para a rapariga mais pequena que ele.

-sou o Harry.- o Harry sorri-lhe, e acho que o rapaz gostou do sorriso.

-o senhor quer jogar á bola comigo?- o rapazinho saltita.

O Harry olha para mim com medo e eu tento encoraja-lo mentalmente. Sei que a senhora no banco está gravida e parece ser a única responsável ali pelas duas crianças. Dai não poder jogar com o filho.

-claro.- o Harry levanta-se

-não saias daqui.- ele ordena e beija a minha bochecha.

-sim senhor.- riu.

Ele curva-se para mim e encosta os lábios ao meu ouvido.

-vou ter imenso gosto em ouvir-te dizer isso logo á noite.- toda eu sou agora rosa e vermelho, ao redor do meu rosto

O rapazinho apressa-se a dizer á mãe que tem um amigo e vejo as reticências da senhora. O Harry diz-lhe algumas palavras e ela agradece. Ambos se deslocam para o relvado, vejo o Harry tentar convencer a pequena menina, mas ela prefere a sua boneca.

O Harry olha para mim de uma maneira adorável e eu aceno-lhe fazendo com que o rapazinho marque um golo ao meu grande homem. O Harry vai até ao menino e balança-o no ar, fazendo-lhe concegas.

-Soph!- o Harry chama e eu levanto-me.

Vou até ele e ele tem o pequeno rapaz pendurado no ombro. A cena é adorável e não consigo evitar não tirar uma fotografia.

-temos de ir Thomas.- o Harry despede-se e o rapazinho olha-o triste.

-vais voltar?- Thomas pergunta na sua voz pequena.

-nós não vivemos aqui.- o Harry tenta explicar.

-não vais voltar amanha?

-não Thomas, ele não vai.- eu respondo quando o Harry fica mudo a encara-lo.

-foi a primeira pessoa a jogar comigo desde que o papá foi embora.- ele murmura tristemente.

-o que aconteceu ao teu papá?- não resisto.

-ele morreu, a mamã diz que ele está num sitio melhor.

Tapo a boca num gesto brusco a tentar conter a emoção. A mulher ali sentada com um bebé na barriga e mais dois, está viúva e provavelmente sem rendimentos. O pequeno menino apenas pediu alguém para jogar á bola.

-espera aqui.- o Harry manda.

Ele caminha até á jovem mãe e eu baixo-me para falar com o Thomas.

-Sou a Soph.- dou-lhe o meu sorriso mais doce.

-o Harry disse.

-estavas com medo dele, á bocado?- tento.

-ele é muito alto.- ele ri.

-sim ele é.- concordo.

-vocês são casados?- o pequeno menino pergunta.

-não.- respondo automaticamente.

-mas ele disse que precisavam de ir. Os dois.- ele aponta.

-somos namorados.- sorriu-lhe.

-oh.- ele parece esclarecido.

-Thomas!- a mãe dele chama.

-tchau Soph.- ele acena com a sua mãozinha pequenina.

-Adeus Thomas.

O menino afasta-se e bate na mão do Harry, num gesto cúmplice. O Harry caminha até mim e enlaça-me a cintura. Parece satisfeito consigo mesmo e erradia paz. Paz de alma. Algo que pode ter dado descanso a algo que se passou lá atrás. Num passado escuro e obscuro. Talvez o Harry se tenha revisto no pequeno Thomas e no facto de ambos não terem pai. Mesmo que o de Thomas esteja morto e o do Harry não.

É disto que falo, ele fazia-se de mau, mas ele não era mau. Ele é um menino desposto a dar tudo dele para que nada falte aos outros, e assim que consegui desligar-se da sua postura dura conquistou o pequeno e animado rapazinho.

É nestas pequenas coisas que sei que o conheço. Que sei que ele é apenas ele mesmo.

-tu és o meu anjo.- ele murmura no meu ouvido

Mas á medida que as palavras ecoam nos meus ouvidos, as imagens dele em frente de um carro assombram-me de novo. Eu não sou um anjo, tenho um dom do inferno e querem que suba até ao paraíso com isso na consciência. Ele faz-me querer que sou boa, quando na realidade não o sou. Sou pior que ele, e que todos os sete pecados mortais juntos.

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OK definitivamente estou ansiosa pelo próximo capitulo, por isso contem com outro amanha. Já comecei a escrever o próximo e estou super ansiosa.

Obrigada a todas, pelos votos e comentários. Oh e comentem o que acham que vai acontecer e se gostaram.

P.S- esta temporada passa a ter ofialmente 100 capitulo, em vez dos previstos 69.

LOVE YOU GIRLS

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