43ºCapitulo- POV Harry
Musicas do capitulo:
-Say something
-Emely Sandé- read all about it
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As palavras dela são como uma bola demolidora a derrubar cada fibra da minha muralha. O que a torna tão diferente das outras. O que a torna tão única? Eu não sei... provavelmente eu sei, só não vou admitir para mim mesmo. Ela tem demasiado poder sobre mim, é quase impossível saber até onde ela pode ir. É como se eu tivesse uma caixa de anjos e demónios, e enquanto eu tento chegar aos anjos para fugir dos demónios com demasiado medo, ela dança com os meus demónios para chegar aos meus anjos.
-eu...eu não sei.- acabo por murmurar
-vamos para casa Sophia.- eu meio que imploro
-não Harry, não vou a lado nenhum contigo.- fodace detesto quando ele me desafia.
-porque?- tento não perder a cabeça
-porque me mentiste e...- não a deixo acabar a frase.
-és a única rapariga em quem toco desde o inicio da faculdade ok. a trayce foi um passatempo divertido no ano passado e agora quer vigar-se e...- espera lá, como é que ela sabe da Trayce
-como é que sabes de mim e da Trayce?- murmuro baixinho, escondendo a raiva que palpita dentro de mim.
-eu...eu... a Tiffany contou-me.- ela acaba por confessar. Aquela cabra! Penso com raiva.
-e tu acreditas-te nela? Ela quer-me e está a tentar fazer com que te afastes-te! Não é obvio? Tinha-te em melhor consideração.- acabo por explodir com ela e vejo o seu lábio inferior tremelilcar.
-eu...eu não pensei nisso.- ela acaba por confessa. Aproximo-me lentamente dela.
-achavas que tudo aquilo era mentira?- murmuro
Ela baixa a sua cabeça e vejo lágrimas a cair consecutivamente, quero limpa-las e pedir-lhe para não chorar mais. Mas agora eu fiquei magoado. Eu nunca me magoou e é essencialmente por isso que evito relacionamentos. Ela já me magoou de mais. Mas a verdade é que mesmo que eu tente fugir da Sophia, não consigo, ela apenas parece estar sempre lá quando me tento relembrar-me que eu não namoro. Ela quebra a maldição e lança o seu feitiço. Agarro no queixo dela e ergo-o para que ela olhe para mim.
-responde-me.- insto mais uma vez.
-nunca me deste uma garantia e quando ela me disse aquilo, foi como um soco no meu estomago.- ela confessa e parte-me o coração.
-não te dou nenhuma garantia porque não posso e não quero, mas não te ia magoar, não a esse ponto, eu vou ser sempre honesto contigo.
-não chega.- ela chora mais alto
-o que é que não chega?- pergunto confuso
-não chega ficar á espera que tu mudes quando sais de casa, ficar á espera que alguém me diga uma coisa como aquela e ficar na dúvida. É tão pesado para mim Harry.- Ela chora a bom chorar e eu largo o seu queixo.
-eu...eu não posso mudar.- acabo por dizer e volto costas.
-como não podes? É exatamente o que o teu pai diz. Tu vais magoar-me.- Ela sussurra e o meu sangue gela.
-o meu pai?-pergunto em surdina e ela empalidece. Oh fodase eu sabia que não podia ser só isso. Há a porra de mais alguma coisa.
-conta-me.- ordeno
-não.- ela ruge na mesma medida
-vamos para casa.- tento novamente com a minha paciência a esgotar-se.
-não.- ela volta a enfatizar
-oh porra.- não aguento muito tempo e agarro-a pelos joelhos metendo-a ás costa.
Ela berra e guincha e as pessoas que começam a sair das respetivas aulas olham para nós intrigados. Então fodace para os intrigados porque graças a vocês tenho que complicar o que era já tão complicado.
Abro a porta de casa e meto-a no chão. Olhar para a cara dela vermelha de vir de cabeça para baixo dá-me vontade de rir, mas não o faço. Passasse obviamente alguma coisa que está a fugir ao meu controlo e eu não estou a gostar. Não gosto que estejam á minha frente em nada.
O meu telemóvel vibra e o nome do Louis brilha na tela.
-que foi?- pergunto bruscamente enquanto a Soph olha para mim com os olhos molhados.
-o teu pai interditou a venda de todos os acionistas por um mês!- o Louis parece zangado como a porra, mas nada comparado ao que começa a crescer dentro de mim
-fodace, como, ele precisa do consentimento...- calo-me assim que percebo que o Jonh o ajudou.
-sim, o amiguinho do teu pai teve mãozinha nisso.
-fodace, apetece-me partir alguma coisa.- grito e vejo a Sophia a encolher-se.
-não estas com a Soph pois não? Sabes que descarregas na primeira pessoa que te aparece á frente.- ele murmura
-sim, estou com ela.- Olho para ela e ela encolhe-se ainda mais na sua bolha.
