52ºCapitulo
Musicas do capitulo:
- The Fray- never say never
-coldplay- fix you
-Celine Dion- My Heart Will Go On
Caminhamos pelo grande salão não consigo evitar o meu sorriso infantil. Pareço estar dentro de um conto de fadas. Pareço mesmo a cinderella. Queria poder estar aqui sozinha com o Harry. Apenas eu e ele, neste grande mundo de conto de fadas. Sei que não devia mas neste momento desejo que os seguranças apanhem todos gripe e tenham que ir para casa.
O Harry aperta a minha mão suavemente trazendo para o mundo real. O mundo em que ele vai fazer alguma coisa. Alguma coisa que não consigo rever o que é. Eu podia forçar uma... não eu não podia, ia por em risco tudo o que ele me disse. Não preciso de o preocupar ainda mais.
-muito bem, vamos lá, vou tentar trocar os nossos lugares com algum chupa-graxa e ver quem se quer sentar ao pé do meu pai.
-íamos ficar na mesa dele?- encolho-me. Não quero que o pai do Harry me veja.
-vou trocar já te disse.
O Harry voltou e tem um sorriso satisfeito na cara o que me leva a crer que conseguiu trocar os nossos lugares. Saltito até ele de novo e ele arrasta-me até ao salão onde decorrerá o jantar. As mesas estão dispostas da mais importante, ou seja as do fundo, e as da entrada, as para o pessoal " banal" o Harry aponta para a ultima mesa do fundo e explica-me que se sentava lá todos os anos com o seu pai.
-vamos ficar aqui.- ele aponta para uma das mesas discretas do meio com vista para a janela. Fixe.
-quem ficou com os nossos lugares?
-um idiota qualquer que se quer sentar ao pé do chefe.- ele bufa.
-também és chefe.- murmuro.
-não por ter escolha.- ele diz e fala como se quisesse que apenas ele ouvisse.
-como assim?
-a minha empresa não era...
-Sophia.- uma voz atras de mim chama e eu congelo.
Todo o meu ser está paralisado de medo e sinto a minha pulsação nos meus ouvidos. Sinto que os meus pés vão ceder, mas o braço do Harry mantem-me firme, ainda que tenha aumentado a força no seu aperto.
-Mr.Styles.- murmuro e viro-me para olhar para ele. Continua tao atraente como da ultima vez. Mas sem o sorriso falso. Desta vez parece genuinamente feliz por me ver.
-perguntei ao Harry onde andavas tu... adivinha, ele não me respondeu.- ele ri e dá uma palmada no pescoço do Harry. Ao que este se retesa.
Fico espantada. Porque pode o pai dele tocar-lhe no pescoço. É lá que tem a cicatriz, ele nem me deixa aproximar do seu pescoço. No entanto já fizemos imensas coisas juntos, ao invés do seu pai, que ele odeia. Fico com ciúmes, sei que são irracionais, mas magoa-me.
-bom aqui estou eu.- engasgo-me
-porque não pousas-te? Podiam ter uma recordação de ti nesse bonito vestido.- ele diz e eu fico vermelha e assustada.
O Harry não podia reagir de forma mais primata e coloca-me atras dele. Bloqueando-me a visão do seu pai.
-já chega pai.- ele murmura.
-oh á tanto tempo que não me chamavas pai. Essa miúda amoleceu-te mesmo não?
-era isto que queria, convidar-me para me descontrolar?- o Harry range e por momentos, penso que vai perder a compostura.
-oh meu filho, claro que não. Ver-te e a essa linda jovem era o que queria. Aproveitem. E oh venham juntar-se a mim durante o jantar.- ele diz e bate em retirada.
Sinto que quando ele avançou levou o Harry com ele. Lentamente o rapaz que me abraçou, já não esta mais comigo. Isso deixa-me triste mas não consigo fazer nada para o impedir. É o Harry e só ele sabe o que vai fazer a seguir. Tento sair de trás dele, mas ele vira-se bruscamente para trás. Assusto-me e tropeço para trás agarrando-me a uma cadeira.
-ouvis-te o que te passei o dia a dizer?- ele pergunta duro e eu assinto com a cabeça.
-bom, agora acrescenta não falar com o meu pai entendes-te?- ele ruge
-Harry eu...
-entendeste?-ele fala muito baixo e num tom ameaçador.
-sim Harry.- respondo automaticamente.
-ótimo vamos.- ele puxa-me até á mesa e puxa a minha cadeira para trás para eu me sentar.
Depois de comermos umas deliciosas sobremesas estou cheia, mas cheia de vontade de me levantar e explorar mais. O Harry manteve-se muito calado apenas conversando com um homem que trabalha na secção de fotocópias na empresa do pai. É giro no entanto ver que todos são convidados se trabalharem na cede da empresa. Há uma pequena menina ao meu lado e já me ri imenso por causa da cara dele á sopa de natas. Também não gostei por isso não posso censura-la.
