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26ºCapitulo

Fico uma eternidade agarrada ao Harry, toda esta conversa sobre sentimentos está a deixar-me lamechas. Ainda não estou realmente em mim acerca de ele admitir que gosta de mim. Eu gosto dele. A parte triste de tudo isto é o facto de cada vez que o Harry me faz sorrir, imediatamente no momento a seguir faz-me engolir uma bola de demolição. Ele não namora e eu devia já saber disso. No entanto cada vez que o toco é como se pertencesse a ele. Isso faz-me ficar confusa e chateada, mas não sei bem como reagir.

E depois é o facto de eu lhe ter confessado que era virgem. Eu e a minha grande boca. Será que não sei ficar calada? Tudo nesta conversa de 10 minutos parece ter tirado um grande peso de ambos. Sei que devia preocupar-me com o que vai acontecer a seguir mas não consigo.

-então queres pequeno-almoço ou vamos ficar aqui o dia todo?- ele questiona-me

-hum.- Respondo escondendo o meu sorriso no seu pescoço

-isso é um sim?

-hum

-Um não?

-hum

-já chega.- Ele levanta-se e eu volto a enroscar-me na cama.

-ok tu é que sabes. Vou fazer panquecas, se não comeres nada paciência.

Ele sai do quarto deixando-me sozinha na cama aquecida por ambos. Sabe terrivelmente bem sentir o cheiro dele na minha almofada. Saber que ele se preocupa comigo. Sei que devia estar zangada com ele. Tudo o que ele me fez ontem é noite foi ridículo, foi maldoso e mesquinho. Não quero nem consigo perceber o porque de tudo isto. Ele explicou-me, eu sei, mas isso não o torna mais fácil de entender. Ele disse que se quer afastar e não consegue, mas a verdade é que eu também não consigo nem quero que ele se afaste. Uma batida na porta desperta a minha atenção. O Harry espreita de esguelha e isso faz-me rir.

-vou comprar ovos, não saias.- ele ordena

-ok

Quando oiço a porta a bater rebolo para fora da cama. Muito bem vejamos o meu telemóvel. Vou ligar ao meu pai. Depois de três bips ele atende.

-olá princesa.- ele diz com voz embargada pelo sono.

- Papá.- Digo feliz da vida. Estes termos de bebé fazem me feliz

-então, o que te leva a acordar-me tao cedo?- ele pergunta

-vamos almoçar certo?- pergunto esperançosa.

-claro que sim princesa.

-fixe. Vens cuscar-me á 1h00?

-sim, querida.

-até já pai.

-adeus princesa.- ele desliga

É cedo para caramba e apetece-me fazer qualquer coisa. A guitarra do Harry chama-me a atenção. Lembro-me dele, com ela no primeiro dia em que cá cheguei. Pego nela e deixo-a em cima da cama. Busco o meu bloco A4 e começo a rabiscar um esboço da guitarra. Curvas mais curvas e de repente dou por mim perdida no paraíso. De uma das curvas da guitarra sai um sorriso. O sorriso do Harry.

Estou perdida em pensamentos quando a campainha toca. O Harry não costuma esquecer-se das chaves. Mas é de manha e depois da nossa manhã incrivelmente boa, ele pode ter esquecido as chaves. Calço as minha pantufas e vou até á porta.

-esqueces...- a frase fica a meio ao ver o liam com o nariz enrolado num curativo.

-Oh Liam.- Não sei o que dizer, pois não esperava aqui

-surpreendida?

-não eu só...- ele não deixa acabar a frese e entra no apartamento.

-onde esta o filho da mae do Harry?- ele pergunta duramente

-não está.- digo porque é verdade.

-fodace Sophia, queres saber a culpa é toda tua.- Ele diz e invade o nosso quarto

-liam para, não podes estar aqui.- Digo-lhe baixinho

-e quem vai impedir-me, ele não está aqui. Eu poderia fazer o que bem me apetecesse.

-liam vai embora.- Quero que ele vá e não volte. Ele vem até mim e agarra o meu braço com uma força desproporcional.

-avisa o teu namoradinho, que vai receber troco.- ele ameaça

-estas a magoar-me.- Choramingo

-não tanto como o Harry a mim.- Ele rosna e sai do apartamento deixando a porta aberta.

Viro-ma para janela deixando a porta assim. Posso sentir a tenção que paira no ar. Não acreditou que ele entrou aqui só para me ameaçar e ao Harry. Que tipo de homem faz isto? Olho para o meu braço e marca dos dedos do Liam está demasiado vermelha. Se mantiver a manga para baixo ninguém vai ver.

-O que se passou.- a voz do Harry trás me de volta ao presente

-nada.- Viro-me para o encarar

-na me lembro de deixar a porta aberta.- Ele diz petulantemente.

