62ºCapitulo
A maneira intensa como ele me encara faz-me tremer. Eu sabia que estava farta, mas por outro lado eu nunca ia conseguir ficar longe dele. Ele tem uma espécie de íman que me puxa para ele e eu não consigo resistir, eu apenas fico cada vez mais ligada e cada vez que tento desligar-me sinto que o mundo vai parar, partir-se nas minhas mãos e eu não vou ter como juntar os cacos.
-Não Harry. Provavelmente eu iria dar dois passos para fora e iria voltar para dentro.
-é bom saber.- ele murmura visivelmente descontraído.
O jantar é calmo e pergunto-me quanto tempo será assim. Nenhum de nós diz nada e o silencio começa a tornar-se estranhamente denso. Penso em tudo o que percorremos até aqui e não me parece de todo que já tenham passado dois meses e meio. Parece meio irreal. Mas com o Harry tudo é irreal.
Quando acabo a minha refeição levanto-me e ponho o meu prato no laiva louças. Lembro da primeira vez em que lavamos os pratos os dois. Acabei por partir um prato. Riu-me disso e sinto um par de mãos a embrulhar-me a cintura.
-lembro-me disso.- ele murmura na minha orelha.
-eu parti um prato e tu recusaste-te a perder toda a nossa porcelana.- Murmuro-lhe.
-yap. Na verdade estava mais preocupado com o facto de cortares os dedos a apanhar os cacos.
-mentiroso.- riu e viro-me para ele passando os braços á volta do seu pescoço.
-és mais preciosa que porcelana. És como cristal, ainda mais frágil.- ele murmura na minha testa.
-não Harry. Sou uma rapariga de carne e osso.- murmuro nos seus lábios.
-és uma rapariga linda.- as minhas faces adquirem um tom rosado.
-podíamos ver um filme esta noite.- murmuro querendo mudar de assunto.
-vou dizer-te o quanto és linda até já estares farta de o ouvir.
-eu amo-te Harry.- um beijo leve é deixado nos seus lábios.
-eu amo-te tanto.- ele responde.
Depois de meia hora a discutir o facto de eu não ir ajuda-lo a levantar a mesa, estou oficialmente deitada em cima da cama com o computador nas pernas á espera que o Teddy me atenda a chamada do skype.
-olá Soph.- ele murmura, mais moreno que o normal.
-olá borracho.- gargalho.
-também não estas nada mal.
-sempre simpático Ted.- murmuro seca
-tens o quarto todo para ti? O que aconteceu ao Ben?
-foi sair com a namorada, fiquei com todo o quarto e tenho uma frequência amanhã, ou seja não vou aproveitar nada.- ele murmura com o olhar triste.
-oh pobrezinho.- gozo com ele. O telemóvel do Harry treme por debaixo da sua almofada.
-Harry. O teu telemóvel.- grito esquecendo-me do facto de Teddy estar a olhar para mim.
-quem é o Harry? É o mau rapaz que o pai quer extinguir?
-sim.- murmuro com embaraço.
A porta abre-se rapidamente e um Harry de luvas, avental e com a franja apanhada com um dos meus totós aparece. Não consigo evitar com a imagem do adorável rapaz á minha frente é hilariante.
-não é engraçado.- ele diz enquanto luta com a tela do seu iphone.
-queres ajuda?-pergunto ignorando tedd.
-não quero interromper.- o Harry aponta para o computador fora do alcance da camara.
-não interrompes.- o Tedd gargalha.
O Harry olha para mim com os olhos arregalados e encolho os ombros tensa. Ele passa-me o telemóvel e para o atender e o encostar á sua orelha, sem nunca aparecer na camara.
-Styles.- ele atende mais simpático de que o normal. Continuo a segurar o telemóvel enquanto ele está ajoelhado ao meu lado a tentar remover as luvas.
-não...estou ocupado amanha...tenho faculdade...não estou interessado...tenho uma boa noite...não Mr. Aras... com licença.- ele revira os olhos e pega no telemóvel, já sem luvas.
-tenho que fazer uns telefonemas querida, já volto.- ele diz e sai do quarto.
Olho para o ecrã e vejo Teddy a olhar para mim embasbacado e com o sobro olho franzido.
-que idade tem ele?- o seu olhar zangado.
-21.- murmuro
-anda em que ano?