Mas no fundo continuo triste. Ele não falou comigo durante todo jantar. Pensei que tudo isto seria diferente. Que ele iris gracejar comigo e dizer piada sem nenhuma piada, tal como faz em casa. Mas em vez disso apenas me ignora e olha para os nossos seguranças ao pé da janela.
De relance fito o meu adorado rapazinho...que não me fala, numa das noite que prometia ser um conto de fadas. A sua testa está enrugada por alguma cosia que está a ouvir do senhor engravatado á nossa frente, os seus lábios entre abertos e a sua língua a passar pelos mesmos distraindo-me, as suas longas pestanas a bater no topo das suas bochechas quando pestaneja e a sua maneira de levantar o cabelo. Todo ele está capturado pela conversa esquecendo-se de mim.
-é o teu namorado?- uma pequena voz pergunta.
-Theresa.- a sua mãe repreende
-oh é comigo?- baixo-me para chegar á pequena rapariga loira e com uns profundos olhos cinzentos .
-sim, estas a olhar para o menino como se o amasses, como a cinderella com o princepe.
-peço desculpa pela minha filha. Pede desculpa Theresa.- a mãe impõe. Mas eu quero alguém para falar. Toda esta gente me parece demasiado chata.
-não deixe estar, eu adoro crianças e Theresa é adorável.- digo mexendo no seu cabelo.
-sou a Tessa, não Theresa.
-oh desculpa Tessa.- digo tocando-lhe na bochecha, ao que ele se ri do contacto.
-como é o teu nome?- ela pergunta
-Sophia, mas chama-me Soph.- digo a sorrir.
-também não gostas do teu nome?- ela pergunta.
-gosto, mas prefiro Soph.
-Sophia?- o Harry chama-me e olho para ele.
-sim Harry?
-oh nada.- ele olha para mim e para a pequena Tessa atarantado.
-mas ele chama-te Sophia.- ele aponta o dedo, ao que a sua mãe a censura.
-sim , mas ele é o Harry Styles, e o mundo dele é ao contrario.- digo a rir. E oiço a gargalhada do Harry atras de mim.
-ele é o teu namorado? É que agora ele também está a olhar pra ti como se fosses a cinderella.- ele aponta
Viro a cara e ele está mesmo a olhar para mim com adoração. Pois, agora é que se lembrou de mim. A pequena criança continua á espera de uma resposta, mas eu não a tenho.
-sim sou.- o Harry murmura atras de mim e o meu coração para.
Olho escandalizada para ele. Quantas vezes isto aconteceu, quantas vezes sonhei para que isto se realizasse, ele disse que eu era a sua namorada. Ele disse mesmo isso, namorada. Estou tao feliz que não consigo impedir que o meu rosto de divida em dois. Olho novamente para ele e ele sorri-me docemente. Alguma vez acompanharei este homem? Mas agora nada disso me importa. O feitio dele acaba por se tornar irrelevante nestas altura, em que ele faz estas pequenas coisas, fazendo-me tao feliz.
-oh então, ele é o Harry e tu a Soph certo?- ele pergunta e a mãe dela olha-nos escandilazada.
-oh peço desculpa pela minha filha se estar a intermeter Mr.Styles.- a mulher dura e austera fala com as faces vermelhas.
-oh a sua filha está só a ser simpática.- o Harry remata com um sorriso, enquanto a Tess bufa.
-voces são queridos.- ela inclina a cabeça para um lado.
-parecem a minha barbie e o meu ken.- ela ri e solto uma gargalhada nervosa. Não sou loira! E estou farta delas. O Harry admitiu-me que as achava muito mais atraentes.
-bom Tess eu e a Soph temos que ir.- o Harry agarra na minha mão.
-eu espero que o meu namorado nunca me chame Theresa, como ele te chama Sophia.- ela carranca
-se encontrares um Harry, bem podes esperar por isso Tess.
- o teu namorado é bonito, por isso acho que quero um igual.
-e vais ter um igual Tess, mas tem cuidado, o meu tem muitas tatuagens.- digo quando já me levantei.
-não gosto de tatuagens.- ela carranca mais.
-adeus Tess.- o Harry diz
-Adeus Soph e adeus Harry.- ele acena adoravelmente
Que miúda adorável. Fazia-me lembrar eu, toda espevitada. Eu era assim, antes de descobrir que sou mais inteligente que a maioria das pessoas e que consequentemente vejo o futuro pff grande coisa. O futuro.
Ainda me pergunto porque não podem ser estas visões toleráveis, apenas pouparia muita da minha energia. E eu aceitaria tudo isto e uma forma muito mais branda. O Harry continua a puxar e vejo que já muita gente se levantou, em direção aquilo que deve ser o salão de baile. Toda eu sou excitação. Quero mesmo muito ver o salão. Ver se é como imaginei ou apenas uma coisa chata e enfadonha.
