48ºCapitulo
Musica do capitulo:
-Rihanna - Drunk On Love
Acordo de manha e um sensação de conforto abate-se sobre mim. A minha cabeça doí-me num dos lados e suponho que seja por ter passado a noite com a minha cabeça apoiada no peito do Harry. Mexo-me mas tento não o acordar, parece-me que ele não dorme muito, ontem á noite deviam ser umas três da manha e ele ainda não tinha ido dormir.
Olho de relance para o relógio e são apenas sete e meia. Devia mesmo deixa-lo dormir. Tento tirar a minha cabeça do seu apoio mas ele não me deixa e aperta-me mais contra si. Está tanto calor debaixo dos lençóis mas tenho as pernas presas debaixo das suas. Tento mover as pernas mas sem grande sucesso. Ele é muito pesado para mim e para os meus cinquenta e cinco quilos. Argg Harry seu mamute!! Desisto da minha ideia de sair do seu emaranho de membros e contento-me com o pouco ar refrescante que obtenho pela cara.
Ele mexe-se e eu imobilizo-me. Não quero acorda-lo tão cedo. Viro a cara e deparo-me com um anjo adormecido. Está tao bonito neste momento que tenho medo de o acordar.
Tem o cabelo caído na testa e pequenos caracóis espalhados pela almofada, os seus lábios entre abertos deixando uma respiração suave escapar para fora. As suas longas pestanas a bater no topo das suas bochechas. Ele é tao bonito que custa a acreditar que estou deitada ao lado dele. E apenas para me verificar de que é real passo as pontas dos dedos pelas suas maçãs de rosto. Apenas para sentir o calor que emana a sua pele. É tao bonito, tao delicado, que não parece o homem que discutia comigo ontem á tarde, o homem zangado e frustrado que bebia. O homem pelo qual estou completamente apaixonada, mas que nunca poderei revelar o que sinto por ele. Ele não está preparado para isso, e muito sinceramente eu também não. Os meus sentimentos estão bem guardados dentro de uma caixinha.
Os meus dedos continuam a divagas sobre as suas bochechas, passo o indicador pelo seu grande e carnudo lábio inferior. Não sabia que os rapazes também podiam ter lábios tao bonitos!! É tao suave que comos e tocasse em algodão.
De repente sou fitado por um grande par de olhos verdes arregalados. O susto leva-me a tirar a mão da sua vela face.
-o que estas a fazer?- ele questiona
-oh nada.- murmuro a ficar vermelha.
-eu senti, estavas a tocar-me.- ele murmura. Bolas será que nem no sono sou capaz de lhe esconder nada?
-eu...eu... desculpa.- murmuro e passo as mãos para de baixo das cobertas. Ele sorri para mim. Um sorriso lindo e arrapazado que parece dizer sim tenho apenas 20 anos. Eu sinto-me corar sobre o seu olhar. Como pode ele levar-me a sentir tão bem apenas com um olhar.
Ele pega na minha mão e condu-la de novo para a sua face, dando-me acesso privilegiado á sua linda face. Fico longos minutos a passar os meus dedos pela pele suave, não tao suave assim, um sombra de barba começa a massajar-me os dedos.
-foi um dia comprido ontem.- ele murmura, enquanto fecha os olhos.
-sim foi.- concordo
-hoje temos o jantar da empresa do meu pai.
O meu coração congela ao som das suas palavras. Não quero olhar para aquele homem terrível, o medo que senti da ultima vez que o vi, faz as minhas pupilas dilatarem com o medo. Todas as ameaças lançadas me fazem recordar o momento de uma forma particularmente dolorosa.
-não.- sussurro.
-não precisas de ter medo Soph, ele não te pode fazer nada. Estas comigo. Vou manter-te a salvo.- ele tenta tranquilizar-me mexendo-me ritmicamente nas costas.
-ele vai saber que lhe menti.- murmuro
-não ele não vai. Vai correr tudo bem, eu vou dizer-lhe que já não quero vender as açoes da empresa.- ele murmura
-porque?- estou espantada
-porque sim Sophia.- ele diz tentando despachar o assunto.
Algo não está bem. O Harry não desistiria assim de uma vingança contra o seu pai. Não é provável, algo está mal, eu pressinto-o. O meu pesadelo, os calafrios, tudo começa a fazer sentido. Eu não teria um pesadelo ou uma visão noturna tão forte se algo de mau não estivesse para vir. Tudo na minha cabeça tem condicionantes.
-diz-me que não vais fazer nada de incrivelmente estupido.- murmuro e os seus olhos ficam carregados e a sua postura mais rija.
-não.- é tudo o que diz e isso deixa-me preocupada.