-2º ano de economia.
-porque fala como um velho.
-ele não fala como um velho, na verdade, estava de avental, luvas e totó.- gargalho.
-não digas isso ao teu irmão.- o Harry grita de fora.
-tarde de mais.- grito de volta. Oiço-o praguejar.
-vocês namoram?- o seu semblante menos carregado devido á anedota que é Harry de avental.
-eu...eu acho que sim...- murmuro a ficar vermelha.
-ele não te perguntou?- ele reage em choque.
-não... de qualquer forma é o seculo XXI isso já não se usa.- contra argumento.
-oh Soph ele não quererá só levar-te a dar umas voltas?
A sua pergunta é como um murro no meu estomago. Porque raio haveria ele de perguntar uma coisa dessas? Sei que ele é tao protetor como o meu pai, mas caramba pela primeira vez na minha vida estou apaixonada e sou correspondida, não poderia ficar feliz.
Mas ideia parece girar-me na cabeça. No fundo sei que não, o Harry e eu já podíamos ter passado essa fase, no entanto temos sobrevivido a tudo, não iria ser assim, do nada que ele decidiria deixar-me, apenas uma voltas comigo parece-me o que ele quis, mas já não quer, não agora que finalmente dissemos o quanto gostamos um do outro.
-não Teddy não me parece.- murmuro-lhe com o meu olhar triste.
-desculpa, não queria que te sentisses mal.- ele murmura.
Por um segundo penso que vai sair do ecrã e me vai tocar na cara como sempre faz quando diz a coisa errada. É como se eu sentisse o seu toque. Todas as birras, brigas, ciúmes, tudo isso é vão quando na realidade o que quero é os eu abraço. Sinto tanto a sua falta e o facto de estar a quilómetros e quilómetros de mim não ajuda nada.
-não chores.- ele diz, antes de eu mesma ter tempo para pensar.
-sinto tanto a tua falta, a da mãe e do pai.- murmuro-lhe.
-mas vens a casa no natal não é?- ele pergunta a medo.
-claro que sim, não trocaria isso por nada deste mundo.- riu-me para ele.
O Harry aparece á porta do quarto já sem avental e está muito tenso. Mas ainda assim sorri para mim. Sento-me contra a parede e poiso o computador na cama indicando o lugar ao lado do meu. Vou apresenta-lo ao meu irmão por skype. Sim isto vai ser memorável, especialmente por ele não ter dado conta que tem o totó na cabeça
Ele avança até mim tímido e caminha até mim.
-vou apresentar-te o Harry Teddy.- digo-lhe e ele ri.
O Harry senta-se ao meu lado e eu olho para ele. O seu totó e o seu sorriso adorável com covinhas, mas ainda assim tenso faz-me ficar preocupada.
-hey.- o Harry diz e só depois vê a sua cara no pequeno ecrã.
-hey mano. Belo penteado.- o Teddy ri e o Harry fica vermelho. É adorável.
-oh Deus. Soph?!- ele exclama a tentar livrar-se daquilo.
-deixa-me ajudar.- puxo-lhe o elástico com cuidado e depois passo os dedos pelo seu cabelo até este ficar penteadinho o suficiente.
-bom, agora que estamos todos apresentáveis... Teddy, este é o Harry. Harry, este é o Teddy.
-prazer.- o Harry cumprimenta muito formal.
-men temos a mesma idade, manda-me ir para o caralho e paga-me uma cerveja quando me vires.- o Teddy ri e eu fico chocada a olhar para ele.
-desculpa, ele não costuma ser assim.- murmuro ao Harry.
-oh, não tudo bem.- o Harry sorri e descontrai contra a parede, passando um braço á volta dos meus ombros.
-não devias ser tu a mandar-me para o caralho, por estar com a tua irmã?
-tens por habito dizer asneira á frente de senhoras?- o Teddy franze o sobro olho, e o Harry olha para mim assustado.
-estou a brincar Harry, devias ter visto a tua cara.- o Teddy desata ás gargalhadas.
Devia avisar o Teddy que está a falar com um diretor geral de uma grande companhia de telecomunicações. Mas decido deixar isso para a próxima vez que o vir.
-wow, assustaste-me.- o Harry murmura.
