Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 6 - À Procura de Angie

No Estúdio, Pablo pensava em tudo o que Angie estava a passar: em como ela estava infeliz, em como Violetta iria ficar quando soubesse, e até em Gérmen que desta vez Pablo sabia não ter culpa do que se estava a passar. Ele tentava encontrar uma forma de ajudar Angie, mas quanto mais pensava mais chegava á conclusão que a única coisa a fazer era contar a verdade a Angélica, "sim essa seria a melhor solução" pensava ele consigo mesmo, e seria preferível ela saber por Angie do que por José ou por outra pessoa. E depois porque é que tinha que ser ela abdicar da sua vida por causa de uma mentira do pai; ela já sofrera tanto no passado pelo desprezo que após a morte da irmã ele a confinou, e como se isso não bastasse fora ela que o encontrara no dia da sua morte, ele morrera nos braços de Angie e Pablo ainda se lembrava bem em como esta ficara depois desse dia. Foram dias difíceis, Angie entrara numa profunda depressão nada a fazia sair daquela profunda mágoa, apesar de tudo ela amara o pai como talvez ele nunca a amara a ela. Então perguntava-se Pablo porque teria ela que sofrer mais? Porque continuava ela a sofrer por alguém que claramente nunca gostara dela? Estava ele a pensar em tudo isto, quando entra Angélica ofegante e nervosa, ele sabe o porquê de todo aquele nervosismo, contudo, não pode mostrar que sabe de alguma coisa; cumprimenta-a e tenta que ela se acalme antes de começar a falar. Ele percebe ao ver um papel na sua mão que ela já lera a carta de Angie, porém, ele prometera a Angie que não iria dizer onde esta estava nem a Angélica, nem Violetta e muito menos a Gérmen. Mas ao ver Angélica tão angustiada pensou por um segundo em contar-lhe: contar que Angie estava bem e que ele sabia onde ela estava...e...não ele prometera, não podia contar.

— Angélica, por favor tenha calma. O que se passa, alguma coisa com Angie? Com Clara?

Pablo não podia dizer nada que a fizesse desconfiar de alguma coisa, mas ao mesmo tempo sabia que se perguntasse ou por Angie ou por Clara ela não suspeitaria de nada, ele conhecia-a suficientemente bem para prever que elas as duas seriam os motivos que a levariam a estar nervosa daquela forma, havia ainda Violetta mas essa estava no Estúdio logo não haveria motivo para perguntar por ela.

— Pablo, por favor diz-me que sabes alguma coisa de Angie?

— Eu? Não, não sei nada...falei com ela penso que...na semana passada.

— Não sabes mesmo? Por favor não me deixes assim ansiosa?

— Não, não sei mesmo. - E ao dizê-lo esforçou-se muito para que ela não desconfiasse que ele estava a mentir. Angélica conhecia-o bem e ele não mentia muito bem por isso esta era uma missão muito difícil, ele diria mesmo quase impossível. - Mas passa-se alguma coisa?

— Não sei, eu não sei o que pensar, tinha esperança que soubesses de alguma coisa. Nada disto faz sentido...não percebo...

— Não percebes o quê Angélica? Não te estou a perceber...

— Isto...lê isto, estava na caixa de correio hoje de manhã. – E dá-lhe a carta para que ele próprio a leia. Pablo hesita um pouco, mas Angélica insiste e ele acaba por abrir e ler o que Angie escrevera a Angélica, apesar de saber a verdade estava curioso para saber o que Angie escreverá à mãe:

— «Mamã,

Não sei como começar esta carta, nem como te dizer o que te vou dizer, e acredita que não te queria estar a escrever, preferia poder contar-te tudo o que sinto neste instante olhando os teus olhos, esperando um sorriso, um carinho, um abraço teu. Mas não consigo mamã, não consigo encarar ninguém neste momento. Preciso de estar só, de pensar, de refletir sobre tudo o que se tem passado lá em casa. Tive que sair dali, não consigo, não aguento mais mamã: aquele olhar de desprezo, de menosprezo, de raiva às vezes que aquele "Homem" me lança. Não culpes a Gérmen, ele é tão ou mais vitima do que eu, a verdade é que o percebo: ir contra o pai é difícil. Não é suposto irmos contra os nossos pais, mesmo que eles não tenham razão, e apesar de tudo é o seu pai; e por muito que os pais nos magoem não devemos nunca ir contra eles. E a verdade mamã, é que eu o amo e cada vez mais, mas não vou nem quero viver naquele inferno de perseguições e de constantes ataques e ofensas, para mim chega. "Ele" conseguiu o que queria acabar com o meu casamento, com o que tanto nos custou construir, a mim e a Gérmen depois de tudo o que passamos para estar juntos, não aguento pensar que posso perder tudo...mas aquele «Homem» não descanou enquanto não acabou com a nossa felicidade, e apesar de saber e ter a certeza que Gérmen me ama não posso nem quero criar Clara neste ambiente de hostilidade e de eternas quezílias. Como preciso de ti neste momento mamã! Talvez se estivesses aqui neste momento me dissesses para ter calma, para não agir de cabeça quente, que talvez me esteja a precipitar, mas preciso de um tempo para refletir se vale a pena lutar, se vale a pena sofrer ou fazer outros sofrer por mim, por egoísmo. Peço-te perdão por levar Clara comigo e privar-te de estar com ela mas eu não posso nem quero ficar longe dela, sei que vais sentir a sua falta, desculpa-me. Ajuda a Vilu no que ela precisar, sabes bem como é Gérmen em relação ao namoro dela com Leon; para ele, ela será sempre a sua menina, mas tens que lhe fazer ver de vez em quando que ela está a crescer. Desculpa-me mamã, perdoa-me sei que te vou fazer sofrer ao nos afastarmos assim, mas acredita que também me custa a mim. Quando puder dou notícias. Da tua Filha que te adora, Angie»