-não deixas-te, eu abri-a.- Esclareço-o

-porque?- ele é insistente

-porque me apeteceu.- reviro os olhos

-estas de mau humor.- ele ri

-não eu não estou.- e não estava até á uns cinco minutos atras

-com, eu comprei croissants.- a minha disposição melhora com a referencia á guloseima. Corro até ele e ele estica o braço no ar. A sua altura, obviamente desvantajosa para mim, fazendo-me dar pulinhos para tentar agarrar o saco com os bolos. Ele gargalha mas logo a seguir os seus olhos estreitam-se e o seu riso cessa.

-o que se passa?- pergunto assustada

-o teu braço.- Ele murmura. Bolas a manga subiu revelando as marcas vermelhas deixadas pelo Liam

-oh bati com o braço.- ele sorri. Um sorriso maldoso que não lhe chega aos olhos. Ele cresce para mim e sinto-me encurralada

-achas que sou ingénuo o suficiente para acreditar nisso?- ele murmura com ódio

-eu só...

-fodasse quem é que esteve aqui Sophia.- Ele está quase aos berros. Detesto que ele faça isto

-ninguém.- Choramingo baixinho

-diz-me.- Ele está a ficar sem paciência

-O Liam.- Sussurro e uma onda de raiva é palpável

-oh sim.- Ele dá uma volta no lugar e depois olha para mim.

-como é que queres que eu confie em ti, se tu fazes estas coisas?- ele murmura

- eu não...

-para Sophia, isto passa a vida acontecer, alguém te faz alguma coisa e tu não me contas. Ele marcou-te, ele tocou-te.- ele grita e eu encolho-me

-golfinho-sussurro. E ele arregala os olhos. Parece recompor-se, mas ainda assim parece sentir-se culpado

-desculpa.- ele murmura

-odeio mesmo que grites comigo.- digo baixinho

-seu é só que tu... e... ele.... Eu preciso de ar.- ele diz e sai

Sou deixada sozinha, desamparada e magoada no meio do apartamento. Espero que o Harry não vá fazer nenhum disparate sobre ir atras do Liam. O Liam disse que iria dar o troco. A imagem da minha visão em qua a mão do Harry sangra, faz-me estremecer. A ideia de algo acontecer ao meu temperamental companheiro de casa é como ser esmagada por um comboio. Eu sei que gosto daquele rapaz. Apenas não consigo decifrar até onde vão os meus sentimentos por ele. A maneira como ele grita comigo, apenas porque alguém me faz mal é assustadoramente reconfortante.

Antes eu apenas tinha os meus pais e o meu irmão, e claro a Kate. Mas saber que agora tenho o Harry. Que ele desempenha algo entre o meu pai e um namorado. Mesmo que ele nunca vá namorar... muito menos contigo. O meu subconsciente desdenha.

Eu sei que posso derreter o gelo dele. Não sei apenas quanto tempo vai levar. Não sei se forte o suficiente, a minha cabeça já está tao ocupada com tudo. Mas a realidade da situação é se a tua cabeça concorda em trazer o Harry para o teu coração. Será que os fantasmas da minha cabeça vão deixar alguém como o Harry e eu pelo menos tentar. Isto se eu o fizer admitir que consegue. Eu apenas gosto dele, mas não sei como demonstrar. Eu tento ser eu, mas ele parece não gostar disso. Isso realmente desmoraliza-me. Ele parece querer trancar-me numa gaiola dourada. Mas isso não sou eu. Eu preciso de mim, para não ter uma espécie de colapso.

Eu só sei ser assim e não me vejo de outra maneira. Mas a verdade é que a minha vida ganhou cor desde que o Harry apareceu nela. Parece que tudo o que estava para trás era escuro e nebulento. E isso faz-me sorrir.

A porta da sala abre-se de rompante e o meu coração salta. Assim que vejo a figura alta do Harry o meu coração dispara. Ele anda até mim e emoldura a minha cara nas suas mãos beijando-me sofridamente, mal me dando tempo de respirar. Cada movimento apena parece aumentar a minha fome dele. Por que é que ele faz estas coisas se depois me vai dizer que não namora?

Quando nos separamos estamos ofegantes

-não me escondas mais nada deste tipo!- ele é autoritário, mas ainda assim noto algumas notas de culpa na sua voz

-ok.- Respiro pesadamente

-promete.- Ele ordena

-eu prometo.- Digo acenando com a cabeça

-o que me estas tu a fazer Soph? Já não sei quem sou.- Ele murmura

-se calhar sempre foste assim.- Pondero

-não querida eu não sou assim.- Ele dá-me um sorriso triste

-gosto de ti de todas as formas.- Os seus olhos alargam-se com a minha confissão.

Ele encosta-me contra o seu peito. E ficamos assim durante o que parece uma eternidade. Passado algum tempo ele fala

-eu vou acertar contas com o liam.- Ele resfolga. E novamente a sensação de pânico passa por mim

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Bom lindas só para dizer que estou mega orgulhosa de vocês por tudo o que tem feito (lido).

Várias meninas vieram falar comigo por twitter (mensagem direta e twitts)

Adoro quando falam comigo, mas adoro ainda mais quando leem e gostam da fic.

LY 

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