37ºCapitulo
Musicas do capitulo:
-Ed Sheeran- give me love
-Ed Sheeran- Small Bump
-Ed Sheeran- kiss me
Estou sentada em cima da tampa da sanita á espera que o Harry volte com uma pomada qualquer. Devia ser eu a tratar do pulso, mas ele sente-se responsável. Bom na realidade, não querendo ser hipócrita, a culpa foi dele.
Olho ao meu redor e sinto-me como uma pequena criança a precisar de ajuda para cuidar um ferimento qualquer. Como quando andas de bicicleta pela primeira vez e esfolas os joelhos. A recordação faz-me sorrir. Lembro-me de ter chorado imenso. Nessa altura eu ainda era uma Soph normal. Agora eu sou uma Soph anormal.
-bom, no mínimo isto deve reduzir a marca dos meus dedos.- Ele murmura.
-hum
-sinto-me um animal.- Ele olha para mim enquanto de baixa para ficar ao meu nível.
-na realidade parecias um.- Olho para ele de volta
-hum, se calhar sou um.
Nenhum de nós diz mais. Não quero mesmo soar como aquela típica menina dos livros que é agredida e depois o desculpa e acabam enrolados na cama. Essa não sou definitivamente eu. Se bem que a parte da cama é tentadora. Se formos a ver de cada vez que estamos os dois na mesma cama, é menor a possibilidade de nos chatearmos e começarmos a atirar facas um ao outro.
-vou fazer um bocadinho de pressão.- Ele murmura e resfolgo quando sinto a pele arder sobe o seu propositado ataque
Olho para as minhas meias com porquinhos-da-Índia para me abstrair do ardor que o creme começa a provocar. Abano os dedos dos pés e o Harry ri-se. Ele deve ter alguma espécie de fetiche pelos meus pés. Ou talvez de cada vez que ele vê os teus tenhas algum animal neles! Pois é bem possível.
As vezes sou demasiado infantil. As raparigas na minha idade querem andar de salto, no entanto de abrirmos a sapateira da Soph encontramos all star's e vans. Devia mesmo comprar saltos. Tenho umas pernas suficientemente bonitas para isso acho eu.
-tenho umas pernas bonitas Harry?- pergunto de chofre. Bolas para mim e para a minha grande boca.
-oh sim, na realidade são bastante bonitas.- Ele murmura com as pupilas a dilatarem
-Porque?- ele pergunta intrigado
-oh sei lá. Ando sempre de ténis, talvez devesse comprar uns saltos.- Encolho os ombros
-na realidade gosto bastante dos teus ténis. Impedem que caias e partas o pescoço- ele zomba de mim.
Dou-lhe um pontapé com as minha meias-porquinho-da-índia e ele massaja o local onde lhe bati, fazendo uma careta de dor. Gargalho e ele fica sério. Este rapaz é demasiado serio. Devia provavelmente perguntar-lhe porque se calou, mas tenho medo que ele leve a mal, ou que... nada, nada de mais Ambos sabemos no que estas a pensar! Oh sim aquela vozinha é irritante.
-então... conseguiste revolver o teu problema?- pergunto a medo.
Ele olha para mim e fixa o seu olhar no meu impedindo-me de olhar para qualquer outro ponto. Sei que devia desviar o olhar, sei que ele me vai enfeitiçar, mas os olhos dele são como um poço a perder de vista. Adoro e detesto ficar presa nele.
Ele levanta-se e puxa-me para cima também. Tremelico ligeiramente, mas apenas durante um segundo. Ele captura o meu queixo e ergue a minha cabeça para que eu possa olhar diretamente para ele.