Pablo acaba de ler a carta, e fica sem saber bem o que dizer. Ele sabe a verdade, ele sabe o porquê de Angie se ter ido embora, e apesar de esta não ter mentido não diz exactamente a verdade, não fala na chantagem que José está a sujeitar a Gérmen e a Angie, nem tão pouco do teor dessa chantagem. Ele sente-se mal por mentir a Angélica, para ele, ela sempre fora como uma mãe...mas tinha prometido...

— Eu não sei o que dizer Angélica.

— Não sabes mesmo nada Pablo, por favor não me escondas nada. – Este abana a cabeça dizendo que não – pensei que talvez a ti ela te tivesse tido alguma coisa, vocês sempre foram tão unidos...pensei que ela tivesse falado contigo.

— Quem é este «Homem» de quem ela fala?- Se bem que ele sabe quem e aquele homem, Pablo precisa de fazer Angélica acreditar que está tão confuso como ela.

— É José, o pai de Gérmen. É uma pessoa algo...complicada.

— Mas o que é que ele tem contra Angie?

— Não sei, não sei...eu não sei mesmo...

— Alguma coisa deve ter acontecido entre ele e Angie, porque...

— É isso que eu não percebo...se essa atitude que Angie diz que ele tem tido com ela fosse comigo, eu até percebia. Mas com Angie? Ele mal a conhece...

— Consigo? Mas o que é que ele tem contra si Angélica?

— É uma história muito antiga, do passado Pablo, ele acha que eu o traí...que Miguel o traiu...enfim uma história complicada.

— Angélica, Angie diz que ele quer acabar com o casamento dela com Gérmen, acha que é verdade? Ele tem assim tanta influência?

— Infelizmente, "Ele" é capaz de tudo, e sim Pablo se o que Angie diz nessa carta for verdade, ele é bem capaz disso e muito mais...José vive com um ódio, uma raiva que...se torna...

No momento em que Angélica diz estas últimas palavras, Violetta entra na sala de professores, na verdade ela ouvira a ultima frase da conversa entre os dois, e sabe que o avô fez alguma coisa. Pablo olha para Angélica, que está de costas para a porta fazendo-lhe um sinal, quando esta se vira vê-a e logo percebe pela cara de Vilu que esta ainda não sabe que Angie saiu de casa.

— Avó, o que é que o Avô fez?

— Nada Vilu, nada...

— Avó, eu ouvi muito bem, o que se passou?

— Eu estava só a contar a Pablo o que se passou lá em casa no outro dia, e a perguntar se ele tinha falado com a tua Tia...ela ficou tão em baixo depois daquela...visita inesperada.

— É isso Vilu, sabes que nós falamos, somos amigos, desabafamos um com o outro. E a tua avó estava preocupada e bem pensou que Angie tivesse desabafado comigo.

— Sim, sabes que o Pablo é como se fosse um irmão para Angie.

— Vocês estão-me a esconder alguma coisa...que papel é esse? Parece-me a letra de Angie, tenho a certeza que é a letra dela.

— Isto? – Diz Pablo que continua com a carta na mão.

— Sim Pablo, esse papel que tens na mão.

— Ah! Este papel é...é uma letra de uma canção que Angie escreveu há muitos anos e que a tua Avó descobriu agora...e trouxe-me.

— Uma letra! Posso ver?

— Acho que Angie não ia gostar, ela escreveu-a ainda no tempo de escola não foi Angélica?

— Sim, estive a arrumar umas caixas e encontrei essa música, mas acho que Angie não ia gostar...mostrei-a ao Pablo porque fala da amizade dos dois.

— A tua avó tem razão, sabes como é Angie com as suas coisas, principalmente com as suas músicas.

Vilu acha tudo aquilo estranho, mas não insiste, ela tem a certeza que eles lhe estão a esconder alguma coisa, e está decidida em perceber que papel é aquele, porque não é apenas uma letra de uma música e isso ela tem a certeza. Apesar de saber que não o devia fazer decide optar por fingir que vai buscar um dossier e quando passa perto de Pablo, aproveitando que este pensa que ela desistiu da ideia de ler o papel, arranca-lhe a folha da mão e sorri, mas não é um sorriso malicioso é talvez infantil e ingénuo. Pablo não consegue evitar que esta lhe tire a carta das mãos, ainda tenta juntamente com Angélica demovê-la de ler...mas é tarde demais. Vilu começa a ler e percebe que como ela pensava não era a letra de uma musica, era uma carta onde esta se despedia de Angélica, onde lhe diz que se vai afastar...à medida que vai lendo a carta de Angie, nem quer acreditar no que está a ler. As lágrimas caiem-lhe dos olhos sem controlo, no fim olha para a avó e para Pablo, eles sabem o que ela está a querer perguntar, embora as palavras não lhe saiam.