Quando abrem as portadas do salão temos que esperar que mais uma quantidade ridícula de pessoas entre.
Quando os meus saltos sentem o soalho de madeira e a minha cabeça se ergue consigo ver que é tudo o que sempre imaginei. Dourado, prateado, veludo, champanhe, grandes obras de arte. Homens elegantes a começarem a mover-se com copos cheios de um liquido dourado. Tudo o que consigo ver é como uma névoa do meu pensamento para a realidade. Depois a pergunta bate-me como pode um homem tao malvado como o pai do Harry criar um cenário tao bonito? Terá sido sequer ele?
Quando olho para o Harry ele está vidrado, tal como eu, mas em vez de assombro os seus olhos transbordam de fúria, tristeza e sentimentos controversos.
-não posso acreditar.- ele murmura e eu aproximo mais, apesar de estarmos de mãos dadas.
-O que foi?- pergunto amavelmente.
-foi a minha mãe quem criou isto.- ele sussurra e eu paro de pensar.
-como foi a tua mãe?- pergunto incrédula.
-ela era artista.- murmura.- Ela desenhou isto, tenho o quadro em minha casa. Ele pensava neste lugar quando falava no meu casamento e no da minha irmã, ela contava-nos como queria ver-nos a correr por este espaço, como queria que crescêssemos nele, como queria que casássemos nele. Ela disse que conheceu o verdadeiro amor aqui. Sempre achei que falasse do meu pai. Mas depois dela morrer descobri que não.
Fico espantada com tantas coisas. A mulher terrível que assombra a minha cabeça, a mãe dele, era como eu, era uma artista, e desenhou este sitio para os seus filhos. No entanto o facto de me estar a revelar tanta coisa sem lhe ter obrigado a nada espanta-me. Ele está a dizer-me as coisas de livre vontade, como se quisesse deita-las para fora e agora não as consegue controla-las. Ele está num ambiente demasiado exposto a todas estas emoções.
-mas é óbvio que isto é artificial.- ele murmura tirando-me do meu desvaneio.
Uma suave musica começa e eu identifico-a.
-isto não é a musica do titanic?- pergunto meio a rir.
-é? Não sei.- ele diz com um interesse mal disfarçado
-deviamos ver o filme.- eu murmura
-neste momento devíamos dançar.- ele diz e agarra a minha mão levando-me com ele, mas eu paro abruptamente.
-não sei dançar Harry.- murmuro
-claro que sabes.
E de um momento para o outro estou nos seus braços, a sua mão na minha cintura, a minha mão no seu ombro e as nossas mãos entrelaçadas a segurar ambas uma ponta do meu vestido.
Rodamos e rodopiamos e é como se eu sempre tivesse sabido dançar. Não estou certa de que sei o que estou a fazer, mas neste momento mais nada importa a não ser nós e a forma como nos movemos pelo enorme salão. Várias pessoas estão a dançar perto de nós, mas outra apenas nos observam.
Tudo o que vejo são os seus lindos olhos verdes a brilhar para mim, como estrelas cadentes que me guião. Por muito obscuro que seja o caminho para o qual me leva, sei que independentemente de tudo ele vai estar lá para me guiar.
De repente ele agarra em mim e faz com que os meus pés deixem de tocar o soalho de madeira, rodopiando comigo. Guincho e dobro os joelho ao que ele se ri.
Quando me mete no chão, sei exatamente o que se passa, eu já não gosto dele. Eu amo-o, eu amo este rapaz, destruído pelo seu passado. Eu amo este rapaz, este pequeno e zangado pecado de tortura, um rapazinho triste, eu amo-o e não faço tenções de o deixar ir embora. Não posso simplesmente esperar, mas também não lho vou confessar, ele não ia reagir bem. Mas estando aqui nos seus braços, mesmo sabendo que algo de mau vai acontecer não consigo evitar o pensamento de que o amo. E inconscientemente digo-o para mim, no meu subconsciente Eu amo-te Harry.
E para tudo o que tem um fim, ele sussurra o verso que acaba com a musica deixando-me esperançosa, mesmo com algo obscuro a passar-se diante os meus pensamentos.
"You're here, there's nothing I fear
And I know that my heart will go on
We'll stay forever this way
You are safe in my heart
And my heart will go on and on"
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ENTÃO? Uiuiuiui Harry Harry, é uma pena que o conte de fadas não dure para sempre não é?
OMG estou em 5º e 6º lugar, um milhão de obrigadasss, vocês são tudo para mim, sinto realmente isso, sem vocês VISION não era possível, nunca poderei agradecer-vos o suficiente, por todos os votos e comentários doces.
O proximo capitulo vai ser pesado :o
E parabéns á Sophia6, foi o numero do comentario que calhou.
P.S querem continuar com isto das dedicaçoes? :o
I LOVE YOU
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