-eu sei no que estás a pensar.- ele murmura junto á minha boca
-estás a pensar que já não vais poder falar comigo, nem fazer-me perguntas como antes. Eu quero deixar claro que se te tivesse conhecido agora ficaria satisfeito por isso, mas agora não, agora eu quero que tu continues a ser a mesma Soph. Entendes-te? Eu garanto-te que não vai realmente voltar a acontecer. Eu nunca fiz isto a uma mulher e posso garantir-te que não vou voltar a magoar-te. Nunca.- ele murmura
Pela primeira vez é ele quem me abraça. É um abraço natural, mas mesmo assim noto o desconforto dele. Ele não está habituado a demonstrar afeto a ninguém. Apenas a infligir dor, sendo rude e bruto. Eu estou a ver mais do que ele alguma vez me permitiu. Não que eu o tenha forçado. Eu apenas tenho uma pequena ajuda no que toca a ele. Uma pequena ajuda que dói para caramba.
Sinto-me tão segura e confiante nos seus braços que é quase impossível querer algo mais. saber que sou a única que ele segurou nos seus braços desta maneira faz-me tremer de alegria. Saber que ele nunca disse a uma rapariga o quanto a adora e a maneira como ele me trata.
A verdadeira questão é o facto de eu, conseguir adora-lo da forma que ele é. Suponho que com todas as outras raparigas tenham sido apenas como uma diversão. Algo rápido, e para além do mais ele próprio admitiu que não admite que se metam na vida dele. Ainda que seja muito difícil de arrancar informação dele, ele dá-ma aos poucos mas dá. É como se eu estivesse a construir uma casa. Preciso da base para chegar ao topo. Não quero pensar em quanto tempo vou demorar a entender o Harry e tudo o que se antecede. Eu preciso de viver o agora e não o futuro, e é o Harry que me faz ficar aqui, neste exato momento, impedindo-me de reavivar o que se vai passar no futuro incerto.
Meto-me em bicos de pés para lhe chegar á bochecha e dou-lhe um beijo estalado na sua rosada bochecha. Se há coisa que aprendi foi o facto de que o Harry reage sempre mal á culpa. E isso faz-me pensar no quão homem ele é. No quanto o meu menino perdido cresceu demasiado depressa. Um passado obscuro a guia-lo para uma direção contrária á da luz. Um menino zangado e frustrado que não sabe em quem por as culpas do que aconteceu. Um menino perdido cujo o pai não se importou minimente com ele. Deixando a revoltar-se com as pessoas á sua volta. Deixando-o a fazer sempre o que quis.
Quando saio do abraço do Harry ele tem um ar perdido. Pergunto-me o que faria ele antes da faculdade para aliviar a pressão. Eu iria provavelmente ao cinema ou ler um bom livro, mas eu apenas não sei o que fazer com o Harry. Ele é tão diferente de todo o tipo de rapaz que alguma vez imaginei.
Na realidade quem ia pensar que uma rapariga com uma mente destorcida com a minha ia acabar com um rapaz ainda mais destorcido? Não devíamos acabar com os nossos opostos? Não que eu e o Harry sejamos parecidos. Não de todo. Acho que os níveis complementares somos parecidos. Mas em termos técnicos somos completamente opostos.
O telemóvel dele toca e ele carranca. Uma capa preta reveste o seu iphone prateado e pergunto-me quantos terá ele.
-sim?- ele atende duro e frio
-não Lou, eu tratei disso ontem... todas as contas devem estar a ser congeladas agora... o quê? Mas eu não... fodasse Lou assério?...sim, mas vou precisar de dois... sim a Sophia vai comigo...até logo.
A conversa e curta e pelo que percebi, eu vou algum lado. Mas o mais engraçado é que EU não sei onde vou! É disto que estou a falar ele é tao inconstante e controlador que dou por mim a pensar em mil e uma formas de o ver isso. Já o tranquei em casa e não resultou, não sei o que mais fazer. Tudo nele são extremos, ou que fazemos é particularmente fantástico, ou é particularmente uma desgraça total.
-fixe, então onde é que vamos.- Bufo e reviro os olhos.
-oh bom, não te vou dizer.- Ele dá-me um meio sorriso
-como assim não vais dizer? Que tipo de roupa vou vestir senão me disseres onde vamos?- ralho
-estás sempre bonita Soph.- Ele ri-se e eu sinto-me a ficar quente e vermelha
-para de me tentar distrair Harry.- Censuro-o
-não te vou dizer porque te vou mostrar.- ele sorri
-como?
-vamos às compras.- ele diz feliz.
Oh senhor! Se ele está apensar que me vai levar as compras e depois oferecer-se para pagar está redondamente enganado. Era só o que faltava agora. Querer ser ele a pagar tudo cá em casa. Só se eu fosse parva.
-ok. Nós vamos às compras vou buscar dinheiro
-não.- Ele ruge
-como não?- guincho
-eu pago.- Ele grunhe
-queres que eu vá contigo não queres?
-sim
-bom nesse caso eu vou pagar as minhas coisas estamos entendidos?
Ele acaba por ceder e eu sinto-me feliz por isso. Detesto que ele ganhe todas as nossas batalhas- lembro-me de no início, nós termos uma espécie de batalha para ver quem era o primeiro a sair. Lembro-me que jurei que não ia ser eu. Agora percebo o porque de querer tanto ficar aqui.
-bom vou buscar o carro. Quero-te lá em baixo em cinco minutos.- Ele grunhe e só me mexo do lugar quando oiço a porta a ser trancada.
Ando até ao meu quarto e tiro 100 libras do meu pequeno envelope. Não sei onde vamos, mas não quero ter falta de dinheiro. Não hoje.
Vou até ao meu tocador e penteio o meu rebelde cabelo castanho. Ele cai-me sobre os ombros e os seios como uma linda nuvem cinzenta. É do novo shampoo a pequena voz sem cara declara e eu tenho concordar com ele.
Ando até á porta e saltito para a conseguir fechar. Alguém devia por óleo nisto. Faço um esforço do outro mundo e quando me viro deparo-me com a coisa mais bizarra do mundo. Está um pequeno gatinho cinzento dentro de uma caixa. As que raio? Tento ver se tem alguma coisa, como uma coleira ou assim, mas nada. Devia deixa-lo aqui? Se calhar é de alguém?
Abro novamente a porta e pego na pequena caixa de cartão que contem o pequeno gatinho. Caminho até ao meu quarto e coloco-o sobre a cama do Harry. Não é por mal, mas a dele é mais fofa que a minha. A minha tem uma capa cheia de recordações dolorosas por de baixo.
Toco-lhe no pelo e apresso-me a descer as escada e a trancar a porta. Provavelmente se alguém quiser o gato de volta vai reclama-lo. Sei que é proibido animais no dormitório, mas ninguém precisava realmente de saber.
-Soph?- o Nathan, e velho senhor da portaria chama-me
-sim Nathan?
-chegou a conta do apartamento.- Ele fala e eu apresso-me a pegar no pequeno envelope
-oh sim...claro é só por o dinheiro dentro do envelope de novo certo?- pergunto incerta do que fazer
-sim Soph é só isso.
Abro o envelope e tenho 100 libras para pagar. Na realidade são 50, mas o Harry tem andado a pagar tudo lá em casa, por isso...
Abro a carteira e tiro todo o dinheiro lá de dentro, metendo-o de seguida no envelope.
-aqui.- Dou o envelope ao Nathan e ele sorri amigavelmente
Corro pela estrada de acesso até ver o carro do Harry ao longe. Quando ele me vê sai do carro e censuro-o mentalmente por isso. Ele vai até ao outro lado e abre-me a porta, deixando-me depois um beijo na bochecha.
Imagino o que qualquer pessoa de fora pensará quando vê como eu e o Harry nos damos fora de quatro paredes.
Ele arranca com o carro e segue viagem. Deixo-me a pensar onde iremos e que agora já não tenho dinheiro. Acho que vou apenas fazer ronha e fingir que não gosto de nada. Sim parece-me um bom plano. Um plano á medida do belo rapaz ao meu lado. Ele vai ficar fulo quando descobrir que paguei a conta toda. Se el mal me queria deixar pagar a minha parte.
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Oioioioi quem quer ver o Harry chateado outra vez?
Onde será que eles vao? :o
Queria agradeçer aos comentarios fantasticos, muito obrigada coisas lindas *--*
Deixem comentários e opiniões.
LY ❤ Visioners
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