— Vilu, nós sabemos que deve ser um choque para ti, mas tenho a certeza que Angie teve uma boa razão para sair de casa...

— Teve Pablo...claro que teve. Sabes qual? O Avô José. Eu sabia...eu sabia que ele...que ele ia acabar por conseguir acabar com tudo. – E sai da sala encaminhando-se para a saída do Estúdio onde encontra Leon – Eu disse-te Leon, ele conseguiu...ele conseguiu, Angie foi-se embora.

— Violetta tem calma, quem é que conseguiu? E o que é conseguiu? Angie foi-se embora? Mas foi-se embora de onde?

— O Avô...ele conseguiu separá-los...o papá da Angie. Não sei como mas...Angie saiu lá de casa, foi-se embora...

— Vilu...- Leon apenas a abraçou, ele não sabia bem que mais fazer ou dizer, ele sabia apenas que abraçá-la normalmente a acalmava. Vindo da sala dos professores Pablo tenta acalmar a situação e mantê-la dentro de quatro paredes.

— Vilu, por favor volta para a sala dos professores. Temos que conversar, ninguém sabe bem o que se passou.

— Pablo tem razão, Vilu. De certeza que ela apenas precisa de algum tempo, por favor tem calma. – Diz-lhe Leon, tentando de alguma forma consolar Violetta.

— Não percebem, ele consegue tudo o que quer: conseguiu separar-me da minha avó e de Angie durante anos e agora separou-os. - E de repente lembra-se da irmã, será que Angie a levou, ou será que o avô conseguiu separar Angie de Clara, ela não o iria permitir, bastava ela ter sido separada da avó e da tia, o avô não iria separar Clara da mãe. - Meu Deus e Clara? Tenho que ir falar com o papá.

— Espera eu vou contigo...não te vou deixar ir sozinha. Estás muito nervosa, por favor acalma-te, assim não vais conseguir nada.

— Eu estou bem, a sério...só preciso de ir para casa. Preciso de falar com o papá, de saber de Angie e de Clara. Preciso de saber o que aconteceu...

— Está bem...- diz Leon com toda a calma - E eu não te vou impedir Vilu, mas eu vou contigo, não te vou deixar ir sozinha.

E assim Violeta e Leon encaminham-se para casa, entretanto na sala dos professores Pablo diz a Angélica que Vilu foi para casa porque queria falar com o pai e saber de Clara, mas que Leon fora com ela. Angélica ficou por segundos sem reação, tinha sido a pior forma de Vilu se inteirar da "fuga" de Angie, quando finalmente conseguiu reagir decidiu que Vilu precisava dela mais do que nunca, e lembrou-se do que Angie lhe pedira na carta, assim despediu-se de Pablo, e foi atrás dela até casa de Gérmen.

Em casa de Gérmen este falava com o pai, ele queria a resposta "à proposta" que tinha feito, já se tinham passado as 24 horas e Gérmen tinha que decidir. Gérmen respondeu-lhe que nunca iria fazer o que o pai queria, ele não iria acabar o seu casamento por uma raiva que não fazia sentido...mas que infelizmente Angie ouvira a "conversa" do dia anterior sobre Luzia. José ficou a olhar para ele, pois se por um lado podiam ser boas notícias por outro também poderia significar que acabara de perder o seu maior trunfo. Gérmen continua a falar dizendo que Angie ficara muito transtornada ao saber de toda aquela história, da existência de Luzia; mas principalmente ficara chateada com ele pois mais uma vez lhe escondera toda aquela história, já para não falar na questão de não querer magoar Angélica, que era uma das pessoas mais importantes da sua vida, assim decidira sair ela de casa, ela sacrificara tudo pela mãe; e apesar de estar triste Gérmen não a conseguia censurar. Ao inteirar-se destas novidades José ficou radiante, ele conseguira separá-los apesar de não ter sido como imaginara; contudo, quando Gérmen lhe contou que Angie levara com ela Clara, ficou furioso não estava a contar com isso, nunca pensara que Gérmen o permitisse, ele não podia nem iria permitir, Clara era sua neta e seria em casa de Gérmen que ela ficaria.

— Eu vou ainda hoje falar com os nossos advogados, ela não pode levar a minha neta assim desta casa, a isso chama-se rapto.

— Não...eu proíbo-te...ouviste?

— Vou falar com os advogados e com a polícia, temos que recuperar Clara antes que ela saia do país.

— Não vais fazer nada disso, não quero advogados nem a polícia. E depois só é rapto se eu não tivesse permitido que ela levasse Clara...

— Mas tu não o permitiste...ou...não tu nunca irias fazer isso.