-pensa antes de falares Harry.- ele avisa
-fodace, não me digas o que fazer.- berro e a Sophia vai para o quarto.
Desligo a chamada e tento decidir o que fazer. Se for ao quarto vou acabar por... que se foda.
Entro no quarto e ela está sentada no parapeito. O meu peito dói por saber que ela se encolheu por eu a ter assustado. Mas dói muito mais ela pensar que tudo o que lhe disse era mentira. Porque não era. Eu só não vou admitir para mim mesmo. Eu sou frio, cruel, e alguém levou o meu coração para fora do meu peito. E ninguém o vai repor porque eu não quero.
Sento-me numa cadeira e poiso os cotovelos nos joelhos afastados, levanto a cabeça e espero que ela fale, mas ela não o faz. Não quero gritar com ela e juro que me estou a controlar.
-tens duas hipotses ou falamos agora e me contas que merda é que foi que o meu pai disse, ou vamos pelo caminho mais doloroso de não nos falarmos durante uma eternidade. Já aconteceu e se a memória não me falha nenhum de nós achou muita graça.- não vou mesmo deixar de falar com ela, mas sei que a ameaça a assusta.
-vais gritas comigo de ambas as maneira.- ele murmura e é como um chuto no meu estomago.
-sim, provavelmente vou.- acabo por confessar.
-então do que me vale isso se não me vais dar uma terceira alternativa?- ela olha para mim pela primeira vez.
-na vida podem haver muitos caminhos, mas todos são dolorosos, uns apenas parecem ser menos maus, mas na realidade são todos iguais. Para que haveria eu de te iludir com um caminho fácil, se são todos complicados?- espero que isto a acorde para a realidade.
-então não dormiste com ela?- ela pergunta a medo.
-não fodace, já te expliquei.- vá lá Styles controlo.
Ela cala-se e sinto a sua descontração. Não sei porque não acreditou logo em mim. Á sempre qualquer coisa nela que me escapa é misterioso, até sobre humano.
-agora conta-me!- ordeno num tom imperioso.
-o teu veio aqui segunda feira á noite.- ela murmura e baixa a cabeça.
Oh sim vou matar aquele filho da puta com as minhas próprias mãos. Ele veio encher a cabeça da Sophia de merdas. Foi por isso que ela não acreditou logo em mim. Tento manter a calma a falar com ela. Não quero assusta-la como á minutos atras na sala.
-e o que te disse ele?
-ele pediu-me para te convencer a ano vender as tuas açoes! Ele disse que passou a semana a observar-me e que tu...- ela não acaba a frase e isso faz-me ficar impaciente. O filho da mãe anda a observar a Sophia, a minha Sophia.
-e...
-ele disse que tu ficavas mais mole comigo, e se eu não... se eu não fizesse o que ele queria, ele iria acabar com isto tudo e magoar alguém...- não a deixo acabar a frase e levanto-me muito rapidamente da cadeira mandando-a ao chão.
-fodace.- eu grito e ela assusta-se. Tenho que me controlar... tenho que me controlar...oh que se foda.
-porque é que não me contas-te?- eu grito mais alto do que pretendia
-ele disse que eu contasse ia fazer mal a alguém e eu pensei que eras tu, então eu apenas ia...- já chega desta conversa. Estou fodido de raiva com ele, mas ainda amis com ela, será que ela não percebe o quão burra foi? Ele não ia magoar-me era a ela que se referia.
-es tão estupida. Ele não me ia fazer mal, era a ti que ele ia magoar...como é que pudeste ser tão imprudente? Não tens consciência do que ele te pode fazer?- a minha voz a elevar-se.
-eu pensava que ele te ia fazer mal, eu não queria que te acontecesse.- ela chora e eu contenho o volume da minha voz.
-ele não me pode atingir por mais nenhum lado...pelo menos até agora não podia.- murmuro.
-o que queres dizer?- ela pergunta a fungar de uma maneira muito própria dela.
-ela vai usar-te para me enfraquecer, é obvio.- é tao obvio agora! Todas aquelas suplicas para ir ao baile anual da sua empresa. Apenas para ter a Sophia mais perto. Não estou tao certo se agora a quero levar.
Preciso de sair. Vou acabar a dar cabo do apartamento se não sair já. Vou acabar a esmurrar alguém. Vou acabar a esmurrar o porteiro e vou assustar a Sophia. Não posso assusta-la. Não quero abandona-la, mas neste momento preciso de estar sozinho comigo mesmo e parte obscura de mim. Ninguém pode ver no que se torna o Harry quando não é apenas o rude Harry.
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Então meninas? Era isto que esperavam? Deixem a vossa opinião e votem porfavorzinho, e obrigada pelos comentários tão doce.
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