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33ºCapitulo

Estou embrulhada numa manta em cima do nosso sofá enquanto o Harry me prepara uma chávena de chá. Depois da pequena declaração dele por telefone, foi fácil trazer-me de volta para cima.

Foi apenas necessário passar algum tempo nos seus braços e ouvir a sua doce e rouca voz a cantar para mim. A maneira como a música entrou dentro de mim foi como terapia.

Acalmou todos os meus fantasmas até o mais tenebroso deles.

As memórias da mãe dele, dele próprio e do sangue. Tudo foi embora devagar á medida que a música avançava. Cada nota, cada timbre e cada grave saído pela sua doce boca fazia-me relaxar cada vez mais.

E enquanto isto eu perguntava-me como poderia ele ser a mesma pessoas que bateu no amigo ontem?

A minha única explicação é que ele não sabe agir comigo, ele deixa-se levar pelas emoções e não as controla. Como uma pequena criança que não se sabe controlar, que avança sobre caminhos instáveis e não sabe ouvir um não.

A minha única opção é compreender que ele passou á frente de uma etapa da sua vida muito importante.

Que em vez de ser um menino pequeno de cabelo encaracolado, era um menino triste e zangado e triste por terem tirado a sua mãe dele. Arrancaram dele o que é mais importante para uma criança. E deixaram-no nos braços de um pai demasiado libertino que sempre lhe permitiu tudo. Um pai que não soube dar amor á pequena criança revoltada.

Noa lhe disse propriamente que já sabia o que tinha acontecido com ele e o seu passado. Sou capaz de ter omitido uma ou duas partes e de ter apenas dito que estava a ficar demasiado "cheia" com as saudades e que o facto de ele gritar comigo me fez "transbordar" o depósito.

Não lhe queria mentir, mas também não queria dizer-lhe que tinha descoberto coisas a seu respeito. Ele iria ficar raivoso e eu ficaria ainda pior do que já estou.

-aqui está.- ele declara sentando-se ao pé de mim.

-obrigada.- Murmuro.

-sabes... estive a pensar e talvez eu te posso levar a ver a tua mãe e o teu irmão.- Ele olha-me serio.

-tu estas a brincar certo?- arregalo muito os olhos com a sua proposta indecente.

-não Sophia, eu tenho uma espécie de... avião? Sim é isso e eu poderia levar-te lá.- ele gagueja

-noup.- não êxito em responder.

-porque não?

-tens de parar de pagar tudo ok. Eu vou vê-los sim, mas com o meu dinheiro.- respondo mal humorada.

-tens sequer dinheiro para isso?- ele zomba

-eu... eu já te disse que vou trabalhar.

-para onde?

-eu não sei, talvez alguma coisa relacionada com livros. Eu adoro ler.

-mas estas em arte.- Ele diz sarcasticamente

-bom se me conhecesses minimente terias reparado que á uns cem livros na minha prateleira.- Digo sarcasticamente.

-há?- ele pergunta e levanta-se para ir até ao quarto e voltar.

-pois há!- ele diz espantado.

-olha Harry, na realidade não sei, qualquer coisa serve.

-não qualquer coisa, sabes eu poderia arranjar-te um emprego...- não o deixo continuar

-eu vou fazer isto pelo meu próprio pé estamos entendidos?- estou a ficar farta que interfiram sempre no que vou fazer a seguir.

-Soph eu posso realmente ajudar-te, tu podias trabalhar na minha...

-arrgg para ok?- levanto-me e encaminho-me para o quarto.

-onde é que vais?- ele pergunta num tom duro

-dormir.

-ai não, não vais!- ele anda até mim

-e porque não?- pergunto

-porque não jantas-te e eu fiz lasanha.- ele reclama e eu rio.

Ele sorri-me muito tenuemente e leva-me até á bancada da cozinha. Ele serve ambos os nossos pratos e comemos em silêncio. A lasanha está ótima de verdade. Nunca pensei que ira ter um colega cozinheiro, mas aqui estou eu a comer uma das sete maravilhas do mundo.

-isto estava ótimo.

-eu sei.- Ele retorna

-és sempre assim tao... confiante?- questiono

-se não fores confiante, ninguém vai confiar o suficiente em ti. É uma das cadeiras que se tem na minha área. Na realidade não precisei dela. Eu sei ser o que sou melhor que ninguém.- ele direto e parece querer esquivar-se da conversa

O telemóvel dele toca e ele mantem-me no lugar com o dedo. Ele atente o telemóvel e reparo que é um novo modelo. Oh fixe lembrei-me que o meu telemóvel se está a ficar velho.

-não Lou, se nos associarmos a eles nos vai trazer despesa corta tudo agora...não estou interessado... prescinde o contrato imediatamente e certifica-te de que não cometemos mais nenhum erro deste género... sim amanha falo com o Scott... adeus.

Quem é o Lou? Será o Louis? E que despesas são essas? E o Scott? Raios o homem é um poço de segredos.

-quem é o Lou?- pergunto baixinho

-é o Louis.

-e o Scott?

