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Capítulo 9 - O Reencontro

No Estúdio Angie acabara e dar todas as aulas, e estava na sala de professores de costas para a porta olhando pela janela, ainda não tinha decidido se aceitaria a proposta de Gérmen: por um lado a ideia agradava-lhe, estar com ele e com as suas meninas, era tudo o que ela queria; mas havia uma parte de si que tinha medo de "a" encarar de conviver com "ela"...Pablo entra, olha para a sua amiga percebe que ela ainda não tomou uma decisão...chega-se perto e dá-lhe um abraço.

- Acho que estás a precisar disto. Não são os dele, mas é o que se pode arranjar...- e sorri tentando que também ela esboce um sorriso.

- Obrigada Pablo, eu precisava disso sim. És o melhor amigo que podia ter. Não, és o melhor irmão que poderia pedir. E os teus abraços são maravilhosos, diferentes...mas maravilhosos.

- E por falar em irmãos, já decidiste o que vais fazer em relação à proposta que Gérmen te fez.

- Acho que sim...tu tens razão. Eu não posso perder a minha família por um capricho meu. Até porque foi por muitos caprichos que tudo isto começou.

- E vais ter com ele ao aeroporto amanhã...queres boleia? Assim escusas de levar o teu carro para o aeroporto.

- Não, preciso de boleia hoje. Mas antes preciso de dois favores?

- Hoje? Como assim? – Pablo não estava a perceber, se o voo era apenas no dia seguinte como é que ela precisava de boleia, e que favores é que Angie queria...

- Sim. Mas antes preciso que ligues ao Gérmen, perguntes em que hotel ele está inventa uma desculpa, que a Vilu se esqueceu de alguma coisa no Estúdio...não sei. Diz que lhes vais enviar por estafeta.

- Ok, tudo bem...eu só não estou a perceber é: primeiro que conversa é essa de Hotel, e porque é que queres a morada?

- Gérmen está num hotel escondido de José até ir para o aeroporto, ele cansou-se das discussões do pai, e de certa forma está a tentar proteger a Clara e a Vilu.

- Ok...mas e para quê é que queres a morada? Que estás a pensar fazer?

- Eu vou hoje ter com o Gérmen. Eu não vou deixar a minha vida fugir, nem mais um segundo. Mas preciso que me leves até lá...

- Para quê, para ter a certeza que entras e não sais?

- Não...sim também. Mas também porque não quero deixar o carro ali.

Pablo liga então para Gérmen, dizendo-lhe que precisava de entregar um envelope de Angie a Vilu, que enviaria através de um estafeta conforme as indicações da própria Angie. Este ao início fica algo surpreendido, mas Pablo depressa inventa a hipótese de serem fotografias, ou alguma música, e assim Gérmen dá-lhe a morada. Entretanto ouvem-se gritos vindos do átrio do Estúdio, Angie treme ao perceber de quem é aquela voz: José.

- Pablo ele já deve ter percebido que o Gérmen fugiu...ele não me pode ver aqui, e eu...

- Tem calma deixa-te ficar aqui, eu vou lá tratar do assunto...- ele sai da sala de professores e vê José a espreitar todas as salas...- Posso saber o que é que está aqui a fazer de novo, e a gritar dessa maneira?

- Onde é que ela está? Onde está Angeles? Foi ela, foi ela...aquela...

- Em primeiro lugar vai parar imediatamente de gritar porque está numa escola e temos aulas a decorrer.

- E quem é o senhor para me mandar calar. Onde está Angeles? Você está a escondê-la...eu sei que ela está aqui.

- Em segundo lugar eu sou o director do Estúdio e não lhe admito que fale dessa forma da minha amiga.

- Não me admite...você não è ninguém para me admitir alguma coisa. Eu vou encontra-la nem que eu tenha que mandar isto abaixo...

- Por último, Angie não está, ela tirou umas semanas depois de tudo o que aconteceu.