— Talvez...seria a minha palavra contra a tua. A palavra do pai de Clara contra a de um avô que se move pelo ódio. Clara está bem com Angie.

— Eu não posso crer no que estou a ouvir. Esta mulher abandona-te...

— Angie não me abandonou, ela foi-se embora porque tu a obrigaste a isso, ou será que te esqueceste do que me disseste ontem? Da chantagem que me fizeste...que "nos" fizeste?

— Mas ela levou a tua filha. Ela roubou-te a tua filha...e tu estás preocupado com o que eu fiz ou deixei de fazer? Não te percebo Gérmen...

— Ela não roubou nada, ela é a mãe de Clara...se alguém aqui me arruinou a vida foste tu: com as tuas ameaças, com a tua mania de querer tudo á tua maneira.

— Eu? Eu sempre te quis proteger. Sempre escolheste mal as mulheres, primeiro foi Maria que só via a música á frente, e agora para não variar a irmã que também deve estar metida na música de certeza, também canta como Maria?

— Sim...mas o que tem a música a ver com tudo...

— Tudo, mas também tendo em conta de quem é filha não se pode esperar muito.

— Estás a falar de Angélica, o grande amor da tua vida...ou de...

— Nem te atrevas a pronunciar esse nome...não, e não estou a falar de Angélica. Se fossem apenas filhas de Angélica, agora sendo filhas daquele...daquele...enfim não serviam para ti.

— Não te admito que fales assim, não tens esse direito.

— Porquê? Porque é a verdade: uma só via a musica á frente, e nem pela filha foi capaz de renunciar e a outra rouba-te a filha...

— Já te disse e repito não te permito que fales assim nem de Maria nem de Angie...não tens esse direito.

— Não tenho...quem é que te amparou quando o raio da música te roubou Maria? Quem tomou conta de ti e da tua filha? E tu dizes que eu não tenho esse direito?

— E eu sempre te agradeci...mas nunca te devia ter permitido...

E no meio desta discussão entre Germen e José, entram Violetta e Leon, ela nem quer acreditar no que está a ouvir...ela lembra-se bem que o avô nunca gostou de falar da mãe, sempre fugiu do tema ou quando ela insistia muito ele chegava-lhe a dizer que a mãe desistira de viver...mas ouvi-lo a dizer tudo aquilo da mãe e de Angie também, uma pessoa que o avô nem conhecia...ela não podia permitir. Começa a sentir algo dentro dela que nunca sentira antes: uma revolta, uma ira, uma raiva que a consome e que estava prestes a explodir; ela não podia deixar o avô falar assim nem da mãe nem de Angie. Leon apercebendo-se da sua tensão, da mudança de feições que Vilu tem, tenta agarrá-la de forma a evitar que ela faça alguma coisa que mais tarde se arrependa, mas Vilu é mais rápida e entra pela sala gritando...

— Como é que podes...como é que podes falar assim da minha mãe...está a falar da minha mamã.

— Vilu, por favor tem calma. – Diz-lhe Leon que a tenta de alguma forma acalmar. - Dessa forma não vais conseguir nada...

— Não Leon, estou cansada. Não podes falar assim da minha mãe, não te vou permitir. E como é que podes falar assim de Angie? De alguém que tu nem sequer conheces, como é que podes ter tanto rancor...

— Violetta! Mas que modos são estes? – José está espantado, e algo surpreendido, nunca antes ela lhe tinha falado daquela forma.

— Violetta, por favor sobe com Leon, deixa-me falar eu com o teu avô...

— Não papá, sempre foi assim, desde que me lembro, quando lhe perguntava alguma coisa sobre a mamã ou não respondia ou me falava mal dela.

— Papá, isto é verdade? Não acredito que falaste mal de Maria a Violetta. Era a sua mamã, a mulher que eu amava...

— Nunca te escondi o que pensava da "tua mulher". – José está furioso não só pela forma como Vilu lhe fala mas também com Gérmen.

— Eu nunca te contei papá, porque tu também não gostavas de falar dela, porque te fazia sofrer...mas o avô ele falava-me mal da mamã...dizia que ela me abandonara, que nunca tinha gostado de mim, porque só tem ódio no coração.

— Gérmen vais permitir que ela me fale assim? Eu nunca...

— Vilu por favor antes que digas o que não deves...- pedindo-lhe sem as palavras exactas que fosse para o quarto. - Leon por favor...

— Ele só sabe falar mal de tudo e de todos, o que é pior é que continuas a falar mal da mamã, e agora de Angie que nem sequer conheces...tu não sabes o que é amor só tens ódio dentro de ti.

— Eu não te admito que me fales assim, ouviste... - e aproxima-se de Violetta, ela não percebe se o avô lhe iria bater ou se apenas a queria intimidar...mas não iria resultar, ela não tinha medo. José estava pronto a bater em Vilu...Leon tenta intervir mas Gérmen é mais rápido...

— Papá...não te atrevas a tocar em Vilu...meu amor por favor deixa-me falar com o teu avô...– Mas ela estava tão irritada que nem ouvia o pai.