-o meu assessor de finanças

-para que precisas de um?

-porque tenho um negócio para gerir.- Ele está a ficar irritado com as minhas perguntas.

-qual é o teu negócio?- ele vem até mim e ergue o meu queixo

-para que dizer-te se posso simplesmente manter-te curiosa?- ele murmura

-bom tu dizes que detestas quando te faço perguntas.- Digo de mansinho.

-perguntas às quais não quero responder. Não me importo de te manter na ignorância acerca de certas coisas.- Fico pasmada por ele me dizer isso, mas ao mesmo tempo a maneira rude, rouca e sensual como ele diz as palavras faz-me ficar fascinada a olhar para ele. Com o olhar submisso ao dele.

Ele olha-me de cima com um ar superior e sou incapaz de falar ou desviar os olhos dele. O meu queixo continua preso nas suas mãos. Quero desesperadamente que ele me toca mas ele não o faz. Fico irrequieta e um sorriso lento e sensual desenha-se-lhe na cara fazendo-me corar instintivamente.

-porquê?- rouquejo passado seculos.

-porque te quero na palma da minha mão.- Ele sussurro e inclina-se mais para o meu ouvido.

-para tudo.- Ele acaba por murmurar num tom sombrio e tudo dentro de mim se contrai. 

Pequenos beijos são deixados no meu pescoço. São delicados e suaves mas com uma falsa intenção. Ele quer seduzir-me e está a conseguir. Ele muito bom no que faz.

-eu quero-te Sophia. Eu quero-te toda só para mim.- Ele confessa e eu inclino a cabeça para trás, expondo mais a minha garganta.

Arquejo quando a mão dele sobe pela minha coxa. Todos os meus sentidos são invadidos pelo cheiro e o toque dele.

Ele abre as minhas pernas lentamente e encaixa-se entre elas. Para a sua suave tortura e olha para mim. Abro os olhos muito suavemente e tento recompor-te da sua investida sensual. Sei que não há nada para me recompor porque ele vai obviamente continuar.

-o que não faria eu contigo doce e inocente Sophia.- Ele murmura com os olhos pretos. Ele olhe para baixo e eu sigo o seu olhar.

-as coisas que tu me fazes.- Arquejo ao ver o quão grande ele está. Mas não fizemos nada!

E depois lembro-me de como ele me fez sentir hoje de manha. Quente e húmida. Eu quero fazer o mesmo por ele, apenas não sei como, mas quero. Ele fez-me sentir tao bem, tao descontraído e... feliz. Eu poderia tentar dar-lhe isso. Não iria custar muito. Apenas um esforço extra da minha parte.

Ele beija-me descontroladamente sem eu me aperceber. Sabe bem, sabe terrivelmente bem a maneira selvagem como ele me beija. A sua língua lutando com a minha em busca de mais território.

Gemo na boca dele e ele beija-me com mais força. Ele enreda os dedos no meu cabelo e eu agarro-me aos seus bíceps para me amparar. Sinto os lábios doerem com a força com que ele me beija. Mas não deixo de o beijar também.

Ele agarra uma das minhas pernas e carrega-me até ao quarto deitando-me gentilmente em cima da sua cama. O seu peso em cima do meu corpo apenas nos afunda mais na cama. É deliciosamente pesado e não consigo evitar não geme quando ele passa as suas mãos por toda a minha extensão lateral.

Ele beija a pele exposta atras da minha orelha e eu não consigo evitar gemer alto. Sinto o seu sorriso contra o meu pescoço. Eu estou a ficar totalmente á merce dele. É aterrorizante e excitante.

Eu paro-o e ele olha para mim com uma cara de ponto de interrogação. Como se eu fosse uma espécie de animas esquisito.

-eu quero fazer algo para ti.- Murmuro sentindo-me ficar cor-de-rosa

-como assim algo para mim?- ele pergunta com os olhos muito aberto.

-eu quero... fazer... o que tu me fizeste.- Digo-lhe virando a cabeça para o lado

-não te escondas de mim. Detesto que o faças.- ele murmura

-tu queres tocar-me é isso Sophia?- ele pergunta divertido. Eu aceno nervosamente com a cabeça.

-tu tens a certeza? Tu não tens de fazer isso só porque eu fiz ok?- pergunta preocupado

-eu quero.- Murmuro

-eu não sei se é uma boa ideia...- ele mostra-se apreensivo

-porque não?

-porque tu és muito... inexperiente

-ensina-me.- eu murmuro envergonhadamente.

Ele não responde mas vejo os seus olhos brilharem pesadamente. Eu inclino a cabeça contra ele e os nossos lábios tocam-se muito suavemente.

Eu quero fazer isto. Eu quero dar-lhe tudo o que ele me dá. Ou até mais.

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Soooo? Bom eu acho que o próximo capítulo vai ser muito quente. Mas não sei, ele ainda não está escrito, por isso podem dar-me umas dicas? Querem um capitulo hot, ou um capitulo normal. Seja qual for eu sei que vai ser muito carinhoso.

O que acharam?

LY

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