4ºCapitulo
No fim do jantar o Harry continua tenso e decido que por hoje, mas apenas por hoje o vou deixar em paz. Fazemos o trabalho as metades, eu lava e ele limpo. Bem antes desta ordem eu limpava, mas deixei cair um prato e o Harry recusava-se a perder toda a nossa porcelana nas minha mãos.
Agora estou no sofá e ele está no quarto a vestir-se. Acho que vai sair, e acho também que tem alguma coisa a ver com a festa... Quer dizer reunião de amigos que estão a fazer no piso de cima.
Não sabia que eram permitidas mas espero que durante a semana e durante as aulas especialmente não costumem faze-lo eu quero estudar e necessito realmente de o fazer, e ter festas com musica aos alto berros não é coisa que me agrade lá muito.
Está a dar uma porcaria qualquer na televisão. Não sei o que é mas esforço-me para conseguir perceber o que é que eles estão a dizer. Depois de uma maratona de zappings clandestinos descobri um canal de desenhos-animados espanhol. Sinceramente acho que estou só a ver porque os bonecos são engraçados e estão constantemente a cair.
O Harry sai do quarto e não parece feliz. Ainda não o vi realmente feliz desde que aqui cheguei mas não importa, um boneco chamada Lady cai e eu consigo perceber o porque por isso ignoro-o.
Olho novamente para ele esta a mexer na parte de trás do pescoço com um ar embaraçado.
-precisas de alguma coisa.- Pergunto sendo o mais delicada possível
-sim... han...Podes emprestar-me o teu telemóvel só para uma chamada rápida?- ele gagueja. Pondero o seu pedido mas acedo.
-está aqui.- Tiro-o do bolso do meu casaco.
-hum eu vou... Até ao quarto.- Ele resmunga e sai.
Não me consigo conter e vou atras dele. Encosto o ouvido á porta e expetante oiço... Espera ai mas que porra porque estou eu a espia-lo? Só o conheço á umas seis horas.
-sim... Pois se não me..... posso falar raios?... Sim preciso de um novo... parti-o. não, não é para te chamar a atenção... Olha ou arranjas um ou arranjo eu um de outra forma... Porra já disse parti o telemóvel e preciso de outro... sim. Bom.- Ele desliga e oiço-o a caminhar para porta ao que me apresso e salto para o sofá.
Ele regressa á sala e atira o telemóvel contra mim.
-hey lá porque partiste o teu não tens que partir o meu- resmungo mais alto do que o que pretendia. Ele vira-se e os seus olhos chispam raiva.
Vem até mim e coloca uma mão de cada lado na minha cabeça no sofá. Está tao próximo de mim que sinto a sua respiração chacotear-me e cana do nariz.
-o que eu faço com o MEU telemóvel é da MINHA conta.- Ele sibila num tom tao gélido que me arrepia os ossos.
Ele olha-me nos olhos e finalmente consigo perceber o quão carregado é o seu sotaque e o quão claros os seus olhos são. Numa situação normal eu teria sentido medo, mas tudo o que sinto agora é uma tenção estranha e que não me é nada familiar, mas tao oh tao doce.
Quando acho que vou fazer algo de estupido ele afasta-se com um sorriso oh tao lindo que quase desfaleço.
-bom eu vou-me embora qualquer coisa estou no andar de cima- ele aponta com um dedo e com um grande sorriso com direito a covinhas a bailar-lhe no rosto. Eu sei de onde vem aquele sorriso, esta contente porque basicamente me deu uma tampa, eu ia beija-lo e ele queria exatamente isso.
Ele sai e bate com a porta. Não sei o que fazer. Literalmente. Primeiro pensei que iria ter uma colega de quarto e agora eixe-me aqui com um rapaz tao arrogante. Quando Deus criou o mundo depositou quantidades exageradas de arrogância no maldito e sexy rapaz. Pensei também em ver um filme com a minha colega, mas o MEU colega não está em casa está numa festa no andar de cima.
O meu telemovel toca e apresso-me a atender.
-olá?- pergunto
-olá princesa- o meu pai diz e um sorriso cresce na minha cara
-olá papá.- Digo feliz
-já jantas-te?- ele pergunta e eu reviro os olhos
-sim pai estou bem e tu?- ironizo
-não revires os olhos. Já comeste?- ele continua
-sim, comi esparguete e almogdas.- Suspiro
-cozinhas-te?- o desdém na sua voz é o mesmo que usei quando o Harry me disse que tinha cozinhado
- Não o Harry cozinhou- apresso-me a dizer, não sei se fiz bem mas não quero mentir-lhe
-o rapaz?- ele pergunta incrédulo
-sim pai o rapaz- respondo cansada
-ele está portar-se bem certo, ainda posso ir até ai.- ele diz e eu reviro mais uma vez os olhos
-está pai ele nem sequer está aqui agora- digo e arrependo-me no minuto a seguir.
-como nao está ai?
-ah...ele... está na casa de banho.- Não quero que o meu pai saiba que há uma festa no andar acima do meu.
- Não sei quão ingénuo achas que sou mas Não acredito em ti.- ele reage frio
-estou a dizer a verdade pai.- digo cansada- a mãe?
-hum, a tua mãe está no banho.- ele responde e á uma brecha na sua voz, qualquer coisa me diz que ele está em movimento.- Vou desligar Sophia
-Adeus pai- digo e desligo a chamada.
Sei exatamente o que se vai passar ele vai vir até cá, tao certo como aquela festa estar realmente acontecer agora mesmo por cima de mim.
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