— Não me admites avô...eu é que não te admito que fales mal da minha mãe. E não te admito que fales mal de Angie, que para mim é como se fosse a mãe que eu nunca tive.

— E porque é que nunca a tiveste já pensaste nisso?

— A mamã teve um acidente...foi um acidente ninguém teve culpa.

— Um acidente! Foi um acidente que podia ter sido prevenido. O teu outro "avô" obrigou-a a ir aquele concerto, foi ele que a matou.

— Que queres dizer com isso? Foi um acidente, ninguém teve culpa, Papá escondeste-me alguma coisa sobre a morte da mamã?!

— Não Vilu, foi um acidente, ninguém teve culpa. Papá chega...

— Não ela merece saber toda a verdade, é o que ela quer não é, é o que ela vai ter...foi o teu avô Miguel e o António que a obrigaram a ir àquele concerto...

— Papá estou-te a pedir delicadamente...basta. Vilu vai para o quarto por favor, eu já vou lá ter contigo e falamos...

— Não agora ela vai ouvir. Foram eles que a fizeram aceitar aquele concerto. E a tua mamã, não disse que não ao papá, ela deixou-te, abandonou-te por um concerto. Em vez de tratar de ti foi atrás daquele...daquele...e da música, ela deixou-vos aos dois pela música.

— Papá chega...Vilu foi um acidente. A tua mãe queria se despedir, queria ficar contigo a tempo inteiro pelo menos durante uns anos...mas aconteceu o que todos menos esperávamos...

— Não me estás a mentir papá?

— Não amor, não estou. E agora por favor vai com o Leon...

— Tu vais deixá-la ir assim depois de tudo o que ela me disse...

— Chega avô eu não quero ouvir mais nada, eu sempre te perdoei o que dizias, o que fazias porque eras meu avô; porque pensava que só te tinha a ti, á avó e ao papá, porque apesar de tudo gostava de ti.

— "Gostavas"? Isso quer dizer o quê que já não gostas de mim? É bom saber que "gostavas" de mim...

— Quer dizer que agora quem te odeia...não o ódio é um sentimento mau de mais. Eu vou apenas esquecer que existes...

— Vilu...chega...por favor. – diz Germen

— Ele não merece todo o amor que lhe dei durante anos papá...

. Por Favor Vilu, vai com o Leon. - virando-se para Leon...- Leva-a para o quarto...- e virando-se de novo para Violetta...- Vai eu já lá vou ter contigo, por favor.

— Não, eu não quero ir para o quarto papá, quero saber de Angie, onde está? E Clara papá? Onde está Clara?

— Vilu, eu já vou ter contigo e respondo-te a todas as perguntas, mas por favor vai para o teu quarto. - e virando-se de novo para Leon - Leva-a para cima por favor...Vilu...não compliques mais as coisas.

Leon bem tenta levar Violetta mas esta insiste em ficar, ela não pretende sair da sala sem saber de Angie e de Clara.

— Papá por favor onde é que elas estão, não podes deixar que elas se vão, nem que as separem, não podes...

— Vilu por favor...Leon leva-a por favor.

— Vamos amor, o teu pai tem razão tens que te acalmar.

— Está bem, eu vou. – e virando-se para o avô. – Mas hoje é um dia triste: acabei de ficar sem o único avô que ainda tinha, para mim morreste.

E dito isto subiu as escadas furiosa e encaminhou-se para o quarto, sempre com Leon atrás, quando entrou pegou nas almofadas e em tudo o que conseguiu e atirou contra a janela. Até que Leon se aproximou dela, abraçou-a e sentiu-a ceder a toda a frustração, desilusão, decepção, raiva, fúria...ele sabia que Vilu precisava de exteriorizar tudo o que estava a sentir e continuou a abraçá-la enquanto ela se deixava ir naquela onda de lágrimas que lhe invadia a alma, o corpo, todo o seu ser; até que finalmente ela cedeu ao cansaço de tanto chorar e adormeceu com lágrimas de tristeza, mágoa, dor e saudade.

Na sala Gérmen tenta acalmar-se a si mas também ao pai, ele sabia que Vilu não devia ter tido nem metade do que dissera, embora muito daquilo fosse verdade não era a ela que competia dizer. Mas ao mesmo tempo percebia bem toda aquela raiva que sentira na sua voz, nunca a tinha visto assim tão fora de si, tão furiosa. Mas apesar de tudo o que Avô tivesse feito ou fizesse no futuro, ela devia-lhe respeito por ser quem era e também porque era mais velho. Ao mesmo tempo pensava em tudo o que Vilu dissera e como gostaria de ter tido a coragem de ter sido ele a dizer. José por sua vez estava incrédulo com tudo o que acontecera, a maneira como Violetta o desafiara.

— Eu não acredito, tu ouviste o que ela me disse?

— Ouvi papá, e eu sei que Vilu não devia ter tido o que disse...

— Ela está completamente descontrolada, temos que fazer alguma coisa antes que seja tarde demais.

— Fazer alguma coisa?

— Sim ela disse-me coisas que..que eu nunca pensei ouvir...eu nunca pensei, ela está completamente descontrolada, completamente...