Num gesto rápido e fluido levanta-se da cama, deixando-me sozinha a olhar para a rua. Ele vaia té á sua comoda e consigo ver quanta tenção ele tem acumulada nos músculos. Todo o seu corpo a reagir numa postura dura e austera, quase dominadora.
Sento-me na cama para o ver a vaguear habilmente pelo seu enorme quarto, ele parece completamente confortável na sua pele, os seus movimentos perfeitamente calculados enquanto entra no que suponho ser o quarto de vestir.
Assim que deixo de o ver fito a enorme janela de vidro. É cedo no entanto um corrupio já começou a formar-se. As pessoas a andar apressadamente para as paragens de autocarro, filhos a fugir do aperto dos pais, idosos a atravessar as passadeiras lentamente... e eu aqui em cima, a observar a vida de um palácio de cristal. Presa numa bola de vidro. E como por magia sinto que o Harry que acordou comigo já não é o Harry na divisão adjacente ao quarto. E ao fim de anos a pergunta que nunca foi formada aparece a brilhar na minha cabeça. O que fiz eu para merecer esta maldição? Se tem haver com o Harry não sei como ajudar, é praticamente impossível acompanha-lo. Quando pensava no pequeno rapaz da minha cabeça nunca pensei que fosse um grande homem, um bonito homem, um homem rico e cheio de graves feridas emocionais. Como poderá uma pessoa emocionalmente ferida como eu ajuda-lo? Parece tão idiota e estupido.
Ele sai do quarto de vestir com um fato e gravata preta e nos seus grandes e brilhantes sapatos, parece tao intimidante assim que subo instintivamente mais o lenços, pareço tao vulgar quando ele se veste assim.
- Deixei algumas roupas da minha irmã no roupeiro, visto que as nossas de ontem estão todas molhadas.- ele murmura e eu ganho coragem para falar. Ele tem um irmã?!
-porque não vives aqui?- pergunto baixinho e ele paralisa a caminho da porta.
Ele volta para trás e caminha até á frente da cama, tapando-me a vista da janela. Agora sim ele está intimidante. Estou sentada na cama, com a sua roupa e ele está todo vestido no postura dura a olhar para mim do alto das suas janelas verdes. Ele baixa-se vagarosamente até chegar a frente da minha cara e passa o nariz por toda a extensão de face até chegar ao meu ouvido.
-e perder tudo que tu me podes dar? Não sou estupido.- ele murmura no meu ouvido enquanto morde suavemente o lóbulo.
-vou estar lá em baixo, e vou sair em meia hora, despacha-te se queres ir ás aulas.- ele manda, sem não antes beijar castamente os meus lábios.
Quando fico sozinha no quarto deixo-me cair para trás na cama. Este homem é exasperante. O que aconteceu ao rapaz embriagado de ontem? Mascarou-se de empresário e fez de senhor do meu mundo.
Quando desço as escadas vejo-o a olhar lá para fora enquanto fala para o seu iphone. Pergunto com quem tanto falara e depois lembro-me que gere um império. É tão estranho ver um rapaz tão novo comportar-se de forma tão adulta.
Quando se apercebe da minha presença olha para toda a extensão do meu corpo. Estou vestida com um vestido cor de vermelho muito escuro, é justo na parte superior do meu corpo, mas tufado na parte de baixo, as minhas all star continuam nos meus pés, os sapatos e o soutien são a única coisa minha. Não sei porque o Harry me deixou este vestido, e não acredito que sejam da sua irmã, servem demasiado bem.
-estas linda.- ele comenta.
-não me parece que vá para a universidade assim.- murmuro enquanto me aproximo dele. Paro mesmo a sua frente e ficamos ambos a encarar-nos, a minha cabeça erguida para olhar para o seu forte e duro rosto.
-tens razão, antes vamos passar pela cede da minha empresa.- ele murmura descontraído.
-oh.- ele espera que eu vá visitar a sua empresa de all star. Olho para os meus pés e ele ri.
-são a tua imagem de marca.- ele gargalha.
-anda comemos pelo caminho.- ele diz e pega a minha mão.
Juntos andamos até á porta. Não é estranho estar aqui agora? Como se tivesse uma vida dupla? Num dia acordo na minha pequena cama, noutro nos céus de Oxford. É tao estranho estar com o Harry, mesmo sem estar. Parece que cada dia é improvável e ninguém, nem mesmo eu consegue prever o que se vai passar a seguir, a sensação é excitante, mas também assustadora.
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O próximo capitulo vai ser muitooooo WOW, a Soph não se engana, ela acha que vai acontecer alguma coisa. Palpites?
Obrigada pelos votos e comentários, tento responder a tudo, sobretudo as mensagem para ler as vossas fic's. comentem porque adoro mesmo falar com vocês.
LOVE YOU GIRLS *-*
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