-oh não, peço desculpa, lembro-me de o irmão da minha namorada me ter feito a mesma pergunta.- o Teddy desculpa-se e a postura do Harry volta a ficar normal.
-claro.- o Harry ri embaraçado.
-bom tenho de ir estudar Soph. Telefona-me.- o Teddy despede-se.
-sim borracho.- faço continência.
-espero que haja ai mais que uma cama.- ele franze o sobro olho pela vigésima vez. E eu e o Harry engasgamo-nos.
-nem quero saber.- o teddy revira os olhos.
-amo-te.- ele murmura.- espero ver-te em breve Harry.- ele acena.
-adeus Teddy. – o Harry ri embaraçado.
-amo-te borracho.- sopro um beijo e desligo a chamada.
-wow, o tu irmão é...interessante.- ele murmura e passa o meu pequeno e velho laptop para o chão.
-sim...- não acabo a frase porque o Harry se atira para cima de mim. Fazendo-me rir.
-mas tu és mais.- ele beija-me. Um beijo carinhoso, que me faz suspirar por mais.
-por muito que me apetecesse beijar-te a noite toda. E acredita vamos faze-lo, um dia. Precisas de descansar. Hoje foi um dia longo.- ele beija a minha bochecha carinhosamente e raspa o seu nariz no meu num beijinho á esquimó.
Ele poem-se de pé de um salto e puxa-me para me por de pé.
-veste o pijama.- ele atira-me as minhas calças rosa com coelhinhos e a sua t-shirt branca.
Fico paralisada com tudo na mão a olhar para ele. Ele vai sair ou?... sei que ele já me viu sem roupa, mas de repente parece intimo demais, e sinto a borbulhar calor das faces.
-não te vais vestir?- ele questiona enquanto tira a roupa ficando apenas de boxers e caminhando até á comoda das calças do pijama. Vira-se e tira os boxers dando-me a visão perfeita do seu lindo traseiro.
Ohhh ceus!!!
Ele fita-me e ri-se, caminha até mim e beija-me delicadamente a ponta dos lábios.
-não precisas de ter vergonha, ver-te de que maneira for é sempre prefeito.
Ele puxa a minha camisola com capuz e deixa-a cair aos meus pés. Passando a seguir a sua t-shirt pela minha cabeça. Ainda tenho o soutien, mas ele tem a delicadeza de mo deixar ser eu a tirar.
Ele prende os dedos na minhas leggings e desce-as, vestindo-me a seguir as calças cor de rosa com coelhinhos.
-prontinha. -ele murmura e beija o meu nariz.
-vamos lavar os dentes.- ele murmura como se eu fosse uma criança e agarra a minha mão.
Ele para a meio do quarto e sorri- pega-me pelas coxas e entrelaça-as na sua cintura. Agora pareço uma criança ao colo do pai.
-vamos lá menina bonita.- ele murmura e eu passo os braços á volta do seu pescoço.
No caminho para a casa de banho vou sacudindo os pés e cantarolando como uma verdadeira criança. Os meus pés a acertarem no seu delicioso traseiro. Ele ri-se e morde-me o queixo.
Ele senta-me na sanita e pega na sua escova de dentes, penso que vai lavar os seus dentes primeiro, mas não. Inclina-se e pede-me para abrir a boca. Ao que me lava os dentes de forma adorável, com a sua escova. A ultima vez que me lavaram os dentes foi quando tinha cinco anos,
Quando conclui o seu trabalho, lava os seus e pega-me novamente ao colo como uma pequena criança, levando-me para o quarto e deitando-me na sua cama.
Por de baixo das mantas livro-me do incómodo soutien e ele ri-se, apanhando-o do chão e metendo-o em cima da cadeira, embarrancando-me.
Deita-se ao meu lado e abraça-me de lado. Beija-me ternamente e apaga a luz, deixando a sonhar com um paraíso.
-amo-te.- ele murmura.
-também te amo. Muito. -sussurro.
E assim adormeço nos braços do homem que amo, do homem que alguma vez amei.
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Ohhh que romântico, estou derretida.
Não sabia se ia conseguir postar, porque estou literalmente a ter o pior dia da minha vida, mas a Soph e o Harry ajudaram-me imenso.
Obriga pelos votos, comentários e comentem. Adoro ler os grandes comentários que escrevem.
AMO-VOS MENINAS *---*
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