— Tenta compreender por favor ela entrou e ouve-te a falar mal de Maria e de Angie...tu estavas a falar da mãe dela papá! E pelos visto não tinha sido a primeira vez. Como pudeste falar mal de Maria, era a mãe dela.

— Nunca te escondi o que pensava dela.

— Mas daí a falar mal de Maria a Violetta...ela era uma criança...como pudeste...eu nem acredito...

— Sempre defendi que as crianças devem saber a verdade...para além disso nunca disse nada a Violetta que não fosse a verdade. E depois tu concordaste nunca falar de Maria ou da música.

— Sim, eu sei que concordei e hoje também sei que fiz mal. Mas daí a falar mal...papá era a mãe dela como é que pudeste falar mal de Maria. E Angie, ela é como se fosse um pouco de Maria para Vilu, ela é uma mãe para ela. Para além disso se tu a conhecesses irias saber imediatamente que ela é: carinhosa, amável, cativante...

— Basta. Não disse nada que fosse mentira: abandonaram-te as duas com a diferença que uma te deixou a filha e a outra roubou-ta.

— Pára de dizer isso, nem Maria nem Angie me abandonaram. E Angie não me roubou Clara...

— Bem vistas as coisas Angeles é bem pior...afinal de contas fugiu com a tua filha...e tu como um tonto apaixonado não fazes nada.

— Papá, não te vou admitir que continues a falar mal nem de Maria nem de Angie. Já te disse que Clara está bem, está com a mãe e eu não vou fazer nada.

— E Violetta que pretendes fazer? Vais deixar isto assim?

— Eu já vou falar com ela daqui a pouco, não te preocupes. Eu sei que ela se excedeu, eu falo com ela.

— Falas com ela? É assim agora que resolves as coisas...falas com ela. Não admira que ela esteja como está.

— Papá, por favor...eu estou cansado, esgotado, arrasado com tudo isto. Já te disse que falo com ela e que a vou repreender...

— Falar! Não eu acho melhor...vocês tem é que fazer as malas e vir para Espanha comigo...

— Papá...por favor...chega de planos, de viagens que não vão acontecer.

— Sim, é isso. Vou tratar de tudo vamos os quatro: eu, tu, Violetta e claro a Clara, vou falar com os advogados ainda hoje. E em relação a Violetta nós endireitamos aquela menina num instante longe das más influências.

— Papá! Tu estás a ouvir-te?

— Estou, e é o melhor que tens a fazer. Tens que vir para Madrid, lá Violetta voltará às suas aulas em casa e Clara ficará a salvo da...

— Para! Estás a decidir por mim, quando a vida é minha, as filhas são minhas. Não vou a lugar nenhum, a Violetta já não é uma menina ela cresceu e em relação a Clara ela está muito bem com Angie.

E nisto tocam a porta, Olga entra e abre a porta, é Angélica que veio à procura de Violetta. Gérmen não sabe o que fazer, será o pai capaz de dizer alguma coisa a Angélica sobre o caso de Rosário com Miguel? Sobre Luzia? Não, ele tinha conseguido o que queria: Angie tinha saído da sua vida, no entanto, ele estava furioso com o facto de esta ter levado Clara, seria ele capaz de contar alguma coisa por vingança? Seria isso o suficiente para José lhe contar? Ele nem podia acreditar, Angie sacrificara tudo para que Angélica não soubesse de nada, e agora iria acabar assim. Não, ele tinha que impedir, tinha que o fazer por Angie, ele não podia permitir que tudo fosse em vão...por outro lado e se ele não impedisse, e se José contasse tudo...não Angie nunca o iria perdoar, tinha que impedir.

— Angélica. Vens ofender-me também, ou vens ver se Violetta o fez bem, depois de tu e a tua filha a terem virado contra mim.

— Não sei do que estás a falar José, a sério que não sei.

— Não te faças de ingénua, tu e a tua filha Angeles conseguiram colocar a minha neta contra mim. Nem sabes o que ela me disse...

— José, de que estás a falar? Eu não estou a perceber nada do que estás a falar. Nem eu nem Angie dissemos nada a Vilu.

— Foram vocês que a instruíram, que a manipularam. – E virando-se para Gérmen. – Nunca devias ter permitido que elas se aproximassem de Violetta, Gérmen.

— Papá, ela estava nervosa – e virando-se para Angélica. – Ela ficou a saber que Angie saiu de casa...

— Essa sim foi a única boa notícia que tive hoje.

— Papá...por favor chega.

— José, eu não acredito que estejas a dizer uma coisa destas. Eu sei que achas que eu te traí por ter escolhido Miguel e não a ti, que achas que o Miguel te traiu porque "me roubou" de ti...mas...

— Não é só por isso...o teu marido traiu-me sim e por duas vezes...e a ti também. - Gérmen ficou "gelido"...tinha que evitar que o pai contasse.

— Papá! Por favor chega...já não aguento mais.

— José, o Miguel podia ter muitos defeitos mas jamais trairia a tua amizade...ele ficou destroçado com o teu afastamento.