- Eu não acredito, ela está aqui, eu sei que sim. Eu vou encontra-la, e ela vai-me dizer onde é que eles estão. Angeles! Angeles! Eu sei que estás aqui...eu sei, e vais-me dizer onde eles estão...

- Mas que gritaria é esta...- diz Beto que sai da Sala de música deixando cair metade dos papéis que tinha na mão...

- Beto, faz-me um favor vai ao meu escritório e chama a polícia.

- Policia? Mas Pablo...para quê a Polícia eu só deixei cair uns papéis.

- Beto...vai fazer o que te pedi.- Virando-se para José...- a não ser que o Senhor saia a bem daqui?

- Isto não fica assim eu vou encontra-los...- ele acaba por sair furioso, olhando para Pablo com uns olhos de raiva que até faz Beto estremecer, Angie sai da sala e abraça-se ao amigo.

- Obrigada Pablo...- e começa a tremer...e sem que se controlar começam a cair-lhe lágrimas de medo, puro medo...

- Angie tem calma...ele já se foi. Tem calma está tudo bem.

- Estou com medo Pablo...este homem é capaz de tudo...prometes que tomas conta da minha mãe? Por favor?

- Não vai acontecer nada: tu vais atrás da tua família, da tua felicidade...sim? – Angie diz que sim com a cabeça, e abraça-se a Pablo.- Em relação a Dona Angélica...eu tomo conta dela sim. Sabes que para mim ela é como uma mãe.

Quando chega perto da hora do jantar, Rosário vai como ficara combinado ao quarto de Gérmen. Ela sente-o algo nervoso, agitado antes de começar a falar.

- Mamã eu tomei uma decisão...uma decisão importante. Mas preciso de ti para me ajudares. Eu não posso deixar fugir a minha vida...eu não posso fazer isto à Clara...- olhando para Clara uma lágrima escorre-lhe pelo canto do olho, e que ele limpa depressa.

- Gérmen, por favor o que é que se passa? Estás para aí a falar e eu ainda não percebi nada. Deixar fugir o quê? E o que é que Clara tem a ver com tudo isto?

- Eu não vou para Sevilha mamã. Não posso...e não quero.

- Com assim? Vais ficar à espera que o teu pai te tire as tuas filhas? Porque é isso que vai acontecer se tu ficares.

- Mamã, eu não vou para Sevilha. As meninas vão contigo, se tu aceitares levá-las, enquanto eu não resolvo a minha vida aqui.

- Resolver a tua vida? Gérmen és capaz de explicar melhor, eu não te estou a perceber.

- Mamã, eu não posso ir sem a Angie...eu falei com ela, pedi-lhe que fosse connosco, que eu ficaria à espera dela no aeroporto...mas se ela não aparecer...eu não vou conseguir ir. Eu preciso dela ao meu lado, a Vilu precisa dela...e a Clara precisa da mãe.

- Gérmen. Nunca te vi assim, nem com Maria. Claro que eu as levo comigo, mas achas que ela vai aparecer...eu não sei, lembra-te para onde ela vai, com quem vai morar...

- Eu sei, mas um dia ela vai ter que superar isso...a única coisa que eu sei é que não consigo estar longe dela, não consigo imaginar a minha vida sem ela.- Clara começa a chorar, ele pega-lhe ao colo e ela dá-lhe um sorriso igual ao de Angie...- A Clara merece ter a mãe ao pé dela.

Rosário abraça-se a ele, e descem os dois indo ter com Vilu e com Leon que já os esperavam para ir jantar. Violetta logo pega em Clara, que logo dá uma gargalhada quando se vê ao colo da irmã...Gérmen adora ver aquela relação das duas e tem a certeza que Clara irá sempre ter Violetta para a proteger e aconselhar, e de certa forma essa certeza acalma o seu coração de pai.

Depois do jantar, os cinco resolvem ficar um pouco perto da piscina: conversam, riem, brincam...até que Gérmen resolve que está na hora de ir descansar, no dia seguinte teriam que ir bem cedo para o aeroporto. Violetta quis ficar mais um pouco, Leon também e se bem que Gérmen não quisesse deixar, Rosário acabou por dizer que ficava mais um pouco com eles, afinal não conhecia assim tão bem o namorado da neta e queria fazer-lhe um interrogatório, todos se riram bastante se bem que Vilu lhe fez cara feia.

Gérmen, no entanto subiu com Clara pois já passava da hora dela ir para a cama. Nem Violetta nem Leon sabiam da possibilidade de Angie poder aparecer ou da possibilidade de Gérmen não viajar com eles, tudo ficara entre ele e Rosário.

Pablo e Angie tinham acabado de chegar ao Hotel, Angie estava nervosa mas feliz...Pablo olhou para ela e riu-se...

- Do que te estás a rir?- e Pablo riu-se ainda mais...- Pablo para, eu já estou nervosa o suficiente...- ela respira fundo...

- Parece que vais tirar o pai da forca...- e ri-se de novo, é engraçado olhar para Angie nervosa...

- Para Pablo, toma conta da minha mãe, diz-lhe que a adoro e que quando puder dou notícias, mas não lhe digas que estou com Gérmen.

- Está descansada ela fica bem. Vai, vai agarrar a tua felicidade, a tua vida está ali dentro.- Dá-lhe um beijo cheio de carinho e sorri-lhe.

- Obrigado, por tudo. Por seres como és: meu amigo, meu confidente, meu conselheiro, meu irmão...- e dando-lhe também ela um beijo sai do carro, pega na mal e dirige-se para o Hotel.

Quando entra dirige-se para a recepção e pergunta qual o número do quarto de Gérmen, a recepcionista estranha e hesita em lhe dizer, mas Angie diz-lhe que é a esposa e que queria fazer-lhe uma surpresa. É notório que aquela conversa de surpresa não está a convencê-la, diz que não pode dar os números dos quartos que são regras. Mas Angie não desiste e acaba por lhe contar parte da história: que eles se tinham chateado por ciúmes estúpidos e que ela queria fazer as pazes e fazer-lhe uma surpresa. Apesar de ainda estar algo reticente acabou por lhe dizer qual o número, assim Angie dirigiu-se até ao elevador e subiu até ao piso do quarto de Gérmen. Chegou ao pé da porta do quarto, respirou fundo, ouviu Clara a chorar, o que a deixou mais ansiosa...e bateu á porta.

Clara estava com uma birra de sono, daquelas que apenas Angie conseguia acalmar, Gérmen já fizera de tudo mas como ela não sossegava nem por nada chamou Rosário para o ajudar. Quando ouve bater à porta abre-a sem perguntar quem é, pois única pessoa que ele esperava era a mãe...quando a abre...

- Finalmente mamã...- quando a viu, Gérmen gelou...Angie...ela estava ali à sua frente...- Angie...- foi a única coisa que ele conseguiu dizer. Angie, a sua Angie estava ali e ele nem podia acreditar.

Clara continuava a chorar, mas foi só Angie pegar nela que logo parou. Era magnífico a ligação que um filho tem à mãe, o laço que supostamente se rompe ao nascer afinal nunca é cortado, é uma ligação que dura uma vida inteira, é eterna. Ao se ver no colo da sua mãe, Clara logo se acalma, era como se finalmente tivesse encontrado o seu lugar, o seu porto seguro. Tudo estava finalmente perfeito no seu pequeno mundo.

- Minha pequenina, porque choravas, meu amor? Tinha tantas saudades tuas...- e dá-lhe tantos beijos, tantos carinhos que a faz gargalhar. De repente Clara olhando para Angie diz o que todas as mães anseiam ouvir "Mamã"...Angie nem acredita no que acabou de ouvir...- Ela disse...ela chamou-me de Mamã...

- A Vilu andou a ensiná-la desde que saíste lá de casa. Era a coisa mais gira de se ver: sentava-se com Clara à sua frente com uma foto nossa e ia-lhe falando de nós...de ti em particular.

- A nossa Vilu...- e as lágrimas começam a cair...não eram lágrimas de tristeza mas de alegria, de gratidão...

- Angie...- Gérmen limpa-lhe as lágrimas, dá-lhe um beijo leve...- Angie, que fazes aqui, não que eu me esteja a queixar, mas...

- Eu não aguentei esperar por amanhã. Eu não sei como vou conseguir encarar tudo o que aí vem, mas tenho apenas uma certeza: não consigo viver sem vocês...não consigo viver sem ti.

- Angie, minha Angie...- e deixam-se ir pela saudade...de repente batem à porta...- é a minha mãe...eu vou...espera...- e dirigindo-se até à porta - Mamã...demoraste..eu já consegui adormece-la...podes ir...e Vilu?

- Desculpa...foi precisamente por causa de Vilu que demorei...tive quase que arrastá-la para ir dormir.

- O Leon claro...obrigada mamã. Bom vamos dormir também...amanhã temos que acordar bem cedo. Boa Noite mamã.

- Boa noite Gérmen, qualquer coisa diz...- e vai-se embora, Gérmen vira-se e aquela visão o deixa sem palavras. Angie estava com Clara ao colo cantando, embalando-a para ela adormecer...eram momentos daqueles que ele queria guardar e viver para sempre. Quando finalmente consegue adormece-la Angie coloca Clara no berço e vira-se. Quando o faz encontra o sorriso mais lindo que ela conhece, o mesmo sorriso que ela tanto ama...

- Já tinha saudades desse teu sorriso...- e aproximando-se...-...tinha saudades desses olhos, do toque dos tuas mãos - e nessa altura Gérmen começa a deslizar as suas mãos pela cintura de Angie, que ao sentir o seu toque se aproxima. Logo os seus lábios se tocam, e eles entregam-se a todo aquele amor que sentem, à paixão, à saudade. A noite foi passando, sem que nenhum dos dois tivesse dormido, as saudades eram imensas e a noite parecia curta. Estavam os dois deitados olhando para Clara que entretanto acordara e estava junto deles brincando e rindo...

- Está a amanhecer, daqui a pouco temos que nos levantar e ir para o aeroporto...

- Gérmen...sobre isso, eu estive a pensar...e se...

- Angie não me vais dizer que desististes de ir? Por favor não me faças isso...sabes que um dia vais ter que...

- Gérmen...- dá-lhe um beijo de forma a silencia-lo...- deixa-me continuar por favor. - Ele olha para ela deixando-a falar... - Estava a pensar em irmos os quatro passar uns dias juntos sozinhos longe de tudo e de todos. Depois podíamos ir para Sevilha...

- Os cinco, por muito contente que Vilu fique por teres voltado, não vai querer ir sem o Leon.

- Sim tens razão, então vamos os cinco...- e ri-se para Clara que gargalha enquanto olha para Angie.

- Então onde é que estas duas lindas vão querer ir...?

- Não sei, mas seja onde for desde que estejamos todos juntos eu vou estar feliz...que tal perguntarmos a Vilu e decidimos todos juntos?

- Então...- levantando-se pega no telefone...- vamos chamá-la...- mas Angie tenta impedir...- Que foi agora?

- Sabes que horas são?- e como ele não responde...- São cinco da manhã, deixa-a dormir mais um pouco...depois eu quero aproveitar este tempo para matar saudades de vocês os dois...- dando um beijo a Gérmen e enchendo Clarita de mimos.

E assim se deixam ficar durante um tempo até que adormecem os três. De repente ouvem alguém a bater à porta com muita insistência, Gérmen é o único que desperta e olha para as horas no seu relógio e depressa percebe que estão atrasados, ou vendo bem, estão muito atrasados..

- Angie...amor...acho que todos perdemos o avião...acorda amor.

- Como? Quem é que perdeu o avião? O avião...Vilu...

- Eh, e ou muito me engano ou é ela que está a bater e...- nesse instante o telemóvel começa a tocar e ele vê que é Violetta a chamar...-...e neste momento a telefonar. Tenho umas vinte chamadas não atendidas...- levanta-se e vai abrir a porta, Angie veste-se a correr... - Oi Vilu...eu...

- "Oi Vilu"...é a única coisa que sabes dizer...sabes que perdemos o avião, estamos há mais de uma hora a telefonar-te...

- Vilu, podes-te acalmar por favor e não gritar. Primeiro adormeci por uma boa razão...- e ao dizer isto não evitou um sorriso meio gozão...- Segundo podemos sempre apanhar outro voo, e em terceiro...- nessa altura como se tivessem combinado Angie aparece com aquele sorriso que Gérmen amava mais que tudo. Vilu fica de queixo caído, ela nem queria acreditar, parecia um sonho. Angie estava ali à sua frente, e sem esperar por mais nada corre para os seus braços, a sua Angie, a sua tia, a sua mãe voltara, ou será que não?

- Angie voltaste? Isto não é um sonho pois não? Não te vais embora?

- Não minha pequenina não é. Eu nunca mais vos deixo, estava com tantas saudades, parece que estive meses longe de vocês.

- Nem acredito que estás aqui, então já não vamos viajar? Contaste à avó Angélica?

- Não, eu quis contar-lhe, depois de te ver a sofrer, mas quando lá cheguei eu não consegui. Em relação à viagem nós tivemos uma ideia...

- Vilu, o que achas se fossemos os cinco viajar? Recuperar o tempo que perdemos com toda esta história...

- Os cinco? - Vilu fica algo confusa... - Angie tu... estás grávida?

- Não, Vilu...estamos a falar do Leon...mas o que achas da ideia?

- Eu queria muito sim...mas acho que devem ir vocês sozinhos. Eu, o Leon e a Clarita vamos para Sevilha com a avó...e vocês vão namorar...

- Bom...até que concordo...ter-te só para mim, não é uma má ideia...

- Não sei...acho que não vou conseguir ficar longe da Clara...

- Ah, meu amor vamos. Depois Clara fica com a minha mãe e com a Vilu, e tem também a Tia Mercedes e a...- Gérmen se arrependeu de imediato não devia ter falado dela...

- Está bem, tudo bem. Mas vão os dois ter que me prometer uma coisa: Gérmen, vai ser uma viagem bem curta e Vilu tomas conta da tua irmã?

- Prometemos...- reponderam os dois ao mesmo tempo. Deixaram-se estar os quatro, agarradinhos matando saudades, decidindo qual o destino da viagem dos dois, cada um dava a sua sugestão e os outros davam a sua opinião.

Violetta, levanta-se de repente, e lembra-se que Leon e a avó estão no Lobby do Hotel à espera dela, do pai e de Clara. Gérmen liga para Rosário e pede-lhe desculpa por se ter atrasado e pede que ela suba com Leon, que lhe explicaria tudo. Assim que chegam ao quarto percebem o porquê de Gérmen se ter atrasado. Rosário está feliz por Angie finalmente ter ultrapassado todos os seus medos e por fim arriscar a ser feliz e Leon está feliz por Vilu. Assim que todos se acalmam um pouco Gérmen conta-lhes então o plano: ele e Angie iriam fazer uma segunda lua-de-mel, enquanto os outros iriam para Sevilha como estava programado.

E enquanto Gérmen desce para tratar de marcar de novo as passagens, Rosário queria muito falar com Angie, mas sozinha sem mais ninguém, então sugeriu a Vilu e a Leon que fossem até à piscina com Clara deixando-as assim sozinhas.

- Estou feliz por ti e por Gérmen, só não percebi uma coisa Angie, se já contaste a Angélica porque é que...

- Eu não contei...- Rosário olha para ela admirada e confusa...- Eu queria, quando saí lá de casa eu sabia que era o que tinha que fazer...

- E quando lá chegastes...

- Mas quando cheguei a casa dela...eu simplesmente não consegui...não consegui suportar dar aquela dor à minha mãe...

- Angie, sabes que mais dia menos dia a tua mãe vai saber...

- Eu sei eu vou contar, eu prometo-lhe...

- Mas antes de mais nada...sabes o que tens a fazer? Tu tens que aceitar...e não sei se ires para Sevilha será a melhor solução...

- Em relação à minha ida para Sevilha...eu sei que vou ter que conviver com..."ela"...

- Angie, tu nem consegues dizer o nome de Luzia, da tua irmã, como é que tu vais conseguir viver com ela no dia-a-dia...

- Rosário eu não lhe vou dizer que vai ser fácil para mim, porque não vai ser, mas por Gérmen e pelas minhas meninas eu estou disposta a tudo.

- Angie...não quero que vocês sofram, e refiro-me aos três.

- Eu sei que não, mas foi por não enfrentarmos os erros que tudo isto começou, e eu não quero seguir por esse caminho.

- Erros de nós quatro, e que agora são vocês que estão a sofrer. Como eu me arrependo de não ter lutado mais...

- Rosário se há uma coisa que aprendi com o meu pai foi que não vale a pena chorar pelo passado.

- Tens razão...como diz a minha irmã "O Passado pertence aos mortos."- e riem-se as duas com aquela expressão meio melodramática...

- Para além disso, não quer dizer que um dia eu não possa...por enquanto eu não consigo chamá-la pelo nome e muito menos por...

- Posso pedir-te só uma coisa...- Angie acena com a cabeça e assim ela continua...- dá uma oportunidade à tua...a Luzia, ela é tão inocente neste história como tu.

- Eu prometo, vou tentar por si...e por ela...mas têm que me dar tempo. Não vai ser fácil...

- Angie, eu sei que não vai ser fácil e que não vai ser de um dia para o outro, a única coisa que eu quero é que tentes, que lhe dês uma chance de se dar a conhecer, que te dês essa chance também. – e assim continuam a conversar, apesar de ter algum receio em conhecer a "sua irmã" Angie tinha alguma curiosidade em saber como ela era: com quem se parecia, o que gostava de fazer, se era casada, se tinha filhos.

Rosário ficou feliz por saber que apesar de todo o receio e todas as dúvidas, Angie queria saber como era Luzia; começou então a falar dela e como qualquer mãe os seus olhos brilhavam quando falava dela, Angie não pode evitar um sorriso ao ver o ar orgulhoso de Rosário. Ficou a saber que Luzia era uma mistura da mãe e do pai Miguel, que era médica, adorava música mas não a ponto de fazer disso carreira, era casada com Luís Velasquez um cirurgião muito conhecido em Espanha, tinham três filhos e havia ainda mais uma menina filha do primeiro casamento de Luís, e que era como se fosse sua filha, uma vez que a mãe da menina morrera no parto.

Angie e Rosário conversaram durante o que pareceram ser horas, falaram de tudo: de Luzia, de Mercedes, de Violetta, de Gérmen. Rosário mostra-lhe então uma foto dos netos: a Tatiana, ou Tati como era chamada e tinha 8 anos, o Miguel com 4 anos, a Sofia com 3 anos e o Tomás com um ano Angie não pode evitar um sorriso pois afinal eram seus sobrinhos; depois dessa ela mostrou-lhe a foto de Luzia com Luís, e quando Angie olha para a foto, não quer crer no que vê...ela pega na foto...e uma lágrima cai-lhe sem que ela consiga evitar.

- Maria...é...- as lágrimas começam a cair-lhe sem controlo...- é igual...- e as lágrimas naquele momento parecem uma cascata a escorrer...

- Sim, é muito parecida com Maria...quis-te mostrar antes que a conhecesses pessoalmente...


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