— Angélica, não sejas ingénua. Ele era falso, traiçoeiro, tu nem sabes do que ele era capaz, a mim nada me surpreendeu. Mas tu estás muito enganada em relação a Miguel...e a tua filha "Angie" tem a quem sair...

— Não te admito que fales assim do meu marido e muito menos de Angie, ela nunca faria alguma coisa para prejudicar Violetta. – E ignorando José, virou-se para Gérmen. – Eu vim ver de Vilu, ela saiu do Estúdio muito nervosa depois de saber que Angie saiu de casa.

— Sim, eu percebi quando ela chegou a casa que ela já sabia de tudo...ela estava...

— Descontrolada. Completamente descontrolada. - Diz José.

— Nervosa. Sim disse algumas coisas que sei que foram ditas sem pensar...

— Sem pensar Gérmen? Chamas dizer que o avô morreu para ela, algo sem pensar?

— Papá... – E vira-se para Angélica – como é que ela ficou a saber?

— Ela apanhou-me a falar com Pablo e acabou por ler a carta que Angie me deixou. Desculpa Gérmen.

— Tudo bem não se preocupe, ela iria acabar por saber.

— Eu sei, mas não desta forma, não assim. Mas onde é que ela está?

— Ela agora está lá em cima com Leon, eu já lá vou daqui a pouco falar com ela. Até porque Angie também lhe deixou uma carta.

— Mas afinal o que é que se passou? Porque é que ela se foi embora assim? E sabes onde é que ela está?

— Angélica, eu não sei, não faço ideia onde ela está. Mas ela pediu-me espaço e tempo e eu vou-lhos dar.

Nesta altura José assistia á conversa perplexo com o à vontade com que Angélica e Gérmen falavam, era como se nada tivesse acontecido no passado, ele nem podia crer: o filho perdera a noção de tudo o que acontecera, do que sofrera. Mas quando o Gérmen deu a entender que não iria fazer nada em relação ao facto de Angie ter levado a sua neta para longe, sem saber onde ela estaria...ele não conseguiu ficar mais tempo em silêncio. Era demais...

— Tu não podes estar a falar a sério! E Clara? Ela é tua filha, ela raptou-te a tua filha!

— Papá chega. Angie levou Clara com a minha autorização e é isso que eu vou dizer a quem quiser ouvir: á policia, aos advogados, ao tribunal, ao exército; isto se tu continuares com essa ideia maluca.

— Polícia, Tribunal!? Gérmen de que está José a falar, tu não estás a pensar em tirar Clara de Angie? Tu nao podes tirar-la de Angie, irias destruí-la...tu sabes...

— Não se preocupe Angélica, ninguém aqui vai fazer nada, não é pai?

— Enganam-se os dois, não vou deixar aquela...aquela...

— José! Por favor estás a falar da minha filha...

— Ela não vai ficar com a minha neta. Se ela quer deixar Gérmen, que deixe, mas a minha neta fica nesta casa.

— José, ela é mãe de Clara e depois se Gérmen...

— Gérmen pode decidir não fazer nada, mas eu não vou ficar parado à espera...não faz ele faço eu. Lá por ser mãe não pode desaparecer assim com a minha neta. Não, o que ela fez foi rapto.

— José pensa por favor, achas mesmo que depois de tudo o que passamos com o afastamento de Vilu a que voces nos forçaram, ela irá fazer o mesmo com Clara? Vê-se bem que não a conheces, que não sabes o que Angie sofreu...

— Porque não. Para nos castigar a mim a Gérmen, por vingança.

— José, tu não a conheces, ela não é rancorosa, ela nunca iria separar Clara de Gérmen e muito menos de Vilu.

— Papá acho que já disseste mais do que o suficiente. Por favor sai, vai-te embora. Preciso de ir ver de Vilu e preciso de um pouco de paz.

— Estás-me a mandar embora da tua casa?

— Sim pai estou a mandar-te ir embora.

— Mandas-me a mim embora mas esta "Senhora" fica?

— Papá...vai por favor. Angélica fica porque eu quero que ela fique. Vilu pode precisar da avó.

— Mas do avô não, claro até porque o "avô" morreu para ela, porque a avó a colocou contra mim.

— José, eu nunca faria isso...se ela está zangada contigo talvez seja porque tu na verdade não consegues amar ninguém, porque vives no passado, porque vives cheio de um rancor que não tem razão de ser. Porque não sabes amar...tu controlas aqueles de quem gostas...mas não os sabes amar, nunca soubeste e nunca vais saber.

— Já percebi que estou a mais...mas podem ter a certeza que isto não fica assim. Não fica mesmo.

— Papá, por favor não faças isto mais difícil...por favor...

José olha para Gérmen e depois para Angélica, e deixando várias ameaças a pairar no ar acaba por se ir embora, mas aquela ameaça fica a pairar no ar: ele iria fazer de tudo para levar as netas para Espanha com ele. Assim que ele sai Gérmen dirige-se para o sofá abatido, cansado mas acima de tudo sem saber o que fazer, ele conhece o pai muito bem, sabe que quando ele quer uma coisa faz de tudo para a conseguir, por isso sabe que Angie pode muito bem ficar sem Clara. De cabeça baixa parece desnorteado, perdido ele não podia acreditar que tudo isto estava a acontecer, mas porque é que o pai tinha que aparecer, eles eram tão felizes os quatro: Ele, Angie, Vilu e Clara; eram uma família, a família que ele sempre sonhara, a família que ele sempre quisera dar a Violetta. E agora por um capricho do pai, por causa de todo aquele ódio sem sentido em que o pai vivia desde sempre Gérmen iria perder tudo: a família que construíra, a Clara e Angie a mulher que ele amava. Angélica também ficara preocupada, ela conhecia bem José, ela sabia que ele era capaz de tudo, e acima de tudo conseguia sempre o que queria, José tinha muitos contactos e sabia bem que cordelinhos mexer para alcançar o que queria, e se ele queria ficar com a guarda de Clara, Angélica tinha a certeza que ele iria conseguir e ela não podia pensar, nem queria imaginar o que isso iria fazer a Angie.

— Gérmen! Precisamos de trazer Angie de volta a casa, o teu pai...

— Eu sei Angélica, eu sei. O meu pai consegue sempre o que quer...o problema é que eu não faço ideia onde está Angie.

— Eu acho que há uma pessoa que sabe, apesar de me ter tido que não sabia de nada...eu sei que ele sabe alguma coisa.

— Quem? – Pergunta Gérmen.

— Pablo. Eu tenho a certeza que Angie lhe disse alguma coisa.

— Tens a certeza que sabe? Não sei...

— Ele sabe, eu sei que sim. Ele disse-me que não, que não falava com ela há algum tempo, mas eu sei que ele me estava a mentir.

— Não sei...o Pablo odeia mentir, enganar. Não, não acredito que ele mentisse mesmo que fosse para proteger Angie. Não Angélica, o Pablo nunca iria mentir, muito menos mentir-lhe a si.

— Ele sabe. Eu sei que ele sabe.

— Não sei Angélica...

— Eu conheço muito bem o Pablo, eu conheço-o desde menino, eu sei que ele me estava a mentir.

— Não me parece, até porque Angie sabia que Pablo seria a primeira pessoa a quem iriamos perguntar sobre ela. E ela sabe melhor que ninguém que ele não gosta de mentir.

— Sim mas se pensares bem, também é única pessoa em quem ela confia cegamente.

— Sim, mas...não, não ela saiu de casa porque precisava de estar sozinha, ela não queria ser encontrada, nunca iria ter com Pablo.

— Eu tenho a certeza que Pablo sabe, ou pelo menos falou com ela, e já que ela a nós não nos atende o telemóvel...pode ser que a ele atenda.

— Bem isso já seria uma ajuda, se ele conseguir falar com ela podia avisá-la do que se está a passar.

— Sim, e ela tem que voltar, porque caso contrário ela irá perder Clara.

— Não sei se ela voltará, mesmo que possa perder Clara. Mas pelo menos ficaria avisada sobre o que o meu pai quer fazer.

— Ela tem que voltar para casa Gérmen. Ela não ia suportar perder Clara, eu lembro-me bem quando ficamos sem Vilu, ela fez-se de forte á minha frente e do pai, mas vi-a muitas vezes a chorar às escondidas.

— Eu não quero nada disto, eu não quero lhe quero tirar Clara, a sério que não...tem que acreditar em mim.

— E acredito, e sei que nunca a farias sofrer dessa forma. Mas eu conheço muito bem o teu pai ele consegue tudo o que quer e não se importa se está a magoar alguém ou não.

— Eu sei, infelizmente eu conheço o pai que tenho. Mas também não sei o que fazer para que ele desista desta ideia.

Gérmen sabia que se Angie perdesse Clara, ficaria devastada mas também sabia que ela jamais iria permitir que Angélica sofresse, por isso e apesar de lhe ir doer a separação de Clara ele sabia que pela mãe ela o faria: ela abdicaria da filha. Ele não o podia permitir, o pai já a fizera sofrer o suficiente, não iria deixá-lo separar Angie de Clara.

— Vamos lá falar com Pablo, temos que encontrar Angie antes do meu pai. Mas primeiro tenho que ir falar com Vilu...ela estava tão nervosa, cheia de raiva nunca a tinha visto assim.

— Não vale a pena – diz Leon que desce as escadas nessa altura - Ela finalmente adormeceu. Podem ir á vontade eu fico com ela.

— Adormeceu? Ela disse-te alguma coisa? Como é que ela está? Acalmou?

— Não, ela não disse nada demais, basicamente chorou o tempo todo até que adormeceu esgotada.

— Obrigada Leon, bem nesse caso nós vamos sair, ficas com Vilu?

— Sim, podem ir onde quer que vão. Eu fico com Vilu, estava a pensar em chamar a Camila e a Francesca...

— Sim, sim...é uma ótima ideia Leon chama-os a todos, Vilu precisa de se distrair. Obrigado Leon, alguma coisa está ai o Ramalho e a Olga.

Assim estes seguem para o Estúdio, esperando que Angélica esteja certa e que conseguiam pelo menos avisar Angie do "perigo" que está a correr.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro